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A percepção e seu desenvolvimento na infância

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Apresentação em tema: "A percepção e seu desenvolvimento na infância"— Transcrição da apresentação:

1 A percepção e seu desenvolvimento na infância
Conferência 1

2 Velha psicologia associacionista
Versus Nova psicologia estruturalista; Tese associacionista: Percepção: elementos isolados, se unem, se acoplam, se associam uns aos outros e surge por conseguinte, uma percepção única, coerente, integral (teoria da memória); Tese psicologia estrutural: a percepção do conjunto precede a de partes isoladas.

3 Entendimento: que “a vida psíquica não está constituída por sensações ou idéias isoladas, que se associam umas às outras, mas por formações integrais isoladas, que foram denominadas estruturas, ou imagens, ou gestalts.” (VIGOTSKI, 1999, p. 05).

4 Resultados de experimentos com animas e crianças feitos por Köhler evidenciam que “As partes isoladas podem variar, mas o caráter da percepção persiste. E, inversamente: a estrutura que dá lugar à percepção integral pode mudar, mas, ao fazê-lo, origina-se uma percepção integral distinta.” (VIGOTSKI, 1999, p. 05).

5 Zoopsicologia e psicologia infantil, experiências tornaram evidentes que o caráter de nossa percepção é integral e não atomístico.

6 Na teoria associacionista, o fator chave da vida psíquica está dado desde o nascimento, e consiste na faculdade de associar: “De modo parecido se desenvolve e se organiza sua percepção: de sensações isoladas, a criança passa a perceber grupos de sensações relacionadas entre si, depois objetos isolados relacionadas entre si e, finalmente, uma situação global.

7 Sabe-se que, do ponto de vista da psicologia associacionista tradicional, nos primeiros momentos do desenvolvimento, a percepção da criança se caracterizava, conforme expressão de Köhler, por um caos, uma dança selvagem de sensações díspares.” (VIGOTSKI, 1999, p. 07). Percepção integral – complexa, coerente – apareceria entre o quarto e o oitavo mês de vida.

8 Do ponto de vista da psicologia estrutural, essa concepção sobre o desenvolvimento da percepção infantil é infundada; a percepção é integral desde o início do desenvolvimento. (P: seio materno);

9 Psicologia estrutural: um beco sem saída: onde ficaria o caráter estrutural da percepção (desenvolvimento; configuração) se percepção integral está presente tanto no começo da vida quanto na idade adulta? Ponto fraco, derivado de uma concepção metafísica do conceito de estrutura (p. 09).

10 Natureza ortoscópica da percepção infantil – Nossa percepção: para onde quer que olhemos, percebemos um quadro mais ou mesmo constante. Constância da percepção da magnitude do objeto (ex.: lápis grande que se afasta do pequeno, aparecendo na retina em igual tamanho. O objeto conserva o tamanho apesar de ter aumentado a sua distância do olho; conservação relativa do tamanho).

11 A percepção não cumpriria sua função biológica se não tivesse esse caráter ortoscópico, se alterasse o tamanho do objeto à medida que nos afastássemos dele (p. 10). Caso contrário, não poderia surgir a sensação de proximidade ou distanciamento do objeto. Constância relativa da cor (luz); Constância da forma;

12 Tese: vemos os objetos corretamente, apesar da dependência das condições de percepção, vemos o objeto do tamanho, da forma e da cor que tem. Percepção de traços estáveis do objeto, que não dependem de circunstâncias casuais, do ângulo de visão, dos movimentos ...” (p. 11). O quadro mais ou menos estável e independente observações subjetivas e casuais, torna-se possível graças à percepção ortoscópica.

13 Percepção ortoscópica não é primária, mas surge durante o desenvolvimento: é um produto do desenvolvimento. A constância da percepção não está dada pelas propriedades internas da própria percepção, mas do fato de esta começar a atuar no sistema de outras funções.

14 Lei de Emmert: a imagem, na medida em que o objeto se afasta, se amplia, aumenta proporcionalmente. Uma compensação produzida, segundo Helmholtz, por um mecanismo inconsciente. O objeto diminui, mas a imagem do objeto cresce proporcionalmente. (ex.: quadrado vermelho sobre o fundo cinza; imagem eidética). Logo se afastar rapidamente um objeto do olho, sua imagem cresceria compensando e possibilitando a constância do tamanho.

15 A constância total da percepção seria biologicamente tão prejudicial quanto a variabilidade. A estabilidade absoluta da percepção significaria que não poderíamos dar-nos conta da distância que separa o objeto de nós. Contudo a imagem eidética não responde à Lei de Emmert, à medida que o objeto se afasta, cresce não proporcionalmente, mas lentamente. Como responder à questão?

16 Partindo da percepção do homem adulto, sabe-se que uma de suas características é que nossas percepções são estáveis, ortoscópicas; outra é que nossas percepções têm sentido (atribuição de sentido/significado). Impossível separar experimentalmente nossa percepção da atribuição de sentido. “A interpretação da coisa, a denominação do objeto, se dá junto com a sua percepção” (p. 16). Somente em estado demencial algo pode ser percebido como totalmente desprovido de sentido. (ex.: manchas de Rorschach);

17 Na mesma medida em que a percepção em estado desenvolvido é uma percepção estável, permanente, ela é significativa ou categorial. Percepção como parte integrante do pensamento visual, segundo expressão de Bühler. (p. 17).

18 Ilusão de Charpant: dois cilindros de mesmo peso: o menos parece mais pesado. Uma percepção correta se considerado o conceito de densidade (peso relativo: peso X volume) e não de peso. Há uma substituição da percepção direta de peso pela percepção condicionada de peso em relação ao volume. Resulta numa deformação da percepção direta; se fecharmos os olhos, percebemos melhor o peso.

19 Os cegos também padecem da ilusão de Charpant: (percebem por meio do tato, o tamanho/forma); Nas crianças com elevado grau de deficiência cognitiva, a ilusão não se produz. Surdos-mudos, alguns casos: que apesar de verem não sofrem a ilusão. Em crianças pequenas (até aproximadamente 05 anos), a ilusão não se produz. O que evidencia que é uma percepção com sentido.

20 Teses: A atribuição de sentido é uma propriedade da percepção do adulto, não está dada desde o princípio; Assim como a estabilidade e a constância da percepção procedem do fato de que a própria percepção se funda estreitamente com a imagem eidética, produz-se de forma análoga uma fusão entre os processos do pensamento visual e os da percepção, de modo que uma função é inseparável da outra.

21 A criança pequena não se limita a perceber objetos isolados, mas percebe uma situação global. Experimentos mostram que a percepção de movimentos e atos pertence com frequência a uma percepção muito mais precoce do que a de objetos. O contrário do comumente aceito ao se pensar os estágios do desenvolvimento infantil. Dados de pesquisas indicam que crianças pequenas destacam em seus desenhos objetos e somente mais tarde é que destacam ações, traços, etc.;

22 Eliasberg: percepção da criança: não percebe objetos isolados, mas nexos não diferenciados;
Piaget: percepção na criança pequena é sincrética, abarca como um todo único, grupos não diferenciados de objetos relacionados globalmente entre si. (ex. pelos);

23 A criança segue na descrição dos desenhos o caminho oposto ao caminho real de desenvolvimento de sua percepção. Na percepção a criança vai do todo às partes e no desenho das partes ao todo.

24 A sucessão das fases do desenho não coincide com as fases do desenvolvimento da percepção infantil, mas coincidem com o desenvolvimento da linguagem infantil. A criança não desenha o que vê, mas o que conhece/sabe. Desenvolvimento da linguagem: de palavras isoladas à orações (ao contrário do pensamento);

25 Da conexão entre percepção e linguagem: Não se pode separar a percepção do objeto do sentido/significado desse objeto. Mudança da percepção, das conexões e relações interfuncionais, ao longo do complexo desenvolvimento da consciência em sua totalidade. Associacionistas e guestaltistas analisavam de forma isolada o desenvolvimento da percepção; de forma separada dos demais processos de desenvolvimento (especialmente do pensamento/linguagem);

26 A percepção do adulto é qualitativamente diferente e mais complexa do que a da criança;
As novas formações complexas das funções mentais não são funções separadas: chamaremos estas formações de sistemas psicológicos (p. 26). Ao longo do desenvolvimento da criança surgem novos sistemas psicológicos (novas conexões interfuncionais).

27 Pesquisas mostraram que nas fases iniciais do desenvolvimento a percepção está ligada imediatamente à motricidade, que constitui apenas um dos momentos do processo sensoriomotor integral e que, somente paulatinamento, com os anos, começa a adquirir uma notável independência e a libertar-se dessa conexão parcial com a motricidade.

28 [...] pesquisadores da escola de Leipzig mostraram que, nas fases iniciais, a percepção, na mesma medida que é inseparável do processo sensoriomotor, o é da reação emocional. [...] em geral, no início do desenvolvimento não podemos constatar funções psíquicas isoladas, suficientemente diferenciadas, e observamos unidades não-diferenciadas muito mais complexas, das quais, por meio do desenvolvimento, surgem paulatinamente funções isoladas. (p. 27).

29 O Problema da vontade e seu desenvolvimento na infância
Conferência 6 O Problema da vontade e seu desenvolvimento na infância

30 Teoria heterônoma: tenta explicar os atos volitivos do homem, reduzindo-os a complexos processos psíquicos de caráter não volitivo (associacionistas); Teorias autônomas ou voluntaristas: tentam explicar a vontade partindo de leis próprias do ato volitivo em si (unidade e irredutibilidade dos processos volitivos).

31 Ebbinghaus: a vontade é um instinto que aparece com base numa associação reversível (conexão associativa; ex.: buscar comida). Teorias intelectualistas: volição: uma complexa combinação de processos psíquicos de tipo não-volitivo, mas intelectual (psicólogos franceses, alemães e ingleses; Herbart). Processo volitivo: 1º - uma ação instintiva, reativa, impulsiva; 2º - ação com base no costume; 3º ato com intervenção da razão;

32 Herbart: cada ato é volitivo na medida que é racional;
Associacionistas e intelectualistas: tentativa de reduzir o volitivo a outro caráter mais simples (extrínsecos aos processos da vontade); defeito dessas teorias. Wundt: considerado voluntarista; segundo Vigotski, extraía a vontade do afeto. Aspecto positivo: apesar do determinismo, tentavam fazer frente às teorias espiritualistas medievais, que consideravam a vontade a principal “força espiritual”;

33 Frente à incapacidade das velhas teorias de explicar como uma atividade irracional torna-se racional, ou uma ação não volitiva se transforma em volitiva, surgiram diversas teorias psi que procuravam resolver o problema não com a ajuda de meios científicos, mas com a ajuda de estruturas metafísicas: interpretavam a vontade como algo primário.

34 Hartmann e Schopenhauer: vontade autônoma: a vontade é dirigida por uma atividade universal que subordina as forças humanas, independente da razão (inconsciente); Teoria que brecou por muito tempo o desenvolvimento do conhecimento sobre a vontade; A teoria do inconsciente, representou a superação do tipo de idealismo contido no intelectualismo (razão); Freud;

35 Os dois pólos opostos entre os quais oscilam as diversas teorias: 1 – vontade como algo primário e alheio ao aspecto consciente da personalidade humana; 2 – princípio espiritual que dirigiria toda a alma humana e todo o comportamento do homem; James, um pragmático, tentou evitar qualquer explicação espiritualista em relação a todos os problemas, com exceção da vontade. Fiat, partícula da força volitiva presente em cada ato volitivo.

36 O que explica a pessoa que age contra os impulsos imediatos, contra o que a atri para o modo oposto de agir? Wundt: o afeto, mais forte que a dor, obriga o indivíduo; James: isso é um absurdo, dizer que o desejo de não gritar é maior que o de gritar; explicação: energia espiritual (David e Golias) que tende a se unir ao impulso mais fraco. Dificuldade: explicar o processo volitivo sem recorrer a uma explicação religiosa; conservar na vontade o que lhe é próprio (o que distingue os atos volitivos dos demais).

37 Koffka: distingue os atos racionais dos volitivos: um ato racional não é ainda um ato volitivo;
Lewin: distingue os afetivos dos volitivos: as ações afetivas não são ainda volitivas; Fato curioso (Lewin): enquanto o adulto é capaz de tentar qualquer coisa, inclusive algo sem sentido, a criança não o é. Nas 1as etapas de desenvolvimento a criança é incapaz de ter uma intenção; os adultos são incapazes de formar voluntariamente um intenção que se oponha às suas atitudes ou conceitos morais. Lewin: esclareceu a estrutura do ato volitivo: demonstrando a tendência em se atribuir sentido, mesmo à atos sem sentido.

38 Goldstein (neuro): a ação que o paciente não consegue realizar com a ajuda de algumas instruções verbais, consegue-o com outras (fechar os olhos – ação isolada; mostrar como faz para dormir – todo com sentido) Numa próxima vez a ação é realizada (se estabeleceu sentido). Entre dois pontos do córtex se forma, não uma conexão direta, mas uma estrutura que só de forma mediata conduz à conclusão do ato. Surgindo então uma complicada estrutura nova.

39 O novo em Goldstein Extraordinária importância à linguagem externa (o homem ao falar se escuta a si mesmo e executa suas próprias ações); Desenvolvimento da vontade infantil: atividade coletiva da criança: movimentos primitivos voluntários se realizam segundo instruções verbais e culminam em atos volitivos complicados (ex.: vou embora quando o ponteiro chegar em ...).

40 As proposições que fazemos a nós mesmos nos ajudam a realizar ações.
Desafio: unir os dados e determinar os estágios ou graus específicos, por meio dos quais, se desenvolve a vontade infantil. (autorregulação: psi cubanos). Pesquisas da psicologia patológica, interpretadas teoricamente tanto no plano neuro quanto genético, possibilitam enfocar de um modo novo as questões mais importantes da psicologia.

41 Ajuda do poder indicativo das palavras; diálogo consigo mesmo; motivos, necessidades, interesses (atitudes; valores morais). Interesses: sentido atribuído à atividade/ação/relação/saber; significados (social); Autorregulação: vontade: desenvolvida nas relações inter-psicológicas;


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