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PublicouMaria Caiado Mendonça Alterado mais de 9 anos atrás
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Alterações do Metabolismo dos Carboidratos
Prof. Rodrigo Alves do Carmo
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Regulação da concentração de glicose no sangue
Interação complexa de muitas vias metabólicas, moduladas por uma gama de hormônios. Insulina Hormônios Contra-reguladores: glucagon; epinefrina; cortisol e hormônio do crescimento (GH)
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Diabetes Mellitus Grupo de distúrbios do metabolismo glicídico, no qual a glicose é subutilizada, produzindo hiperglicemia. Surge devido a anormalidades na produção ou na utilização de insulina. Anormalidade na produção de insulina: 1) produção deficiente pelas Cs. 2) síntese normal com liberação deficiente. Resistência à ação celular da insulina, por deficiência nos receptores ou por reposta pós-receptor anormal.
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Diabetes Mellitus Dependente de Insulina, Tipo I
Destruição auto-imune das células do pâncreas estímulo ambiental (infecção viral) e um determinante genético. 5 a 10% dos casos. geralmente começa na juventude. início repentino dos sintomas (poliúria, polidipsia, rápida perda de peso). deficiência de insulina.
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Diabetes Mellitus Não-Dependente de Insulina, Tipo II
90% dos casos. começa na meia-idade ou depois. geralmente associado com obesidade. produção normal de insulina, porém há uma redução da utilização pelo fígado e tecidos periféricos (resistência). tratamento com dieta, exercício, medicação oral.
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Critérios para Diagnóstico de Diabetes Mellitus adotados pela OMS
Glicose plasmática em jejum (12h): < 70 mg/dL Hipoglicemia. 70 a 99 mg/dL Normoglicemia. 100 a 125 mg/dL lntolerância à glicose. 126 mg/dL Hiperglicemia.
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Intolerância à Glicose em Adultas Não-gestantes
Dois critérios devem ser satisfeitos: Glicose plasmática em jejum entre 100 e 125 mg/dL. Conc. plasmática de glicose a 2 h no TOTG entre 140 e 200 mg/dL.
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Diabetes Mellitus em Adultas Não-gestantes
Qualquer um dos seguintes critérios é diagnóstico: Sintomas clínicos de diabetes e elevação inequívoca da glicose plasmática 126 mg/dL. Glicose em jejum elevada em mais de uma ocasião 126 mg/dL. Concentração de glicose a 2h do TOTG 200 mg/dL em mais de uma ocasião.
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Teste Oral de Tolerância à Glicose (Curva Glicêmica)
O TOTG é indicado nas seguintes situações: Diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional; Diagnóstico de Tolerância Alterada à Glicose; Avaliação de um paciente com um nível extemporâneo de glicose abaixo de 126 mg/dL e nefropatia; neuropatia ou retinopatia inexplicáveis; Dados populacionais em estudos epidemiológicos.
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Teste Oral de Tolerância à Glicose (Curva Glicêmica)
O teste é mais confiável quando o paciente é ambulatorial e não apresenta outras doenças agudas ou crônicas graves. Deve ser precedido de uma dieta com teor adequado de carboidratos durante, pelo menos, três dias (150 g de carboidratos). Deve ser efetuado pela manhã após o paciente ter permanecido em jejum de pelo menos 10 h, mas não superior a 16 h.
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Colhem-se amostras de sangue em jejum;
Dose de 75 g de glicose ou dextrose para homens e mulheres não-grávidas e 100 g para gestantes. Para crianças a dose é de 1,75 g/ Kg no máximo de 75 g. Colhem-se amostras a cada 30 min durante 2 h após a ingestão.
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A dose deve ser ingerida pelo paciente em 5 min
A dose deve ser ingerida pelo paciente em 5 min. A prova é oficialmente iniciada quando o paciente começa a beber. O paciente deve permanecer sentado durante o teste e não fumar. Saber as medicações que podem alterar o teste como anticoncepcionais orais, esteróides, diuréticos a anticonvulsivantes. O TOTG é afetado por inúmeros fatores que resultam numa fraca reprodutibilidade. A não ser que os resultados sejam bem anormais inicialmente, o teste deve ser executado em duas ocasiões distintas, antes de os resultados serem considerados anormais.
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Fatores que afetam o TOTG:
Inatividade; Febre; Estresse; IAM; Traumatismo; Queimaduras.
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Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)
Intolerância à glicose com o início durante a gravidez atual. Os indícios de DMG incluem: significativa história familiar de Diabetes Mellitus; história de um natimorto ou de morte neonatal não-explicadas; gestação de uma criança com anomalia congênita; parto de criança pesando 4 Kg ou mais.
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Diabetes Mellitus Gestacional
Executar entre 24ª e 28ª semana de gestação em todas as mulheres grávidas acima de 25 anos, não obesas e sem histórico de diabetes na família. Dar 50 g de sobrecarga oral de glicose, sem considerar a hora do dia ou a da última refeição.
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Diabetes Mellitus Gestacional
Dosar a glicose no plasma 1 h. Se a glicose for 140 mg/ dL, executar o TOTG. TOTG: executar pela manhã, após um jejum de 8 a 14 h. dosar a glicose no plasma em jejum. dar 100g de glicose por via oral. dosar a glicose no plasma de hora em hora por 3 horas. Pelo menos 2 valores devem se exceder aos seguintes:
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Diabetes Mellitus Gestacional
Jejum 95 mg/dL 1h 180 mg/dL 2h 155 mg/dL 3h 140 mg/dL
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Critérios para Diagnóstico de Diabetes Mellitus adotados pela OMS
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HOMA* = (glicemia de jejum (mg/dL) / 18) x (insulina (μUI/mL) / 22,5)
*homeostatic model assessment
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Complicações do Diabetes Mellitus
Microangiopatia Retinopatia Nefropatia Neuropatia periférica Hiperlipidemias Cetoacidose diabética
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Monitoramento do paciente diabético
1) Automonitoramento da glicose sanguínea (glicosímetro) 2) Glicosúria e Cetonúria 3) Hemoglobina glicada
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Hemoglobina glicada (A1c)
Hemoglobina humana do adulto é constituída de: Hb A (97% do total) Hb A2 (2,5% do total) Hb F (0,5% do total) Hb A é constituída de quatro cadeias peptídicas, duas e duas . A1c é formada pela condensação da glicose com a valina N-terminal da cadeia da Hb A.
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HbA + Glicose pré - A1c A1c 50% 25% hiperglicemia normoglicemia
1 mês antes 2 meses antes 3 - 4 meses antes Data da coleta de sangue para o teste de A1c
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A formação da A1c é diretamente proporcional a concentração de glicose no sangue.
O nível de A1c depende da vida média dos glóbulos vermelhos (120 dias). O percentual de A1c reflete o valor da glicemia 60 a 90 dias anteriores à dosagem.
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Frutosamina Ligação da glicose a proteínas do soro formando cetoaminas. Taxa de renovação mais rápida que a Hb (1/2 vida da albumina de ~ 20 dias), reflete o controle da glicose por um período de 2 a 3 semanas.
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Microalbuminúria Pode ser definida como uma taxa de excreção intermediária entre a normalidade (2, mg/dL) e a macroalbuminúria (> 250mg/dL). Importante para detecção precoce da nefropatia diabética.
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ATUALIZAÇÃO SOBRE OS NOVOS PADRÕES DA ADA PARA A PRÁTICA CLÍNICA EM DIABETES
1. O teste de hemoglobina glicada (A1C) está agora indicado como um dos parâmetros para o diagnóstico do diabetes e de pré-diabetes. - O diagnóstico de diabetes pode ser feito quando o nível de A1C for superior a 6,5%. Valores entre 5,7% e 6,4% são agora indicativos diagnósticos para pré-diabetes. - Ficam mantidos os demais critérios diagnósticos baseados em testes de glicemia.
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ATUALIZAÇÃO SOBRE OS NOVOS PADRÕES DA ADA PARA A PRÁTICA CLÍNICA EM DIABETES
2. Metas glicêmicas para adultos. - Fica mantida a meta de A1C ao redor de 7% para caracterização do bom controle glicêmico em pacientes com DM-1 ou DM-2. - A meta mais rígida de A1C menor que 7% pode ser definida desde que não aumente o risco de hipoglicemia ou outras complicações do tratamento. - A meta mais liberal de A1C maior que 7% pode ser adequada para pacientes com hipoglicemias severas, expectativa de vida limitada e complicações graves entre outras.
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ATUALIZAÇÃO SOBRE OS NOVOS PADRÕES DA ADA PARA A PRÁTICA CLÍNICA EM DIABETES
3. Quando realizar testes de rastreio para diabetes tipo 2. - Em indivíduos adultos assintomáticos: em qualquer idade, desde que apresentem sobrepeso ou obesidade, além de um ou mais fatores adicionais de risco para o diabetes. - Em indivíduos sem fatores de risco: somente após os 45 anos de idade. - Em mulheres que apresentarem diabetes gestacional: testes de rastreio para diabetes devem ser realizados entre 6 a 12 semanas após o parto.
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4.Hipoglicemias Distúrbio causado por um desequilíbrio entre a ingestão, a produção endógena e a utilização de glicose. Concentração de glicose no sangue abaixo da faixa de jejum (<70mg/dl);
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Sintomas decorrentes da descarga simpática: fraqueza, tremor, sudorese, náusea, pulso rápido, tontura, fome, desconforto epigástrico. Glicose plasmática abaixo de 20 a 30 mg/ dL grave disfunção no SNC Neuroglicopenia: dor de cabeça, confusão, letargia, convulsões, perda de consciência e morte.
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4.1. Hipoglicemia de Jejum em adultos
Medicamentos: propranolol, salicilatos, disopiramida, hipoglicemiantes orais, superdosagem de insulina; Etanol inibe a gliconeogênese Lesão hepática: álcool, hepatite; Deficiência de hormônios: glucagon, epinefrina, cortisol, GH; Insulinoma: tumor nas Cs. .
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4.2. Hipoglicemia Pós-prandial (Reacional)
Paciente se queixa de sintomas autonômicos 1 h a 3 h após alimentação, e parece obter alívio pela ingestão de alimentos que dura de 30 a 45 minutos. A melhor estratégia é obter uma amostra de sangue, quando o paciente está experimentando os sintomas. Se não for possível executa-se o teste de tolerância por 5 h após uma refeição.
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Diagnóstico satisfazer a tríade: baixa concentração de glicose; sintomas típicos; alívio com administração de glicose.
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4.3. Hipoglicemia Neonatal
Bebês de mães diabéticas, erros hereditários do metabolismo.
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4.4. Investigação Laboratorial
Glicose sanguínea Glicemia pós-prandial (2h) TOTG Peptídeo C do plasma
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