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PublicouAfonso Delgado Belo Alterado mais de 8 anos atrás
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PROF. DR. LEANDRO B. BRUSADIN HISTORIA DAS VIAGENS E DO TURISMO Texto VI: Hospedagem e Hostilidade Paulo de Assunção
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Texto VI: Livro
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O viajante e sua bagagem: nécessaire de voyage Carregava consigo um guia de viagem e um caderno de notas para registros. Entre os séculos XVII e XIX carregavam uma bagagem excessiva e os roubos eram frequentes. O viajante naturalista equipamentos específicos para levantamento topográficos e pesquisas arqueológicas. Com o tempo, os guias de viagem passaram aconselhar a levar somente o necessário.
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Preços de Passagens e Diárias: usos e abusos As passagens marítimas para o Brasil poderiam ser de primeira, segunda ou terceira classe com oscilação grande dos valores com quarto de banho como serviço a parte. O valor das diárias de hospedagem poderia não ser o mesmo cobrado no hotel e havia proprietário que elevava o valor conforme seu interesse. Alguns proprietários de hotéis cobravam taxas de serviços a parte devido a carência de alguns serviços. Para evitar aborrecimentos, viajantes pagavam dobrados.
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Dificuldades dos Viajantes: locais e higiene Dificuldade em se encontrar intérprete para língua portuguesa, serviço oferecido pelo hotel em valores elevados. Dificuldades em encontrar alojamento adequado e nem sempre os viajantes tinham recursos. Dificuldades das condições de higiene das hospedarias, por vezes, sem iluminação e em um monte de palhas.
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Hospitalidade Brasileira no século XVIII: literatura de viagem Nem todos os fazendeiros que hospedavam eram hospitaleiros que, apesar de casas grandes, ofereciam outros locais inadequados da fazenda. Muitos viajantes ficavam em espaços desprotegidos e abertos. Os viajantes estranharam a forma dos brasileiros se cumprimentarem com abraços. Os relatos dos viajantes passou a ser denominado como literatura de viagem e devem ser relativizados historicamente por ser uma visão europeia instituída e concebida para tal.
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A hospitalidade aos viajantes aumentam conforme o avanço pelo interior. O brasileiro pedia desculpas desnecessárias. O pouso poderia ser realizado em uma venda. Viajar no Brasil era mais caro que na Rússia ou na Inglaterra. Com cartas de apresentação era possível procurar as pessoas mais ricas do lugar para hospedagem.
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Visão Europeia de Vila Rica Vila Rica foi relatado como um local “desagradável para os estrangeiro” por Freyreyss. Na cidade não havia “nenhuma sociabilidade” e a calúnia era comum na vila. Os “negros fugidos” praticavam assaltos. Faltavam escolas que constituíam um “importante obstáculo para o progresso do Brasil”.
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Hospedarias Urbanas As cidades abrigavam estabelecimentos de melhor qualidade, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, a aparência imponente elevava o preço e os serviços era péssimos.
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Hospitalidade Doméstica x Comercial A mesa farta fazia parte da acolhida de um viajante pela alta classe social. O visitante era recebido, nesse caso, com muita suntuosidade. O criados amarravam redes e estendiam esteiras sobre os bancos para que pudessem dormir. Na continuidade do tratamento os anfitriões não aceitavam nada em troca.
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Hospitalidade sem nada em troca? prestígio social Havia diferenças entre a hospitalidade das cidades litorâneas e aquelas das vilas do interior. Se nas cidades havia mais opões de hospedagem, nas vilas era possível encontrar anfitriões “distintos” que dependia acolhida por longo tempo (meses) e com comida farta. A hospitalidade nesse último caso era uma virtude devido as conversas amistosas e o que lhes eram oferecidos aparentemente sem nada em troca (prestígio)
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Viajantes em Minas: data e país de origem
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Temas Gerais e Específicos das Viagens
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Relatos dos Viajantes: a Hospitalidade da Mineiridade Antiga “(...) tem, por sua natureza, um certo garbo nobre, e o seu modo de tratar é muito delicado, obsequioso e sensato; no gênero da vida, é sóbrio e parece sobretudo gostar de uma vida cavalheiresca” (Viagem pelo Brasil 1, p. 197). “(...) o paulista, embora reservado, sente-se mais a vontade com os estrangeiros do que seu primo [mineiro]; este último pode ser descrito como acanhado (...) Ambas as províncias são igualmente hospitaleiras (...) o paulista tira o chapéu, da um bom dia cordial e responde de boa vontade todas as perguntas. O mineiro nos olha bem antes de tirar o chapéu, muitas vezes sua mão fica suspensa (...) imaginando, infantilmente, se o estranho irá, ou não, corresponder o cumprimento” (BURTON,1990, p. 85).
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Relatos dos Viajantes: a Hospitalidade da Mineiridade Antiga Saint-Hilaire (1975, p. 81) testemunha o seguinte: “os mineiros não costumam conversar quando comem. Devoram os alimentos com uma rapidez que, confesso, muitas vezes me desesperou (...). Depois da refeição, os comensais se levantam, juntam as mãos, inclinam-se, rendem graças, fazem o sinal da cruz e, em seguida, saúdam-se reciprocamente”. “Em resumo, em Minas Gerais pode ser considerado regra geral o seguinte: se um oficial da administração ou do exército passa a ser louvado pelos seus subordinados e pelo povo como pessoa honrada, e se é pessoalmente bom e leal, acaba logo por não cumprir o dever e deixar os subalternos procederem como bem entendem. Por outro lado, o oficial detestado pelos inferiores e pelo povo é geralmente honesto ou, pelo menos, pessoal que cumpre o seu dever. Assim sendo, no Novo Mundo o conceito de honestidade é também original” (BRASIL, NOVO MUNDO 1, p. 90).
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Cordialidade Brasileira Antiga: paradoxos da dádiva hospitaleira Abuso de preços e roubos nas hospedaria. Dever de hospitalidade dos donos de fazendas: gratuidade e tratamento que impressiona. Destaque histórico da hospitalidade da mineiridade.
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Indicação Bibliográfica
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