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Aulas Multimídias – Santa Cecília

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Apresentação em tema: "Aulas Multimídias – Santa Cecília"— Transcrição da apresentação:

1 Aulas Multimídias – Santa Cecília
Profº André Araújo

2 Introdução aos gêneros literários – prof. André Araújo – 9º
Introdução aos gêneros literários – prof. André Araújo – 9º. Ano – manhã/tarde

3 O que é gênero literário ?
É a maneira pela qual os conteúdos literários são organizados, de acordo com suas características estruturais semelhantes, ou seja, é o modo como se veicula a mensagem literária. Ex: Uma novela tem características bem diferentes de um conto, e um romance não se assemelha a uma peça de teatro.

4 Quais são os gêneros? A primeira divisão foi feita por Aristóteles, ainda na Antiguidade Clássica. Ele escreveu sobre os gêneros em sua obra “Arte Poética”. Segundo Aristóteles, tradicionalmente, haveria três gêneros: Lírico Épico Dramático

5 Gênero lírico Na Grécia Antiga, as epopeias ciram a importante função de divulgar os ideais e valores que organizavam a vida na pólis. Os poemas épicos porém, não respondiam ao anseio humano de expressar os sentimentos individuais e subjetivos. A poesia lírica surge como forma de atender a esse anseio. Ela se define pela expressão de sentimentos e emoções pessoais. Outra marca característica de sua estrutura é o fato de dar voz a um sujeito lírico, diferente da narração impessoal própria das estruturas épicas. As composições eram acompanhadas de instrumentos de corda, como a lira, de onde provém a denominação do gênero.

6 Características do gênero lírico
Predomínio da emoção do “eu lírico”, aquele que fala no texto. Pode ser escrito em verso ou prosa. Não há, necessariamente, o relato de uma história nem de ações encadeadas no tempo. O objetivo do poeta é expressar seus sentimentos íntimos.

7 Algumas formas líricas fixas
Elegia: poema sobre acontecimentos tristes, muitas vezes enfocando a morte de alguém. Écloga: poema que retrata a vida bucólica, em um ambiente campestre.

8 Algumas formas líricas fixas
Ode: poema que retrata uma espécie de exaltação de valores nobres. É caracterizado pelo tom de louvação. Soneto: poema de quatorze versos, organizados em duas estrofes de quatro versos (quartetos) e duas estrofes de três versos (tercetos).

9 Idílio: poesias pastoris;
Sátira: poesia que ridiculariza ca- racterísticas do comportamento hu- mano; Canção:pequeno poema popular, simples, de teor variado; Acalanto: canto destinado a embalar o sono; Acróstico: as letras iniciais formando o nome de uma pessoa dão início a composição do verso;

10 Gênero dramático Drama significa ação, em grego, ou seja, o texto dramático é escrito para ser encenado. São textos em que a “voz narrativa” está entregue às personagens, que contam a história por meio de diálogos ou monólogos.

11 Algumas formas dramáticas
Em sua obra Arte Poética, Aristóteles tratou das duas espécies primordiais do drama: Tragédia Comédia Farsa Auto

12 Características da Tragédia
Apresenta ações que despertam temor e compaixão nos espectadores, a fim de alertá-los sobre os vícios dos homens. Na Grécia Antiga, a tragédia trazia a história de homens superiores, de acordo com o conceito aristotélico de imitação. Aristóteles era a favor da mimesis artística onde a tragédia apresenta homens melhores do que nós e a comédia ocupa-se de homens piores. Valoriza-se aqui as ações heroicas, a solenidade épica.

13 Característica da Comédia
Apresenta ações que têm o objetivo de criticar a sociedade e o comportamento humano por meio do ridículo. A reação esperada é o riso do público. A Antiguidade clássica (sec. V a.C ao séc. V d.C) é caracterizada: .Pelo Antropocentrismo; .apego aos bens do mundo .preocupação com a beleza do corpo .Liberdade de criação .pela fé na Mitologia como fonte de explicação das dúvidas humanas

14 Outras formas dramáticas
Farsa: Surgiu no século XIV. Há poucas personagens e pretende provocar o riso explorando situações cotidianas de maneira caricata. Auto: : Surgiu na Idade Média. Breve peça de conteúdo religioso ou profano, geralmente em verso. As personagens são representações de entidades abstratas (o pecado, a hipocrisia, a luxúria, a vontade, a piedade). Drama: Atualmente, o termo designa toda peça teatral caracterizada pela seriedade, em oposição à comédia.

15 Gênero épico O gênero épico, na Grécia, apresentava o relato de feitos grandiosos relacionados a personagens históricos. Hoje insere-se no gênero narrativo todo texto que narra uma história por meio de um narrador. Neste gênero o autor descreve, através de epopeias, fatos históricos heróicos realizados pelos seres humanos, perturbados ou ajudados por seres mitológicos. É sempre um tema grandioso que retrata a saga de um povo. As epopéias surgiram na civilização ocidental e derivam de três obras: Ilíada e Odisséia (Homero) Eneida (Virgílio)

16 Elementos do gênero narrativo
A história é em forma de poema, mas é contada por meio de um narrador. As ações dos personagens acontecem em tempo e espaço definidos. O encadeamento dos fatos narrados forma o enredo.

17 Os Lusíadas (de Camões)

18 Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente. A obra é composta de 8816 versos, divididos em dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal glorificando o povo português.

19 A estrutura externa refere-se à análise formal do poema: número de estrofes, número de versos por estrofe, número de sílabas métricas, tipos de rimas, ritmo, figuras de estilo, etc. Assim: .Os Lusíadas é constituído por dez partes, chamadas de Cantos na lírica; .cada canto possui um número variável de estrofes (em média, 110); .as estâncias são oitavas, tendo portanto oito versos; .a rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB AB AB CC) .cada verso é constituído por dez sílabas métricas (decassilábico), na sua maioria heróicas (acentuadas nas sextas e décima sílabas). Sendo Os Lusíadas um texto renascentista, não poderia deixar de seguir a estética grega que dava particular importância ao número de ouro. Assim, o clímax da narrativa, a chegada à Índia, foi colocada no ponto que divide a obra na proporção áurea (início do Canto VII).

20 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Que /daO /ci /den /tal /pra/ ia /Lu /si /ta/ na B
“As /ar /mas/ eos /ba /rões /as /si /na /la /do A Que /daO /ci /den /tal /pra/ ia /Lu /si /ta/ na B Por /ma /res/ nun/ ca/ dan/ tes/ na/ ve/ ga/ dos A Pas/ as/ ram/ ain/ daa/ lém /da /Ta/ pro/ ba/ na B Em/ pe /ri/ gos/ e /guer/ ras/ es /for/ ça/ dos A Mais /do/ que /pro/ me /ti/ aa /for/ çahu/ ma/ na B Een/ tre/ gen/ te /re /mo /tae /di /fi /ca /ram C No /vo /rei/ no /que/ tan/ to/ su/ bli/ ma /ram” C — Os Lusíadas, Canto I, estrofe 1

21 A estrutura interna relaciona-se com o conteúdo do texto
A estrutura interna relaciona-se com o conteúdo do texto. Esta obra mostra ser uma epopeia clássica ao dividir-se em quatro partes: Proposição - introdução, apresentação do assunto e dos heróis (estrofes 1 a 3 do  Canto I); Invocação - o poeta invoca as ninfas do Tejo e pede-lhes a inspiração para escrever (estrofes 4 e 5 do Canto I); Dedicatória - o poeta dedica a obra ao rei D. Sebastião (estrofes 6 a 18 do Canto I); Narração - a narrativa da viagem, in medias res, partindo do meio da ação para voltar atrás no tempo e explicar o que aconteceu até ao momento na viagem de Vasco de Gama e na história de Portugal, e depois prosseguir linearmente. Por fim, há um epílogo a concluir a obra (estrofes 145 a 156 do Canto X).

22 Os planos temáticos da obra são:
Plano da Viagem - trata da viagem em si. A descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama e seus marinheiros; Plano da História de Portugal – Trechos em que são narrados episódios da história real dos portugueses; Plano do Poeta - Camões refere-se a si mesmo, como poeta admirador do povo e dos heróis portugueses; Plano da Mitologia - são descritas as influências e as intervenções dos deuses da mitologia greco-romana na ação dos heróis. Ao longo da narração o leitor é confrontado com vários tipos de episódios: bélicos, mitológicos, histó-ricos, simbólicos, líricos e naturalistas.

23 Como o título indica, o herói desta epopeia é colectivo: os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses. As estrofes iniciais trazem o discurso de Júpiter no concílio dos deuses olímpicos. Ele abre essa parte da narrativa, que é quando surge a orientação laudatória do autor. O rei dos deuses afirma que desde Viriato e Sertório, o destino(fado) dos valentes portugueses (forte gente de Luso) é realizar feitos tão gloriosos que façam esquecer os feitos dos impérios anteriores (Assírios,Persas, Gregos e Romanos). O desenrolar da sua história atesta-o, pois além de ser marcada pelas sucessivas e vitoriosas lutas contra mouros e castelhanos, mostra como um país tão pequeno descobre novos mundos e impõe a sua lei no concerto das nações. No final do poema surge o episódio da Ilha dos Amores, recompensa ficcional da gloriosa caminhada portuguesa através dos tempos. E é confirmado o receio de Baco, de ver suas façanhas de conquista ultrapassadas pelas dos portugueses.

24 Camões dedicou sua obra-prima ao rei D. Sebastião de Portugal
Camões dedicou sua obra-prima ao rei D. Sebastião de Portugal. Os feitos inéditos dos descobrimentos portugueses e a chegada ao «novo reino que tanto sublimaram» no Oriente foram sem dúvida os estímulos determinantes para a tarefa de redigir o maior poema épico português. Havia um ambiente de orgulho e ousadia no povo português. Navegadores e capitães eram heróis recentes da pequena nação, homens capazes de extraordinárias façanhas, como o «Castro forte» (o vice-rei D. João de Castro), falecido poucos anos antes de o poeta aportar na Índia. E principalmente Vasco da Gama, a quem se devia o descobrimento da rota para o Oriente numa viagem difícil e com poucas probabilidades de êxito, e que vencera inúmeras batalhas contra reinos muçulmanos em terras hostis aos cristãos. Esta viagem épica foi por isso usada como história central da obra, à volta da qual vão sendo contados episódios da história de Portugal.

25 No Renascimento ou Classicismo (Século XVI) surge a necessidade de classificar os poemas. Por isso há uma valorização da poesia dramática, narrativa e lírica. As obras eram compostas com base nas reflexões do próprio poeta. Na épica, por exemplo, ora falava o poeta ora falavam as personagens introduzidas.

26 As características do Período do Renascimento eram:
- Orgulhoso espírito de independência - Curiosidade cientifica - Vontade de glórias terrenas - Exaltação das dificuldades humanas - Clareza de linguagem

27 O francês Brunetière ( ) defende a ideia de que o gênero nasceria, cresceria, alcançaria a perfeição e declinaria para, em seguida morrer.

28 Os traços dos gêneros estão em constante transformação, portanto, no ato da leitura, nós devemos classificá-los pelas mudanças e não por características fixas.

29 - consciência de que diferentes leituras possam ser feitas por diferentes comunidades de receptores, todos com pensamentos diferentes. - observar como cada traço se relaciona com outros da mesma obra, para depois ser reconhecido como lírico, épico, narrativo ou dramático.


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