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INSTRUMENTAÇÃO PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL... INICIANDO UMA DISCUSSÃO Profa.Dra. Maria Ludetana Araujo

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Apresentação em tema: "INSTRUMENTAÇÃO PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL... INICIANDO UMA DISCUSSÃO Profa.Dra. Maria Ludetana Araujo"— Transcrição da apresentação:

1 INSTRUMENTAÇÃO PARA A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL... INICIANDO UMA DISCUSSÃO Profa.Dra. Maria Ludetana Araujo ludetana@ufpa.br

2 POLÍTICAS PÚBLICAS: Conceito Caracteriza-se por ações e intenções com as quais os poderes ou instituições públicas respondem às necessidades de diversos grupos sociais.

3 Política Partidária Políticas Públicas Ações que terminam com o mandato do dirigente político. Ações de desenvolvimento que ficam com a comunidade.

4 COMO SURGE UMA POLITICA PUBLICA ? Conquistas sociais Necessidades vitais de grupos coletivos Originam Política públicas Demandas sociais Opções politicas partidárias Prospecção de demanda

5 POLÍTICAS PUBLICAS E SUA AÇÃO SOCIAL REORIENTAM Políticas sociais: Desemprego Desemprego Analfabetismo Analfabetismo Desnutrição Desnutrição Discriminação Discriminação Pobreza Pobreza Exclusão social Exclusão social Politicas educacionais Politicas educacionais Politicas sociais Politicas sociais Politicas de habitação Politicas de habitação Politicas de saúde Politicas de saúde Políticas agrícolas Políticas agrícolas Politicas de desenvolvimento tecnológico Politicas de desenvolvimento tecnológico Politicas ambientais Politicas ambientais REALIMENTAÇÃO

6 As politicas públicas podem ser formuladas principalmente por iniciativas dos poderes executivo ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos segmentos. A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das politicas públicas em algumas casos, é asseguradas na própria lei que institui. No caso da Educação, do Meio Ambiente e da Saúde, a sociedade participa ativamente mediante os Conselhos em nível municipal, estadual e nacional. Audiências públicas, encontros e conferências setoriais são também instrumentos que vem se afirmando nos últimos anos como forma de envolver os diversos segmentos da sociedade em processo de participação e controle social.

7 QUAIS OS INSTRUMENTOS QUE COMPÕEM AS POLÍTICAS PÚBLICAS? As políticas públicas normalmente estão constituídas por instrumentos de planejamento, execução, monitoramento e avaliação, encadeados de forma integrada e lógica: 1.Planos; 2.Programas; 3.Ações; 4.Atividades.

8 POLÍTICAS AMBIENTAIS Surge no movimento internacional ambientalista década de 60 A LEI FEDERAL Nº 6.938 DE 31/08/1981 DISPÕE SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE A PARTIR DAÍ, AS QUESTÕES AMBIENTAIS PASSARAM A SER MAIS PRIORIZADAS PELA SOCIEDADE, E AS EMPRESAS, EM PARTICULAR, COMEÇARAM A SER MAIS PRESSIONADAS.

9 Politica Nacional de Meio Ambiente Foi desenvolvida a partir de uma série de princípios (art. 2º), entre eles: O equilíbrio ecológico; O planejamento do uso do solo; A proteção de ecossistemas; O controle e zoneamento de atividades poluidoras; O desenvolvimento de tecnologias de proteção aos recursos naturais; A recuperação de áreas já degradadas; A educação ambiental.

10 INSTRUMENTOS LEGAIS CONSTITUIÇÃO FEDERAL --- POLITICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DECRETOS ESTADUAIS LEIS --- POLITICA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DELIBERAÇÕES NORMATIVAS (COEMA) RESOLUÇÕES LEI ORGÂNICA CÓDIGOS AMBIENTAL DE OBRAS E POSTURA --- POLITICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE LEIS E DECRETOS MUNICIPAIS DELIBERAÇÕES NORMATIVAS (CONDEMA)

11 Constituição Federal de 88 Art.225: “TODOS TÊM DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO, BEM DE USO COMUM DOPOVO E ESSENCIAL SADIA QUALIDADE DE VIDA, IMPONDO-SE AO PODER PÚBLICO E À COLETIVIDADE O DEVER DE DEFENDÊ-LO E PRESERVÁ-LO PARA AS PRESENTES E FUTURAS GERAÇÕES.” ◦A Educação Ambiental nasce como um processo educativo que conduz a um saber ambiental materializado nos valores éticos e nas regras políticas de convívio social e de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e mercado.

12 PNEA – POLITICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – LEI Nº 9.795 DE 27 DE ABRIL DE 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade

13 Decreto 4.281 de 25 de junho de 2002. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n o 9.795, de 27 de abril de 1999, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n o 9.795, de 27 de abril de 1999, DECRETA: Art. 1 o A Política Nacional de Educação Ambiental será executada pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, pelas instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e demais segmentos da sociedade.

14 PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais Propõe-se que o trabalho com o tema Meio Ambiente contribua para que os alunos, ao final do ensino fundamental, sejam capazes de: identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente; perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural, adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do patrimônio natural, étnico e cultural;

15 observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida; adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis; compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente; conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente; perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio; compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia.

16 Diretrizes Curriculares da Educação Ambiental. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 2, DE 15 DE JUNHO DE 2012 Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Art. 8º A Educação Ambiental, respeitando a autonomia da dinâmica escolar e acadêmica, deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada e interdisciplinar, contínua e permanente em todas as fases, etapas, níveis e modalidades, não devendo, como regra, ser implantada como disciplina ou componente curricular específico. Parágrafo único. Nos cursos, programas e projetos de graduação, pós-graduação e de extensão, e nas áreas e atividades voltadas para o aspecto metodológico da Educação Ambiental, é facultada a criação de componente curricular específico.... Art. 11. A dimensão socioambiental deve constar dos currículos de formação inicial e continuada dos profissionais da educação, considerando a consciência e o respeito à diversidade multiétnica e multicultural do País.

17 TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E RESPONSABILIDADE GLOBAL Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica.

18 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E RESPONSABILIDADE GLOBAL A educação é um direito de todos, somos todos aprendizes e educadores. A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formais, não formais e informais, promovendo a transformação e a construção da sociedade. A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações. A educação ambiental não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado em valores para a transformação social. A educação ambiental deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar. A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas. A educação ambiental deve tratar as questões globais criticas suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica, em seu contexto social e histórico. Aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente tais como população, saúde, democracia, fome, degradação da flora e fauna devem ser abordados dessa maneira. A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, linguística e ecológica. A educação ambiental deve facilitar a cooperação mútua e equitativa nos processos de decisão em todos os níveis e etapas. A educação ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promover oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos. A educação ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado. A educação ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana. A educação ambiental deve promover a cooperação e o diálogo entre os indivíduos e instituições com a finalidade de criar novos modelos de vida, baseados em atender as necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero, idade, religião, classe ou mentais. A educação ambiental deve requerer a democratização dos meios de comunicação de massa e seu comprometimento com os interesses de todos os setores. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação de massa devem ser transformados em um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em base igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiência, métodos e valores. A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis. 16.A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites a exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.

19 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ProNEA Programa Nacional de Educação Ambiental, cujo caráter prioritário e permanente deve ser reconhecido por todos os governos, tem como eixo orientador a perspectiva da sustentabilidade ambiental na construção de um país de todos. Suas ações destinam- se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental – ecológica, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – ao desenvolvimento do país, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida. Nesse sentido, assume as seguintes diretrizes:

20 DIRETRIZES DO ProNEA: Transversalidade e Interdisciplinaridade. Descentralização Espacial e Institucional. Sustentabilidade Socioambiental. Democracia e Participação Social. Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente e outros que tenham interface com a educação ambiental.

21 OBJETIVOS DO ProNEA. Promover processos de educação ambiental voltados para valores humanistas, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que contribuam para a participação cidadã na construção de sociedades sustentáveis. Fomentar processos de formação continuada em educação ambiental, formal e não-formal, dando condições para a atuação nos diversos setores da sociedade. Fomentar a transversalidade por meio da internalização e difusão da dimensão ambiental nos projetos, governamentais e não-governamentais, de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida. Promover a incorporação da educação ambiental na formulação e execução de atividades passíveis de licenciamento ambiental. Promover a educação ambiental integrada aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente, bem como àqueles voltados à prevenção de riscos e danos ambientais e tecnológicos. Promover campanhas de educação ambiental nos meios de comunicação de massa, de forma a torná-los colaboradores ativos e permanentes na disseminação de informações e práticas educativas sobre o meio ambiente. Estimular as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas a desenvolverem programas destinados à capacitação de trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o meio ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente. ◦Difundir a legislação ambiental, por intermédio de programas, projetos e ações de educação ambiental.

22 PORQUE ESTUDAR A EDUCAÇÃO AMBIENTAL? Como é amplamente sabido, o homem está envenenando a Terra. Constrói sua autodestruição de forma bem acelerada, nos dias de hoje. Parece lutar contra o tempo na demolição de seu hábitat, de sua casa. A atual contaminação ambiental pela poluição é tão extensa, tão profunda e tão generalizada que atinge, a um só tempo, a água, a terra e o ar, ocupando os mais distantes pontos do planeta, desde as áreas terrestres menos habitadas, até os mais perdidos recantos oceânicos (PIETRE, 1989. 59-60).

23 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA: TÁ NA LEI… A aprovação da Lei nº 9.795, de 27.4.1999 e do seu regulamento, o Decreto nº 4.281, de 25.6.20021, estabelecendo a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), trouxe grande esperança, especialmente para os educadores, ambientalistas e professores, pois há muito já se fazia educação ambiental, independente de haver ou não um marco legal. Porém, juntamente com o entusiasmo decorrente da aprovação dessas legislações, vieram inevitáveis indagações: Como elas interferem nas políticas públicas educacionais e ambientais? O direito de todo cidadão brasileiro à educação ambiental poderá ser exigido do poder público e dos estabelecimentos de ensino? Quem fiscaliza e orienta o seu cumprimento? Existe ou deveria existir alguma penalidade para as escolas que não observarem essas legislações ?

24 ... A NECESSIDADE DE UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL A trajetória da presença da educação ambiental na legislação brasileira apresenta uma tendência em comum, que é a necessidade de universalização dessa prática educativa por toda a sociedade. Já aparecia em 1973, com Decreto nº 73.030, que criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente explicitando, entre suas atribuições, a promoção do “esclarecimento e educação do povo brasileiro para o uso adequado dos recursos naturais, tendo em vista a conservação do meio ambiente”. A Lei nº 6.938, de 31.8.1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, também evidenciou a capilaridade que se desejava imprimir a essa dimensão pedagógica no Brasil, exprimindo, em seu artigo 2º, inciso X, a necessidade de promover a “educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente”.

25 A FORMAÇÃO DO EDUCADOR... ◦Concepções pedagógicas – sugerem processos diferenciados = propor proposta pedagógica emancipatória detentor de conhecimentos e habilidades no campo ambiental e educacional, permitindo: 1 construir e reconstruir, num processo de ação e reflexão, o conhecimento sobre a realidade, de modo dialógico com os sujeitos educativo, envolvidos no processo educativo, no sentido de superar a visão fragmentada da realidade; 2 atuar como catalizador sem neutralidade de processos educativos que respeitem a pluralidade e diversidade cultural, fortaleçam a ação coletiva e organizadora, articulem aportes de diferentes saberes e fazeres e proporcionem a compreensão da problemática ambiental em toda a sua complexidade;

26 Metodologias e Práticas da Educação Ambiental, um diálogo inicial A sociedade da chamada pós-modernidade nos remete à reflexão sobre as formações/modelos rígidos e ortodoxos, tanto os positivistas quanto os marxistas, os quais não nos permitiram a percepção de que somos seres constitutivos do meio social e natural; O paradigma da ciência moderna, que separa em partes os fenômenos naturais/sociais sob a perspectiva da parcialização do conhecimento, tem refletido na educação uma epistemologia também parcializada. O ser humano tem sido educado para reproduzir práticas sociais que compreendem que o ambiente natural/social é dissociado de relações e interdependências; Estudos e debates têm sido produzidos na última década e nesse início de século considerando que o pensamento do homem, formatado dentro de uma concepção cartesiana de mundo, é que fragmenta/parcializa a sua compreensão da realidade natural/social.

27 De acordo com Santos (2000, p. 171-72): "Vivemos em um mundo complexo, marcado na ordem material pela multiplicação incessante do número de objetos e na ordem imaterial pela infinidade de relações que os objetos nos unem. (...) Nosso mundo é complexo e confuso ao mesmo tempo, graças à força com a qual a ideologia penetra objetos e ações. (...) Na era da ecologia triunfante é o homem quem fabrica a natureza ou lhe atribui valor e sentido, em curso ou meramente imaginários". Frente a este emaranhado de ideias e de valores, o homem atual minimiza o valor à natureza, se relacionando pela lógica mercantilista-exploradora. Deste contexto confuso nasce, por outro lado, uma ótica mais sensível de verdadeiro sentimento à natureza que desperta para problemas do presente, agravos futuros e conscientiza para atitudes necessárias que estão diretamente ligadas à sua reintegração com o ambiente.

28 ... ◦... é fundamental entender que o conhecimento é produzido a partir do próprio sujeito e da sua inserção no universo/sociedade, observado na multiplicidade de facetas que o constituem como humano. A partir desse entendimento, se focaliza a importância da intensa e extensa rede de relações que se interconectam, numa interdependência entre todos os processos sociais e naturais que configuram a própria humanidade e que traçam a teia de comunicações entre os diferentes sujeitos nos quais essa humanidade se faz presente

29 Percepção da Educação Ambiental. ◦“A tarefa da educação é formar seres humanos para o presente, para qualquer presente, seres nos quais qualquer outro ser humano possa confiar e respeitar, seres capazes de pensar tudo e fazer tudo o que é preciso como um ato responsável a partir de sua consciência social”. (Maturana & Rezepka)

30 ... PERCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. A Educação Ambiental (EA), no discurso dos processos sociais instituintes, nasce da sensibilidade de aliar conhecimento científico, tecnológico, artístico e cultural com uma nova consciência de valores de respeito aos seres humanos e aos recursos naturais, com perspectivas de formar uma consciência ambiental através da difusão de novos valores resultando talvez numa dimensão culturalmente consciente de atitudes ecológicas. Como destaca Carvalho (2003, p. 29), o grande desafio da EA se passa em nível ético. O fato de reservar especial atenção à dimensão ética do fazer Educação Ambiental, mais dirigida a sua prática, advém igualmente do fato de não querer apresentá-la como uma espécie de "remédio milagroso" solucionador de todos os problemas ambientais. A ética deve ser o leme que irá direcionar o pensamento ideológico que a EA será capaz de despertar e que esteja compromissada com a busca da justiça social.

31 Como bem destaca Quintas ( 1997, p. 79): "A prática da EA deve ter como um de seus pressupostos, o respeito aos processos culturais característicos de cada país, região ou comunidade.(...) Isto significa reconhecer que há diferentes modos de relacionamento homem-homem e homem-natureza. Na sociedade brasileira esses diferentes modos de relacionamento determinam a existência de conhecimentos, valores e atitudes que devem ser considerados na formulação, execução e avaliação da prática da EA." A EA deve estar presente em todos os ambientes: escolas, praças, família e comunidade. Atualmente os eventos que tratam da temática ambiental são importantes espaços de discussão e realização de atividades formativas através de cursos, grupos de trabalhos, oficinas etc. Em uma dimensão maior, a EA vem despertar para a conscientização da capacidade que temos de assumir estratégias de desenvolvimento diferente das que se tem hoje, uma estratégia ética que integre crescimento econômico com justiça social que desencadeie num desenvolvimento sustentável.

32 ... Essa constatação remete a uma preocupação que tem nos instigado continuamente em nossa prática universitária, qual seja a da formação dos futuros professores em nossos cursos de Licenciatura. A concepção linear e disciplinar de currículo que vem caracterizando nossas instituições de Educação Superior, ainda está longe de ser superada. Os enfoques de conteúdos e práticas têm se limitado, na maioria das vezes, à reprodução e/ou apropriação dos saberes cientificamente considerados pela academia, deixando de lado os vínculos e as possibilidades de construção de outros saberes oriundos das práticas escolares dos demais níveis de ensino, bem como as representações sociais, os valores instituídos e instituintes, a produção de sentidos a partir das próprias experiências dos sujeitos do processo educativo.

33 Agenda 21. A Agenda 21 é um programa de ações recomendado para todos os países nas suas diversas instâncias e setores para colocarem em prática a partir da data de sua aprovação – 14 de junho de 1992 e ao longo de todo século 21.

34 CAPITULO 36 PROMOÇÃO DO ENSINO, DA CONSCIENTIZAÇÃO E DO TREINAMENTO O ensino, o aumento da consciência pública e o treinamento estão vinculados virtualmente a todas as áreas de programa da Agenda 21 e ainda mais próximas das que se referem à satisfação das necessidades básicas, fortalecimento institucional e técnico, dados e informações, ciência e papel dos principais grupos...

35 TEXTOS RECOMENDADOS PARA LEITURAS COMO SUBSIDIOS A FUNDAMENTAÇÃO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES – EDUCAÇÃO AMBIENTAL A EDUCAÇÃO TRADICIONAL, A EDUCAÇÃO NOVA E A EDUCAÇÃO CRITICA....Para compreender as formulações teóricas dos professores que desenvolvem atividades que contribuem para a formação de educadores ambientais nas universidades, com o objetivo de identificar características da pedagogia da educação ambiental... ◦DOCÊNCIA TRANSDISCIPLINAR: REFLEXÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE ◦-...Os estudos sobre transdisciplinaridade nos envolvem e pensamos que, em seus conceitos, encontramos respostas para as dificuldades educacionais, para a falta de sentido das propostas curriculares, para a apatia e para as questões éticas envolvendo a vida em sociedade. ◦Reconhecemos, no entanto, a lacuna para que tais ideias cheguem à sala de aula, onde convivem diferentes paradigmas educacionais. Nem sempre empregados conscientemente por parte dos professores. Sentimos então a necessidade de focar nossas atividades de pesquisa convergindo para a estruturação de cursos que discutam à docência transdisciplinar como proposta efetiva na formação de professores.

36 A FORMAÇÃO CRITICA DE PROFESSORES NO CONTEXTO DA PERSPECTIVA: CIÊNCIA, TECNOLOGIA SOCIEDADE E AMBIENTE -...Apresenta uma discussão teórica sobe a formação crítica de professores conforme a perspectiva Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente... O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: COMPLEXIDADE E PERPELEXIDADE NA SUA INSTRUMENTAÇÃO EM PROCESSOS EDUCATIVOS -...Conforme ao que foi aprovado em Johanesburgo, propõe-se agora uma convergência dos acordos sobe educação subscritos em diversos eventos internacionais, para dar, presuntivamente, maior coerência ao cumprimento dos assumidos. Especificamente, em matéria educativa, acordou-se integrar o Plano de Aplicação do Desenvolvimento Sustentável delineado em Johanesburgo, na África do Sul (26/08 a 04/09/2002, nas metas da Cimeira do Milênio das Nações Unidas. ◦AS CONTRIBUIÇÕES DE VYGOTSKI NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS ◦-... A obra de Vygotski está sendo revista, para se construir novos questionamentos e fazendo outras sínteses na busca de sistematizações de conceitos a partir de pressupostos e categorias fundamentais da abordagem sócio-histórica. O interesse pelo autor deve-se ao caráter revolucionário da sua proposta psicológica, estética e pedagógica, superando os limites estabelecidos pelas áreas do conhecimento em razão da qualidade interdisciplinar dos seus escritos e da sua abordagem histórica e social do homem e dos processos psicológicos.

37 EPISTEMOLOGIA ECOLÓGICO-EDUCATIVA -...O desenvolvimento da pesquisa em Ecologia tem demonstrado a necessidade da discussão e da implementação de uma fundamentação teórica que permita a incorporação da dimensão ecológica nos diferentes processos e projetos educativos no âmbito da educação ambiental não escolarizada. COLOCANDO EM PRÁTICA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Se quisermos viver em uma sociedade que valoriza a vida, sob todas as formas, é necessário que passemos a ensinar e a vivenciar com nossos alunos uma prática de ensino que auxilie a construção do conhecimento e que possibilite o desenvolvimento da autonomia, baseada no respeito mútuo e na reciprocidade. AS BASES INTERNACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Se existe uma referência para quem quer fazer educação ambiental, ela está nos documentos finais da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, 1977. EDUCAÇÃO AMBIENTAL APLICADA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM - Analisa as possibilidades de aplicação da Educação Ambiental em ambientes virtuais de aprendizagem de forma contextualizada e crítica a partir dos seguintes objetivos específicos: -- investigar os principais desafios na aplicação da EA em ambientes virtuais de aprendizagem; -- pesquisar as principais aplicabilidades dos ambientes virtuais de aprendizagem para a EA; -- verificar os recursos necessários para que a EA seja inserida no combate às desigualdades sociais.

38 INTERDISCIPLIARIDADE - Professores e educadores em geral expressam sua compreensão a partir de uma leitura imediata e linear do próprio termo interdisciplinaridade. ASPECTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Existe um certo acordo entre os estudiosos que se dedicam à temática da interdisciplinaridade, quando afirmam que existe a necessidade de superarmos o ensino de disciplinas isoladas que resultam na fragmentação da realidade, e adentrarmos o campo da interdisciplinaridade, visando a formação global do homem. INTERDISCIPLINARIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: EXPLORANDO NOVOS TERRITÓRIOS EPISTÊMICOS - A busca da interdisciplinaridade caracterizou alguns dos principais debates sobre a educação durante grande parte da segunda metade do século XX. CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A FORMAÇÃO PERMANENTE DOS PROFESSORES E A PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENE - A formação de professores em educação ambiental é uma necessidade reconhecida desde a realização da Conferência de Tbilisi e ao longo dos inúmeros congressos e debates que a sucederam.


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