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29/11/20081 UM POUCO DE HISTÓRIA DO NOSSO BRASIL JOÃO CÂNDIDO: O ALMIRANTE NEGRO.

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Apresentação em tema: "29/11/20081 UM POUCO DE HISTÓRIA DO NOSSO BRASIL JOÃO CÂNDIDO: O ALMIRANTE NEGRO."— Transcrição da apresentação:

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2 29/11/20081 UM POUCO DE HISTÓRIA DO NOSSO BRASIL JOÃO CÂNDIDO: O ALMIRANTE NEGRO

3 29/11/20082 O noticiário televisivo deu ênfase à inauguração (?) da estátua do “Almirante Negro" (a “GLOBO" chegou, até, a informar que a revolta se dera por uma pena de 250 açoites, a serem aplicados a um marinheiro transgressor). Entretanto, a verdade é, como sempre, "um pouquinho diferente" e, por mais que os petralhas de plantão tentem reescrever a história do Brasil, a memória sempre fica...

4 29/11/20083 ESTÁTUA NA PRAÇA 15 - RJ

5 29/11/20084 JOÃO CÂNDIDO E A REVOLTA DA ARMADA GILBERTO ROQUE CARNEIRO CMG (RM1)

6 29/11/20085 JOÃO CÂNDIDO FELISBERTO

7 29/11/20086 Pior é que João Cândido, um marinheiro velho, de trinta anos, não foi um amotinado naquela revolta. O motim vinha sendo urdido por marinheiros novos, vindos das novas Escolas de Aprendizes do Nordeste, mais intelectualizados e cooptados por políticos. O Marechal Hermes da Fonseca assumira há uma semana. Tinha derrotado Rui Barbosa nas urnas. Trazia de volta os militares ao poder, que haviam perdido desde a saída de Floriano Peixoto, quinze anos antes.

8 29/11/20087 A Revolta dos Marinheiros em 1910 eclodiu no Encouraçado Minas Gerais, recém recebido na Inglaterra. Na véspera o Comte. Batista das Neves havia punido um marinheiro com 25 chibatadas, a pena máxima prevista em lei. Cumpria o doloroso dever dos Comtes. ao julgar um subalterno que havia navalhado no rosto um companheiro dormindo. Como os ânimos estavam exaltados, resolveu dormir a bordo após voltar de um jantar num navio estrangeiro, na bóia, com o navio fundeado na Baía da Guanabara. Dispensou seu Ajudante-de-Ordens no portaló e rumou para o camarote, sendo tocaiado e trucidado por golpes de machado do CAV. Era cerca de meia noite. Instalou-se grande confusão a bordo, com mortos e feridos. Não era um motim de marinheiros contra oficiais. Muitos subalternos lutaram junto aos oficiais. Outros navios, também fundeados, imaginaram que a revolta política havia começado, alguns aderiram. Na verdade, adrede marcada, eclodiria quinze dias depois, como eclodiu no Batalhão Naval, onde hoje está o CGCFN.

9 29/11/20088 João Cândido, entrara para a Marinha em Rio Grande, pelas mãos do então CF Alexandrino de Alencar, de cuja família era cria, com quinze anos de idade. Em 1910, amigo dos Oficiais, principalmente por sua ligação com o ex-Ministro Alexandrino,que acabara de deixar o poder, foi encontrado pelos verdadeiros revoltosos, escondido nas entranhas do “Minas Gerais”, e forçado a entregar o manifesto da revolta aos Deputados que rumavam para o navio numa lancha. Na verdade um só deputado, Oficial da MB na Reserva, aceitou a incumbência. Esse documento, cujo original está arquivado no SDGM, escrito a mão, por gente letrada, estava pronto e tinha data posterior ao dia da entrega. Nada falava sobre castigos físicos, sim da vida dura da guarnição, rancho ruim, falta de pessoal, soldos baixos, etc. A chibata, deflagadora do motim no “Minas”, abortando o movimento, foi o pretexto arranjado pelos políticos, para militarizá-lo e cair fora das consequëncias. Políticos debateram no Congresso, que como sabem ficava na Cinelândia, sob a hipótese de bombardeio do Centro da cidade. Os jornais divulgavam as notícias, alarmando a população.

10 29/11/20089 O Presidente Hermes da Fonseca fora Ajudante-de- Ordens de seu tio, Deodoro da Fonseca, quase duas décadas antes, quando assistiu à sua deposição em condições semelhantes. Tudo indica que o movimento, de maior abrangência do que foi divulgado, pretendia depô-lo. Mas provas não existem. Após o pesado bombardeio ao Batalhão Naval, comandado pelo Gen. Menna Barreto, cujo Estado-Maior ocupou o Edifício Tamandaré, da Marinha, muitos documentos foram destruídos, inclusive depoimentos colhidos nos diversos inquéritos em andamento.

11 29/11/200810 Esta história toda custou a ser estudada, principalmente pela vergonhosa participação da Marinha. João Cândido, negro, analfabeto, filho de escravos, foi usado por décadas como suporte a políticos populistas e ainda está sendo. Gostou do papel glorioso que lhe atribuíram. Assim, a história de sua vida é deturpada. Declarou, no Inquérito, que era nascido na Argentina. Na verdade foi numa fazenda próxima à fronteira no Sul. Em 63, quando estávamos na Escola Naval, no navio hidrográfico Canopus, o Comte Varella e seu Imediato foram assassinados por um Marinheiro julgado e punido na véspera com a pena máxima, dez dias de prisão rigorosa, a golpes de "machados do CAV". Não acham muita coincidência? Por esta época fazia sucesso o único livro publicado sobre a dita Revolta da Chibata, em tom ideológico, por um jornalista chamado Edmar Morel, quase um incitamento à insubordinação de marinheiros. Nesta época, João cândido frequentava o Sindicato dos Metalúrgicos, a convite, para contar detalhes de sua gloriosa história. Foi nesse Sindicato que Marinheiros se abrigaram, estimulados pela inoperância do Presidente João Goulart, para desafiar os Chefes Navais e a Instituição.

12 29/11/200811 O Governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, recebeu e rendeu homenagens a João Cândido, já envelhecido, mas envaidecido pelas múltiplas e periódicas homenagens em diversas situações. Considero o valor desse cidadão por ter conseguido manter essa impostura por toda a vida e até depois da morte. O Alte. Hélio Leôncio Martins, historiador naval ainda vivo, primeiro Comte. do Nael Minas Gerais, estudou a fundo a "Revolta dos Marinheiros de 1910", documentou-se e publicou seu trabalho num livro de curta tiragem, na década de 80. Li-o em 1998, colhido numa estante do Clube Naval. Comparei-o com o do Edmar Morel, de 1963. Enquanto este só relata os jornais da época e o que dizia João Cândido, já senil, endeusando-o, o Alte. Leôncio produziu um trabalho encadeado, fartamente documentado, nada emocional, narrando fatos e deixando as conclusões para o leitor. Hoje tudo que ouço falar e vejo escrito na imprensa sobre o assunto, está pautado no livro do Morel.

13 29/11/200812 É pena! Fazer o quê. Recontar as mazelas da Marinha no passado? Faço isto sem prazer. Algumas vezes mandei estes escritos para a Imprensa. Fui ignorado. Não vende. A história ao contrário, sim. Recentemente a família de João Cândido foi indenizada no que foi contado nos jornais como anistia. Mas como? Ele já foi anistiado três vezes. A primeira, logo após a revolta, pelo Congresso. A Marinha não aceitou, prendeu-o junto com os outros, Teriam que pagar pelo menos pelo assassinato de Batista das Neves. Foi anistiado novamente depois, não seguindo para a Amazônia com os outros, para trabalhos forçados no Acre, na construção da Madeira-Mamoré. E agora, por influência da Ministra Marina Silva, pelo Congresso, com direito à indenização.

14 29/11/200813 O verdadeiro líder da Revolta, apareceu na década de 40, no interior da Bahia, contando a história do planejamento, urdido numa casa próxima ao Campo de Santana, no Rio de Janeiro, onde se reunia com civis. Chegou a escrever uma carta anônima para o SDGM, desmascarando João Cândido. Chamava-se Francisco Martins. Apurou-se que ele não servia no “Minas”, mas num dos navios engajados. Estranhamente conseguiu dar baixa da Marinha uma semana depois, silenciosamente. O Cabo Anselmo, líder da insubordinação dos marinheiros em 64 também está vivendo na clandestinamente. Vem tentando conseguir anistia, promoção e indenização. Conseguirá? Agora vejo transferirem a estátua de João Cândido para a Praça XV. Estava no Museu da República há pouco tempo. Com tristeza.

15 29/11/200814 LAMENTÁVEL ALFREDO KARAM Almirante-de-Esquadra Ex-Ministro da Marinha

16 29/11/200815 Um triste acontecimento na História do Brasil e da sua própria Marinha foi a " Revolta de 1910", um fato deplorável, um motim planejado e premeditado que causou mortes e sofrimentos de pessoas, principalmente no Encouraçado "Minas Gerais", onde estava servindo João Candido Felisberto, um marinheiro de raça negra, um suposto líder e mentor do movimento, mas que, na verdade obedeceu ao sinal ou a ordem de outros cúmplices, para dar início às danosas ações que se desenvolveram. À João Candido, hoje batizado de Almirante Negro, por aqueles que desconhecem o seu verdadeiro comportamento, coube posteriormente apenas negociar a anistia. Naquele episódio, vários oficiais, sargentos e marinheiros foram sacrificados, enquanto instalações e materiais diversos foram danificados,sobressaindo o massacre a que foi submetido o então Comandante do "Minas Gerais" que teve o seu corpo desrespeitado por um dos revoltosos que ainda urinou sobre seu cadáver. Num curto espaço de tempo, estava também ocorrendo uma crise institucional de extrema gravidade, ameaçando inclusive a cidade do Rio de janeiro, na época, a capital do País.

17 29/11/200816 Tal episódio deve ser considerado como uma ruptura do preceito hierárquico, uma vez que, na Marinha do Brasil as reivindicações dos subalternos, em via de regra, quase sempre obtiveram a compreensão, o reconhecimento e o respaldo para decisão superior, por meio de argumentações e diálogos entre as partes envolvidas. Assim, em hipótese alguma, aquele movimento não pode ser interpretado como ato de bravura ou de caráter humanitário e a Marinha deste País, estou certo, jamais reconheceria qualquer heroísmo naquelas ações desencadeadas pelos amotinados. Portanto, no meu entender, não existiu a menor justificativa para que fosse homenageado um "Falso Herói", na ocasião em que se comemora o "Dia da Consciência Negra", com a colocação de uma estátua daquele indisciplinado marinheiro na Praça XV, nesta cidade, num evento que contou com a presença de autoridades, notadamente a do Comandante Supremo das Forças Armadas – O Presidente da República.

18 29/11/200817 Considero mesmo que, no dia 20 de novembro de 2008, a nossa imaculada Marinha do Brasil foi desprestigiada, Marinha que sempre esteve presente em defesa da nossa soberania, desde quando atuou para consolidar a nossa independência, como também, nas duas Guerra Mundiais que eclodiram nos idos de 1914 a 1918 e de 1939 a 1945.

19 29/11/200818 ENCOURAÇADO “MINAS GERAIS” SENDO LANÇADO AO MAR EM 1908, EM LONDRES

20 29/11/200819 ENCOURAÇADO “MINAS GERAIS” (1910)

21 29/11/200820 FILME ‘MEMÓRIAS DA CHIBATA” - 2006

22 29/11/200821 CRÉDITOS FORMATAÇÃO: geordandi2008@gmail.com


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