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1 Ciências Naturais e suas Tecnologias AULA DIGITAL BIOLOGIA 49. Regulação Osmótica e Excreção.

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1 www.sistemacpv.com.br 1 Ciências Naturais e suas Tecnologias AULA DIGITAL BIOLOGIA 49. Regulação Osmótica e Excreção

2 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 2 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Índice Osmorregulação Os Osmorreguladores Excreção Produtos da Excreção Tipos de Sistema Excretor Protonefrídeos / Tubos em H / Metanefrídeos Túbulos de Malpighi / Glândulas Verdes ou Antenais Glândulas Coxais / Néfrons Sistema Urinário Humano Anatomia Estrutura dos Rins Vasos Sanguíneos A Estrutura e o Funcionamento dos Néfron Regulação Renal / Micção Doenças Relacionadas ao Sistema Urinário

3 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 3 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Regulação Osmótica e Excreção Nos metazoários, geralmente as células estão imersas nos fluidos corporais. A manutenção de uma composição química equilibrada desses fluidos internos ocorre por meio de um processo chamado homeostase, fundamental para a sobrevivência do organismo. Todos os sistemas fisiológicos dão a sua contribuição para que ocorra a homeostase. entretanto, o sistema excretor é geralmente o mais importante e contribui fundamentalmente por meio da: a)Osmorregulação: que é a manutenção da pressão osmótica ideal dos fluidos internos do corpo (normalmente com valores próximos aos da pressão osmótica das células, às vezes muito diferente dos valores do meio externo). Inclui-se aí a manutenção das concentrações internas ideais (ou o mais próximo possível) dos nutrientes orgânicos e inorgâncios necessários para uma sobrevivência normal e saudável. b)Excreção: que é a eliminação dos resíduos tóxicos — excretas — do metabolismo celular, pelas células para o fluido extra-celular; poderiam causar a intoxicação do organismo se não fossem constantemente descartados.

4 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 4 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Osmorregulação Alguns animais aquáticos (os osmoconformes) não precisam de nenhuma atividade osmorreguladora, por possuírem fluidos praticamente isotônicos (concentrações iguais às do meio externo). Outros animas (os osmorreguladores) sustentam uma diferença de concentração osmótica entre os meios interno e externo.

5 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 5 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Os osmorreguladores Os peixes ósseos marinhos mantêm o sangue hipotônico em relação à água do mar; por isso, eles estão continuamente perdendo água para o ambiente. Para compensar essa perda, bebem água do mar e retiram o excesso de sal pelas brânquias. Tartarugas marinhas possuem glândulas que se abrem junto aos olhos capazes de eliminar excesso de sal do corpo. Certas aves marinhas, como os albatrozes, possuem glândulas semelhantes. Muitos tubarões e arraias (peixes cartilaginosos) mantêm a concentração osmótica de seus fluidos internos em nível próximo ao da água do mar, conservando grandes concentrações de uma substância chamada ureia no sangue. Os rins desses animais controlam a concentração interna de ureia e são os principais responsáveis pelo equilíbrio osmótico. Mamíferos marinhos, como baleias e golfinhos, não bebem água do mar e regulam sua concentração osmótica também através dos rins.

6 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 6 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Os osmorreguladores – pg215 Os animais dulcícolas (de água doce) convivem com o problema oposto: o meio hipotônico causa constante entrada de água por osmose. O excesso de água é eliminado pela urina formada nos rins, causando uma perda de certos sais, que são repostos por meio de processos de absorção ativa dos mesmos nas brânquias. Esses animais aquáticos adaptados a ambientes específicos de alta ou baixa concentração osmótica são chamados estenoalinos e não resistem a ambientes diferentes daquelas a que são adaptados. Entretanto, existem animais que sobrevivem a ambientes com maior variação de salinidade (como em zonas de estuário): são os chamados eurialinos. Os animais terrestres precisam ingerir quantidades adequadas de água e sais e controlar eficientemente a perda dessas substâncias.

7 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 7 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Os osmorreguladores – pg215 Os vários tipos de revestimentos externos (como o exoesqueleto quitinoso dos artrópodes e o tegumento queratinizado dos vertebrados) reduzem a perda de água pela superfície do corpo em contato com a atmosfera. Os rins são os principais órgãos responsáveis pela manutenção do equilíbrio osmótico desses organismos, realizando compensações quando a entrada de água e outros nutrientes se torna inconstante.

8 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 8 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Os osmorreguladores

9 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 9 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Os osmorreguladores

10 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 10 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Excreção Produtos da excreção A principal substância excretada pelas células dos animais é a amônia (NH 3 ), produzida a partir do metabolismo de proteínas e seus aminoácidos. Por ser muito solúvel e extremamente tóxica, a amônia deve seguir seu caminho para fora do corpo diluída em água. Portanto, a eliminação dessa excreta nitrogenada cobra um alto preço em termos de perda de água corporal.

11 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 11 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Excreção Produtos da excreção Animais aquáticos não têm maiores dificuldades para sua reposição. Para os organismos terrestres, entretanto, a disponibilidade de água pode ser bastante limitada e a desidratação passa a ser um preço alto demais para a excreção. As adaptações para a resolução desse problema são diversas, mas um detalhe se destaca: o desenvolvimento de mecanismos químicos que transformam a amônia em outros resíduos menos tóxicos e menos solúveis e que podem ser eliminados com economia de água. Animais como os mamíferos, os peixes cartilaginosos, os anfíbios adultos e as tartarugas (répteis) transformam a amônia em ureia que, sendo menos tóxica e menos solúvel que a amônia, pode ser armazenada em maiores quantidades e eliminada com menos água.

12 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 12 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Excreção Produtos da excreção Já os insetos, os demais répteis e as aves transformam a amônia em ácido úrico que, sendo bem menos tóxico que a amônia e insolúvel em água, pode ser armazenado por longo tempo dentro do organismo e finalmente ser eliminado com pouquíssima água. Amoniotélicos são os animais cuja urina é rica em amônia. Ureotélicos são os animais cuja urina tem predominância de ureia (como os mamíferos): apresentam urina ainda líquida, embora menos abundante em água do que a dos amoniotélicos.

13 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 13 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Excreção Produtos da excreção Uricotélicos são os animais que apresentam ácido úrico como excreta predominante; apresentam uma urina tão seca que sua consistência é pastosa (a pasta esbranquiçada das aves e lagartixas), rica em cristais de ácido úrico. A produção de ureia e ácido úrico ocorre no fígado por meio de um complexo de reações químicas chamado ciclo da ornitina. Uma certa quantidade de aminoácidos perde o grupo NH 2 que se combina com dióxido de carbono para formar uréia (CN 2 H 4 O).

14 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 14 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Excreção Produtos da excreção

15 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 15 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Esponjas e cnidários não possuem órgãos excretores: as excretas são eliminadas de cada célula do corpo para o meio circundante passivamente, por difusão. Os demais grupos de metazoários apresentam diferentes sistemas especializados em eliminar excretas.

16 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 16 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Protonefrídeos: são também chamados células flama ou solenócitos e são típicos dos platelmintes. Consistem em células ciliadas que absorvem líquido corporal presente entre as células e, portanto, cheio de excretas. Por meio do batimento dos cílios, envia o líquido para um tubo que se liga a um sistema de canais interligados que se abrem em poros na superfície do corpo.

17 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 17 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Trata-se de uma célula muito grande que assume o formato de dois tubos longitudinais que se unem por uma ligação transversal anterior, da qual sai um pequeno ducto que se abre num poro excretor próximo à boca. O sistema capta líquido da cavidade corporal (pseudoceloma) e o elimina através do poro excretor. Tubos em H: encontrados em nematelmintes, como a lombriga.

18 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 18 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Metanefrídeos: são tubos abertos nas duas extremidades, uma delas em forma de funil com borda ciliada, o nefróstoma, que se abre para a cavidade do corpo e capta fluido corporal. Este atravessa um prolongamento tubular delgado que finalmente se abre num poro na superfície do corpo: o nefridióporo. Nos anelídeos, há um par de nefrídeos em cada segmento localizados lateroventralmente. Cada nefrídeo capta líquido de um segmento e o nefridióporo se abre no segmento seguinte.

19 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 19 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Nos moluscos, geralmente há um ou mais nefrídeos, também chamados rins, cujos nefróstomas se abrem na cavidade que envolve o coração, o pericárdio. O fluido corporal é conduzido pelo tubo do néfron até o nefridióporo, que se abre na cavidade do manto. Ao longo do tubo do nefrídeo se encontram, muitas vezes, redes de capilares sanguíneos onde ocorre absorção de mais excretas e reabsorção de nutrientes, à semelhança do que acontece em néfrons de vertebrados.

20 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 20 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Túbulos de Malpighi: são típicos dos insetos, dotados de tubos com uma das extremidades ligadas ao intestino e outra de fundo cego (sem abertura). Esses tubos absorvem as excretas da hemolinfa (equivalente ao sangue) e as lançam no intestino, de onde são eliminadas juntamente com as fezes. Os artrópodes possuem sistemas excretores peculiares de cada um de seus grupos.

21 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 21 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Glândulas verdes ou glândulas antenais: são típicas dos crustáceos, com normalmente um par por indivíduo. Começam com a forma de uma bolsa (saco celômico) que absorve substâncias da hemolinfa, de onde passam para a região seguinte, a câmara glandular, onde ocorre reabsorção de substâncias úteis. A urina resultante segue pelo tubo excretor até uma dilatação (a bexiga), que finalmente se abre num poro excretor na base das antenas.

22 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 22 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Glândulas coxais: presentes em aracnídeos (alguns também apresentam túbulos de Malpighi), ficam localizadas na base das pernas e funcionam da mesma forma que as glândulas verdes.

23 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 23 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor Néfrons: são encontrados nos vertebrados, organizados em órgãos chamados rins. Podem ser classificados em três tipos:  pronefro (também chamado cefálico), com localização na parte anterior do corpo, segmentado, apresenta néfrons com nefróstoma, que capta líquido celomático; é encontrado apenas em ciclostomados;

24 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 24 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor  mesonefro, com localização na porção toráxica do corpo, segmentado, apresenta uma região chamada cápsula de Bowman, que retira excretas do sangue; em muitos casos, apresenta ramificações em forma de nefróstoma ainda ligada ao celoma; é encontrado em peixes, anfíbios e répteis;

25 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 25 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Tipos de sistema excretor  metanefro, tem localização posterior e dorsal, não segmentado; os néfrons perdem os nefróstomas e captam excretas apenas do sangue; é encontrado em aves e mamíferos.

26 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 26 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Sistema urinário humano Anatomia O sistema urinário humano é composto de:  2 rins: localizados na região dorsal, sob o diafragma, pouco acima da linha da cintura, um de cada lado da coluna vertebral; têm cor vermelha escura, formato de um grão de feijão, atingindo cerca de 10 cm de comprimento;  2 ureteres: tubos que saem cada um de um rim, conduzem urina até a bexiga;  1 bexiga: bolsa localizada no baixo ventre, envolvida por musculatura lisa, com capacidade total de armazenamento de cerca de 350 mL de urina num adulto normal;  1 uretra: tubo único que sai da base da bexiga e que conduz a urina para o meio externo; no homem, a uretra é o canal peniano que se abre na extremidade do pênis; na mulher, a abertura da uretra encontra-se na região vulvar, logo acima da abertura vaginal.

27 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 27 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Sistema urinário humano Anatomia

28 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 28 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Estrutura dos rins Cada rim está envolvido por uma cápsula formada por tecido fibroso e uma capa de gordura. Na parte mais externa, chamada córtex renal, estão localizados os néfrons, que são as unidades filtradoras de sangue. A parte mais interna, a medula, é formada por tecido conjuntivo e tubos coletores. Estes se fundem formando tubos cada vez mais grossos que, finalmente, formam a pelve, de onde sai o uréter.

29 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 29 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Estrutura dos rins Vasos Sanguíneos Na região côncava, os rins recebem cada qual um ramo da artéria aorta — as artérias renais — que se ramificam no interior dos rins, formando arteríolas capilares que levam o sangue do corpo para os néfrons, onde ocorrem os processos que regularizam a composição química do sangue. Este retorna para o corpo através de veias capilares, que vão se unindo em seu caminho para fora dos rins, formando finalmente a veia renal, que conduz o sangue para a veia cava inferior. A artéria aorta traz sangue arterial (rico em oxigênio) e rico em excretas para os rins que, ao mesmo tempo em que regularizam a composição química do sangue, consomem oxigênio nessa tarefa, transformando sangue arterial rico em excretas em sangue venoso pobre em excretas que então retorna através da veia cava para o coração e pulmões.

30 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 30 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL A estrutura dos néfrons Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. Cada rim possui cerca de um milhão dessas pequenas unidades, embora se possa viver uma vida normal com apenas 25% desse número. Essa reseva de néfrons é providencial, uma vez que a capacidade de regeneração dessas importantes estruturas é muito reduzida. Cada néfron é uma estrutura tubular formada por um tecido epitelial com trechos ricos em células dotadas de microvilosidades (dobramentos da membrana plasmática).

31 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 31 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL A estrutura dos néfrons A parte inicial desse tubo apresenta forma de taça — cápsula de Bowman — da qual se origina um tubo longo e tortuoso, o tubo do néfron, dividido em três regiões. A primeira é chamada tubo contornado proximal, por estar mais próxima da cápsula de Bowman. Ao reduzir seu diâmetro enquanto assume um percurso em forma de U, forma a segunda região, chamada alça de Henle, que é dividida em ramo descendente e ascendente. O ramo ascendente se engrossa novamente e se estende tortuosamente, formando a terceira região, tubo contornado distal, que termina num tubo coletor. Cada tubo coletor recebe a urina formada em vários néfrons unindo-se a vários outros para formar os diversos cones da pelve.

32 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 32 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL A estrutura dos néfrons O sangue segue seu caminho até a o néfron, conduzido por ramos capilares da artéria renal. Uma arteríola aferente ramifica-se no interior da cavidade da cápsula de Bowman, formando o glomérulo de Malpighi. Os capilares do glomérulo unem-se novamente, formando a arteríola eferente, que leva o sangue para fora da cavidade da cápsula e se ramifica, formando um conjunto de capilares que envolve o túbulo renal, os capilares peritubulares. Finalmente, depois de conduzir o sangue num trajeto ramificado ao redor do tubo renal, os vasos se unem novamente para formar uma vênula que se junta a outras até formar a veia renal. Assim, o trajeto do sangue pode ser resumido da seguinte forma: artéria aorta – artéria renal – arteríola aferente – glomérulo de Malpighi – arteríola eferente – capilares peritubulares – vênulas renais – veia renal – veia cava.

33 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 33 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL A estrutura dos néfrons

34 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 34 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL O funcionamento do néfron A função renal pode ser dividida em dois processos: a filtragem e a reabsorção. Filtragem: trata-se da passagem de substâncias do sangue para o tubo do néfron. No glomérulo de Malpighi, a pressão sanguínea provoca o extravasamento de moléculas dissolvidas no plasma, as quais passam para a cápsula de Bowman. As paredes capilares são permeáveis a pequenas moléculas e íons, como íons minerais, glicose, aminoácidos, hormônios, excretas nitrogenadas, água etc, mas são impermeáveis às proteínas sanguíneas, que são retidas e permanecem, juntamente com as células, nos vasos sanguíneos. O menor calibre dos vasos eferentes (saída do glomérulo) se comparado ao dos vasos aferentes (entrada do glomérulo) é um importante fator de ampliação da pressão sanguínea na região. O líquido que se forma no interior da cápsula de Bowman, chamado filtrado glomerular, teria a mesma composição do plasma sanguíneo não fosse pela ausência das proteínas plasmáticas. Assim, o sangue perde, na passagem pelo glomérulo, cerca de 98% da água e quase todos os compostos químicos que transporta e, portanto, entra no sistema de capilares peritubulares muito pobre, mas com alta pressão osmótica devido à grande perda de água e conservação de proteínas solúveis.

35 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 35 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL O funcionamento do néfron

36 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 36 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL O funcionamento do néfron Reabsorção: é o retorno de substâncias do tubo do néfron para o sangue. As paredes do tubo contornado proximal absorvem ativamente solutos como íons minerais, glicose, aminoácidos etc, que são devolvidos para o sangue. Há também retorno de água, que passa osmoticamente para os capilares da rede peritubular. Na alça de Henle, ocorre principalmente mais reabsorção de água, provocando um gradativo aumento da concentração do filtrado. No tubo contornado distal, ocorrem importantes processos envolvendo transporte ativo, sobretudo de K + e H +, o que mantém o pH sanguíneo num patamar adequado. A ureia não sofre reabsorção, constituindo-se como o soluto de maior concentração na urina de uma pessoa normal. Ao final do percurso, na entrada do tubo coletor, o filtrado transformou-se em urina, que segue seu caminho até a bexiga urinária. Embora o tubo coletor não faça parte da estrutura do néfron, nele também ocorre reabsorção de água. Diariamente os rins produzem cerca de 160 litros de filtrado glomerular, já que há processamento de cerca de 1,2 litros de sangue por minuto na soma dos dois rins. Disso resulta a formação de cerca de apenas 1,5 litros de urina por dia.

37 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 37 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL O funcionamento do néfron

38 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 38 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Regulação renal Há muitos fatores que interferem na formação de urina. Um dos mais importantes é o hormônio ADH (hormônio antidiurético), produzido no encéfalo — região do hipotálamo — e secretado para o sangue pela neurohipófise, que estimula a reabsorção de água nos tubos renais. Quando o sangue, por algum motivo, fica mais concentrado, os receptores osmóticos do hipotálamo automaticamente estimulam a secreção de ADH, que aumenta a reabsorção de água, reequilibrando a pressão osmótica. Consequentemente, haverá redução de diurese (eliminação de urina) e a urina se torna mais concentrada. A aldosterona é outro hormônio, produzido nas glândulas suprarrenais, que estimula a reabsorção ativa de sódio, o que aumenta a pressão osmótica do sangue nos capilares peritubulares, levando à intensificação da reabsorção de água e, portanto, reduzindo o volume de urina. Quando ocorre uma redução de pressão sanguínea, ocorre um incremento automático da secreção de aldosterona, levando à ampliação da retenção de água no sangue e, portanto, ao aumento do volume sanguíneo e regularização da pressão.

39 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 39 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Regulação renal Micção Conforme aumenta o volume da bexiga, suas paredes, revestidas de musculatura lisa, distendem-se ativando receptores de estiramento muscular. Tais receptores estimulam o sistema nervoso, produzindo uma sensação de urgência para esvaziar a bexiga e aliviar a pressão sobre os receptores de estiramento. O volume máximo varia entre 300 e 350 mL e a micção é voluntariamente exercida, principalmente sobre um feixe de músculos circulares na base da bexiga, o ensfincter urinário que, quando relaxado, permite que a urina seja expelida pela pressão da parede muscular da bexiga. O estímulo nervoso para o relaxamento do esfincter é involuntário, mas é inibido voluntariamente. Quando essa inibição é voluntariamente retirada, ocorre a micção.

40 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 40 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Doenças relacionadas ao Sistema Urinário Hipertensão (pressão arterial aumentada) Pode ser aliviada por meio da administração de diuréticos que, de alguma forma, inibem a reabsorção de água no tubo do néfron, aumentando o volume urinário. Com isso, há redução do volume de água no sangue, o que leva a uma redução de pressão arterial. Geralmente, pessoas hipertensas são submetidas a uma dieta pobre em sal. O sódio (lembre-se que sal de cozinha é cloreto de sódio), como vimos, é ativamente reabsorvido nos tubos dos néfrons, o que causa um aumento da pressão osmótica do sangue que circula nos capilares peritubulares, elevando a reabsorção osmótica de água. Assim, o sal contribui para a retenção de água no sangue e, portanto, é considerado um fator hipertensivo.

41 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 41 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Doenças relacionadas ao Sistema Urinário Diabetes insipidus nefrogênico É um distúrbio devido ao qual os rins produzem grande volume de urina diluída, pois não respondem ao hormônio antidiurético e são incapazes de concentrar a urina. Isso pode causar um quadro de desidratação e as pessoas normalmente se queixam de sede constante. Essa doença pode ser hereditária. O gene responsável pelo distúrbio é recessivo e situa-se no cromossomo X. Por essa razão, apenas os homens apresentam sintomas. No entanto, as mulheres portadoras do gene podem transmitir a doença aos seus filhos.

42 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 42 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Doenças relacionadas ao Sistema Urinário Glomerulonefrite É uma das doenças renais mais comuns e consiste na formação de lesões nos glomérulos de Malpighi, com graves consequências para a função renal. A causa principal é uma disfunção do sistema imune (de defesa), que o leva a produzir anticorpos que atacam os glomérulos, ou seja, trata-se de uma doença auto-imune. A perda da função renal leva ao acúmulo de toxinas no sangue e, consequentemente, ao autoenvenenamento.

43 Ciências Naturais e suas Tecnologiaswww.sistemacpv.com.br 43 BIOLOGIA Capítulo 49 AULA DIGITAL Doenças relacionadas ao Sistema Urinário Cálculos renais São como pedras (as famosas pedras nos rins) formadas nos rins e na bexiga, devido ao acúmulo de minerais e/ou ácido úrico. Podem ser pequenas e imperceptíveis, eliminadas naturalmente pela urina como pequenos grãos de areia, mas também podem se tornar maiores e extremamente doloridas. As causas são diversas, desde fatores hereditários até alimentação inadequada (ingestão exagerada de proteínas, por exemplo) e baixa ingestão de água. Um importante fator preventivo contra esse mal é a ingestão constante de água, principalmente em regiões de clima quente.


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