SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010 21- 2242 3834- Fax-21-2232 3914- -

Apresentação em tema: "SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010 21- 2242 3834- Fax-21-2232 3914- -"— Transcrição da apresentação:

1 SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010 21- 2242 3834- Fax-21-2232 3914- e-mail- secretaria@ssvpbrasil.org.br www.ssvpbrasil.org.br Prêmio Direitos Humanos 2004 JUVENTUDEVICENTINA

2 AGIR

3 JUVENTUDEVICENTINA III – AGIR Compromisso Cristão e Vicentino da Juventude

4 JUVENTUDEVICENTINA Neste terceiro momento, vamos apresentar algumas ações ou modo de agir da Juventude Vicentina enfocando três pontos fundamentais: I.Busca do Novo; II. Desafios para a formação do “novo” na Juventude Vicentina; III. Compromisso Cristão da Juventude vicentina.

5 JUVENTUDEVICENTINA I. Busca do “Novo”: Na busca do “novo” é importante trabalhar em duas frentes prioritárias: a.Lutar contra a aporofobia: aporo = pobre; Aquele que não tem fortuna, excluído. Fobia = medo, afastamento de algo.Neste caso, seria a rejeição preconceituosa e/ou Ideológica que se tem dos Pobres e perpassa na sociedade de hoje. Assim “aporofobia” é o afastamento da realidade de Pobreza. É fechar os olhos a esta realidade; fazer julgamento preconceituoso dos Pobres. E esse não é o legado de São Vicente de Paulo e do Beato Frederico Ozanam.

6 JUVENTUDEVICENTINA b. Lutar contra a síndrome do “homo- adquiridor: A sociedade atual impulsiona para o consumismo. A máxima é adquirir sem saber se é necessário ou não. É a tentação de adquirir coisas sem necessidades. E o grande desafio para os Pobres e para os vicentinos que os assistem é saber distinguir o que é útil e indispensável para uma vida digna e saudável. Muitas vezes damos coisas para os Pobres que não são necessárias e deixamos de dar ou fazer aquilo que realmente é necessário para ter vida digna. A sociedade nos faz consumir mesmo sem necessidade ou se condições para tal.

7 JUVENTUDEVICENTINA II Desafios para a formação do “novo” na JV: a.Educar para a pertença associativa: A SSVP é uma associação de cristãos comprometidos, que procuram viver a fé pelo testemunho da caridade para com os Pobres. É a maneira de buscar a própria salvação, a salvação dos assistidos e de quantos se relacionam. É um jeito de ser Igreja nas conferências e nas casas dos Assistidos. O valor desse compromisso implica na participação semanal nas reuniões da conferência e na visita domiciliar aos Pobres. Este é o estilo de vida é o jeito de ser dos vicentinos.

8 JUVENTUDEVICENTINA b. Educar para a Criatividade: A juventude é criativa, dinâmica. É preciso encontrar meios criativos e dinâmicos de trabalho na conferência e junto aos Pobres. SVP dizia: “ A caridade é inventiva ao infinito”; E Frederico Ozanam sonha em “transformar o mundo numa grande rede de Caridade”. E a juventude de hoje não é diferente. Qual é o sonho da juventude hoje? O que a SSVP, pode oferecer para que a juventude do século XXI realize seus sonhos e seus anseios de mudar o mundo? De fazer diferente? De construir o novo? De usar sua criatividade?

9 JUVENTUDEVICENTINA c. Educar a intervenção no mundo A juventude vicentina é chamada a servir aos Pobres por vocação, a exemplo de Frederico Ozanam e seus amigos, a se empenhar na transformação das realidades de Pobrezas. Cada um deve ser agente de transformação: ajudar o Pobre a sair da situação de miséria; colaborar na construção de uma vida mais digna para os Pobres. Ajudar os jovens assistidos a se encontrarem, proporcionando-lhes um caminho de salvação, através do testemunho de vida.

10 JUVENTUDEVICENTINA A vivência da juventude vicentina se transforma em convivência, em amizade profunda. Uns apoiando outros, “juntos e misturados” como costumam dizer, para que a realidade que os cercam, possa ser transformada. O trabalho da JV é a expressão do “vivo amor” negado aos Pobres. Nesse sentido, como amigos fiéis entre si, unidos pela ternura do amor, os jovens vicentinos empenham-se para ajudar os Pobres. d. Educar na perspectiva que a mudança é possível:

11 JUVENTUDEVICENTINA e. Educar para a oração pró-ativa e para a contemplação na ação: Só quem é capaz de escutar o “grito dos Pobres” e interpretá-los poderá colaborar com o projeto de Deus para o mundo. Esta é uma definição de espiritualidade pró-ativa. E só quem enxerga além das aparências é capaz de viver esta espiritualidade. Pois é esta espiritualidade que motiva a JV lutar para que o plano de Deus se torne realidade. Este é o grande desafio da união entre a ação e a espiritualidade. Amar a Deus com a força da nossa juventude.

12 JUVENTUDEVICENTINA O jovem é dinâmico, entusiasta, faz projeção para o futuro próximo e distante. Quer ver e viver um mundo melhor e luta para isso. Compromete-se com transformações radicais, tanto as que dizem respeito a sua vida, quanto as que dizem respeito à vida de outrem ; à vida da sociedade. A espiritualidade da SSVP é de ação, e o jovem gosta disso: uma espiritualidade encarnada na partilha, na amizade e na solidariedade. Há no coração dos jovens uma vontade imensa de fazer algo para aqueles que necessitam. O que falta é apenas o encantamento por uma vida de amor e fraternidade.

13 JUVENTUDEVICENTINA III. Compromisso Cristão da Juventude Vicentina: 1. Vamos aos Pobres: Um jovem Saint-Simoniano, durante uma reunião de estudos, provoca Frederico Ozanam: “... A fé de vocês está nos livros e não nas obras; que fazem vocês para ajudar o pobres, os deserdados?”Com esse desafio, Ozanam e seus amigos são impulsionados a agir, passando dos debates e artigos escritos para a ação efetiva. E assim num ambiente de amizade, surge a SSVP, uma inspiração divina que vai unir o mundo nesta rede, principalmente a juventude. “É tempo de unirmos a palavra à ação e de demonstramos em obras a vitalidade de nossa fé” (Ferderico Ozanam)

14 JUVENTUDEVICENTINA Os jovens precisam de um encontro pessoal com Jesus Cristo, senão a espiritualidade e o trabalho vira algo “careta”, fora da realidade. É preciso encarnar em sua vida: “ Eu vos escolhi” (JO.15,16) “... Do encontro pessoal com Jesus Cristo nasce o discípulo, e do discipulado nasce o missionário.” (doc. 85 CNBB) Assim as etapas vão se complementando: 1.O jovem aprende a escutar o chamado de Cristo. 2. Busca uma vida interior de valores cristãos 3. Sai do individualismo e passa a pensar no outro.

15 JUVENTUDEVICENTINA 4. Participa de uma comunidade, no caso, das conferências vicentinas. 5. Sensibiliza-se como o Bom Samaritano. 6. Participa do trabalho efetivo e acolhedor. 7. Entende que a luta pela justiça é a evangelização. 8. Compromete-se de maneira decisiva na missão. 9. Doa ao próximo o melhor de si. 10. Assume de forma efetiva sua vocação. A vocação é fundamental no trabalho junto aos Pobres!

16 JUVENTUDEVICENTINA 2.Como ir aos Pobres: a. A Centralidade em Jesus Cristo evangelizador dos Pobres: O fundamento da missão vicentina é ter Jesus como centro da espiritualidade e do trabalho. Descobre e segue Jesus Cristo fixando o olhar nos Pobres. Vivendo perto deles, escutando- os, assistindo-os em suas necessidades. Dando-lhes o que comer, anunciando-lhes o Reino de Deus e caminhando a seu lado ajudando-os a encontrar um caminho melhor; anunciando-lhes que o Reino de Deus é para eles e deles. Só precisam tomar posse.

17 JUVENTUDEVICENTINA b. Amar a Jesus nos Pobres e amar os Pobres em Jesus: Os Pobres para os vicentinos é o Sacramento de Deus. Os Pobres, seus bairros, suas ruas, suas casas, asilos, hospitais... São “lugares santos” para os vicentinos. “Quando deixais a oração e a Santa Missa pelo serviço aos Pobres, não estão deixando de lado o essencial, já que servir aos Pobres é ir a Deus e tereis que ver Deus em suas pessoas. ” (SVP IX, 31)

18 JUVENTUDEVICENTINA c. Servir aos Pobres com uma caridade prática e concreta: - A tradição vicentina trabalha com a caridade prática. Este é o segredo do caminho da santidade vicentina. - As associações vicentinas são reconhecidas como pessoas que amam de maneira prática, concreta e efetiva. Amam a Deus no amor que tem aos Pobres. - Os vicentinos nasceram para buscar soluções aos problemas dos Pobres – soluções concretas a curto, médio e longo prazo.

19 JUVENTUDEVICENTINA d. Viver e servir com simplicidade e humildade: - Simplicidade: “O Espírito de Jesus é de simplicidade que consiste em dizer a verdade, em dizer as coisas tal como são, sem dissimular ou esconder nada” (SVP). Ele considerava a simplicidade como uma virtude que mais precisava de atenção. - Humildade: é o fundamento da perfeição; é o caminho que conduz à santidade. Jesus viveu de forma humilde. Desceu do Pai e viveu como um de nós. É a humildade que nos leva ao serviço dos Pobres. Sem humildade não há colaboração e transformação.

20 JUVENTUDEVICENTINA e. Servir os Pobres por meio do contato pessoal: - Os projetos para servirem aos Pobres não se faz de forma abstrata, mas a partir da vida deles, da história deles, de suas dificuldades, de suas feridas. Nada pode substituir o contato com os Pobres em seus domicílios. É a partir deles que conseguimos ajudá-los. - Existem elementos inseparáveis para isso: amor, escuta, solidariedade, amizade; pão e catequese; alimento e evangelização; conselho e prática. - Evangelho sem pão, o Pobre continua caído; - Pão sem evangelho, o Pobre continua dependente.

21 JUVENTUDEVICENTINA f. Os Pobres são mestres e senhores: - Segundo SVP, o Pobre é o Cristo desfigurado da Cruz, portanto são “nossos mestres e senhores”. - São senhores: devemo-lhes respeito e amor serviçal. Trabalhamos para sua libertação; - São mestres: nos ensinam a verdadeira fé. Libertam-nos de nosso egoísmo, de nosso orgulho, ensina-nos a sabedoria de Deus. Nos ensinam como Deus quer e ama as nossas ações.

22 JUVENTUDEVICENTINA g. Levar um amor afetivo e efetivo; criativo e contagioso: - Amor afetivo: amizade, acolhimento, companheirismo, carinho, zelo, cuidado. - Amor efetivo: é a transformação do afetivo em ações concretas e reais, ou seja, trabalho. - Amor criativo: organiza e inventa novas formas de servir e ajudar o Pobres. - Amor contagioso: cria laços, contagia, forma redes de serviço aos Pobres.

23 JUVENTUDEVICENTINA h. Deixar-se evangelizar pelos Pobres: - Os Pobres nos libertam de nossa miopia perante o mundo; nos libertam de nosso aburguesamento e isolamento dos problemas do mundo. - São eles que nos curam de nosso orgulho; - Aproximar-se dos Pobres é aproximar-se de Deus. - São eles que nos ensinam o amor e a solidariedade. - Jesus nos envia para curar suas feridas, mas são eles que vêm curando as nossas feridas. - São eles que nos apresenta um Deus de amor.

24 JUVENTUDEVICENTINA i. Carisma Vicentino é carisma missionário: - Ser missionário é ir ao encontro do outro, sai ao encontro do outro, leva a Boa Nova ao outro. - É ir aonde as necessidades espirituais e materiais são de miserabilidade. - É levar a esperança e a fé de um Deus real e presente. - É ir aonde ninguém vai, é ir aos “invisíveis” pela sociedade, ou seja, aos Pobres abandonados e vulneráveis. - É acolher Jesus que padece nos Pobres. Diante disso, todo vicentino é missionário da Boa Nova e da transformação das estruturas que massacram os Pobres.

25 JUVENTUDEVICENTINA l. Unidade na Diversidade: - A SSVP faz parte da Família Vicentina. - Os vicentinos são chamados a viver na unidade e na diversidade. - Na unidade: todos os ramos da FV vivem a espiritualidade de São Vicente de Paulo; - Na diversidade: cada ramo da FV trabalha em favor dos Pobres, mas cada um na sua especificidade. - Temos uma grande riqueza em comum: o carisma vicentino e somos uma grande força no mundo em nossa diversidade de trabalho. - A FV vive o conhecimento e trabalho de forma mútua, numa colaboração efetiva e afetiva.

26 JUVENTUDEVICENTINA. j. Maria na Espiritualidade Vicentina: - Maria é aquela que nos ensina a viver em união com Cristo, escutar a Palavra de Deus e nos encaminha para o serviço com amor e humildade. - Frederico Ozanam devoto de Maria, colocou a SSVP sob sua proteção; - Frederico Ozanam carregava consigo a Medalha Milagrosa quando fundou as conferências. - Escolheu a Festa da Imaculada Conceição de Maria como festa da SSVP. - Em sua humildade e humanidade, Maria nos ensina a viver como seu filho Jesus.

27 JUVENTUDEVICENTINA Concluindo A “rede de caridade” de Frederico Ozanam, precisa ser Igreja jovem no mundo, com entusiasmo, alegria, com trabalho de evangelização afetiva e efetiva. Portanto, sejamos jovens vicentinos, ousados, determinados, dinâmicos, entusiasmados! Jovens com fervor, com disposição de transformar o mundo dos Pobres em um mundo mais justo, mais humano e mais cristão. P.S. leiam o livro: “O rosto jovem da SSVP”, do confrade Mário Maringulo, um dos idealizadores das Comissões de Jovens, e lutador pelo espaço da juventude vicentina, até hoje.

28 SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO Sede Nacional- Rua do Riachuelo, 75, Centro Rio de Janeiro- RJ- CEP 20230 010 21- 2242 3834- Fax-21-2232 3914- e-mail- secretaria@ssvpbrasil.org.br www.ssvpbrasil.org.br Prêmio Direitos Humanos 2004 Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! ECAFO - CNB