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Poesia trovadoresca Cantigas de escárnio e maldizer

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Apresentação em tema: "Poesia trovadoresca Cantigas de escárnio e maldizer"— Transcrição da apresentação:

1 Poesia trovadoresca Cantigas de escárnio e maldizer
Texto analisado

2 Ai, dona fea, fostes-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: João Garcia de Guilhade fea: feia fea ora ora: agora mais loarei loarei: louvarei toda via toda via: de qualquer modo loar loar: louvar sandia: louca sandia se Deus mi pardom se Deus mi pardom: assim Deus me perdoe pois avedes [a] tam gram coraçom pois tendes tão grande desejo. loe loe: louve. em esta razom em esta razom: por este motivo. loaçom loaçom: louvor; elogio. Home~es pero muito trobei pero muito trobei: embora muito tenha trovado.

3 Quem é o SUJEITO POÉTICO?
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: Quem é o SUJEITO POÉTICO? Voz masculina (trovador), com atitude de escárnio / desprezo Home~es

4 Quem é o DESTINATÁRIO e ALVO DA CRÍTICA?
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: Destinatário: “dona fea” Quem é o DESTINATÁRIO e ALVO DA CRÍTICA? Mulher que, apesar de “feia, velha e sandia”, deseja ser louvada pelo trovador Mulher destituída de dons, mas que deseja ser cantada Home~es

5 Qual é o ASSUNTO da cantiga?
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: Qual é o ASSUNTO da cantiga? Ridicularização do amor cortês / crítica à arte poética das cantigas de amor, por meio do elogio irónico a uma “dona fea, velha e sandia” “Louvor” irónico (ridicularização da mulher descrita) Home~es

6 Qual é o GÉNERO LITERÁRIO da cantiga?
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: Qual é o GÉNERO LITERÁRIO da cantiga? A mulher visada na crítica não é identificada; o sujeito poético refere-se a ela apenas como “Dona fea” Cantiga de escárnio (crítica subtil, em que não se identifica concretamente a pessoa visada) Home~es

7 Como é realçado o carácter satírico da cantiga?
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: Sugestão de elogio, mas insinuação da ironia (“dona fea”) Como é realçado o carácter satírico da cantiga? Carácter satírico Antítese irónica entre o corpo da estrofe (sugestão de elogio, mas insinuação da ironia, no 1.º verso) e o refrão (carácter satírico) Apóstrofe e anáfora: realce do alvo de crítica (vv. 1, 6, 7, 12, 13, 18) Antítese irónica Apóstrofe e anáfora Home~es

8 Como se caracteriza FORMALMENTE
Ai, dona fea, fostes-vos queixar Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual será a loaçom: Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantar farei, e direi-vos como vos loarei: a Como se caracteriza FORMALMENTE a cantiga? a a B a B Cantiga de refrão Esquema rimático: aaaBaB /cccBcB / dddBdB c Refrão intercalar c c B c B Home~es d d d B d B

9 Tópicos de análise Esta cantiga de escárnio apresenta as seguintes características: o sujeito poético é uma voz masculina (trovador), sendo o destinatário e alvo das críticas uma mulher (“dona”); o trovador caracteriza a “dona” como “fea, velha e sandia”, imitando ironicamente a cantiga de amor e demonstrando uma atitude de escárnio e desprezo relativamente a uma mulher que, mesmo sendo destituída de dons (beleza, juventude e sensatez), deseja ser louvada; a sátira reside na ridiculização do amor cortês e na crítica à arte poética da cantiga de amor; o carácter satírico é realçado, sobretudo, pelo recurso à antítese irónica entre o corpo da estrofe e o refrão (cf. tripla adjetivação, com valor depreciativo, oposto ao sentido de “loar”) e à apóstrofe, reiterada em posição anafórica (“Dona fea”); formalmente, trata-se de uma cantiga de refrão, com o seguinte esquema rimático: aaaBaB / cccBcB / dddBdB.


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