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Economia Monetária II 18ª aula

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Apresentação em tema: "Economia Monetária II 18ª aula"— Transcrição da apresentação:

1 Economia Monetária II 18ª aula
Prof: Francisco Eduardo Pires de Souza

2 Ver ..\..\..\..\..\..\Biblioteca digital\Crise Financeira 2008\Pos Crise e Secular Stagnation\Japao_tx de juro negativa e petroleo.pdf

3 Recordando: Efeito de um aumento dos gastos públicos

4 Recordando: O pessimismo das elasticidades (b muito baixo e h muito alto) => armadilha da liquidez

5 Recordando: No debate americano do início da década de 1960, Robert Mundell colocou o debate em novas bases, ao inserir a questão no contexto de uma economia aberta. Mundell argumentou que, independente das elasticidades, a potência das políticas monetária e fiscal dependiam crucialmente, numa economia aberta, do regime de câmbio. Num regime de câmbio fixo, a política monetária seria inteiramente ineficaz, mesmo que as elasticidades fossem favoráveis (i.e., relativamente baixa elasticidade juros da demanda por moeda e alta elasticidade juros do investimento); por outro lado, a política fiscal seria mais eficaz do que numa economia fechada. Num regime de câmbio flutuante, ao contrário, a política monetária seria muito potente, enquanto que a política fiscal seria completamente ineficaz.

6 Nem todos os keynesianos da síntese neoclássica consideravam a política monetária ineficaz.
O “q” de Tobin: q = VF/CR Ou seja, é o quociente entre o valor de Mercado do capital instalado de uma firma (VF, normalmente medido valor de suas ações em bolsa) e seu custo de reposição (CR). Se o preço de uma ação de uma firma é $2 e o custo de aquisição dos ativos que compõe seu capital é $1, valerá a pena emitir ações e, com o valor arrecadado com a colocação das ações, investir em novos ativos fixos. Em outra palavras, com q>1 as empresas tem um incentive para aumentar seu estoque de capital porque este capital, uma vez instalado e produzindo bens e serviços será prercificado a um valor maior do que custou, a diferença resultando num lucro. q>1 é sinal para a firma comprar mais ativos de capital porque o valor presente de seus rendimentos futuros serão maiores do que seu custo. E o que tem a ver com a taxa de juros (e portanto com a política monetária)? Taxas de juros mais altas reduzem o valor de Mercado das firmas, reduzem q e portanto afetam negativamente o investimento.

7 A Política Monetária Keynesiana Horizontalista
Kaldor (keynesiano inglês), por razões diferentes das invocadas pela síntese neoclássica (investimento depende do espírito empreendedor, inovador, etc, e não dos juros), também defendeu o uso da política fiscal. Proposta: taxa de juros fixa (x proposta monetarista de fixar taxa de crescimento para os agregados monetários), compatível com crescimento. Banco Central concederia a liquidez necessária para atender à demanda dos bancos por reservas – que dependeria, por sua vez, da demanda por crédito de empresas e consumidores. A política monetária seria inteiramente passiva. i Ms Md M

8 Citação Tobin sobre novos clássicos e monetaristas
Tobin diz que os keynesianos não tinham uma resposta para o dilema entre inflação e desemprego (só tinham para as variáveis reais, ou seja, a produção e o emprego). E estavam devendo isso. No fundo, está dizendo que, para serem uma alternativa de fato, os keynesianos tinham que ter uma política para a inflação. Ele fala de política de rendas mas reconhece os problemas com ela. Porém, diz que os keynesianos, e se inclui aí, não podem aceitar a proposição dos novos clássicos, monetaristas e também policymakers de que o pleno emprego é aquele que for consistente com a estabilidade de preços, seja lá qual for a taxa de desemprego. Em suas palavras: “Neither are Keynesians prepared, as monetarists and new classical economists and policy makers often appear to be, to resolve the dilema tautologically by calling full employment whatever unemployment rate results from policies that stabilize prices”. Tobin, J., Policies for Prosperity, pág.11.

9 A Teoria da Política Monetária no Modelo Monetarista
A Taxa Natural de Desemprego Conceito é a taxa de desemprego para a qual tende a economia na ausência de intervenções por parte da política monetária. É uma taxa de equilíbrio, mas não igual em toda parte e nem imutável: depende de fatores estruturais e institucionais (preferências entre lazer e trabalho, mobilidade geográfica do trabalhador, existência de instrumentos para coletar e difundir informações disponibilidade de vagas e de trabalhadores capacitados, redes de proteção social, etc). Há dois tipos de desemprego quando a economia está na taxa natural: O desemprego friccional – temporário, decorrente das dificuldades de realocar um trabalhador desempregado em um novo posto de trabalho. O desemprego voluntário – decorre da preferência do trabalhador em usufruir do lazer a trabalhar pelo salário em vigor. Ou seja, da opção pelo lazer em vez da aquisição dos bens e serviços que podem ser obtidos como resultado do trabalho à remuneração vigente.

10 A curva de Phillips (1958) Na tradição keynesiana, há vários equilíbrios possíveis para o nível de renda (S=I), com diferentes taxas de desemprego, inclusive desemprego involuntário (como qualquer ponto à esquerda de E0 no gráfico à esquerda) Note que no gráfico da esquerda se estabelece uma relação entre as variáveis W e E, enquanto que no da direita entre W e U. A curva de Phillps (trade-off U x W) O Mercado de trabalho SE W Taxa de Desemprego (U) W P1 P0 U WU W0 F WF DE EU E0 EF Nível de Emprego (E)

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12 - P = f (U) A Curva de Phillips: Versão Samuelson-Solow
Supondo uma regra de mark-up: P = a C, onde C, o custo unitário do trabalho, é dado por: C = W/Q= wN/Q = w/(Q/N) = salário por trabalhador/produtividade do trabalho. P = f (U) - Samuelson e Solow estimaram que nos EUA, entre 1935 e 1960, o custo de se manter a estabilidade dos preços seria uma taxa de desemprego de 5,5%.

13 A curva de Phillips na versão Friedman (a) a hipótese das Expectativas Adaptativas
A hipótese das expectativas adaptativas: Pet = Pt-1 Ao assinar contratos de trabalho (por ex, acordos coletivos) os trabalhadores levariam em conta a inflação esperada que seria igual à inflação passada. Os empresários também tem suas expectativas inflacionárias determinadas pela inflação passada. Diante de uma expansão monetária e aumento da demanda, sobem seus preços mais do que no passado, mas inicialmente percebem o fenômeno como aumento da demanda no seu mercado e mudança do seu preço relativo (e não inflação)

14 A curva de Phillips na versão Friedman (b) a hipótese da taxa natural de desemprego
Conceito: Un é a taxa de desemprego para a qual tende a economia na ausência de intervenções por parte da política monetária. É única (hipótese da unicidade) e estável (hipótese da estabilidade, dado que U tende a convergir para Un) É uma taxa de equilíbrio, mas não igual em toda parte e nem imutável: depende de fatores estruturais e institucionais (preferências entre lazer e trabalho, mobilidade geográfica do trabalhador, existência de instrumentos para coletar e difundir informações disponibilidade de vagas e de trabalhadores capacitados, redes de proteção social, etc). Há dois tipos de desemprego quando a economia está na taxa natural: O desemprego friccional – temporário, decorrente das dificuldades de realocar um trabalhador desempregado em um novo posto de trabalho. O desemprego voluntário – decorre da preferência do trabalhador em usufruir do lazer a trabalhar pelo salário em vigor. Ou seja, da opção pelo lazer em vez da aquisição dos bens e serviços que podem ser obtidos como resultado do trabalho à remuneração vigente.

15 A curva de Phillips na versão Friedman (o mercado de trabalho)
Suponha: Mst-1constante, pt-1=0 => pet-1= 0 Porém (dMs/Ms)t= a, pt= a Empresários aceitam oferecer salários mais altos frente ao aumento da demanda Trabalhadores aumentam oferta de trabalho com a elevação dos níveis salariais, na suposição de que os preços permanecerão constantes Com aumento do emprego, taxa de desemprego cai abaixo da natural Mas isso só foi possível dada a ilusão monetária dos trabalhadores Porém, com a decepção, trabalhadores aprenderão para o próximo período. E0 SE EU Nível de Emprego (E) W DE U F EF

16 A curva de Phillips na versão Friedman (o mercado de trabalho)
Usando o diagrama com Salários Reais (W/P) no eixo vertical A aceitação do mesmo salário nominal, com preços mais altos, para um mesmo nível de emprego, corresponde a um deslocamento para a direita da curva de oferta de trabalho Com a decpção das expectativas inflacionárias e o fim da ilusão monetária, a curva de oferta de mão de obra voltaria à posição anterior. E0 SE EU Nível de Emprego (E) W/P W/PU W/P0 W/PF DE U F SE’ EF

17 p = pe

18 Consequências de diferentes políticas monetárias
O que ocorreria caso o governo depois de ter expandido a oferta de moeda em “t” (depois de um período de preços estáveis), se arrependesse e, em “t+1”, voltasse à expansão zero de M? p voltaria a zero em “t+1”, mas pe seria igual à inflação de “t” e portanto a curva de oferta de trabalho (em função do salário real) se deslocaria para a esquerda. O nível de emprego cairia e a taxa de desemprego iria para um nível acima da natural. Visto de outra forma, p-pe se tornaria negativo e U>Un C

19 Consequências de diferentes políticas monetárias
E se o governo depois de ter expandido a oferta de moeda em “t”, mantivesse a mesma expansão de M em “t+1”? p e pe se manteriam no mesmo nível, e a taxa de desemprego iria para o nível natural (ponto A).

20 Consequências de diferentes políticas monetárias
Por fim, e se o governo depois de verificar que, com o ritmo de expansão monetária em “t+1”, a taxa de desemprego voltou a Un, resolvesse insistir em baixar a taxa de desemprego para um nível abaixo de Un? Para isso seria necessário elevar ainda mais o ritmo de expansão monetária e de inflação. A ilusão monetária faria com que a curva de oferta de trabalho (em função do salário real) se deslocasse para a esquerda. O nível de emprego cairia e a taxa de desemprego iria para um nível acima da natural. Mas a redução do desemprego teria sido obtida graças à ilusão monetária e, quando os trabalhadores se dessem conta de que a inflação foi superior à esperada e o salário real caiu, incorporariam essa nova taxa de inflação às suas expectativas. A curva de oferta de trabalho se deslocaria para a esquerda, o nível de emprego se retrairia e a taxa de desemprego voltaria para Um.

21 A Curva de Phillips Aceleracionista (Friedman)
Como vimos antes, para que a taxa de desemprego permaneça abaixo da natural, seria necessário que os trabalhadores fossem iludidos continuamente. Para tanto seria necessário que o ritmo de expansão monetária e portanto (na visão monetarista) também o ritmo de alta dos preços (i.e., a inflação) fosse maior a cada período. dMt/M> dMt-1/M, para t = 0, 1 , 2, .... pt > pt-1, para t = 0, 1 , 2, ....

22 LL Em B, p’ > pe’ => U*<Un Porém, no período seguinte ... pe” = p’ > pe’ => U* = Un (ponto C) Se o governo tenta levar de novo U para U*<Un eleva dM/M e p, a economia vai para o ponto D E assim sucessivamente. O trade-off entre p e U seria apenas de CP e a LP a curva de Phillips seria vertical (LL)

23 Se o governo pratica políticas de expansão monetária a taxas crescentes, período após período, para manter a taxa de desemprego em U*, teríamos então a economia seguindo a trajetória A – B – C – D A curva de LP é vertical, em U*, com taxas de inflação crescente

24 Friedman x ativismo monetário
No modelo monetarista, como vimos, a política monetária só é eficaz a CP. A LP é neutra. Só altera a inflação. E só consegue manter U < Un, com p crescente e iludindo permanentemente os trabalhadores (i.e., levando-os a escolhas menos preferíveis do que aquelas que fariam caso não fossem iludidos). Esta seria uma 1ª razão para se opor ao ativismo monetário. Além do mais, a política monetária opera com defasagens (interna – entre choque e resposta das AM- e externa – entre resposta e seus efeitos sobre a economia) o que agrava a instabilidade do capitalismo. Por estas razões Friedman propõe o uso de regras em lugar da discricionariedade (ativismo). Tipo expansão preanunciada de uma taxa de expansão de M (algo entre 3% e 5%) capaz de acomodar crescimento do produto e alguma inflação ou deflação moderada e estável.

25 Os custos da desinflação e a taxa de sacrifício
p é fenômeno essencialmente monetário. Para ser reduzida, deve-se reduzir dM/M (fazer o caminho de volta no gráfico anterior). Porém, redução de p tem custo temporário em termos de desemprego. Dilema: quanto mais rápida a redução da inflação, maior seu custo em termos do nível alcançado por U durante o processo de desinflação. Duas opções genéricas: gradualismo x tratamento de choque

26 Redução drástica de dM/M e p para zero
Tratamento de Choque Partindo de A, AM decidem trazer a inflação a zero através de um tratamento de choque. dM/M é zerada, p é zerada, mas as expectativas dos trabalhadores ainda são de pe’’’ Redução drástica de dM/M e p para zero x No período seguinte, quando pe se tornar zero, U recuará para Un. Mas o custo temporário terá sido altíssimo.

27 Gradualismo A taxa de desemprego não vai além do ponto D. Porém o processo de desinflação é mais lento

28 Gradualismo x Tratamento de choque
(pt – p t-1)= - a (Ut – Un) (o sinal negativo indica que a relação entre inflação e desemprego é inversa) Dilema, quanto mais rápida a queda da inflação (pt – p t-1) maior o aumento da taxa de desemprego relativamente à natural (Ut – Un) Exemplos, supondo a = 1, para simplificar: pt =0%; p t-1= 11%; Un = 5% => Ut = - pt + p t-1 + Un Ut = -0%+11% + 5% = 16% (tipo tratamento de choque) p t= 7% => Ut = -7% + 11% + 5% = 9% Mantendo a mesma política por mais um ano: Ut+1= - 3% + 7% + 5%=9% Zerando a inflação no 3º ano: Ut+2= - 0% + 3% + 5%=8% Mantendo a polítca no 4º ano: Ut+2= - 0% + 0% + 5%=5% = Un

29 Taxa de sacrifício (TS) para a redução da inflação
TS = quanto de desemprego (além da taxa natural) é necessário para reduzir a taxa de inflação em determinado montante. TS = (pt – pt-1)/(Ut-Um) = a Nos exemplos anteriores, para reduzir a inflação em 4 pontos percentuais, foi necessário manter a taxa de desemprego 4 pontos percentuais acima da taxa natural (9% x 5%). E no 3º ano, para reduzir em 3 pontos percentuais, manteve a taxa natural 3 pontos percentuais acima da natural (8% x 5%) Do que depende a taxa de sacrifício? Entre outros fatores, do grau de indexação, como tem mostrado sobejamente o caso brasileiro.

30 Anexos

31 A curva de Phillips: versão Fisher (1926)
Fisher fez um estudo econométrico da relação entre inflação e taxa de desemprego 32 anos de Phillips. Mas a direção da causalidade, ao contrário de Phillips, ia da inflação (variável independente) para o desemprego: DP => DReceitas das empresas mas despesas contratualmente fixas (ex., w) constantes => incentivo à oferta de emprego.

32 O mercado de trabalho com salários reais no eixo vertical
Obs: Se demanda e oferta de trabalho dependem do salário real antecipado (e não o corrente), se os preços sobem mais que o antecipado por trabalhadores, a curva de oferta de trabalho desloca-se para a direita, porque para um mesmo W, W/P (corrente, não o antecipado) será menor. E a este W/P menor, os trabalhadores estarão ofertando a mesma quantidade de trabalho de antes dos preços subirem mais do que o antecipado. O mercado de trabalho com salários reais no eixo vertical E0 SE EU Nível de Emprego (E) W/P W/PU W/P0 W/PF DE U F Obs2: trabalhadores x empresários Ambos podem ser pegos de surpresa por um aumento no nível geral de preços, mas enquanto os trabalhadores custarão para perceber e só depois disso incorporarão às suas demandas, os empresários percebem (embora como uma mudança de preços relativos a seu favor, e não como mudança no nível geral de preços. Mas isto já é suficiente para deslocar a curva.


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