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Em todas as classes de esporte, sempre existe alguém que desponta como um ídolo, idolatrado pelas multidões, e que deixa uma marca indelével. Entretanto,

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2 Em todas as classes de esporte, sempre existe alguém que desponta como um ídolo, idolatrado pelas multidões, e que deixa uma marca indelével. Entretanto, a duração do brilho destes astros tem o tempo da juventude. Praticamente não importa o tipo de esporte. A ascensão é rápida e o tempo de estrelato relativamente curto, considerando o esforço titânico que um atleta leva para atingir a fama. A mesma vibração e emoção com que os fãs idolatram a seus ídolos podem se transformar, de um momento para outro, em vaias, apupos, desprezo e até mesmo agressões físicas, quando o peso da idade, cansaço, doença ou outro fator negativo corrói a garra e a energia que coroa o sucesso dos campeões.

3 By Verinh@

4 Tudo começou com uma portentosa cobertura da imprensa. Sim, era ele em campo. O fabuloso Mané Garrincha. O famoso jogador de futebol, que fazia os estádios trepidarem com seus desconcertantes dribles. Ele, com suas pernas tortas, conseguia o que na linguagem futebolística se chama de “entortar” o adversário. A bola às vezes ficava parada. Garrincha passava por ela sem tocá-la.

5 O adversário passa junto. A bola continuava no mesmo lugar. Garrincha voltava sobre ela e o adversário enganado passava junto. Garrincha então fazia que voltava e ficava no mesmo lugar fazendo o adversário passar “lotado” de novo. A torcida vibrava e se retorcia. Nessas alturas, a bola parecia que tinha aumentado de tamanho, enorme, estática no meio do campo. A assistência atônita olhava para a bola como se fosse uma mancha branca parada no repousante tapete verde.

6 Em seguida, Garrincha aparecia como por mágica, com a bola nos pés e o adversário “torto” olhando surpreso. E lá ia Garrincha livre como um garoto, em direção ao gol e, com suas pernas tortas, chutava inapelavelmente, desta vez enganando o goleiro que nunca sabia o lado em que a bola ia entrar.

7 Garrincha saía do campo ovacionado. Grande. “- Ele é grande não? Viu o que ele fez? Que coisa, como é que pode...” Essas e outras eram as observações de quando viam o rei do drible em ação.

8 Realmente, como é que pode, diziam todos aqueles que vibravam vendo Garrincha jogar. O grande Mané ágil, cheio de vida.

9 Como é que pode, dizemos nós que presenciamos tudo isso, e inclusive a única derrota do grande craque, quando abandonado por todos morre no abandono, sendo velado por alguns torcedores leais que inclusive encomendaram e pagaram seu singelo caixão de terceira qualidade.

10 Amarrado em um caminhão de Corpo de Bombeiros, Garrincha seguiu como sempre, driblando agilmente nas ruas do Rio de Janeiro com destino ao último gol, em “Pau Grande”.

11 Sócrates, “o doutor”, ídolo da juventude futebolística, definiu na época, em poucas palavras, a miséria e a tristeza que rondam a maior parte dos “Manés”. “ - A maioria dos jogadores no Brasil (salvo honrosas exceções) - disse ele, - vive e morre em condições de verdadeira miserabilidade, abandonados, sem nenhum recurso para eles e suas famílias.”

12 Garrincha morto é um exemplo vivo desses pobres artífices da alegria das massas em nosso país. O enterro de Garrincha foi aparentemente pomposo. A cobertura da imprensa fabulosa. Gastos homéricos na divulgação de sua vida e morte.

13 Um simples e triste fato, entretanto demonstra toda a ilusão dos craques brasileiros de futebol. A cova onde Garrincha foi enterrado foi paga por seu amigo e cantor Agnaldo Timóteo. Quatrocentos e poucos cruzeiros. Foi quanto valeu este extraordinário e inimitável jogador de futebol.

14 Praticamente o preço de uma entrada com direito à cadeira para ver um jogo no estádio. Um jogo que se Garrincha participasse daria milhões de cruzeiros aos dirigentes e uma alegria sem preços aos aficcionados da arte de jogar. A mesma arte que fez Garrincha o maior, o transformou também no mais pobre astro do futebol mundial. Triste realidade.

15 Os pés de Garrincha

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21 Texto: Sady Ricardo dos Santos Formatação: Vera Lúcia de Siqueira verinhaescorpios@gmail.com


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