Capítulo 12 O PESADELO DO DR. BOB.

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1 Capítulo 12 O PESADELO DO DR. BOB

2 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
Dr. Bob conheceu Bill W. e parou de beber no dia das mães, 12 de maio de 1935, mas cerca de três semanas depois, ele voltou a beber durante uma viagem para participar de uma convenção médica. Seu último gole foi no dia 10 de junho de 1935, primeiro dia de sobriedade permanente do Dr. Bob. Esta data é considerada como a de nascimento de Alcoólicos Anônimos.

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"Entre 1940 e 1950, ano de sua morte, ele (Dr. Bob) tinha tratado bêbados no Hospital St. Thomas, em Akron, Ohio. Então o Dr. Bob tornou-se o príncipe de todos os praticantes do Décimo Segundo Passo. Talvez ninguém nunca vá fazer tal trabalho novamente." (Bill W.) Ele ofereceu seus serviços médicos sem pensar em cobrar. Neste prodigioso serviço, ele foi muito bem assistido pela Irmã Ignatia, uma das maiores amigas de nossa Irmandade, que nunca vamos saber se haverá outra igual.

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Ele era descrito como um homem muito sensível, que adorava ser um médico, e como "um homem de verdade", que também foi muito cortês, especialmente para com as mulheres. Também foi descrito como uma pessoa que tinha um grande senso de humor.

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Ele nasceu em 08 de agosto de 1879, St. Johnsbury, Vermont, cerca de 100 km a nordeste de East Dorset, onde Bill W. nasceu. Ele era o único filho do Juiz Walter PS, que fora um profissional de reconhecida capacidade.

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Seus pais insistiam que Bob fosse à igreja não só no domingo, mais várias vezes durante a semana. Mais tarde, ele se rebelou contra isso e decidiu que não iria a uma igreja de novo, exceto para funerais ou casamentos. E ele não voltou mais a uma igreja por cerca de 40 anos. Mas sua educação religiosa o ajudaria em anos no futuro. Smitty, seu filho, disse que seu pai era uma das poucas pessoas que conhecia que tinha lido a Bíblia de capa a capa umas três vezes.

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“O grande remédio para todos os males humanos.” “Depois do segundo grau, vieram quatro anos numa das melhores universidades do país, onde beber parecia ser uma importante atividade extracurricular.” “ (...) a maioria dos que bebiam comigo, que eram amaldiçoados (ou talvez abençoados) com terríveis enjoos ao acordar.” “Por conta de minha enorme capacidade de ingerir cerveja, fui eleito membro de uma das sociedades de bebedores e logo me tornei um de seus líderes.”

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Ele começou a estudar medicina, primeiro na Universidade de Michigan, e em seguida na Rush University, perto de Chicago. Seu beber interferiu na sua formação médica repetidamente, mas ele acabou por receber seu diploma de médico, e garantiu um estágio cobiçado no City Hospital, em Akron. Depois de seus dois anos de estágio, ele abriu um consultório. “Diplomei-me com louvor aos olhos da fraternidade de bebedores, mas não aos olhos do Reitor”

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Logo seu alcoolismo progrediu e ele foi hospitalizado várias vezes. Seu pai enviou um médico para Akron para levá-lo de volta para Vermont, onde permaneceu por alguns meses, então ele retornou a sua prática, suficientemente assustado que até ficou sem beber de novo por algum tempo. Durante este período sóbrio, ele se casou com Anne.

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Durante a Lei Seca ele pensou que poderia tentar beber um pouco, uma vez que não seria possível obter grandes quantidades de bebida, pensou que assim estaria seguro. Mas para os médicos era fácil obter o álcool. Ele também usou muitos sedativos para esconder seus "tremores matinais". As coisas iam de mal a pior.

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No final de 1920, ele decidiu que queria ser um cirurgião, talvez porque ele seria capaz de controlar sua agenda mais facilmente nesta especialidade do que como um clínico geral. Dessa forma, os pacientes não o chamariam pedindo ajuda a qualquer hora do dia ou da noite, assim eles não iriam pegá-lo quando estivesse bebendo, ou bêbado.

12 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
Ele se tornou um cirurgião retal, achando que isto poderia trazer equilíbrio para a sua vida. Mas os outros médicos sabiam que ele era um bêbado, por isso, as referências eram escassas e a sua prática muito pequena. (Apesar dos problemas financeiros, ele foi capaz de manter a sua casa durante a grande depressão, porque o Governo Federal concedia alguns benefícios com relação às execuções hipotecárias).

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Quando ele foi apresentado ao Grupo Oxford, ele se esforçou em seguir o seu programa por uns três anos, e fez um monte de estudo, tanto no campo da espiritualidade quanto no do alcoolismo. Mas somente quando Bill W., na primavera de 1935, chegou em Akron, que o Dr. Bob encontrou o tipo de ajuda que precisava - uma conversa de um alcoólico para com outro.

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Bill W. era o oposto do Dr. Bob e ambos eram necessários para o sucesso de A.A. Certa vez, o filho do Dr. Bob disse: "Se fosse por meu pai, A.A. nunca iria se espalhar além de Akron. Se fosse somente pela cabeça de Bill, eles teriam vendido franquias". Em outra ocasião, ele disse: "Bill era tagarela, Bill era um promotor, Bill era um visionário. Acho que Bill W. podia ver mais do mundo do que qualquer um que eu já conheci, meu pai não era assim..." (Dr. Bob era tranquilo, cauteloso, conservador, constante, insistente em manter as coisas simples.)

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Serenamente conversando com seu assistente, "Eu acho que é isso", Dr. Bob morreu em 16 de novembro de O funeral foi realizado na antiga Igreja Episcopal pelo Dr. Walter Tunks, cuja resposta a uma chamada telefônica quinze anos antes provocou o encontro entre o Dr. Bob e Bill W. Ele foi enterrado no Mt. Paz Cemetery, ao lado de Anne.

16 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
Não há um grande monumento em sua sepultura. Doutor Bob, que sempre alertou o A.A. para "mantê-lo simples", quando ouviu que os amigos estavam planejando construir um mausoléu para ele, observou: "Anne e eu pretendemos ser enterrados igual a qualquer outra pessoa".

17 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
O pesadelo do Dr. Bob. “Minha fobia de insônia fazia com que eu me embebedasse todas as noites mas, para conseguir mais bebidas para a noite seguinte, eu precisava ficar sóbrio durante o dia, pelo menos até as quatro da tarde. Esta rotina prosseguiu por dezessete anos, com algumas interrupções. ERA, NA VERDADE, UM TERRÍVEL PESADELO, aquela coisa de ganhar dinheiro, conseguir bebida, contrabandeá-la para casa, tomar um porre, tremer pela manhã, tomar grandes doses de sedativos para poder ganhar mais dinheiro, e tudo outra vez, até não poder mais”.

18 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
Quem nunca sofreu uma decepção? Ou melhor, nunca teve um pesadelo? Isto é natural. Dr. Bob continuou sentindo vontade de beber durante um bom tempo (pesadelo) só que agora ele tinha uma maneira nova para evitar o primeiro gole, ou seja, o programa.

19 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
“É uma bênção maravilhosa ter sido liberto da terrível maldição que me atormentava.” “Passo muito tempo transmitindo o que aprendi àqueles que querem e precisam desesperadamente disto. Faço-o por quatro motivos:

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1 – Sentimento de dever; 2 – É um prazer; 3 – Porque, ao fazer isto, estou pagando minha dívida para com o homem que encontrou tempo para me transmitir tudo isto. 4 – Porque, a cada vez que o faço, garanto-me um pouco mais contra uma possível recaída.

21 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
“ (...) se realmente quiser parar de beber, de uma vez por todas, e sentir, honestamente, que precisa de alguma ajuda, sabemos que temos uma resposta para você. Ela nunca falha, se você lhe dedicar a metade do entusiasmo que costumava ter para conseguir mais uma dose.”

22 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
“Seu Pai Celestial jamais o decepcionará!”

23 Capítulo 12 O PESADELO DO DR BOB
Fonte: Biografia "Nightmare (pesadelo) do Dr. Bob" - Silkworth.net Mário S.