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Rosa Vermelha Alberto Cohen
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quase cunhado de estrelas, quase irmão de vaga-lumes,
Às vezes, da janela me derramo pela madrugada afora, misturado com sereno, quase perceiro da lua, quase cunhado de estrelas, quase irmão de vaga-lumes,
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que espera, morta de sede, a hora em que vou chegar
e voo por entre a relva, corro por cima do mar, até a rosa vermelha que espera, morta de sede, a hora em que vou chegar com meu cantil de quimeras, montado no lusco-fusco, soprado pelo horizonte,
4
trajando, fidalgamente, as roupas que arrebanhei
vice-rei e vagabundo de um reino fora da lei, trajando, fidalgamente, as roupas que arrebanhei nos varais de estender roupas dos quintais onde passei,
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que venho, urgente, orvalhar de tantas rosas vermelhas
vento vestido de gente que venho, urgente, orvalhar aquela rosa vermelha, última rosa vermelha de tantas rosas vermelhas que colhi sem semear.
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... que colhi sem semear.
7
Formatação: Cláudia L. Moraes
Rosa Vermelha Poema de Alberto Cohen Imagens: Internet Formatação: Cláudia L. Moraes Música: Bryan Adams Don Juan de Marco
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