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Flores de Luanda Infância E quando acordei A minha irmã mais nova eu afastei… Vi-a isolar-se com seu bibe branco No tempo que passou Mas, de entre.

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2 Flores de Luanda

3 Infância

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5 E quando acordei A minha irmã mais nova eu afastei… Vi-a isolar-se com seu bibe branco No tempo que passou Mas, de entre o nevoeiro, um arco-íris Então se desenhou…

6 E o céu tornou-se azul e azul o mar, Ergueram-se as acácias coloridas, Desenharam-se as ruas e avenidas E um perfume intenso encheu o ar… E eu quis ir a Luanda que crescia Ante os meus olhos e que me dizia: “Anda daí, Inês! Vamos brincar!” …………………

7 Meus olhos choram tanto Que eu oferto as lágrimas À terra onde nasci E atrás desta cortina de saudade Eu vejo a minha Mãe que me sorri E a casa de madeira e o Tomy…

8 O Colégio Académico em frente E a mandioqueira donde a gente Falava com os da casa mesmo ao lado: Do Administrador Lobo Cansado. Havia formigueiros no jardim E eu punha-me a cismar tempos sem fim No mundo das formigas tão ordeiro… Mostrava-as ao Tomy, O meu Irmão mais novo e companheiro.

9 Baloiço agora no quintal florido E o Chiquinho Gonçalves, meu amigo, Também quer baloiçar-se, é a sua vez… Voo mais alto… “Sai daí, Inês!” Saio e faço umas festas ao Tarzan Que ladra alegremente na manhã…

10 Empoleirado numa goiabeira, Grita agora o Jacó: “Ó lavadeira!” E faz tal qual a voz de minha Mãe… Vai misturando as vozes e os nomes E fala agora pelo Dr. Brás Gomes: “Ó Martita! Martita!” Tão bem o imita Que a mulher responde que já vem…

11 O Lua passa o quintal Com carvão rubro na mão... “Tu não te queimas, ó Lua ?” “Menina, não queima não!” Ó Lua, branca copa e tronco esguio, Que foi feito de ti? Quando a Brito Godins ficava um rio Tu levavas-me às costas e ao Tomy;

12 Do teu pirão com óleo de dendém Nos davas a provar; Sabia-nos tão bem! (Se bem que já depois de um bom jantar…) Uma fogueira acesa no quintal Na noite perfumada E o teu rosto negro tão leal Que me deixava a mim extasiada…

13 Havia um jogo em que se diziam Palavras em quimbundo E era com pedrinhas que corriam Nesse tempo distante, em nosso mundo…

14 De manhã, muito cedo, o nosso Pai Conduz os meus Irmãos para o Liceu; Tem sempre um ar tranquilo e quando sai Não há no mundo um pai igual ao meu:

15 É que transmite a todos tanta calma Na união que tem com nossa Mãe Que quando Ele sai, a sua alma Estando n`Ela, está em nós também.

16 A minha infância permanece aqui, Corre em meu sangue aquilo que vivi. Prolonga-se no tempo e no espaço E une as gerações como um abraço. E o meu bibe branco se reparte E é o de qualquer criança e em qualquer parte…

17 Com três letras se escreve “Pai” e “Mãe” Com quatro “Amor” e “Vida” e “Deus” também. Nossos Pais e Avós as reuniram Num grande “Coração” e o transmitiram Às novas gerações; Aconteceu Que a alma da “Família” assim nasceu…

18 Luanda está aqui e em qualquer parte; É uma questão de amor, engenho e arte; É uma questão de em cada bibe branco Nós nos vermos a nós; É uma questão de erguer bem alto o canto De nossos Pais e Avós!

19 Poema e Formatação de Maria de Aguiar Marçalo

20 Música: “Exodus” Orquestra de Mantovani


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