DESCARTES E OS FOTÓGRAFOS INDISCRETOS: a dúvida e o problema do conhecimento Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr.
Podemos acreditar em tudo que vemos? MEDITAÇÕES CARTESIANAS O CAMINHO DA DÚVIDA EM DIREÇÃO AO CONHECIMENTO VERDADEIRO E SEGURO René Descartes ( ) Duvidemos dos sentidos, uma vez que eles freqüentemente nos enganam, pois, diz Descartes, nunca tenho certeza de estar sonhando ou de estar desperto!
Podemos acreditar em tudo que vemos? MEDITAÇÕES CARTESIANAS O CAMINHO DA DÚVIDA EM DIREÇÃO AO CONHECIMENTO VERDADEIRO E SEGURO René Descartes ( ) Duvidemos também das próprias evidências científicas e das verdades matemáticas? Não é verdade - sonhando ou desperto - que = 4?
Podemos acreditar em tudo que vemos? MEDITAÇÕES CARTESIANAS O CAMINHO DA DÚVIDA EM DIREÇÃO AO CONHECIMENTO VERDADEIRO E SEGURO René Descartes ( ) Mas se um gênio maligno me enganasse, se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências matemáticas e físicas?
Podemos acreditar em tudo que vemos? MEDITAÇÕES CARTESIANAS O CAMINHO DA DÚVIDA EM DIREÇÃO AO CONHECIMENTO VERDADEIRO E SEGURO René Descartes ( ) Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.
Podemos acreditar em tudo que vemos? MEDITAÇÕES CARTESIANAS O CAMINHO DA DÚVIDA EM DIREÇÃO AO CONHECIMENTO VERDADEIRO E SEGURO René Descartes ( ) Se eu duvido, eu penso, e se penso, existo. Certeza inabalável: "Penso, logo existo” Se eu duvido, eu penso, e se penso, existo. Certeza inabalável: "Penso, logo existo”
Podemos acreditar em tudo que vemos? atitude cética e frívola diante do mundo (jovem despreocupado; irresponsável; cínico; arrogante) – contrária à atitude filosófica
Podemos acreditar em tudo que vemos? O filme mostra (ao contrário da demonstração cartesiana) uma derrota da objetividade O filme mostra que, como afirma Descartes, os sentidos enganam. Mas não há uma saída racional, baseada no sujeito para superar o estado de dúvida. A experiência do parque deixou-o em um estado de dúvida insuperável TESES
Podemos acreditar em tudo que vemos? Antonioni formula um problema cartesiano, mas não lhe dá uma solução cartesiana O filme termina ceticamente, mas trata-se de um ceticismo filosófico, inundado de perplexidade, diferente do ceticismo inicial Blowup é uma espécie de triunfo do gênio maligno. O mundo é, em geral, duvidoso e este caráter não pode, em geral, ser superado TESES
Podemos acreditar em tudo que vemos? Jefferies: colocado à força em uma atitude filosófica ideal (ócio e despreocupação com afazeres práticos ou ligados à sobrevivência) o que lhe permite simplesmente contemplar e refletir; ao contrário de Descartes está absolutamente certo de sua descoberta
Podemos acreditar em tudo que vemos? Nos filmes de Hitchcock : a verdade que aflige o protagonista é bastante implausível do ponto de vista racional Conhecimento cartesiano: precisa da retificação da experiência imperfeita através do trabalho conjunto da razão e das observações Hitchcock: parte de uma certeza inicial, confirmando uma certeza final Descartes: parte de uma dúvida inicial, estabelecendo uma certeza final TESES
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA CABRERA, Julio. O cinema pensa: uma introdução à filosofia através dos filmes. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.