A PRIMEIRA REPÚBLICA (PARTE II)

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Transcrição da apresentação:

A PRIMEIRA REPÚBLICA (PARTE II) Natania Nogueira nogueira.natania@gmail.com www.historiadoensino.blogspot.com

MOVIMENTOS SOCIAIS A Primeira República foi marcada por uma série de movimentos sociais que ocorreram tanto no campo quanto nas cidades. No campo, descararam-se a Guerra de Canudos e a Guerra do Contestado. Houve ainda o movimento do cangaço, onde o bandidismo social refletia tanto a insatisfação dos mais pobre e injustiçados, quanto a existência de uma resistência ao regime que favorecia apenas aos mais ricos. Nas cidades a situação não era tão diferente e havia um crescente descontentamento tanto das classes médias quanto das populares.

A REFORMA URBANA O presidente da República, Rodrigues Alves, ordena que fosse realizada uma reforma no centro do Rio de Janeiro e implementados projetos de saneamento básico, urbanização e combate às epidemias. Mas a reforma tinha seu lado perverso. Ela incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias, movimento esse apelidado pela população de “bota-abaixo”. A maior parte da população do centro do Rio de Janeiro teve como única opção mudar-se para os morros, de onde poderiam se desloca com maior facilidade para seus empregos. Foram surgindo assim as favela do Rio de Janeiro.

Favela no Rio e Janeiro, década de 1920.

REVOLTA DA VACINA Foi resultado direto da Reforma urbana implementa pelo prefeito Pereira Passos. Já insatisfeita com a perda de suas casas e com outras ações do governo, a população se revoltou com a vacinação obrigatória contra a febre amarela, a varíola e outras doenças. Foram feitos ataques a bondes, prédios, trens, lojas, bases policiais, etc. Os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém reconstruída cidade do Rio de Janeiro numa praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados.  Para a população negra (que representava uma grande parcela da população da capital federal), adepta das religiões de matrizes africanas, a varíola era uma doença sagrada, que não podia ser combatida da maneira como os governantes estipularam, com a vacinação. 

A campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro foi comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. 

REVOLTA DA CHIBATA Ocorreu durante o Governo de Hermes da Fonseca. Marinheiros se rebelaram contra os baixos salários, péssimas condições de trabalho e castigos físicos. Os líderes foram presos e enviados para o Acre. Apenas dois sobreviveram, mas as suas reivindicações foram atendidas.

CRISE DO CAFÉ, CRESCIMENTO DA INDUSTRIA Durante a Primeira República (1889-1930) a economia brasileira ainda se caracterizava pelo predomínio da atividade agroexportadora. Mas Já se registrava, entretanto, o funcionamento de diversas indústrias, inauguradas desde o final do século XIX. Um dos fatores que explicam o nascimento da indústria no Brasil. Um deles foi a formação de um capital inicial a partir do comércio exportador e da lavoura cafeeira. Muitos fazendeiros começaram, em investir parte do seu capital em pequenas atividades fabris, como uma forma de multiplicar suas fortunas. Colaborou ainda pra isso o aumento da demanda de produtos de consumo não duráveis, a política de valorização do café também contribuiu para a expansão da atividade industrial.

O CONVÊNIO DE TAUBATÉ O Convênio de Taubaté, que reuniu representantes dos Estados produtores de café, ocorreu em 1906. Ele deu início às várias políticas de valorização do café e fundamentava-se na contração de empréstimos para comprar o café estocado, e no estabelecimento de um novo imposto a ser pago em ouro sobre cada saca de café que fosse comercializada fora do país - este novo imposto visava o pagamento dos juros cobrados pelo empréstimo realizado. Foi feita, também, uma intensa propaganda do café brasileiro no exterior. No entanto, ao beneficiar os produtores, o governo repassou à população o custo gerado pelos empréstimos feitos para a compra da produção excedente.

"Uma idéia do Zé para o carnaval: O Convênio de Taubaté". 1907 "Uma idéia do Zé para o carnaval: O Convênio de Taubaté". 1907. A charge foi publicada em inícios de 1907, cujo título é "Uma idéia do Zé para o carnaval: O Convênio de Taubaté

OLIGARQUIA DIVIDIDA As oligarquias mineiras e paulistas enfrentam sua primeira crise com a sucessão de Nilo Peçanha. Minas e São Paulo discordam quanto ao nome a ser indicado para presidência da república, resultando num rompimento da política do café com leite e em uma acirrada disputa eleitoral, em 1910, entre Hermes da Fonseca (candidato apoiado pelos mineiros) e Rui Barbosa (apoiado pelos paulistas). A vitória de Hermes da Fonseca celebra o poder de Minas e dá início a um governo marcado por conflitos e grandes disputas por poder, onde se destaca a Política de Salvações.

O casamento do Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca com Nair de Teffé, realizado em Petrópolis,, em 8 de dezembro de 1913, um ano após a morte de sua primeira esposa. Nair ficou conhecida por ter sido a primeira caricaturista a publicar em uma revista.

Política de Salvações O argumento para a Política de Salvações era sanear as instituições republicanas e combater a corrupção que existia nas instituições políticas, principalmente dos estados. Na realidade ,Hermes da Fonseca pretendia retirar do poder as oligarquias estaduais que eram suas oposicionistas ou que apoiavam seus opositores. A Política de Salvações consistia, assim, na retirada dos cargos de presidentes de estado, através de força militar, dos grupos oligárquicos que eram contrários ao governo. Um de seus opositores era o senador  gaúcho Pinheiro Machado, que tinha muito poder junto às oligarquias regionais de pouca expressão, fora da política do café com leite. Um desses estados, o Ceará, viu estourar uma revolta armada a  Revolução Cearense (Revolta de Juazeiro) de 1914, que fez com que os oligarcas da família Acioli voltassem ao poder, após uma violenta reação contra a pressão do governo federal que levou Nogueira Acioli.