1ª Geração Modernista (1922-1930) “Não sabemos o que queremos, mas sabemos o que não queremos”  Oswald de Andrade – Fé criadora e dom de divertir Características:

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Transcrição da apresentação:

1ª Geração Modernista ( ) “Não sabemos o que queremos, mas sabemos o que não queremos”  Oswald de Andrade – Fé criadora e dom de divertir Características: polêmico, contestador, debochado, misturava humor e lirismo, poema-piada, paródia, destruição dos limites de prosa e poesia, lugares-comuns, revisão crítica da história do Brasil, linguagem simples, síntese. Poesias: RELICÁRIO (caixa onde se guardam santos) No baile da corte Foi o conde d’Eu quem disse Pra Dona Benvinda Que farinha de Suruí Pinga de Parati Fumo de Baependi É comê bebê pitá e caí

Erro de português Quando o português chegou Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português. PRONOMINAIS Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada / Me dá um cigarro

A antropofagia segundo Oswald é uma inversão do mito do bom selvagem de Rousseau, que era puro, inocente. O índio passa a ser mau e esperto, porque canibaliza o estrangeiro, digere-o, torna-o parte da sua carne. Assim o Brasil seria um país canibal. O que é um ponto de vista interessante porque subverte a relação colonizador/(ativo)/colonizado(passivo). O colonizado digere o colonizador. Ou seja, não é a cultura ocidental, portuguesa, européia, branca, que ocupa o Brasil, mas é o índio que digere tudo o que lhe chega. E ao digerir e absorver as qualidades dos estrangeiros fica melhor, mais forte e torna-se brasileiro. Assim o Manifesto Antropófago, embora seja nacionalista não é xenófobo, antes pelo contrário é xenofágico: “Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”

 Mário de Andrade – Papa do Modernismo, Características: defende a liberdade de pesquisa, criação e expressão, poesia do inconsciente, surrealismo, escrita automática, verso livre: atualização da inteligência artística brasileira, consciência criadora nacional. Principais obras: (Poesia) Há uma gota de sangue em cada poema (heranças Parnasianas, horrores 1ª Guerra Mundial); Paulicéia desvairada: Prefácio Interessantíssimo! “Leitor: Está fundado o Desvairismo./ Este prefácio, apesar de interessante, inútil. Alguns dados. Nem todos. Sem conclusões./ Para quem me aceita são inúteis ambos./ Os curiosos terão prazer em descobrir minhas conclusões, confrontando obra e dados. / Para quem me rejeita trabalho perdido explicar o que, antes de ler, já não aceitou. /Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita. /Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi. Daí a razão deste Prefácio Interessantíssimo.”

Lira Paulistana (SP) (Prosa) Amar, verbo intransitivo (ironização de valores, costumes e atitudes da classe alta paulistana, Fräulen Elza prof. de alemão); Macunaíma (herói sem nenhum caráter, rapsódia, lendas, folclore, costumes, crendices, falas, religiões, piadas, provérbios, comidas, mitos e motes (repentistas, refrão); Macunaíma: jeito brasileiro de ser, irreverente, brincalhão, erótico, supersticioso, preguiçoso, inteligente, sem limites entre a magia e a realidade. Fantástico, coisas corriqueiras, mistura de raças, gigante Sumé, gigante Piaimã – Venceslau Pietro Pietra, muiraquitã.

 Manuel Bandeira – Um dos maiores poetas da Literatura Brasileira CARACTERÍSTICAS: HUMILDADE, paixão, morte, solidão. Poesias cotidiano: PENSÃO FAMILIAR Jardim da pensãozinha burguesa. Gatos espapaçados ao sol. A tiririca sitia os canteiros chatos. (...) Um gatinho faz pipi. Com gestos de garçom de restaurant-Palace Encobre cuidadosamente a mijadinha. Sai vibrando com elegância a patinha direita: — É a única criatura fina na pensãozinha burguesa.

Poesia paixão pela vida: MADRIGAL MELANCÓLICO O que eu adoro em ti, Não é a tua beleza. A beleza, é em nós que ela existe. A beleza é um conceito. E a beleza é triste. Não é triste em si, Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza. O que eu adoro em tua natureza, Não é o profundo instinto maternal Em teu flanco aberto como uma ferida. Nem a tua pureza. Nem a tua impureza. O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me! O que eu adoro em ti, é a vida.

Poesia morte: CONSOADA (refeição noturna) Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: - Alô, iniludível! (evidente) O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilégios.) Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar.

PNEUMOTÓRAX (TRATAMENTO TUBERCULOSE) Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: — Diga trinta e três. — Trinta e três... trinta e três... trinta e três... — Respire — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. — Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? — Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

AUTO-RETRATO Provinciano que nunca soube Escolher bem uma gravata; Pernambucano a quem repugna A faca do pernambucano; Poeta ruim que na arte da prosa Envelheceu na infância da arte, E até mesmo escrevendo crônicas Ficou cronista de província; Arquiteto falhado, músico Falhado (engoliu um dia Um piano, mas o teclado Ficou de fora); sem família, Religião ou filosofia; Mal tendo a inquietação de espírito Que vem do sobrenatural, E em matéria de profissão Um tísico profissional.

DESENCANTO Eu faço versos como quem chora De desalento, de desencanto Fecha meu livro se por agora Não tens motivo algum de pranto Meu verso é sangue, volúpia ardente Tristeza esparsa, remorso vão Dói-me nas veias amargo e quente Cai gota à gota do coração. E nesses versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre Deixando um acre sabor na boca Eu faço versos como quem morre. Qualquer forma de amor vale a pena!! Qualquer forma de amor vale amar!

 Companheiros contemporâneos: Antônio Alcântara Machado (Brás, Bexiga e Barra Funda), Raul Boop (Cobra Norato “Honorato” drama épico e mitológico - antropofágico), Ronald de Carvalho, Cassiano Ricardo (Martin Cererê longo poema indianista e nacionalista – verdeamarelismo), Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida.