ESTRUTURA GEOLÓGICA A Geologia e a geomorfologia reconhecem três domínios estruturas ou macroformas estruturais do relevo terrestre: os crátons ou áreas cratônicas ou escudos cristalinos ou plataformas;
as bacias sedimentares; as cadeias orogênicas ou cinturões orogênicos antigos e recentes ou dobramentos antigos e recentes (modernos).
1. Os Crátons ou Plataformas ou Escudos Cristalinos Todos os continentes têm um núcleo de crosta continental estável, total ou amplamente formado por rochas pré-cambrianas (arqueozóicas e proterozóicas) com estruturas
complexas, formadas em torno de 900 milhões e 4,5 bilhões de anos e compostas por rochas magmáticas intrusivas e extrusivas (arqueozóicas) e metamórficas (arqueozóicas e proterozóicas).
Quando afloram, ou seja, ficam expostas e submetidos aos agentes de erosão, recebem o nome de escudos ou maciços antigos.
Os escudos cristalinos correspondem a 64% da parte interna da litosfera brasileira, e 36% da superfície brasileira (32% correspondem aos terrenos arqueozóicos e 4% correspondem aos terrenos proterozóicos ricos em minerais metálicos.
Em vista do território brasileiro ocupar a porção centro-oriental da plataforma sul-americana, localiza-se distante das zonas de contato entre as placas tectônicas sul-americana de Nazca ou das Antilhas, apresentando uma maior estabilidade tectônica.
Com os conhecimentos adquiridos podemos agora interpretar o mapa da estrutura geológica do Braisl. Existem dois grandes crátons no território brasileiro: o cráton amazônico que, em vista da grande extensão de seus afloramentos
rochosos pode ser dividido em dois escudos: o das Guianas e o do Brasil Central; e o cráton do São Francisco. Os crátons menores são: crátons de São Luís (MA), crátons Luís Alves (SC) e crátons do Rio da Prata (RS).
2. Bacias sedimentares São áreas de crátons ou plataformas com tendência a concavidade (a ter forma de bacia) que, através do tempo geológico, forma – e continuam sendo – preenchidos por detritos ou sedimentos, inclusive com matéria orgânica (vegetal e animal).
Veja como nascem, distribuem-se e se transformam, e seus conteúdos: Os detritos ou sedimentos podem ter diferentes origens: fluvial marinha, glacial eólica (vento), lacustre (lago), vulcânica ou orgânica.
Recobrem a maior parte das áreas cratônicas, ocupando cerca de 75% da superfície das terras emersas do globo terrestre. No território brasileiro recobrem 64% da superfície (5,5 milhões de km2) e 36% da parte interna da litosfera).
Há bacias sedimentares cujas camadas de sedimentos ultrapassam 5.000 metros, o que demonstra a intensidade dos processos de erosão, construção, deposição ou sedimentação de materiais que ocorrem na dinâmica terrestre.
Nas bacias sedimentares podem ser encontrados os combustíveis fósseis – o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e o xisto betuminoso.
São exemplos de grandes bacias sedimentares: Paleozóica Paraná e São Francisco, Mesozóica Meio-Norte e Recôncavo Baiano, Cenozóica terciária Central e Costeira e Cenozóica quaternária Amazônica e Pantanal.
3. Cadeias orogênicas Correspondem a grandes curvamentos côncavos e convexos que surgem na superfície terrestre, resultantes de forças tectônicas, ou seja, da orogenia no decorrer da história geológica.
Podem ser classificados segundo o “momento” em que ocorreram em cadeias orogênicas antigas ou dobramentos antigos e cadeias orogênicas recentes ou dobramentos recentes ou modernos.
As cadeias orogênicas antigas, ou dobramentos antigos, correspondem às estruturas orogênicas antigas, formadas a partir dos diastrofismos (tectonismos) que ocorreram no território brasileiro tais como:
O diastrofismo laurenciano, que se manifestou no fim do Arqueozóico, dando origem às Serras do Mar e Mantiqueira.
O diastrofismo huroniano, que data o fim do Proterozóico e deram origem à Serra do Espinhaço (MG) e à Chapada Diamantina.
O diastrofismo caledoniano, nos períodos siluriano e devoniano da era Paleozóica, que deu origem às Serras de Paranapiacaba (PR) e dos Pirineus (GO)