Obras de arte habitualmente identificam seus autores. Em algumas, basta uma rápida passagem de olhos para descobrir-se quem as produziu.
Em Os Girassóis, por exemplo, uma das mais conhecidas telas de Vincent Willem van Gogh ( ), sua assinatura, um simples Vincent, foi aposta no vaso de flores;
Em Lavrador de Café, Portinari ( ) cravou seu nome no canto superior direito
E, um dos mais expressivos artistas catarinenses dos últimos tempos, o tubaronense Willy Alfredo Zumblick ( )
preferia gravar um Zumblick verticalizado, também à direita, mas na parte de baixo de suas telas.
Há, contudo, uma plêiade de notáveis artistas que, talvez por modéstia, camuflaram ou não assentaram suas identidades em suas admiráveis criações.
Nas reproduções que varrem o mundo da Pietá, de Davi, de Moisés e das imagens espetaculares da Capela Sistina, por exemplo, não se encontram o nome de Miguel Ângelo ou Michelangelo ( ).
O mesmo se aplica em relação à Mona Lisa,
à A Última Ceia e a outras obras de Leonardo da Vinci ( ).
Inútil também pesquisar em Guernica ou em Pierrot o quilométrico nome de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remedios Cipriano de la Santisima Trindad Ruyz y Picasso ( ) ou um simples Picasso.
A lista é longa. Talvez, se raspadas as diversas camadas de tintas que compõem as obras, os nomes dos autores lá estejam escondidos.
Algo semelhante acontece com o ser humano. Encanta-se com o por do sol, com o alvorecer e com outros deslumbrantes cenários que emolduram o seu dia a dia.
Reconhece a sabedoria da natureza, e tudo o que a embute, com suas leis inflexíveis e incorruptíveis, a elas submetendo-se, quer espontânea ou forçosamente.
Fascina-se com o poema cósmico, com sua infinitude, com suas estrelas, planetas e galáxias, em permanente e harmoniosa movimentação, sem incidentes e é, até, forçado a reconhecer sua pequenez e insignificância.
Tratam-se de monumentais, geniais e perfeitas obras que também não trazem estampadas o nome de seu autor. Mas, identificá-lo não é difícil.
Nem precisa raspar as diversas camadas de tinta de seu pincel.
Imagens: Google Texto cedido pelo autor e enviado ao site por Marilene Cypriano: Deus ( Volnei Martins Bez ) Música: Enya - Relaxation Formatação:Adilson & Rozangela Site: Respeite os direitos autorais e de formatação