DESENVOLVIMENTO DE COMPÓSITOS COM MATRIZ PEBD E PEAD COM ADIÇÃO DE REJEITO DE BORRACHA SBR Química Orgânica. Cristiano Silva de Souza 1 (IC), Maria Ana.

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Transcrição da apresentação:

DESENVOLVIMENTO DE COMPÓSITOS COM MATRIZ PEBD E PEAD COM ADIÇÃO DE REJEITO DE BORRACHA SBR Química Orgânica. Cristiano Silva de Souza 1 (IC), Maria Ana Pignatel Marcon Martins 1 (PQ) 1 Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus Tubarão Palavras Chave: compósitos.PEBD.PEAD. Introdução A reciclagem de materiais constitui, nos dias atuais, em um dos mais importantes temas para estudo, uma vez que envolve aspectos técnicos, econômicos e ambientais. A prática da reciclagem é por demais utilizada em países do Primeiro Mundo, onde as matérias primas têm aspectos estratégicos, a poluição é crítica e as técnicas de disposição de resíduos sólidos são carentes de tecnologia apropriadas. Uma alternativa para aproveitamento dos resíduos de pneu (borracha) e de seus derivados é a sua utilização em compósitos de polietileno-borracha. Os materiais compósitos são constituídos de um ou mais materiais dispersos numa matriz e chamados de reforço ou carga. Os materiais de reforço podem ser fibras curtas, longas, contínuas, descontínuas e outras, com o objetivo de fornecer resistência. Objetivos O presente projeto de pesquisa teve como objetivo verificar o perfil físico-químico dos compósitos formados a partir de borracha SBR (Copolímero Estireno – Butadieno), proveniente de pneu, com polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno de alta densidade (PEAD) em diferentes proporções polietileno:borracha nos compósitos formados. Metodologia A borracha SBR utilizada neste trabalho é proveniente do pneu, obtida através da granulação dos desperdícios de pneus, separando-se por este método a parte têxtil e metálica, da borracha (SBR). A borracha SBR foi peneirada em peneira com abertura de 0,250 mm e Tyler 60, utilizando-se um agitador de Peneiras Produteste Mod.T da Granuteste. Para confecção dos compósitos de PEBD e PEAD em diferentes proporções com borracha SBR, foi utilizado uma balança analítica eletrônica da marca Quimis para pesagem dos materiais, em seguida, foram homogeneizados os materiais em um pequeno forno, com aquecimento obtido através de bico de Bunsen até a fusão do polietileno, e como conseqüência a agregação física das partículas de borracha SBR no polietileno fundido. Foi realizado ensaios físico-químicos de densidade, ponto de fusão, umidade e índice de fluidez nos compósitos obtidos para avaliação de suas características. Resultados Tabela 01: Composição dos compósitos Fonte: Autores Foi possível formar compósitos de PEBD + SBR até a proporção de 45% de PEBD e 55% de SBR, e compósitos de PEAD + SBR com proporção de 40% de PEAD e 60% de SBR. Nas proporções seguintes, não foi possível formar os compósitos em função da saturação da resina de polietileno com a borracha SBR, ou seja, neste ponto não houve resina suficiente para agregação total das partículas de borracha SBR. Nos compósitos obtidos, conforme o Gráfico 01, desde a concentração de 5% de borracha SBR, houve um aumento na densidade, conforme o aumento da concentração de borracha SBR, isso devido ao alto peso molecular do elastômero nos compósitos obtidos. Foi observado um aumento dos valores de umidade nas proporções de 55% de polietileno com 45% de borracha SBR. Este aumento de umidade é influenciado pela formação de poros na superfície dos compósitos, já que nesta proporção tem-se o início da saturação dos compósitos pela borracha SBR, ou seja, os compósitos começam a ficar com aparência rugosa e porosa, facilitando a absorção de água. De acordo com o Gráfico 03, pode- se observar que com o aumento da concentração de borracha SBR na formação dos compósitos, tem-se a elevação da temperatura de fusão dos compósitos. Neste caso chamamos de temperatura de fusão cristalina. Em função das forças intermoleculares secundárias nos compósitos, proveniente da adição de borracha SBR, houve a elevação da temperatura de fusão cristalina para romper estas forças secundárias e dar melhor mobilidade à cadeia cristalina do polietileno. De acordo com o Gráfico 04, houve um decréscimo do índice de fluidez nos compósitos de PEBD e de PEAD com a Fonte: Autores Gráfico 01: Densidade dos compósitos preparados Fonte: Autores Conclusão Por meio dos compósitos desenvolvimento, conseguiu-se um perfil físico-químico favorável para aplicação em diversos seguimentos da indústria mecânica e civil. Obteve-se um material com densidade baixa e com absorção de água quase que nula, sendo que na concentração acima de 55% de borracha SBR, observou-se um crescimento da absorção de água em ambos os compósitos. O ponto de fusão, aumentou com a adição da carga de borracha. A medida do índice de fluidez, é a taxa de fluxo de um polímero através de um orifício de dimensões específicas. Nos compósitos formados, houve um decréscimo nos valores obtidos, em função das partículas de borrachas SBR que dificultaram o escoamento do material. Bibliografia JUNIOR, Sebastião Vicente Canevarolo. Ciência dos polímeros: um texto básico para tecnólogos e engenheiros. Artliber Editora, São Paulo, 2° Ed., 280 p., MANO, Eloisa Biasotto. Polímeros como materiais de engenharia. Edgard Blücger, São Paulo, ZANCHET, A. et al. Propriedades Reométricas e Mecânicas e Morfologia de Compósitos Desenvolvidos com Resíduos Elastoméricos Vulcanizados. Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 17, nº 1, p , Apoio Financeiro: Unisul Gráfico 02: Umidade dos compósitos preparados Gráfico 03: Ponto de Fusão dos compósitos preparados Gráfico 04: Índice de Fluidez dos compósitos preparados borracha SBR à medida que foi aumentada a concentração de borracha SBR. Com a adição de borracha, o escoamento do material pelo o orifício do plastômero, em condições pré- determinadas, foi dificultado pelas partículas de borracha SBR em ambos os materiais. Este efeito pode ser resultado de uma tenacificação do PET pela borracha.