Esteve em Laguna, Santa Catarina, em , o incomparável orador espírita Divaldo Pereira Franco. Atendendo ao convite do Centro Espírita Fé, Amor e Caridade, participou das comemorações alusivas aos cem anos da sua fundação, a ocorrer neste 28 de fevereiro próximo. Por tratar-se de expressivo evento para o Movimento Espírita Catarinense, a presença de Divaldo ressaltou o significado das solenidades, tendo realizado memorável conferência no amplo Salão de Convenções Santo Antônio, completamente lotado, e onde foi proporcionado um telão para a parte externa do prédio, frente à praça, na qual outra multidão se aglomerou e resistiu à uma chuva miúda e constante que teimava em cair. Divaldo, através da sua palavra fluente e inspirada, e sempre fiel aos preceitos doutrinários, abordou o tema Iluminação Interior, fazendo referência aos modernos psicólogos e psicoterapeutas do comportamento, que estabelecem a necessidade de a vida ter um sentido psicológico que se torne a mola-mestra da nossa motivação. Com isto, trabalhou sua mensagem sobre a Iluminação Interior como sendo o estado de viagem para dentro, no qual acendemos a lâmpada maravilhosa da harmonia, conseguindo sermos os mesmos na alegria e na saúde quanto no conflito e na desesperação, desalgemando-nos das amarras com os prazeres e com a matéria, não os negando, mas, sim, deixando de a eles escravizar-nos; desvincularmo-nos da dependência das necessidades egóicas da nossa personalidade limitada. Ressaltou, que Jesus, na Sua condição de a Luz do Mundo, deixou-nos um rastro para que pudéssemos segui-Lo nas noites escuras das nossas necessidades, quando nos disse “Eu vos dou a minha paz”, e que esta paz é decorrente dos pensamentos corretos, de palavras e conduta saudáveis. Ao final Divaldo Franco deu especial ênfase à magna comemoração: “Nesta noite evocativa de há cem anos atrás, quando nossos companheiros criaram o grupo que estará celebrando o seu centenário dentro de poucos dias, há cem anos tentaram colocar na nobre cidade de Laguna, da emérita Anita Garibaldi, a chama da fé raciocinada, para que pudéssemos, Lagunenses ou não, encontrarmos a paz interior, não permitindo que o tumulto de fora perturbe a harmonia interna. Há cem anos acendeu-se uma luz modesta, que transformou-se num farol, apontando as penedias e as montanhas traiçoeiras nos pélagos dos mares vorazes da vida humana. Ao evocarmos aqueles heróis da primeira hora e os que vieram depois e que hoje se encontram, queremos dizer da nossa gratidão por haverem semeado estrelas pelo caminho, e nestas noites tumultuosas da sociedade, termos a tranquilidade de andar, na certeza de que a morte não encerrará a vida e que voltaremos a reunir-nos em plenitude.”