Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo diz: “Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque esta virtude é uma das maiores vitórias alcançadas sobre o egoísmo e o orgulho”.
Em um momento inspirado do Sermão da Montanha Jesus disse: “Ouviste o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás teu inimigo.Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem e caluniam” (Mt 5:43-44).
A ternura supõe confiança naquele que sabemos nos querer bem. Nosso Mestre, entretanto, não quis dizer por essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a ternura que se tem para com um irmão ou amigo. A ternura supõe confiança naquele que sabemos nos querer bem.
Entre pessoas que desconfiam uma das outras, não poderá haver os laços de simpatia que existem entre aqueles que estão em comunhão de pensamentos. Não se pode, enfim, ter o mesmo prazer ao se encontrar com um inimigo do que com um amigo.
É desejar-lhes o bem em lugar do mal. Amar aos inimigos é não ter contra eles ódio, rancor, ou desejo de vingança. É perdoar-lhes sem segundas intenções e incondicionalmente, o mal que nos fazem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em lugar do mal.
Quem alimenta ódio contra os inimigos e procura pagar-lhes o mal também com o mal, infringe com essa atitude danosa, maiores malefícios a si mesmo do que se pode causar a eles.
Tratemos de aprender a não ver naqueles que não nos querem bem inimigos e sim benfeitores. Aqueles são, na maioria, ignorantes, verdadeiros analfabetos espirituais que ainda “não sabem o que fazem”, e por isso mesmo, requerem nossa piedade e oração.
O irmão que nos inspira os sentimentos de ódio constitui o meio e a oportunidade que Deus nos dá para nos regenerarmos do mal que tenhamos feito. Não há nenhuma vantagem em só amarmos os que nos amam. Em Lucas (6:32- 33), encontramos: “Porque se somente amardes os que vos amam, que recompensa tereis disso? Os criminosos e malfeitores também amam aqueles que lhes são caros.”
Sem amor, nada seremos. Amor incondicional: ao irmão, ao amigo e até mesmo ao inimigo. Nada é mais grandioso, mais lindo, mais transcendental que o amor. Por isso disse-vos Jesus: “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem” (Jo 13:35).
Extraído do Livro Sândalo Formatação: Grupo Espírita Allan Kardec www Extraído do Livro Sândalo Formatação: Grupo Espírita Allan Kardec www.luzdoespiritismo.com