CNLB Cesar Kuzma/2016 Teologia/PUC-Rio

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Transcrição da apresentação:

CNLB Cesar Kuzma/2016 Teologia/PUC-Rio cesarkuzma@gmail.com Apostolicam Actuositatem Ação e organização do Laicato a partir do Vaticano II CNLB Cesar Kuzma/2016 Teologia/PUC-Rio cesarkuzma@gmail.com

Os Leigos e a Igreja Quem somos, onde estamos e para onde vamos

Questões iniciais... Hoje, o que falamos quando falamos “de Igreja”?... Hoje, o que falamos quando falamos “na Igreja”?... Hoje, o que falamos quando falamos “Leigos”?... Hoje, como será que vemos os 50 anos do Concílio Vaticano II, que foi celebrado no ano passado?... Hoje, como vemos o Pontificado do Papa Francisco?... E os Leigos diante dele?... Hoje, mesmo com tantos avanços eclesiológicos (também houve retrocessos, obviamente!), para onde caminha o nosso laicato?... Seria o Decreto Apostolicam Actuositatem ainda atual?... Em que sentido?...

Se toda a Igreja é missionária, aonde nos leva a missão?... Olhar para nós mesmos, para a nossa condição, para aquilo que somos e para a força (do Espírito) que nos sustenta... Olhar para o outro, não como alguém a ser conquistado (...), mas como um ponto de encontro, onde oferecemos a nossa vida, mas recebemos em troca a vida do outro, para o cuidado, para o serviço... Ter uma visão de serviço, para além de nós mesmos... Fugir de uma Igreja autorreferencial, centrada em si mesma... Fugir de uma Igreja triunfalista, mas no firmar de uma Igreja peregrina, militante, que está disposta a seguir o caminho do Reino...

Mais... Olhar para cada fiel, para cada parte do corpo eclesial e ver que ali reside a Igreja e que ali encontramos a disposição do Espírito. A Igreja somos todos nós! E a missão é de todos nós! Aliás, a missão é do Espírito, nela a Igreja é convidada a testemunhar e dar ao mundo a razão de sua esperança... Mas, toda a Igreja – a Igreja toda! E a Igreja toda vai ao encontro do outro, a todas as “periferias” (Francisco). Sua missão é no mundo, como sinal e sacramento, instrumento de Deus – Luz dos Povos – Lumen gentium!

Então, quem são esses que chamamos de Leigos?

Leigos Uma primeira aproximação histórica com a questão dos Leigos O termo Leigo – um contexto e um desafio A novidade da sua condição que surge com o Vaticano II (ver) A nova visão de Igreja que vem com o Vaticano II (ver) Leigos – um verdadeiro apostolado – chamados a servir Leigos – homens e mulheres, ricos e pobres, velhos e novos... Membros do Povo de Deus – Igreja realmente e realmente Igreja Leigos como sujeitos eclesiais (Aparecida e CNBB)

A vocação/missão dos Leigos O mundo é sua primeira vocação, porém... dentro de uma opção por Cristo no horizonte do Reino de Deus... É onde eles vivem a fé e a projetam em esperança... Oferecem ao mundo as razões pelo que vivem e esperam... Agem com coerência e autenticidade... Têm um jeito próprio de ser e fazer a Igreja... Mas sempre em comunhão É ser um bom cristão... É quando o Leigo decide-se como Igreja e tem isso como um dado concreto de sua vida Sente uma experiência pessoal, mas vive isso em comunidade, no serviço Sua atuação no mundo, na política, na educação, na família, na vida pessoal, no desenvolvimento social, no compromisso com os mais pobres e vulneráveis, nas diversas pastorais Ad intra e ad extra, porém, mais ad extra (cuidado com estes binômios) Sua atuação na Igreja, onde o cristão se identifica e vive em martyria, diakonia, koynonia e liturgia

Resumindo... A vocação do cristão Leigo, homem ou mulher, novo ou velho, comprometido com Cristo e seu Reino é ser presença no mundo! Uma presença ativa... Um verdadeiro testemunho É onde vive o seu chamado e a sua busca de sentido e de espiritualidade Um apostolado!

Dificuldades... Ser Igreja - a laicidade da Igreja (Bruno Forte) A questão dos ministérios [?] e a questão da comunidade [?] Formação... [formados em quê? Para quê?] Entendimento da verdadeira vocação A questão da mulher... O clericalismo A questão do mundo de hoje, um mundo plural e com inúmeras esferas religiosas... Um mundo pós-moderno [?]... E mais... Dificuldade de organização – ou de legitimação da sua organização / de reconhecimento... Negação de sua autonomia ... [outras dificuldades]...

Hoje, é preciso resgatar o Espírito do Concílio E com ele: O sentimento de Igreja Povo de Deus e o verdadeiro entendimento da Igreja-comunhão (conceitos que se complementam e não podem se anular). Contudo, o mais urgente é o Povo de Deus Nele, o sentido do Sacerdócio Comum de todos os fiéis Nele, o sentimento de sentir com a Igreja – o sensus fidei Nele, o sentimento de participação ativa, de maturidade e de responsabilidade pela causa do Reino Os Leigos constituem um apostolado, logo, é Cristo que os chama e os envia à missão – Isso é uma grande responsabilidade! Um ser e fazer próprios – e o exercitar da verdadeira comunhão, que reflete a comunhão trinitária. É preciso resgatar o sentido de “apostolado leigo”

Novas posições e novos desafios A intenção de ser Leigo ou Leiga, hoje... O estar e o fazer Igreja O ser e o fazer do Leigo (livro Cesar p. 84) Nós (Leigos) que aqui estamos, por que estamos? E por que ficamos?... O que nos impulsiona à missão? Quem nos envia e a quê nos envia?

Os Leigos e a Esperança “Os leigos comportam-se como filhos da promessa quando, fortes na fé e na esperança, resgatam o momento presente e aspiram com paciência pela glória futura. Não escondem a esperança no coração, mas a manifestam cotidianamente” (LG 35)

O apostolado dos Leigos Decreto Apostolicam actuositatem

Um decreto sobre os Leigos?... Já na primeira frase do texto (AA 1) É a resposta da vocação. É o assumir do seguimento no comprometimento no mundo. Leigos no mundo – de várias formas e em várias instâncias de organização. Um trabalho ad intra, mas também, e principalmente, ad extra (para fora) Há para os Leigos uma eclesiologia própria, garantida pela dimensão eclesiológica do povo de Deus. Os Leigos têm algo de especial para dizer ao mundo, nas circunstâncias que só eles conhecem.

Mais... É um chamado que parte do próprio Deus. São chamados e enviados como Leigos e como Leigos se santificam no mundo e, ao mesmo tempo, santificam o mundo, principalmente com seu testemunho. O Leigo tem “autonomia” na sua vocação e missão! Constituem um apostolado verdadeiro As funções batismais, de sacerdócio, profetismo e de reger aparecem de forma clara e aplicada em sua vocação/missão

Campos do apostolado Ver AA n. 9 Nas comunidades... Na família... Com os jovens (e eles também são chamados ao apostolado)... No ambiente social... Na esfera nacional e internacional (entram aqui as diversas organizações, ações políticas e outras)... Será que hoje não surgem novas fronteiras de missão?...

Modalidades de apostolado Individual Grupo

Relação com a hierarquia Cooperação e não mais colaboração (vale-se aqui a autonomia e o específico de cada vocação) Participação nas decisões da Igreja (um sujeito de fato) Cooperação com outros cristãos não católicos e outros crentes (outras religiões) – em prol do Reino A totalidade da missão da Igreja – uma Igreja que é Povo de Deus

Formação Aspectos da formação Formação teológico-catequética, mas também formação para a vida, inserção social e política. É o leigo no mundo, na transformação do mundo. O leigo também formador