OGUM O ORIXÁ DA GUERRA

Ogum Beira-Mar Entrecruzamento com Iemanjá Trabalha sobre a areia molhada Cores: branco, vermelho, verde e azul-claro Entidade que faz ligação com Iemanjá na Umbanda Comanda muitas falanges como, por exemplo, Ogum 7 Ondas, que é o responsável por entregar as oferendas a Iemanjá

Ogum Rompe Mato Trabalha na entrada das matas e trilhas Entrecruzamento com Oxossi Cores: branco, vermelho e também o verde das matas

Ogum Megê Entrecruzamento com Omolú Cores: branco e vermelho Muito evocado para quebrar feitiçaria e trabalhos feitos no cemitério Atua: encruzilhadas e acessos ao cemitério (campo santo) Dentro do cemitério Pedir licença para entrar no cemitério

Ogum de Ronda ou Naruê Muito ligado aos Exus Trabalha na mesma vibração de Ogum Megê guardando as portas dos cemitérios e faz ronda ao seu redor É comum Ogum de Ronda estar nas portas dos terreiros para proteção e encaminhamento Enquanto os Exus tomam conta da tronqueira Ogum de Ronda guarda sua entrada

Ogum Matinata Entrecruzamento com Oxalá Cores: branco e vermelho Guarda os locais de culto à Oxalá Chamado quando o trabalho de Oxalá é realizado

Ogum Iara Entrecruzamento de Oxum e também de Ibeji Cores: Azul, branco e vermelho Atua nas cachoeiras e jardins

Ogum de Lei ou Delê Entrecruzmento de Xangô Cores: branco, vermelho e amarelo Execução das leis com sua balança e espada

Ogum Xoroquê Entrecruzamento com Exu Meio Exu e meio Ogum Cores: Vermelho, preto, azul escuro Xoroque significa “gritar ou cortar ferozmente” Foi uma das primeiras figuras do candomblé a ser incorporada na Umbanda Cuida das estradas, dos caminhos e das encruzilhadas

Somente para informação de aula. Eu não as utilizo. PRIMEIRA CONJURAÇÃO: Senhor Xoroquê, Rei do Ouro, Senhor das nobrezas e das farturas, invoco-te por parte do Maioral todo poderoso, para que neste exato momento, coloques teus sete emissários em meu favor, para solucionar o que preciso, no prazo de sete minutos, sete horas ou sete dias pois, para isto foste criado. SEGUNDA CONJURAÇÃO: Senhor Xoroque, assim como o bode berra, o fogo estala e a fumaça sobre, eu... (diga o seu pedido) quero que meus desejos sejam agora a mim dirigidos, como a luz do sol clareia a terra, tu, com as sete forças do espaço, irás dirigir a mim tudo aquilo que eu quero e preciso neste exato momento, dentro do curto prazo de sete minutos, sete horas ou sete dias pois, para isso foste criado. TERCEIRA CONJURAÇÃO: Senhor Xoroque, tu que tens o grande poder de aliviar-me de todas as necessidades materiais, neste exato momento suplico e ordeno-te farás com que as tuas sete falanges do espaço venham em meu socorro no curto tempo de sete minutos sete horas ou sete dias pois, para isto foste criado.

São sete qualidades de Ogum (culto de nação): Ògún Mèje ou Mèjéjé, aquele que toma conta das sete entradas da cidade de Irê, ligado a Exú, o guardião das casas de Ketu. Ògún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido – Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães (só na África) como oferenda, tem ligação com Oxaguiã e Ìyemonjá . Ògún Àmènè ou Ominí – tem ligação com Oxun, cultuado em Ijexá, sua conta é verde clara.

Ògún Alágbèdé (Alagbede) – É o Ògún dos ferreiros, o ferramenteiro, da ancestralidade, tem ligação com Yemanjá. Ògún Akoró – É o Ogun que usa o mariwò (nome da folha do dendezeiro) como coroa, sua roupa é o mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito ligado a Oxóssi e não come mel. Ògún Oniré – É o título de Ògún filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, o Senhor de Irê. Ogun Wàrís: é o ferreiro dos metais dourados, ligado a Oxun, ligado ao ar, por isso o mais requintado dentre todos os Oguns.

MARIWO

Instrumentos

Akoro – coroa de metal dada à Ogum pelo povo, que o admirava (lenda de Ogum)

Cores das guias

Orixá Universal, passivo, positivo do Trono da Lei e da Linha da Lei Polariza com Oroiná (Ar e Fogo) e, como Trono divide Essência eólica com Iansã Cores: Azul ou vermelho e também o branco

Pedras Granada Rubi Sodalita Hematita

Ervas Erva de Bicho, vence tudo, abre caminho, aroeira, pinhão roxo, carqueja, pata de vaca, agrião, losna, jatobá, espada de São Jorge

Frutas Banana, ameixa, uva rosê, maçã, graviola, abacate, pitomba, ciriguela, lima da pérsia, marmelo

Domínio: Caminhos, estradas Elemento: ferro e madeira, ar (umbanda sagrada) Flor sagrada: cravo vermelho Saudação: Ogunhê ou Ogum iê (salve, Ogum) ou Pà ta ko ri, Ogum (Ogum, guerreiro, toma conta de suas terras) ou Ogum Je si je si (Ogum, sustente-nos) Dia da semana: Terça-feira Oferenda: velas brancas, azuis e vermelhas, cerveja, vinho tinto licoroso, flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas etc. Água: águas ferruginosas ou águas de rio (ligação com Oxum, Obá e Iansã)

LENDAS Ogum dá aos homens o segredo do ferro – Os homens trabalhavam com ferramentas de madeira e metais moles. Quando todos os Orixás tentaram e não conseguiram Ogum limpou uma grande área usando o ferro, um segredo trazido por Orunmilá. Os Orixás decidiram dar um grande reino para Ogum em troca dos segredos do ferro. Porém, Ogum é um Odé, um caçador. Certa vez, foi para as matas caçar e ficou muito tempo caçando. Voltou sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado e o destituíram de seu reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás. Limpou-se no rio, vestiu-se com folhas de palmeiras desfiadas e foi morar num lugar distante chamado de Irê.

Ogum mata seus súditos e é transformado em Orixá – Ogum sempre guerreava trazendo os frutos de suas vitórias para a casa de seu pai, Odudua. Foi com uma mulher chamada Ojá que Ogum teve seu filho, Oxossi. Depois, amou Oiá, Oxum e Obá. Ogum seguiu lutando e tomou a cidade de Irê, que era composta por sete aldeias. Era conhecido como Onirê, o rei de Irê, deixando o trono para Oxossi. Ogum usava uma coroa sem franjas chamada de acorô, Ogum Alacorô. Ogum partiu para a guerra e retornou após muito tempo. Chegou em um dia em que se realizava um ritual sagrada em que ninguém poderia falar nada, nem dirigir seu olhar a ninguém. Ogum chegou com sede e fome, mas ninguém falava com Ogum e nem o reconheceram pelo longo tempo fora. Enfurecido, começou a quebrar as vasilhas e a decapitar as pessoas. Após o ritual, seu filho veio falar com Ogum e renderam suas homenagens, mas Ogum estava inconsolável. Matou quase todos os habitantes de Irê. Ogum estava arrependido e decidiu que já era hora de se retirar. Enfiou sua espada no chão e a terra se abriu. Ogum foi tragado. Ogum não era mais humano e agora vivia no Orum, o Céu dos deuses. Agora, Ogum era Orixá.

Sincretismo: São Jorge Dia de culto: 23 de abril