Andrologia Bovina.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Escola Secundária de Casquilhos
Advertisements

Aparelho Reprodutor Masculino e Aparelho reprodutor Feminino
Reprodução humana Sistema Reprodutor Masculino
Sistema Genital Masculino
Reprodução humana Recapitulando ….
Sistema Reprodutor Masculino
Aparelho Reprodutor Masculino
Sistema reprodutor masculino
REPRODUÇÃO HUMANA Objetivos:
Sistema Reprodutor Masculino
Colégio INEDI Biologia
GAMETOGÊNESE.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Sistema reprodutor masculino
Sistema Reprodutor Masculino
Sistema Reprodutor/Sistema Genital
FISIOLOGIA HUMANA REPRODUÇÃO.
Sônia Lopes.
SISTEMA GENITAL MASCULINO
Sistema Reprodutor.
Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino
Ciências Cap 16. Sistema Reprodutor Prof.:Samuel Bitu.
Análise de sêmen O Objetivo é demonstrar as características fisiológicas e anatômicas na formação do sêmen, sua análise e descrição baseadas em características.
CAPÍTULO 11 SISTEMA REPRODUTIVO MASCULINO
Reprodução humana.
HORMÔNIOS TESTICULARES :
FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
CIÊNCIAS Profª. Lidiane Resende.
REPRODUÇÃO Definição: capacidade que um ser vivo apresenta de gerar outro ser SEXO: troca de material genético.
PUBERDADE Processo biológico do amadurecimento sexual humano que possibilita a reprodução.
Sistema Reprodutor Masculino
A REPRODUÇÃO HUMANA.
Gametogênese Espermatogênese.
Gametogênese (espermatogênese)
Sistema reprodutor Masculino
Sistema Reprodutor Masculino
REPRODUÇÃO HUMANA.
O que é gametogênese?.
CONTROLAR O VOLUME E A COMPOSIÇÃO DO SANGUE
1. Reprodução humana 1.1.Gametogénese e fecundação  
Fisiologia Reprodutor masculino.
Patologias do Sistema Reprodutor Masculino
Processo perpetuação da espécie humana.
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Transmissão da vida.
Narcizo A. Tonet Citologia Clínica
Vera Regina Medeiros Andrade, 2015
Clinica Dale 20 anos.
Prof. Bartolomeu Garcia
Reprodução Humana Evento biológico responsável pela perpetuação da espécie Humana. Os órgãos envolvidos com essa função se reúnem para constituir o Sistema.
SISTEMA REPRUDUTOR.
ASSER Profa Camila Papini
Profa. Dra. Talita Seydell
Descrição dos órgãos reprodutores
ANATOMIA FUNCIONAL REPRODUTIVA
Aparelho Reprodutor Masculino
Reprodução Humana Biologia - Anderson.
Reprodução Animal – Zootecnia
Transcrição da apresentação:

Andrologia Bovina

Histórico 400 a.C. – Aristotle – anatomia testicular 1667 – Graaf – função e estrutura geral do testículo – van Leeuwenhoek– sptz no fluido seminal von Kölliker – espermatogênese Berthold – efeitos hormonais da castração em galos Bouin e Ancel – Test. produzida nas células de Leydig 1935 – David – isolamento da Testosterona.

Anatomia

Estrutura Geral do Testículo Túnica vaginal (peritônio) Túnica albugínea (cápsula fibrosa espessa) Mediastino (extensão da cápsula no parênquima testicular) Septos de tecido conjuntivo dividem o testículo em lobos (Ver transparências)

Sistema de Ductos Externos ao Testículo - Mamíferos -

Termorregulação Sangue Venoso Sangue Arterial

Espermatogênese 3 fases: Espermatocitogênese Meiose Espermiogênese Mitoses Meiose Troca de material genético entre cromossomos Homólogos do espermatócito 1ário Divisão reducional espermátides haplóides Espermiogênese Diferenciação: espermátide esférica Espermátide madura → Sptz

Espermatogônia Mitoses (2n) Espermatócito 1ário Meiose I (2n) Espermatócito 2ário Meiose II (n) Espermátide (n) Espermiogênese (Metamorfose) Espermatozóide (n)

REGULAÇÃO DA SÍNTESE DE ANDRÓGENOS Padrão mínimo de liberações episódicas FEED-BACK NEGATIVO

Células de Leydig Contato íntimo com o sistema capilares Principal função: testosterona Produz testosterona controlada pelo LH Eventos em cascata... → LH liga-se às membranas de Leydig → → ativação da adenosina-monofosfato cíclica → → ativação das proteínas cinase → → fosforilação das proteínas intracelulares → → mobilização precursores de esteróides → → converte colesterol em pregnenolona → → delta 4 e delta 5.

Células de Leydig LH provoca hipertrofia das células de Leydig; Secreção de LH é controlada pela liberação de GnRH; Testosterona entra no túbulo seminífero por difusão facilitada; Altas concentrações de testosterona são necessárias para haver espermatogênese e, principalmente, meiose;

Testículos - Células Leydig

HISTÓRICO Enrico Sertoli em 1865 Microscópio Belthle von Ebner

CÉLULA DE SERTOLI Células somáticas Grande, irregular 11 a 40% do epitélio seminífero • Base – lamina basal do túbulo seminífero • Porção intermediária – processos que sustentam e se moldam de acordo com a fase de desenvolvimento da célula germinativa (espermatócitos, espermátides) • Ápice – Lúmen do túbulo seminífero

CÉLULA DE SERTOLI FUNÇÕES Suporte mecânico e liberação dos espermatozóides Propiciar um meio ambiente para a espermiogênese Proteção imunológica Fagocitose Secreção de proteínas, peptídeos...

CÉLULA DE SERTOLI FUNÇÃO BIOQUÍMICA – SECREÇÃO Proteína ligadora de andrógeno (ABP) carreadora de testosterona nas células de Sertoli manter altas [ ] de andrógenos nos túbulos seminíferos e epidídimo transportar testosterona da ‘testis’ para o epidídimo Proteína ligadora de metal (trasferrina e ceruloplasmina) Transportar ferro para o desenvolvimento das células germinativas

CÉLULA DE SERTOLI FUNÇÃO BIOQUÍMICA – SECREÇÃO Clusterina Função fisiológica ainda não completamente esclarecida Facilitar interação célula-célula Ativador plasminogênio testicular Migração celular (liberação de sptz e migração de células germinativas) e reestruturação tecidual (abertura das junções)

CÉLULA DE SERTOLI FUNÇÃO BIOQUÍMICA – SECREÇÃO Antígeno H-Y Fatores de crescimento (FGF, somatomedina C) Regulação da proliferação celular para formação do testículo adulto Testialbumina Inibina

Testosterona 95% presente no sangue é de origem testicular; Demais quantias são liberadas pela adrenal; - Dihidrotestosterona (20%) - Dehidro-epiantestosterona (30%) - Androstenediona (50%) Funções: - Manutenção da libido - Atividade secretora dos órgãos acessórios; - Características fenotípicas e comportamentais dos machos;

Biosíntese da Testosterona

Outros hormônios capazes de modular o efeito de LH FSH potencializa o efeito de LH por ação indireta; Ação do LH sofre várias formas de modulação por: outros hormônios (prolactina, GH, insulina) fatores de crescimento (EGF – fator de cresc. epidermal) (AVT – arginina-vasotocina) peptídeos ativos (T3)

Outras substâncias secretadas pelas células de Leydig IGF-1 proteínas ligantes Ocitocina Vasopressina Peptídeos opióides Identificação de RNAm de 3 famílias de opióides: - (prodinorfina e propiomelanocortina) Identificação de células germinativas: - (propiomelancortina e proencefalina) ... São produzidos em pequenas quantidades, e estímulo depende de LH.

Estrógeno Concentração tipicamente maior em veia testicular que na circulação geral; Sintetizado por pelo menos 3 tipos de células: Sertoli, Leydig e Células germinativas; Receptores envolvidos na regulação e transporte de fluidos no trato reprodutivo; Aumentam a concentração espermática ao entrarem no epidídimo; Também relacionado ao comportamento de estímulo sexual a nível de SNC; Captação de cálcio, calcificação e efeito anabólico protéico (ganho de peso e eficiência alimentar).

Fatores que contribuem para baixa fertilidade nos machos das espécies domésticas Anormalidades anatômicas Gametas com problemas Doenças reprodutivas Perda da libido Falha reprodutiva associada com inseminação artificial Mortalidade embrionária precoce

Anormalidades anatômicas do macho afetando a performance reprodutiva Ausência de um ou ambos testículos Hipoplasia dos testículos Criptorquidismo, monorquidismo Ausência de porções da genitália tubular Pênis deformado Falha do músculo retrator do pênis para permitir protusão Aderências, hérnias, tumores, etc.

Perda de libido do macho Hormonal: conduta sexual relacionada com níveis de testosterona. Psíquica: temor do coito devido à associação com alguma desagradável experiência. Doenças ou injúrias (cascos, pernas, garupa, etc) Fraturas Injúrias articulares (ausência de articulação) Artrites (idade = ?) Doenças ou injúrias no casco (pedras) Doenças debilitantes ou malnutrição.

Problemas de gametas masculinos associados com baixa fertilidade Aspermia  ausência de ejaculado Azoospermia  ausência de SPT Akinospermia  ausência de motilidade, com reanimação possível Athenospermia  SPT com reduzida vitalidade Necrospermia  SPT mortos, reanimação impossível Oligospermia  poucos SPT Teratospermia  morfologia alterada Pollutospermia  presença de impurezas no ejaculado Hemospermia  presença de sangue no ejaculado Piospermia  presença de pús no ejaculado

EXAME SEMIOLÓGICO

Avaliação Andrológica Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal – UNESP Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal Exame Semiológico Avaliação Andrológica I – Sinais: Espécie: Idade: Raça: Data Exame: Identificação: Peso: Procedência / Proprietário: II – Histórico / Anamnese Condições Ambientais (tipo e quantidade de alimentação, manejo, mudança de ambiente): III – Exame Geral (aspecto, estado de nutrição, comportamento, masculinidade, defeitos típicos, genéticos ou adquiridos); Controle sanitário (Brucelose, Tuberculose, etc) Comportamento e habilidade sexual (libido, reflexo de cópula, monta, salto e ejaculação):

IV – Exame Especial (Inspeção e Palpação) Cordões espermáticos (tamanho, simetria, posição, consistência, mobilidade, temperatura, sensibilidade): Bolsas escrotais (pele, volume, simetria, mobilidade, ectoparasitos, músculos cremaster, sensibilidade, temperatura): Testículos (simetria, tamanho, forma, posição, consistência, mobilidade, temperatura, sensibilidade): Epidídimos (cabeça, corpo e cauda, simetria, tamanho, forma, posição, consistência, sensibilidade): Prepúcio (tamanho, forma, prolapso de mucosa, secreções, aderências, etc): Pene (tamanho, mobilidade, aumento de volume depois da esteriorização: malformações, hemorragias, aderências, abscessos, desvios, sensibilidade) Glândulas anexas Vesículas seminais (tamanho, simetria, lobulação, consistência, sensibilidade, mobilidade, reação pelo testículo ao estímulo) Ampolas dos ductos deferentes (tamanho, simetria, consistência, mobilidade, sensibilidade) Próstata, bulbouretrais e glândulas linfáticas (se necessário: tamanho, assimetria, consistência, sensibilidade):

8- Aferição testicular: ________________________________________________________ Comprimento Largura Testículo direito (cm) Testículo esquerdo (cm) Diâmetro (total em cm) Volume (total em ml) 9- Exame de sêmen: Método: Volume (ml): Concentração (x 10-6/mm3): Turbilhonamento (1-5): Motilidade (%): Vigor (1-5): 10 – Conclusões:

Ficha de Exame Andrológico (Modelo 1) Identificação Ficha n° Procedência: Data: Proprietário: Touro (nome/n°): Progenitores: Raça: Alimentação: Idade: Manejo: Exame clínico Histórico (vida reprodutiva) ........................................ Anamnese (geral, dos genitais) ................................... Comportamento sexual (libido, salto) ........................ Aprumos (membros e cascos) .................................... Análise do sêmen Método de coleta:  v. a.  e.e. Características físicas Volume do ejaculado (ml) ......................... Turbilhonamento (1-5) .............................. Motilidade (% vivos e móveis) ................ Vigor (1-5) ............................................... Concentração espermática (x 103/mm3)...

Características morfológicas (%) Anomalias de cabeça (M/m) ...................... Anomalias da peça intermediária (M/m)... Anomalias de cauda (M/m) ...................... Anomalias de acrossoma .......................... Gota protoplasmática proximal ................ Gota protoplasmática distal ...................... “Pouch formation” ................................... Formas duplas ......................................... Outros elelmentos: (medusas, cels. primordiais, cels. gigantes, leucócitos, hemácias, cels. epiteliais)........ Interpretação: A patologia espermática no touro, permissível para a congelação do sêmen é: Defeitos: Individualmente: maiores - até 5% menores - até 10%. Total: maiores - até 20%, menores - até 25% (obs.: com predominância de ). Anormalidades totais: até 30%.

Espermiograma (Modelo 3) (Para identificação de defeitos, percentualmente) 1- Exame de gota de sêmen, em solução de formol-salina (HANCOCK, 1957) (microscopia de contraste de fase, sob imersão - 1.000X) 1.1 – Defeitos Maiores: (200) (300) Anomalias do acrossoma............................. Gota protoplasmática proximal................... Cauda dobrada ou enrolada (com gota prot. distal anexa ou fortemente dobrada ou en- rolada) ........................................................ Anomalias da peça intermediária (edema, desfibrilação, fraturas) ............................... Formas duplas ............................................. Defeitos de membrana celular ................... Formação de vesículas (pouch formation).. 1.2 – Defeitos Menores: Cauda dobrada e enrolada, ou dobrada em ângulo reto ................................................. Gota protoplasmática distal ....................... Cabeça isolada (decaptação) .....................

2- Exame de esfregaço de sêmen (microscopia convencional, lâmina corada (?) e sob imersão - 1.000X) 2.1 – Defeitos Maiores: Anomalias da Cabeça (200) (300) estreita na base .......................... piriforme ................................... contorno anormal ...................... sub-desenvolvido ...................... pequena anormal ....................... cabeça isolada patológica ......... cauda enrolada na cabeça .......... coloração anormal ..................... 2.2 – Defeitos Menores: Anomalias da Cabeça (delgada, gigante, curta, larga, pequena normal) ................................... Peça intermediária (abaxial, oblíqua, retroaxial) ................ Cauda dobrada, enrolada ou dobrada em ângulo reto ............................................

INTERPRETAÇÃO DO ESPERMIOGRAMA

Defeitos Maiores (1-15) Total _________________________________________________________________ Defeitos Maiores (1-15) Total Subdesenvolvido Formas duplas “Knobbed sperm” Decapitados (Guernsey) “Pouch Formation” (Diadema) Cabeça piriforme Estreito na base De contorno anormal Cabeças pequenas anormais Cabeça solta anormal “Corkscrew defect” Outros defeitos da peça intermediária Gotas proximais Pseudogota (raro) Cauda fortemente dobrada ou enrolada (“Dag Defect” ) Total: __________________________________________________________________________

Defeitos Menores (16-24) Total ___________________________________________________________________ Defeitos Menores (16-24) Total Cabeças estreitas Cabeças pequenas, normais Cabeças gigante e curta, larga Cabeças soltas (normais) Acrosomos destacados (tinta da china) Implantação abaxial Gotas distais Cauda simplesmente dobrada ou enrolada Cauda enrolada na porção terminal Totais: _______________________________________________________________________ Outros: (Formação de medusa, Células espermiogênicas, Gigantes e prepuciais, Hemácias).

Interpretação do Espermiograma Delgado Estreito na base Periforme Contorno anormal Curto ou largo Gigante Pequeno Subdesenvolvido Cauda enrolada na cabeça Cabeça isolada patológica Abaxial Formas duplas Coloração anormal Limites Monta natural: 20-30% Congelação: 15-20%

Interpretação do Espermiograma Alterações de DNA Delgado Estreito na base Periforme Contorno anormal Curto ou largo Gigante Pequeno Subdesenvolvido Cauda enrolada na Cabeça Alterações da membrana da espermátide

Interpretação do Espermiograma Delgado Estreito na base Periforme Contorno anormal - Desvio para esquerda 4. Curto ou largo Gigante ou pequeno Subdesenvolvido 6 Cauda enrolada na cabeça - Desvio para direita 7 Cabeça isolada patológica - Distribuição homogênea 8 Abaxial Formas duplas - D. T. (reversível) e H. T. Coloração anormal Cauda enrolada e/ou dobrada Desvio para esquerda no esfregaço  desfavorável Agravado quando associado com desvio para esquerda no contraste de fase 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + GPP   Desvio para esquerda – Hipoplasia testicular 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 + GPP   Desvio para direita – Degeneração testicular

Quadro I – Causas de baixa fertilidade e infertilidade em 335 touros, de um total de 628 que serviam como reprodutores em rebanhos, em criação extensiva, em nove Estados do Brasil (Valle Filho, 1978).

Quadro II – Causas de baixa fertilidade e infertilidade em 192 touros, de um total de 344 que se ofereceram como doadores de sêmen em central de inseminação artificial, originários de sete Estados do Brasil (SP, MG, PR, GO, MT, RJ, BA) e de dois países estrangeiros (Canadá, Itália) (Valle Filho, 1978).

Quadro III – Causas de baixa fertilidade em 53 touros, de um total de 116 bimestiços, (B. taurus x Bos indicus) criados no Estado de São Paulo, em regime extensivo (Valle Filho, 1978).

Relação motilidade, patologia e concentração espermática, em alguns quadros de transtornos patológicos do sistema genital do touro