Acordes de Sexta Harmonia II – CMU0231, revisão 2015 Paulo de Tarso Salles CMU-ECA/USP.

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Transcrição da apresentação:

Acordes de Sexta Harmonia II – CMU0231, revisão 2015 Paulo de Tarso Salles CMU-ECA/USP

A sexta napolitana Tríade maior cuja fundamental é o 2º grau rebaixado (2ª frígia). Usado no séc. XVIII sobretudo em 1ª inversão, razão pela qual é considerado um acorde de 6ª. É indicado pelo símbolo N (PISTON, 1998, pp ). A notação funcional, contudo, propõe: s 6> (BRISOLLA, 2007, p. 74) ou s n (DE LA MOTTE, 1993, p. 80). Também pode ser Nap. Ao movimentar-se para a D, produz inevitavelmente uma falsa relação cromática entre sua fundamental alterada e a 5ª da D. Duplica-se em geral o baixo, por ser o único grau tonal no modo Maior. 2

Exemplo de acorde napolitano: trecho da Sonata Op. 27 (“ao luar”) de Beethoven 3 Neste caso a falsa relação cromática foi evitada, já que o acorde D 7 está sem a 5ª. Nap 6

Usos da sexta napolitana Formando cadência, indo para a D. Como subdominante plagal, indo para a T. Em estado fundamental foi adotado a partir do século XIX. Pode ter sua própria D, ou região. Ver c do 3º mov. da Sonata Op. 106 de Beethoven. 4 Região napolitana

Nap 6 x SubV Nap 6 Morfologia: Tríade Geralmente em 1ª inversão Pertence à região da S Aplicação: Em direção à D SubV Morfologia: Tétrade Geralmente em posição fundamental Pertence à região da D Aplicação: Em direção à T 5

Acordes de sexta aumentada: 3 casos “étnicos” mais comuns e um raro Conjunto de 4 acordes com intervalo de 6ª aumentada entre o baixo e alguma de suas vozes superiores. A elevação do IV grau da escala indicaria que esses acordes estão associados à função de, segundo Piston (1998). 6 sR 6< 5 (D 7 5> ) ? Minhas sugestões: Raro [PISTON, 1998, p. 404]

Sexta Italiana: Beethoven, 5ª Sinfonia, 1º movimento 7 cordas

Mozart, sonata K.332, I, c ª alemã com resolução por 5ªs paralelas

Mozart, sonata K.332, I, c Reparem nas 5ªs paralelas, típicas desse encadeamento, e na maneira como Mozart as disfarçou. (ou:)...mas não tínhamos visto com De la Motte que a Dominante com 9ª não existia autonomamente no Classicismo? Notação de De la Motte (1993, p. 145)

Sexta Francesa: Schubert, quarteto nº 10, Op. 125 nº 1, Mib, D 87, IV mov. 10 Obs.: o acorde de 6ª francesa é simétrico. Neste caso: Ab-C = D-F#

Simetria da 6ª Francesa 11

Sexta Suíça: Chopin, Ballada nº 3, Op [enarmonização do acorde de 6ª Alemã, com outra resolução, B = Cb, ou seja, B-C, ao invés de Cb-Bb]

Abordagem de De la Motte: acordes alterados no classicismo ( 1993, pp ) A alteração ascendente ou descendente mantém a função do acorde. Dois tipos de alteração, de acordo com o caminho sugerido: 1) para a Tônica; 2) para a Dominante. 13 Brisolla (2007, p. 74) refere-se somente ao acorde alterado em direção à T. Ger 6 It 6 Suíço ?

Harrison: origens e revisão do estudo dos acordes de 6ª aumentada Revisão da bibliografia sobre o assunto e proposta de uma nova categorização. Os termos sexta “italiana”, “alemã” e “francesa” são atribuídos por Harrison a John Wall Calcott, em A Musical Grammar (London, 1806). Proposta de tipologia funcional para os acordes de 6ª aumentada (HARRISON, 1995, p. 187): 14

Acorde de 6ª Alemã: um uso plagal, em Brahms 15 FONTE: HARRISON, 1995, pp. 190; 193)

Referências bibliográficas BRISOLLA, C. Princípios de harmonia funcional. São Paulo: Annablume, DE LA MOTTE, D. Armonía. Barcelona: Labor, HARRISON, D. Supplement to the Theory of Augmented- Sixth Chords. In: Music Theory Spectrum, v. 17, n. 2, pp , Autumn, PISTON, W. Armonía. Cooper City, Fl: Span Press, SCHOENBERG, A. Harmonia [1911]. São Paulo: Editora UNESP, SCHOENBERG, A. e STEIN, L. Funções estruturais da harmonia. São Paulo: Via Lettera, ZAMACÓIS, J. Tratado de Armonía. Libro III. Barcelona: Labor,