Angelica Storti

A palavra descri ç ão vem do latim descriptio, oni: que significa figura, representa ç ão, de describere, que significa escrever conforme o original, copiar, transcrever; O foco desta tipologia são as caracter í sticas do objeto. Segundo Moises Massaud, descri ç ão “é a enumera ç ão das caracter í sticas pr ó prias dos seres, coisas, cen á rios, ambientes, costumes, impressões, etc ”. Os cinco sentidos sensoriais são a base desse tipo textual: visão, tato, audi ç ão, olfato e paladar. A finalidade da descri ç ão não é somente detalhar, mas formar uma imagem ao leitor a partir do ponto de vista de quem est á escrevendo. É como se fosse uma fotografia traduzida por meio de palavras. Uma boa descri ç ão é apresentada ao leitor progressivamente, detalhe por detalhe, para que ele possa formar uma imagem unificada do objeto.

CARACTER Í STICAS: Os verbos de liga ç ão (por exemplo: ser, estar, ficar, etc), são os mais utilizados, porque ligam os seres, que são substantivos, às caracter í sticas, que são os adjetivos; Os verbos normalmente aparecem flexionados no presente ou no pretérito; H á estaticidade – ausência de a ç ão (ao contr á rio da narra ç ão).

ESTRUTURA: A estrutura do texto descritivo pode ser dividida em: Introdu ç ão: é quando o ser ou objeto a ser descrito é focalizado por quem o est á observando, de acordo com seu ponto de vista; Desenvolvimento: de forma subjetiva ou objetiva, ou ainda ambas, o observador captura elementos do objeto em uma ordem coerente; Conclusão: é quando a caracteriza ç ão está completa, e não há um momento espec í fico para a conclusão em textos descritivos.

TIPOS DE DESCRI Ç ÃO: H á dois tipos de textos descritivos: a descri ç ão objetiva e a subjetiva. Na descrição objetiva, como o próprio nome diz, o descritor relata o objeto de modo preciso, isentando-se de comentários pessoais ou atribuições de termos que possibilitem ao leitor ter mais de uma interpretação. Normalmente, é quando se descreve os aspectos físicos e tangíveis do objeto, como largura, altura, peso, cor, etc, ou seja, é a realidade concreta, como todos veem o objeto. Por exemplo: “Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.” Já na descrição subjetiva, a sensibilidade do observador fica aparente, já que ocorre a expressão de sentimentos e emoções, além do emprego de construções livres que revelam um toque de individualidade por parte de quem está descrevendo: “Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de outros tempos, só para si. Foi sempre assim, Dona Cômoda: gorda, fechada, egoísta.”

EXEMPLOS DE TEXTOS DESCRITIVOS:

LEGENDAS cinema, televisão e jogos eletrônicos No cinema, televisão e jogos eletrônicos, as legendas são o texto que acompanha uma imagem, conferindo-lhe um significado ou esclarecimento. Seu maior uso é na tradução de textos e diálogos de filmes, acompanhando o mesmo em sobreposição, normalmente na zona inferior da película. Possíveis sinônimos para o termo são letreiro, inscrição, rótulo e dístico. Já no jornalismo, legendas são os textos que aparecem imediatamente abaixo ou ao lado (ou ainda, mais raramente, acima) de uma fotografia, identificando-a, contextualizando-a e acrescentando alguma informação a partir da matéria que a acompanha. Na Geografia, é usada para identificar nos mapas áreas ou lugares que possuem uma determinada característica.

CARDÁPIO Num restaurante, o cardápio, ementa ou menu é a lista onde constam as opções (pratos, bebidas e vinhos) disponíveis para o cliente. Um menu pode ser a la carte ou table d’hôte. Os itens disponíveis para o consumidor escolher podem estar agrupados em várias categorias, dependendo da hora do dia ou do evento. Um cardápio de café da manhã no mundo ocidental usualmente inclui ovos, torradas e/ou frutas. Cardápios de almoço e jantar, em contrapartida, incluem itens de porções de comida e entradas.