FORMAÇÃO DE CAPITAL E POTENCIAL DE CRESCIMENTO BRASILEIRO EDMAR L. BACHA IEPE/CdG Seminário Comemorativo de 10 Anos Empresa Júnior de Economia da UnB,

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Transcrição da apresentação:

FORMAÇÃO DE CAPITAL E POTENCIAL DE CRESCIMENTO BRASILEIRO EDMAR L. BACHA IEPE/CdG Seminário Comemorativo de 10 Anos Empresa Júnior de Economia da UnB, Econsult Brasília, 22/09/2011

CRESCIMENTO NÃO RETOMA PADRÕES DO PASSADO: POR QUÊ?

CRESCIMENTO DO PIB ASSOCIA-SE AO DO ESTOQUE DE CAPITAL

DEDUÇÃO DA FÓRMULA PARA A TAXA DE CRESCIMENTO DO CAPITAL, K (1) Partimos da igualdade entre investimento e poupança: Pi.I = S Dividindo pelo PIB (=Py.Y) e simplificando a notação: p.(I/Y) = s onde: p = Pi/Py e s = S/Py.Y Introduzindo o capital-em-uso (u.K): p.(I/Y).(uK/uK) = p.(I/K).(1/u).(uK/Y) = = p.(I/K)(1/u)(1/v) = s onde v = Y/uK é a relação produto-capital(em uso).

DEDUÇÃO DA FÓRMULA PARA A TAXA DE CRESCIMENTO DO CAPITAL, K (2) Isolando a relação I/K: I/K = s.(1/p).u.v Decompondo o investimento bruto(I=K+D): (K + D)/K = K/K + δ = s.(1/p).u.v Definindo K = K/K, vem a expressão final: K = s.(1/p).u.v - δ

PREÇO RELATIVO DO INVESTIMENTO, p, SUBIU MUITO E PARECE ESTABILIZADO

O MISTÉRIO DE p RESUMO DOS RESULTADOS, (var dep: p) Estatísticas de regressão: R-Quadrado 0,935 R-quadrado ajustado 0,930 Erro padrão 0,0472 Observações 57 CoeficientesErro padrão Stat t valor-P Interseção 0,543 0,040 13,55 0,000 Mq Imp/total -0,161 0,061 -2,63 0,011 D ,218 0,027 8,13 0,000 Tx cambio 0,079 0,034 2,32 0,024 Tendência 0,004 0,001 4,86 0,000

UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (u) CAIU E AINDA NÃO VOLTOU AO QUE ERA (... mas se aproxima, nos anos bons)

RELAÇÃO PRODUTO-CAPITAL (v) CAIU MUITO E RECUPEROU-SE UM POUCO

UMA VISÃO NEOCLÁSSICA DA RELAÇÃO v: Y = A.(uK) α.L 1-α, logo: v = Y/uK = (L/uK) 1-α

POUPANÇA (s) TAMBÉM DIMINUIU Periodo Poup. Ext Poup. Dom. Poup.Tot ,7 18,6 21, ,7 18,9 23, ,7 16,3 17, ,716,619,3

CONCLUSÃO: COM ATUAIS PARÂMETROS NÃO DÁ PARA REPETIR O PASSADO

POTENCIAL ATUAL DE CRESCIMENTO DO PIB FÓRMULAS E PARÂMETROS A partir da função de produção: Y = A(uK) α L 1-α, temos: Y = A + α(uK) + (1-α)L Substituindo a expressão para K e supondo u=0, vem: Y = A + (1-α)L + αu 2 v(I/Y) – αuδ Com os parâmetros: A = – 0,0083+0,45*Y (observada entre 1996 e 2010) α =0,46 L =0,02 u =0,97 v =0,49 δ =0,048 Vem: Y = -0, ,39(I/Y)

CONCLUSÃO: 4% É O NOVO NORMAL

Referências Bacha, E. L. e Bonelli, R. (2005) Uma Interpretação das Causas da Desaceleração Econômica do Brasil, Revista de Economia Política, Julho- Setembro. Bonelli, R. e Bacha, E. L. (2011) Crescimento Brasileiro Revisitado, em elaboração.