PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS

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Transcrição da apresentação:

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Wandréa de Souza Mendes MV, MSc, DSc Nutrição Animal Coordenadora Técnica

SIGNIFICADO DE “MITO” ...Lenda, fantasia. / Coisa que não existe na realidade. http://www.dicionariodoaurelio.com/Mito.html .../Coisa ou pessoa que não existe, mas que se supõe real./ Coisa só possível por hipótese; quimera. http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=mito É uma representação fantasiosa, espontaneamente delineada pelo mecanismo mental do homem, a fim de dar uma interpretação e uma explicação aos fenômenos da natureza e da vida. http://www.dicionarioinformal.com.br/mito/ O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns, consideradas sem fundamento objetivo ou científico... http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Os principais mitos da nutrição de cães e gatos surgiram da comparação entre: homens e animais; medicina e nutrição humanas e veterinárias (nem sempre correta)

“Dietas com alto teor de proteína causam insuficiência renal.” PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS MITO: “Dietas com alto teor de proteína causam insuficiência renal.”

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Hipótese: ↑ Proteína dietética Sobrecarga de néfrons Glomeruloesclerose e ↓ funcional Dietary protein intake and the progressive nature of kidney disease: the role of hemodynamically mediated glomerular injury in the pathogenesis of progressive glomerular sclerosis in aging, renal ablation, and intrinsic renal disease. Brenner, BM; Meyer, TW; Hostetter, TH. N Engl J Med 1982; 307:652-659.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS

X PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Dietas ↓ proteína Efeito renoprotetor X Masoro et al (1989) Adams et al (1993) Frantz et al (2007) Masoro EJ et al: Dietary modulation of the progression of nephropathy in aging rats: an evaluation of the importance of protein. Am J Clin Nutr 49:1217-1227, 1989./ Adams LG, et al. Effects of dietary protein and calorie restriction in clinically normal cats and in cats with surgically induced chronic renal failure. Am J Vet Res 54: 1653-1662, 1993./ Frantz NZ et al. The effect of dietary protein on body composition and renal function in geriatric dogs. Intern J Appl Res Vet Med 5:57-64, 2007

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Discussão: Modelo massa renal reduzida (nefroectomia) Adams et al (1993): Grupos “↓ proteína” Frantz et al (2007): uréia sérica e microalbinúria transitória ≈ natural ? = ↓ PB + ↓ EM

“A proteína dietética não exerce efeitos deletérios sobre os rins.” PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Finco et al (1992) Hansen et al (1992) “A proteína dietética não exerce efeitos deletérios sobre os rins.” Churchill et al (1997) Finco et al (1994) Finco et al (1999) Bovee et al (1999) Finco DR et al: Effects of dietary phosphorus and protein in dogs with chronic renal failure. AmJ Vet Res 53:2264-2271, 1992/ Hansen B et al: Clinical and metabolic findings in dogs with chronic renal failure fed two diets. Am J Vet Res 53:326-334, 1992/ Churchill J et al: Influence of diet on morbidity and mortality in geriatric uninephrectomized dogs. Proceedings ACVIM :675, 1997/ Finco DR, et al: Effects of aging and dietary protein intake on uninephrectomized geriatric dogs. Am J Vet Res 55:1282-1290, 1994/ Finco DR: Effects of dietary protein intake on renal functions. Vet Forum 16:34-44, 1999/42. Bovee KC. Mythology of protein restriction for dogs with reduced renal function. Comp Cont Edu Small Anim Pract 21 (S 11): 15- 20, 1999

“A proteína dietética não exerce efeitos deletérios sobre os rins.” PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS “A proteína dietética não exerce efeitos deletérios sobre os rins.” Discussão: P ! ↓ proteína» ausência de efeitos + em animais senis e com DRC ↓ proteína pode ser benéfica na ↓ dos sintomas urêmicos ↓ proteína » ↓ turnover protéico » imunocomprometimento ↓ proteína » ↓ massa muscular magra » ↑ morbidade, mortalidade Requisitos protéicos são maiores: turnover, senilidade, doenças

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Finco et al (1994) Efeitos da proteína em cães com função renal reduzida: Evolução da função renal Curvas de sobrevivência 31 cães, 7 - 8 anos, nefroectomizados, 2 dietas Finco DR, et al: Effects of aging and dietary protein intake on uninephrectomized geriatric dogs. Am J Vet Res 55:1282-1290, 1994

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Finco et al (1992) Efeitos da proteína na sobrevivência de cães com DRC ↑ PB = 32 % PB Taxa de sobrevivência ↓ PB = 16 % PB meses 48 cães nefroectomizados, 2 níveis de PB, 24 meses Finco DR et al: Effects of dietary phosphorus and protein in dogs with chronic renal failure. AmJ Vet Res 53:2264-2271, 1992

Efeito da restrição de fósforo na sobrevida de animais com DRC PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Efeito da restrição de fósforo na sobrevida de animais com DRC 48 cães nefroectomizados 50 gatos, estágios II e III DRC 0,4 % P (n = 24) 1,4 % P (n = 24) 0,4 g P/400 kcal (n = 29) 1, 9 g P/400 kcal (n = 21) Finco et al (1992) Elliot et al (2000) Finco, D. R. et al. Effects of dietary phosphorus and protein in dogs with chronic renal failure. Am J. Vet. Res., 53: 2264-2271, 1992./Elliott J et al. Survivalof cats with naturally occurring renal failure: effect of conventional dietary management. J Small Anim Pract, 41: 235-242, 2000.

Proteína dietética Aminoácidos Proteínas Corporais PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Proteína dietética Digestão Síntese Gluconeogênese » Energia Aminoácidos Síntese Catabolismo URÉIA Proteínas Corporais

QUANDO RESTRINGIR PROTEÍNAS? PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS QUANDO RESTRINGIR PROTEÍNAS? » Na DRC, quando houver proteinúria IRIS (2006) > 0,4 UPC Objetivo: ↓ BUN e sintomas urêmicos > 0,5 UPC Elliott, D. A. and Elliott, J. Dietary therapy for feline chronic kidney disease. Encyclopedia of Feline Clinical Nutrition. Royal Canin, p. 249-283, 2008./Polzin, D. Chronic kidney disease. In: Bartges, J. and Polzin, D. Nephrology and Urology of Small Animals, p. 433-471, 2011. /IRIS - International Renal Interest Society, 2006. Acesso: http://www.iris-kidney.com

“Dietas com alto teor de proteína causam distúrbios osteoarticulares.” PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS MITO: “Dietas com alto teor de proteína causam distúrbios osteoarticulares.”

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Imbalanços nutricionais e potenciais consequências no crescimento ↓ Proteína Atraso e ↓ taxa de crescimento ↑Energia Supercrescimento e remodelação óssea anormal » Osteocondrose, Síndrome do Rádio curvo, Displasias ↑ Ca, P vit D Osteopetrose, osteomegalia » Osteocondrose, Panosteíte, Síndrome do Rádio Curvo Síndrome de Wobbler (muito jovens) ↓ Ca, P Hiperparatireoidismo, raquitismo, osteomalácia » Fraturas patológicas Hazewinkel H, Mott, J. Main nutritional imbalances implicated in osteoarticular diseases . Encyclopedia of Canine Clinical Nutrition, p. 369-386, 2006.

MATERIAL CONFIDENCIAL PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS ↓ Ingestão de Proteínas Filhotes: Atraso e ↓ taxa de crescimento O crescimento saudável requer: ↑ relação Proteína:Energia (PB:EM) Proteínas de ↑ qualidade Dietas ↑ Proteínas (nível ótimo) ↓ % de Gorduras ↓% Carboidratos Otimizar PB:EM A ingestão deficiente de proteínas é conhecidamente deletéria ao crescimento. O crescimento saudável requer alta relação proteína:energia, o que significa que os alimentos para o crescimento devem conter elevados % de PB. Essas proteínas também devem se de boa qualidade (alta digestibilidade e bom valor biológico) para garantir bom aproveitamento dos aminoácidos essenciais ao crescimento. Dietas com alta PB (mas sem ultrapassar um nível ótimo) permitem reduzir o % de gorduras d carboidratos da dieta, que são as principais fontes de energia. Essa redução também tem que respeitar níveis ótimos, pois a energia é um dos princípios nutritivos mais importantes para o crescimento. Com esse perfil (↑ PB, ↓ G e CHO) é possível otimizar a relação proteína:energia da dieta para o crescimento saudável. Em realção ao excesso de proteínas, não há nada na literatura científica relacionando a ↑ PB a problemas osteoarticulares (enfatizar que a Royal Canin pratica nutrição e medicina veterinária baseada em evidências) Não existe nenhuma evidência científica que suporte a hipótese do efeito indesejável das proteínas sobre crescimento e ossificação ↑ Ingestão de Proteínas? Nap RC - Nutritional influences on growth and skeletal development in the dog. Thesis University Utrecht 1993: 144p. PROIBIDA A CÓPIA OU REPRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Influência da proteína dietética no crescimento de cães gigantes Filhotes de Dog Alemão entre 7 semanas a 6 meses de idade Dietas: Isoenergéticas, 3 níveis de proteína 14,6 %, 23,1 %, 31,6 % PB na MS Resultados: Albumina sérica < grupo proteína restrita (14, 6% PB) Crescimento (altura): sem diferenças Metabolismo do Ca: sem diferenças Desenvolvimento esquelético: sem diferenças clínicas e radiológicas Nap RC, Hazewinkel HAW, Voorhout G et al. Growth and skeletal development in Great Dane pups fed different levels of protein intake. J Nutr 1991; 121: S107-113. 26

MATERIAL CONFIDENCIAL PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS ↑ Ingestão de Energia Supercrescimento/obesidade Imbalanços Hormonais Forças mecânicas (ex: ↓ GH) Esse esquema demonstra como o excesso de energia age OBS: ↓ GH (hormônio do crescimento) é apenas um exemplo de imbalanço hormonal com efeito deletério. Outros hormônios também são alterados com o supercrescimento e obesidade. Remodelação óssea anormal Hazewinkel H, Mott, J. Main nutritional imbalances implicated in osteoarticular diseases . Encyclopedia of Canine Clinical Nutrition, p. 369-386, 2006. PROIBIDA A CÓPIA OU REPRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA

MITO: “Dietas com alto teor de sódio causam hipertensão e PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS MITO: “Dietas com alto teor de sódio causam hipertensão e aumentam o risco de doenças cardíacas e renais.”

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Em humanos, ↑ sódio dietético é associado ao desenvolvimento de hipertensão, devido à expansão do fluído extracelular. Efeitos adversos nos olhos, coração, rins e cérebro. Sensibilidade ao sal: Negros americanos > retenção de Na > Sensibilidade (Jackson, 1991) 26% dos americanos com PA normal 58% dos americanos com hipertensão Sensibilidade + (Weinberger, 2006) Brown S, et al: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic hypertension in dogs and cats. J Vet Intern Med 21:542-558, 2007/ Freedman DA, Petitti DB: Commentary: salt, blood pressure and public policy. Int J Epidemiol 31:319-326, 2002/ Jackson, FL. An evolutionary perspective on salt, hypertension, and human genetic variability Hypertension. 1991 Jan;17(1 Suppl):I129-32./ Weinberger MH: Pathogenesis of salt sensitivity of blood pressure. Curr Hypert Rep 892:166-170, 2006.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS A restrição de sódio é recomendada há anos para humanos, cães e gatos com doença cardíaca e hipertensão. Benefícios controversos ↓ Na pode não contribuir com a ↓ da PA ↓ Na » Ativação RAA » Hipertensão Efeitos cardiotóxicos Chandler, ML. Sodium in Pet Foods. Pet Food Safety, v. 23 (3): 148-153, 2008.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS ↑ Na dietético não ↑ PA em gatos saudáveis (0, 91% MS x 0, 43% MS) Luckschander et al (2004) ↑ Na dietético não ↑ PA e função renal em gatos com função renal normal e com insuficiência renal induzida semelhantes às fases II e III (IRIS). Buranakari et al (2004) ↑ Na dietético não causou nenhum efeito adverso em gatos maduros, nem mesmo com uma dose de 1,11% de Na em animais que já apresentavam creatinina acima do limite superior. Xu et al (2009) Buranaki, C. et al. Effects of dietary sodium chloride intake on renal function and blood pressure in cats with normal and reduced renal function. Am Jour of Vet Res, 65 (5) 620-627, 2004. / Luchschander N, Iben C, Hosgood G, et al: Dietary NaCl does not affect blood pressure in healthy cats. J Vet Intern Med 18:463-467, 2004/Xu et al (2008) – Effects of dietary sodium chloride on health parameters in mature cats. Journal of Feline Medicine and Surgery. 11: 435-441, 2009.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Cães saudáveis insensíveis ao Na (8µmol/kg x 120 µmol/kg) (Krieger et al, 1990) Cães com azotemia induzida, semelhantes às fases II e III (IRIS), apresentaram insensibilidade ao Na. (Greco et al, 1994) Cães com falência cardíaca apresentaram insensibilidade ao Na. (Rush et al, 2004) Greco DS, Lees GE, Dzendzel G, et al: Effects of dietary sodium intake on blood pressure measurements in partially nephrectomised dogs. Am J Vet Res 55(1):160-165, 1994/ Rush JE, Freeman LM, Brown DJ, et al: Clinical, echocardiographic, and neurohormonal effects of a sodium-restricted diet in dogs with heart failure. J Vet Intern Med, 14:513-520, 2004

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS “Não há evidências científicas que suportem a hipótese do ↑ Na causar danos à função renal. Essa “teoria”foi extrapolada de humanos, para os quais demonstrou-se que alguns, mas não todos os humanos, apresentam hipertensão sensível ao Na, que pode causar doença renal.” Kirk CA, Jewell DE, Lowry SR. Effects of Sodium Chloride on selected parameters in cats. Veterinary Therapeutics 2006; 7: 333-346

“Dietas com alto teor de sódio, usadas no tratamento das urolitíases PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS MITO: “Dietas com alto teor de sódio, usadas no tratamento das urolitíases por estruvita causam ↑ da excreção de Na e predispõe à formação de cálculos por oxalato de Ca.”

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS SUPERSATURAÇÃO URINÁRIA Urina concentrada: ↑ concentração de minerais - Crescimento rápido de cristais e cálculos - Cristais e cálculos não podem ser dissolvidos SUBSATURAÇÃO/ DILUIÇÃO URINÁRIA Urina diluída: ↓ concentração de minerais Não ocorre formação de cristais e cálculos - Cristais e cálculos podem ser dissolvidos Dietas ↑ Na ↓ RSS

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS O↑ Na dietético está associado ao ↑ da excreção de Ca, mas a concentração desse mineral na urina não ↑ significativamente em cães saudáveis, devido ao acréscimo concomitante do volume urinário, sendo observada uma redução significativa do RSS. Lulich JP, Osborne CA, Lekcharoensuk C, et al. Effects of diet on urine composition of cats with calcium oxalate urolithiasis. J Am Anim Hosp Assoc, 40: 185-191, 2004.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Relação entre a RSS do Na dietético e estruvita Produto de solubilidade Produto de formação Houston, DM; Elliot, DA. Nutritional management of feline lower urinary tract Disorders. Encyclopedia of Feline Clinical Nutrition, 285-321, 2008.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Relação entre a RSS do Na dietético e Oxalato de Ca Biourge, V. Sodium, urine dilution and Lower Urinary Tract Disease. Proc. ACVIM forum. Louisville, KY May 31-June 3, 2006.

MITO: “Dietas acidificantes, usadas no tratamento das urolitíases PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS MITO: “Dietas acidificantes, usadas no tratamento das urolitíases por estruvita predispõe à formação de cálculos por oxalato de Ca.”

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Relação entre pH urinário e Estruvita RSS Estruvita Produto de solubilidade Produto de formação pH urinário Biourge, V. Sodium, urine dilution and Lower Urinary Tract Disease. Proc. ACVIM forum. Louisville, KY May 31-June 3, 2006.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Relação entre pH urinário e Oxalato de Ca Houston, DM; Elliot, DA. Nutritional management of feline lower urinary tract Disorders. Encyclopedia of Feline Clinical Nutrition, 285-321, 2008.

PRINCIPAIS MITOS NA NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS OUTROS MITOS… “O jejum em pacientes com gastrinterites, pancreatite (…) é benéfico, pois promove repouso ao orgão afetado…” “Pacientes hospitalizados devem receber soro glicosado para aumentar o aporte de energia” “Dietas com alto teor de gorduras causam hiperlipidemias e aterosclerose “

O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo. Fernando Pessoa

wandrea.mendes@royalcanin. com.br OBRIGADA ! wandrea.mendes@royalcanin. com.br Cel: (19) 8112-0549 Esta palestra estará disponível por 30 dias em: http://conteudo.royalcanin.com.br/biblioteca.php