PERÍODOS DAS CAPITANIAS

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Transcrição da apresentação:

PERÍODOS DAS CAPITANIAS *O período de capitania – 1535 a 1711, quando o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias. Duas capitanias foram criadas sobre o litoral paranaense: a de São Vicente, ia de Paranaguá para o norte e a de Sant’Ana, de Paranaguá para o sul. Foram elevadas à vila de Paranaguá em 1648, e a de Curitiba em 1693. Em 1711, o Marques de Cascais, que era dono da capitania de Paranaguá, vendeu-a ao governo português. O Paraná passou, então à Província de São Paulo e a se chamar Comarca de São Paulo.

Origem e fundação de Paranaguá Região que mantinha comércio, através dos índios, com homens de São Vicente e Santos A ocupação ocorreu com a descoberta de ouro e busca de mão-de-obra indígena Bandeirantes e mineradores Paranaguá recebe uma Casa de Fundição e o pagamento e controle do “quinto” Século XVII: elevada a categoria de vila Diminuição do ouro produção agrícola

HISTÓRICO DE PARANAGUÁ Século XVI : chegada dos primeiros colonizadores na baía de Paranaguá Importante papel, sob o prisma geográfico: sua entrada correspondia ao limite da segunda parte da capitania de São Vicente. Começava em Bertioga, no litoral paulista, estendendo-se até a altura da Ilha do Mel, na costa paranaense Meados do século XVI as principal atividade econômica eram: plantio de pequenas áreas e o tráfego de bugres nativos. Em 1646 foi erguido do Pelourinho símbolo da justiça. 4 de maio de 1647 Gabriel de Lara, bandeirante que exerceu importante papel no desenvolvimento de Paranaguá, requereu ao rei a criação da Vila de Nossa Senhora de Paranaguá 1649, instalação da Câmara Municipal da nova vila.

Em 1648, foi erigido o Pelourinho da cidade, em frente à câmara e cadeia da vila que, nessa época levava o nome da Santa qual Gabriel de Lara era devoto, N. Sra. do Rosário. Era no pelourinho que ladrões e pessoas às avessas da lei da coroa portuguesa, eram castigadas. Mais tarde o mesmo pelourinho foi usado pelos ricos aplicarem castigos aos seus escravos.

Em 1688, com aproximadamente 1 Em 1688, com aproximadamente 1.500 habitantes, Paranaguá foi assolada por uma epidemia de cólera que em pouco tempo reduziu para um terço a população. No reinado de D. José I, em 1767 tem-se início a construção da Fortaleza de Nossa Sra. dos Prazeres, foi um posto avançado para defesa contra os ataques de piratas. A necessidade da criação de uma província que separasse o atual Paraná de São Paulo foi manifestada em 6 de julho de 1811, quando a Câmara Municipal tomou a iniciativa de representar junto ao príncipe regente, solicitando a emancipação da Comarca e a criação de nova capitania. Somente em 1821 Paranaguá foi emancipada recebendo o título de Cidade, tendo na época cerca de 2.000 habitantes e 400 edificações.

HISTÓRIA DE CURITIBA Os primitivos do primeiro planalto paranaense: indígenas Tingüi, da nação Tupi-Guarani Primeiros povoadores de Curitiba: meados do século XVII: encontrar ouro na região. Provenientes de: São Paulo e Paranaguá onde já haviam sido descobertas jazidas de ouro. Atividades exploração mineral, criação de bovinos e uma lavoura de subsistência, nas terras de mata. 1654 fundação do povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Ficava no local de encontro entre os mineradores e os criadores de gado.

FUNDAÇÃO A data oficial da fundação de Curitiba é 29 de março de 1693 Fundada por Matheus de Leme em razão dos "apelos de paz, quietação e bem comum",

Theodoro de Bona

Theodoro de Bona

SÉCULOS XVII E XVIII Século XVII Mineração: pouco desenvolvimento Deslocamento dos mineradores para a região de Minas Gerais Século XVIII Criação e comércio de gado: fixação de povoadores desenvolvimento da região de Curitiba. A vila ficava no caminho do gado, aberto no século XVIII entre Rio Grande do Sul e Minas Gerais para o comércio de gado. Construção de uma nova estrada: fora da rota da vila que foi posta no isolamento.

Em 1820, já era chamada Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba O início da exploração e do comércio da erva-mate e da madeira provocou um novo impulso em seu crescimento. A história do Paraná se funde com a história da erva mate. Tanto assim que a cultura é um dos símbolos presentes na Bandeira e no Brasão de Armas do Estado.

Curitiba no século XIX 19 de novembro de 1811: criação da Comarca de Paranaguá e Curitiba Território integrado à Capitania de São Paulo No mesmo ano, a Câmara Municipal de Paranaguá apelou ao príncipe regente, D. João VI solicitando a emancipação da comarca e a criação da Capitania do Paraná, independente de São Paulo; Após a Independência do Brasil, porém, os paranaenses continuaram submetidos a São Paulo

Dois episódios tornaram evidente a importância política e estratégica da região: a Guerra dos Farrapos as Revoltas Liberais de 1842. 6 de fevereiro de 1842, uma lei provincial de paulista, elevou Curitiba à categoria de cidade.

Fundação de Curitiba representada no trabalho de João Turin, 1943, alto relevo, em Bronze. Em exposição no Memorial da Cidade Monolito com a Cruz de Cristo, na Praça Tiradentes, símbolo da constituição legal de Curitiba.

O Símbolo D'El Rey de Portugal Na Praça Tiradentes está o monolito que representa o poder legalmente constituído do governo português e a caracterização de Curitiba como vila, em 29-3-1693. O marco zero de Curitiba, que é um marco de referência geodésica, está instalado próximo ao monolito. A Cruz de Cristo, esculpida no monolito, era o símbolo da Ordem Militar de Cristo que financiava a Escola de Sagres, e instituída pelo Rei D. Diniz de Portugal no século 14. Incorretamente chamada de Cruz de Malta por alguns.

PROVÍNCIA DO PARANÁ 29 DE AGOSTO de 1853: aprovado o projeto de criação da província do Paraná, assinada por D. Pedro II. Apesar da aprovação da lei, a emancipação política do Paraná demorou quatro meses para se concretizar. Em 19 de dezembro de 1853, a província do Paraná separou-se da de São Paulo. Curitiba foi escolhida como capital da nova província e, na mesma data da emancipação política da província, chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, o primeiro presidente do Paraná. A população distribuía-se principalmente nas cidades de Curitiba e Paranaguá.

ECONOMIA DO PARANÁ A economia paranaense expandia-se com a produção local da erva-mate. A erva-mate era exportada para os mercados argentino, uruguaio, paraguaio e chileno, além do comércio de gado. O mate era o principal produto de exportação do Paraná, na época.

TROPEIRISMO Cidade de Castro  A atividade pecuária se caracterizou de forma marcante no Paraná proporcionando a formação das primeiras vilas nos Campos Gerais e nos Campos de Guarapuava e Palmas. As características naturais desta região propiciaram a criação, o transporte e a comercialização de animais. O gado muar abundante nos campos do Rio Grande do Sul eram trazidos através do Caminho das Tropas, ou Estrada da Mata, para as fazendas de invernagem no Paraná e daqui seguiam às feiras de Sorocaba em São Paulo. Estes animais de carga transportados pelos tropeiros serviam para abastecer outros mercados internos do país como de Minas Gerais.   Passagem de gado pela Cidade de Castro

No Paraná os tropeiros foram importantes na ocupação do segundo planalto. Os tropeiros muitas vezes precisavam pernoitar em pontos do percurso esperando a chuva estiar, ou nível dos rios abaixarem, o que gerava a necessidade de alimento, comércio, entre outros. provocando a vinda de grupos familiares para esses pontos. Nascia assim, pequenos vilas que, com o passar das décadas, foram tornando-se pequenas cidades e desenvolvendo-se. Podemos citar como exemplo: União da Vitória,Castro, Cascavel e Ponta Grossa, que foi a maior entre elas, e mais inúmeras cidades. O tropeirismo somente declinou com a entrada das estradas de ferro e posteriormente com as de rodagem, mas possibilitou um “modo de vida” que ainda permanece em muitas regiões. 

INFLUÊNCIA DO TROPEIRISMO NO PARANÁ Para atender às necessidades de alimentação e transporte dos mineradores das Minas Gerais, ocorreu uma grande procura de vacas, cavalos e mulas. Os campos de Curitiba e do atual Rio Grande do Sul, onde o gado se espalhava em grande quantidade, eram territórios muito favoráveis à pecuária. Por volta de 1720, os paulistas começaram a buscar o gado do Rio Grande do Sul. Alguns anos depois, foi aberto o caminho Viamão-Sorocaba. Era um caminho que levava o gado das margens do rio da Prata e da lagoa dos Patos, no Sul, à feira de Sorocaba, em São Paulo, passando por Curitiba. A região de Curitiba ganhou novo impulso e intensificou-se a ocupação de áreas de campos naturais dos planaltos paranaenses. Ampliava-se assim a conquista do interior. Muitos paranaenses, passaram a dedicar-se ao rendoso negócio de comprar gado no Sul, engordá-lo em suas fazendas e vendê-lo em Sorocaba.

No final do século XVIII, quando o rendimento do ouro de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás tornou-se reduzidíssimo, os moradores de Curitiba instalaram novas fazendas de gado, começando a povoar o norte, sul e oeste do atual Paraná. O primeiro passo foi a conquista do vale do rio Tibagi. Em 1770, começou a exploração dos campos de Guarapuava, definitivamente colonizados só na metade do século XIX. Nessa época colonizaram-se os campos de Palmares. A ocupação dos campos naturais do oeste, pela criação de mulas, coincidiu com a expansão, também para o oeste, da lavoura cafeeira em São Paulo, que exigia cada vez maior número de animais para o transportes. Sempre como conseqüência da expansão dos currais de gado, nasceram então as cidades dos campos: Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Guarapuava e Palmas, todas do século XIX. Mas a ocupação das terras paranaenses só se completaria efetivamente no século XX, com a imigração européia, o desenvolvimento da extração da madeira, o avanço das plantações de café de São Paulo para o setentrião do Paraná e as correntes de migração interna originárias dos Estados limítrofes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Monumento ao Tropeiro na cidade da Lapa (PR).