O encontro com Jesus ressuscitado é um dom

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"Testemunhas" Nesse tempo de Páscoa, a liturgia nos apresenta as primeiras aparições de Cristo ressuscitado aos apóstolos, que tinham a missão de continuar.
A Comunidade A liturgia de hoje apresenta a Comunidade Nova, que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a IGREJA, e nos convida a viver a fé em Cristo.
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A liturgia de hoje apresenta a Comunidade Nova, que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a IGREJA. A sua missão consiste em revelar aos homens.
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PÁSCOA E AS VOCAÇÕES. Jo 20, 19 Ao anoitecer daquele dia o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos.
Neste tempo de Páscoa, a liturgia apresenta as primeiras aparições de Cristo ressuscitado aos apóstolos, que deveriam continuar a sua obra salvadora.
Transcrição da apresentação:

O encontro com Jesus ressuscitado é um dom O encontro com Jesus ressuscitado é um dom. Os discípulos não fazem nada para o provocar. Os relatos insistem em que é Jesus quem toma a iniciativa. É Ele quem se lhes impõe cheio de vida, obrigando-os a sair do seu desconcerto e incredulidade. Coloca-se repetidamente em seus lábios uma saudação significativa: “A paz esteja convosco”. O ressuscitado oferece-lhes a paz e a bênção de Deus. Jesus continua a ser Ele mesmo. Essa era a paz que infundia quando caminhava pela Galileia. Este é também agora o grande presente que Deus oferece a todos os seus filhos e filhas por meio de Cristo morto e ressuscitado: o perdão, a paz e a ressurreição. José Antonio Pagola. “Jesus: uma abordagem histórica”. Texto: João 20,19-31 - 2 de Páscoa -A- Comentários e apresentação: M. Asun Gutiérrez. Música: Mozart. Sinfonia Nº 11.

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, Viver na escuridão, com as portas fechadas, com medo, na defesa é continuar no antigo, não ter experimentado Jesus ressuscitado. Jesus abre as portas que o medo, o formalismo, a inércia, a cobardia fecharam... A vida, morte e ressurreição de Jesus imuniza contra todo o sentimento de amargura, tristeza, falta de solidariedade, prepotência, resignação...

veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: -«A paz esteja convosco». Jesus não contempla a existência humana como um espectador, sobrevoando desde cima. Ele está no meio, no centro da nossa vida, no centro das nossas dores e alegrias, dos nossos anseios, inquietações e esperanças. Cura, salva, partilha, liberta... A partir de dentro, dando sentido a tudo. Jesus convida-nos a desejar e comunicar paz, oferecer luz, confiança, esperança de um futuro sempre novo. Como Ele faz.

Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Jesus é a nossa alegria e a nossa paz. A harmonia connosco mesmos e com os outros, com a natureza e com Deus. Todos somos enviados a fazer o que vimos Jesus fazer, a continuar e actualizar a sua vida e a sua mensagem. O encontro com Jesus ressuscitado transforma as pessoas, enche a vida de alegria, entusiasmo e paz autêntica. Liberta do medo, abre novos horizontes e impulsiona a dar testemunho credível da Boa Notícia, a construir o Reino, a tornar visível a sua Presença.

Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo; O Espírito é o grande dom da Páscoa. Jesus envia-nos o seu Espírito, o seu Alento, o seu Ânimo, a sua Vida para que nos empapemos d’Ele, e O contagiemos e comuniquemos aos outros. O Espírito de Jesus torna as pessoas fortes, livres, buscadoras, lutadoras, entranháveis, compassivas, sensíveis..., construtoras duma vida melhor, mais livre, justa, plena e feliz para todos. “O Espírito não quer ser visto, mas ser luz em nossos olhos”. (Urs von Baltasar)

àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, serão retidos.» O perdão é fruto da paz, é a virtude da pessoa nova e ressuscitada. Quem se sente e se sabe gratuita e incondicionalmente perdoado capacita-se para perdoar. O perdão desperta esperança e confiança em quem perdoa e em quem é perdoado. Perdoar faz parte da missão confiada por Jesus a todos os seus seguidores e seguidoras: “Perdoai-vos uns aos outros”. Todos somos chamados a ser, de múltiplas maneiras, sinais e fonte do perdão-companhia-acolhimento... que é Deus.

Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor.» Mas ele respondeu-lhes: - «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei.» Vi o Senhor? Onde, quando, em quem O vejo? A quem o conto? Como Tomé, teremos momentos de dúvida, nos quai queremos certezas - ver e tocar -, Duvidar tem os seus aspectos positivos. Pode significar que a nossa fé não se baseia só no que nos transmitiram, mas que, além de ser dom de Deus, é também conquista nossa, que pede o nosso "sim" contínuo e pessoal, De Tomé podemos aprender a nos despojarmos de falsos apoios, e a aceitar a purificação que supõem os momentos de busca e insegurança. Sempre nos tranquilizará recordar que “a fé é a capacidade de suportar dúvidas”. (Cardenal Newman)

Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco.» Depois disse a Tomé: - «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» O empenho de Jesus fá-l’O atravessar, em duas ocasiões, as portas fechadas. Jesus aproxima-Se de Tomé com amor e simpatia. A mesma atitude que tem connosco. Acompanha a nossa busca e, quando duvidamos, está mais próximo do que pensamos. Do mais “incrédulo” brota uma grande confissão de fé : Meu Senhor e meu Deus”. Que saibamos descobrir as novas chagas de Jesus, que O reconheçamos nelas, não nos limitemos a tocá-las e beijá-las; tratemos também de as aliviar, curar e impedir que se reproduzam. Jesus convidas-nos a ser bálsamo para curar todas as suas chagas em tantas pessoas feridas na alma e no corpo.

Disse-lhe Jesus: “Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto”. A dúvida de Tomé consegue o grande dom da última bem-aventurança de Jesus para os cristãos de todos os tempos. Oxalá que as pessoas que não "vêem" Jesus possam descobri-l’O pelo testemunho dos que se consideram seus seguidores e seguidoras. Se o testemunho fosse de união, justiça, acolhimento, alegria, abertura, solidariedade, valentia, compaixão, austeridade, serviço, entusiasmo, paz, justiça, sinceridade... Se o testemunho fosse realmente EVANGÉLICO, seguramente não se necessitariam milagres nem aparições para crer em Jesus.

Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. O evangelho está escrito «para que acrediteis» e assim «tenhais vida em seu nome». A fé provoca as atitudes próprias de quem se sabe incondicionalmente querido, protegido e acompanhado. A nossa fé e adesão a Jesus traduzem-se em sinais de vida para o mundo. Seremos testemunhas da ressurreição tivermos “visto” Jesus ressuscitado, se nos deixámos tocar por Ele. Experimentaremos Jesus ressuscitado quando nos sentirmos pessoas ressuscitadas e ressuscitadoras, sem medo, em paz, com entusiasmo e alegria, porque Jesus está no meio de nós. Sou consciente de que a minha fé, se é autêntica, tem de se traduzir em sinal e testemunho?

Dá-nos, Senhor, aquela Paz especial que brota em plena luta como uma flor de fogo; que rompe em plena noite como um canto escondido; que chega em plena morte como um beijo esperado. Dá-nos a Paz dos que andam sempre, nus de vantagens; vestidos por vento de uma esperança núbil. Aquela Paz do pobre que já venceu o medo. Aquela Paz do livre que se aferra à vida. Paz que se partilha em igualdade como a água e a Hóstia. Pedro Casaldáliga. PAZ