QUALIDADE DO MEL DE ABELHAS SEM FERRÃO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
«Forte do Bom Sucesso (Lisboa) – Lápides 1, 2, 3» «nomes gravados, 21 de Agosto de 2008» «Ultramar.TerraWeb»
Advertisements

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA -UESB
MICROBIOLOGIA DO LEITE
Propriedades físicas representativas de
EVOLUÇÃO E DESAFIOS DAS EXPORTAÇÕES DE CARNES DE AVES E SUÍNOS
Palestras, oficinas e outras atividades
FISIOLOGIA DE FRUTAS E HORTALIÇAS
Introdução ao estudo das Frutas e Hortaliças
A busca das mulheres para alcançar seu espaço dentro das organizações
Vamos contar D U De 10 até 69 Professor Vaz Nunes 1999 (Ovar-Portugal). Nenhuns direitos reservados, excepto para fins comerciais. Por favor, não coloque.
Informação Nutricional Complementar
Cultivo de plantas medicinais
Exercício do Tangram Tangram é um quebra-cabeças chinês no qual, usando 7 peças deve-se construir formas geométricas.
Nome : Resolve estas operações começando no centro de cada espiral. Nos rectângulos põe o resultado de cada operação. Comprova se no final.
CRIANÇA Recomendações Nutricionais
Curso de ADMINISTRAÇÃO
Comissão de Agricultura Câmara dos Deputados 03 de dezembro de 2008.
Fornecimento de Diesel S50
X ENCONTRO NORDESTINO DO SETOR DE LEITE E DERIVADOS
Diferenciação e classificação de átomos
Análise de Alimentos Introdução à Análise de Alimentos
Base na composição química
O que você deve saber sobre
Introdução ao Sensoriamento Remoto Sumário
Daniel Kramer Fernanda Voltam Livia Matuda Tatiane Pereira
O Desempenho Recente da Indústria Brasileira
MASSAS MEDIDAS
CUSTOS DE SECAGEM Obs.: - Aperte a tecla de espaço para exibir a apresentação - Aperte a tecla “Esc” para cancelar a apresentação.
Renda até 2 SM.
Diagnósticos Educativos = Diagnósticos Preenchidos 100% = 1.539
Introdução à Análise de Alimentos Profa. Marysa Carvalho Franco
Escola Secundária de Maximinos
MASSAS MEDIDAS.
MECÂNICA - DINÂMICA Exercícios Cap. 13, 14 e 17. TC027 - Mecânica Geral III - Dinâmica © 2013 Curotto, C.L. - UFPR 2 Problema
CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
CATÁLOGO GÉIA PÁG. 1 GÉIA PÁG. 2 HESTIA PÁG. 3.
Tecnologia dos Alimentos
NUTRIÇÃO CLÍNICA I SAÚDE
LINHAS MAIS RECLAMADAS Ranking Negativo para Fiscalização Direcionada Conservação - Frota ANO IV – Nº 11.
SECAGEM Monitoramento e Controle
LINHAS MAIS RECLAMADAS Ranking Negativo para Fiscalização Direcionada Conservação - Frota ANO IV – Nº 08.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA CONDUTA - AUXILIAR ANO III – Nº 05.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA NÍVEL DE SERVIÇO ANO I – Nº 7.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA CONSERVAÇÃO - FROTA ANO III – Nº 11.
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA NÍVEL DE SERVIÇO ANO I – Nº 4.
A CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS ATRAVÉS Luiz Henrique Nascimento Michels
Funcionários - Grau de Satisfação 2096 avaliações
LINHAS MAIS RECLAMADAS Ranking Negativo para Fiscalização Direcionada Conservação - Frota ANO V – Nº 01.
Tributação da Exportação nas Empresas optantes pelo Simples Nacional
Projeto Marcas que Eu Gosto 1 PROJETO MARCAS QUE EU GOSTO Estudos Quantitativo de Consumidores Janeiro / 2005.
Professor: José Tiago Pereira Barbosa
Projeto Medindo minha escola.
NOVOS CONCEITOS DE DEPRECIAÇÃO PARA MÁQUINA E EQUIPAMENTOS
ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ–SÃO PAULO: ASPECTOS SÓCIOECONÔMICOS E FINANCEIROS PROF.
As vendas de aço nos Estados Unidos, em milhões de toneladas, durante os anos de 1946 a 1952 estão indicados na tabela: a) Determine a equação de urna.
Estudos de Estabilidade
Exposições Ambientais e Impacto na Saúde
Tecnologia de leite e derivados
Cloroplastos e a Fotossíntese
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
Luís Madeira Martins Júnior. , Amilton Paulo Raposo Costa
Equipe Bárbara Régis Lissa Lourenço Lucas Hakim Ricardo Spada Coordenador: Gabriel Pascutti.
Formação: Higiene e Segurança Alimentar
Vida de abelha Julia .A. N°11 4°Ano B.
Salvador Dali Museum/Fotógrafo desconhecido
Manejo de solo no sistema plantio direto
Vida de abelha Daniel número 2 – 4º A
INSPEÇÃO DE MEL Grupo 02: Natália Freire, Paula Góis, Paula Costa, Pedro Scott, Rafael Cruz, Samuel Sousa, Thiago Miranda, Thiago Maia, Tiago Luciano.
Transcrição da apresentação:

QUALIDADE DO MEL DE ABELHAS SEM FERRÃO LUÍS CARLOS MARCHINI

INTRODUÇÃO Mel “(...) produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas (...)”; (...) contribuição para a fiscalização de méis importados ou mesmo produzidos internamente. Importância do mel: Alimentar; Terapêutica; Econômica.

TRANSFORMAÇÃO DO NÉCTAR EM MEL VESÍCULA MELÍFERA TRANSFORMAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA TRANSFORMAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA

Fatores PRODUÇÃO DE MEL ▪ Concentração de néctar ▪ Concentração de carboidratos ▪ Quantidade de flores ▪ No de dias de secreção Fatores

ENORME Flora O BRASIL Potencial melífero Diversificada Extensão territorial Variabilidade climática Diversificada

QUALIDADE DO MEL

Composição do mel AÇÚCARES, ÁGUA, ENZIMAS, AMINOÁCIDOS, ÁCIDOS, MINERAIS, VITAMINAS, PÓLEN, SUBSTÂNCIAS AROMÁTICAS.

Qualidade do mel produzido Fiscalização dos produtos IMPORTÂNCIA => Qualidade do mel produzido Subsídios: => Fiscalização dos produtos FRAUDES

Mel Brasil (2000) → Estabelece a identidade e requisitos mínimos de qualidade para o mel destinado ao consumo humano ▪ Internacional ▪ Nacional Padrões oficiais Resultados físico-químicos

MEL FATORES Origem botânica Espécie de abelha Clima Época de produção Solo Clima FATORES Estado fisiológico da colônia Época de produção Manejo CARACTERÍSTICAS DIFERENTES

Diversidade / espécies abelhas nativas Apis mellifera Considerada a principal espécie produtora de mel BRASIL Diversidade / espécies abelhas nativas

MEL ASF Agradável aroma e sabor; Atribui-se propriedades medicinais; Fonte de renda para pequenos produtores rurais; ASF contribui para a manutenção das comunidades vegetais e animais.

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS COLETA E CONSERVAÇÃO DO MEL DE ASF

Determinação:  Determinação de proteínas em méis (Silva e Queiroz, 2002)  Hidroximetilfurfural (HMF) (A.O.A.C., 1990)  Condutividade elétrica (Rendón, 1996)  pH (Moraes e Teixeira, 1998)  Acidez (Moraes e Teixeira, 1998)  Índice de formol (Moraes, 1994)  Cinzas (Pregnolato, 1985)  Umidade (Atago Co. Ltda., 1988)  Cor (Vidal e Fregosi, 1984)  Açúcares redutores totais, açúcares redutores e sacarose (Copersucar, 1987, com modificações para o presente trabalho).  Atividade diastásica (C.A.C., 1990)  Minerais (Malavolta et al., 1989)  Viscosidade (A.S.T.M., s.d.p.)

Representatividade do Brasil CARACTERIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO AMOSTRAS Representatividade do Brasil

 Influenciada pela origem botânica, atividade da invertase, clima e solo. AÇÚCARES  Principalmente glicose, frutose e sacarose UMIDADE  %;  Influencia na viscosidade, maturidade, cristalização, conservação e sabor;

FERMENTAÇÃO UMIDADE %  <17,0 NÃO FERMENTÁVEL, INDEPENDENTE DO NÚMERO DE LEVEDURAS  17,1 - 18,0 NÃO FERMENTÁVEL, SE O NÚMERO DE LEVEDURAS FOR MENOR QUE 1,0x103 UFC/g  18,1 - 19,0 NÃO FERMENTÁVEL, SE O NÚMERO DE LEVEDURAS FOR MENOR 10,0 UFC/g  19,1 - 20,0 NÃO FERMENTÁVEL, SE O NÚMERO DE LEVEDURAS FOR MENOR QUE 1,0 UFC/g  >20 SEMPRE FERMENTÁVEL Fonte: Crane, 1976

HIDROXIMETILFURFURAL DIASTASE  Enzima α-amilase. HIDROXIMETILFURFURAL  Méis escuros e de clima quente.

PROTEÍNA CINZAS  Albuminas, globulinas;  50 – 85 % é prolina.  Expressa o conteúdo de minerais no mel;  Influenciado pelas abelhas, apicultor, clima, solo e origem botânica.

ACIDEZ ÍNDICE DE FORMOL  Glucônico;  Influenciada pela origem botânica;  Contribui para a estabilidade do mel (microrganismos). ÍNDICE DE FORMOL  Representa os componentes aminados. Comprova autenticidade do mel; Valor Baixo adulteração; Valor Alto alimentação artificial.

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA  Influenciada: conteúdo de cinzas, ácidos orgânicos, sais minerais e proteínas;  Contribui para determinação da origem botânica. VISCOSIDADE  Depende da composição do mel (açúcares e água);  Varia com a temperatura.

COR  Influenciada pela origem botânica, clima, temperatura, processamento e armazenamento;

MINERAIS ENCONTRADOS NO MEL MINERAIS (ppm.) MEL CLARO MEL ESCURO POTÁSSIO CLORO ENXOFRE SÓDIO CÁLCIO FÓSFORO MAGNÉSIO SÍLICA (S1O2) FERRO MANGANÊS COBRE 205 52 58 18 49 35 19 9 2,4 0,3 0,29 1676 113 100 76 51 47 35 14 9,4 4,1 0,6 Fonte: Whitte, 1963

De quase incolor a pardo escuro Especificações estabelecidas / normas brasileiras e internacional para mel   Brasileira Internacional Parâmetros Brasil (1985) Brasil (1997) Brasil (2000) Mercosul (1999) Açúcares redutores (%) Mínimo 72 Mínimo 65 Sacarose (%) Máximo 10 Máximo 5 Máximo 6 Açúcares redutores totais (%) -------- Umidade (%) Máximo 20 Número de diastase (Gothe) * Mínimo 8 HMF (mg.kg–1) Máximo 40 Máximo 60 Proteínas (%) Cinzas (%) Máximo 0,6 pH M 3,3 – 4,6 Acidez (meq.kg–1) Máximo 50 Índice de formol (mL.kg–1) M 4,5 – 15 Condutividade elétrica (mS.cm–1) M 200-800 Viscosidade (mPa.s) ----------- Cor De quase incolor a pardo escuro * Tolera-se 3 se o HMF for menor que 15 mg.kg-1

Açúcares redutores (%) min 65,0 min 50,0 57,00 – 82,01 Tabela 1. Características físico-químicas estabelecidas para controle de qualidade do mel presentes na Legislação brasileira (2000), e propostas para méis de Melipona spp. (Vit, 2004) e Meliponinae (Villas-Bôas & Malaspina, 2005). Parâmetro Apis mellifera (Brasil, 2000) Melipona spp. (Vit, 2004) Meliponinae (Villas-Bôas & Malaspina, 2005) Mel de ASF no Brasil Açúcares redutores (%) min 65,0 min 50,0 57,00 – 82,01 Atividade diastásica (EG) min 8,0 min 3,0 17,90 – 27,35 Umidade (%) max 20,0 max 30,0 max 35,0 16,72 – 45,00 Sacarose (%) max 6,0 1,13 – 11,98 Sólidos insolúveis (%) max 0,1 - max 0,4 Cinzas (%) max 0,6 max 0,5 0,01 – 1,18 Acidez (meq.kg-1) max 50,0 max 70,0 max 85,0 8,88 – 112,80 HMF (mg.kg-1) max 60,0 max 40,0 0,38 – 31,60 Adaptado de Villas-Bôas & Malaspina (2005)

Parâmetros físico-químicos de méis coletadas em 12 estados brasileiros RESULTADOS Parâmetros físico-químicos de méis coletadas em 12 estados brasileiros

Classificação Desclassificação ENQUADRAMENTO Classificação Desclassificação Méis brasileiros Porcentagem de amostras que não se enquadram nas normas brasileiras para os parâmetros analisados

REPRESENTATIVIDADE DO BRASIL ENFOQUE DA COLETA REPRESENTATIVIDADE DO BRASIL SUBSÍDIOS CARACTERIZAÇÃO

COLETA Influencia na qualidade do produto  Mel “verde” teor de umidade FERMENTAÇÃO  Higiene

MICRORGANISMOS  Fontes primárias - elaboração do mel Pólen, trato digestivo da abelha, poeira, ar e flores  Fonte secundária Homem, equipamentos, recipientes, vento, poeira, insetos, animais e água

ACONDICIONAMENTO  Geralmente em geladeira ou ambiente abaixo de 10ºC  Recipientes previamente higienizado e hermeticamente fechado

CONSERVAÇÃO / PRESERVAÇÃO Manter durante o maior espaço de tempo possível suas qualidades sanitárias, organolépticas e nutricionais Dentre estas:  Desumidificação  Pasteurização  Refrigeração

CONSIDERAÇÕES FINAIS Poucos informações científicos sobre as características físico-químicas, conservação e armazenamento do mel ASF Necessidade de estudos para criação de padrões de qualidade adequados para mel ASF

COMPOSIÇÃO DO MEL BRASILEIRO ? COMPOSIÇÃO DO MEL BRASILEIRO PRODUÇÃO CIENTÍFICA 2000 4 30 9 40 14 21 11 15 < >