Itabuna e rio Cachoeira; O choro que não Cala

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Transcrição da apresentação:

Itabuna e rio Cachoeira; O choro que não Cala Alunos: Danielle Bastos; Leonardo Formigli; Maria Silva; Natalí Lima; Rangel; Thassiane Barreto.

RESUMO: O artigo aborda a situação de uma das maiores cidades do sul da Bahia, Itabuna, e do rio Cachoeira, principal afluente dessa região. Numa visão crítica, o artigo engloba problemas ambientais causados por descaso político e da população ali presente.

1. INTRODUÇÃO: Neste artigo, buscamos abordar os principais problemas ambientais e sociais da cidade de Itabuna-BA. Fizemos um pequeno resumo histórico da região para que possa ser compreendido os fatos atuais, depois de forma critica e interpessoal colocamos nossos pontos de vista sobre os impactos conseqüente de uma má administração política nessa área.

2. ITABUNA E RIO CACHOEIRA: A história de emancipação de Itabuna não é menos complicada que sua política atual, o que nos leva a enxergar com mais clareza os pontos deficientes da “capital do cacau” que correu de seus tempos de ouro para sua devastação com a praga que foi fator determinante para o declínio de muitos fazendeiros da região, a vassoura de bruxa.

Essa parte mais favorecida de Itabuna, conhecida também como coronéis do cacau, não estavam preparados para o que estava por vir. A vassoura de bruxa não só levou suas extensas plantações de cacau, como também levou seu orgulho, “dignidade”, o que fez com que muitos desses coronéis recorressem ao suicídio.

Sem cacau, sem terras e com boa parte de suas propriedades hipotecadas, só restava a esses fazendeiros a arrogância, que foi passado como uma espécie de herança de pai para filho, sendo possível ser notada ainda hoje como principal característica de muitos itabunenses. Arrogância esta que parece cegar esses conterrâneos a fatos cotidianos ocorrentes na cidade de Itabuna, como por exemplo, a poluição do rio Cachoeira e um canal de esgoto a céu aberto passando no meio da cidade.

O clima quente e abafado parece ser uma resposta da natureza para os maus tratos sofridos diariamente pela população, que tem sede de “desenvolvimento”. Porém o único desenvolvimento que encontramos nessa região é o reverso. A violência abala diariamente os moradores, que por sua vez viram prisioneiros de suas próprias residências. No quesito educação, ou melhor, falta dela, o itabunense não dispensa esforços. A forma com a qual eles lidam com as relações interpessoais, é realmente interpessoal. Indiferença, superioridade e descaso, são fortes características do comercio itabunense. O Acesso a cultura é cada vez mais restrito, não por falta de opção, mais por desinteresse, por falta de procura.

3. RIO CACHOEIRA: O rio Cachoeira percorre 300 quilômetros entre a serra de Itacara (Vitoria da Conquista) até desaguar no oceano (Ilhéus), percorrendo por Itambé, Itajú da Colônia (como, rio Colônia), onde recebe águas do salgado, seu maior afluente; segue por Ibicaraí, Floresta Azul, Firmino Alves, Itororó e Santa Cruz da vitória e pouco acima de Itapé, onde recebe o nome de rio Cachoeira.

O rio Cachoeira que por muitos anos foi usado como um dos principais canais para desbravar a região cacaueira, hoje, devido ao “desenvolvimento” grapiúna, nada mais é que um deposito de lixo, um esgoto sanitário, tendo como conseqüências a poluição de suas águas, deixando-as indevidas para uso domestico, industrial ou lazer, o que não inibi a parte menos favorecida da população que dali tira seu sustento através da pesca, e mais absurdo ainda tem no rio sua única fonte de higiene. Vários projetos são elaborados para tentar salvar o que resta desse rio, porém nenhum deles é executado. Toda essa poluição é percebida pela população que vive em sua margem.

Quando chegam as chuvas o rio enche deixando explícito toda sujeira que o compõe. Pneus velhos, plásticos, latas entre outros tipos de lixo ficam a mostra para quem quiser apreciar, sem falar nas “lindas” baronesas (Eichhonia crassipes) que se acumulam sob todo o rio, trazendo para a superfície toda a imundice que ali reside, deixando a cidade com um odor insuportável.

Pobreza e miséria são os principais fatores a contrastar com a arrogância itabunense, podendo ser encaradas diretamente no dia-a-dia da população. Pessoas carentes de educação e de um apoio econômico são encontradas vagando pelos lixões de Itabuna, a procura de talvez seu primeiro alimento do dia.

Diante de tamanho descaso de seus “governantes”, Itabuna segue sua sina, viver com a lembrança de uma era de farturas camuflando a verdadeira miséria que seu maior “presente” (rio Cachoeira) esconde.

4. CONCLUSÃO: Notamos que a cidade de Itabuna apesar de sua vasta biodiversidade, encontra-se em caso de alerta para os impactos ambientais causados por má administração pública e desinteresse de sua população. São muitos os problemas a serem abordados nessa região, e muitos projetos são elaborados, porém poucos conseguem sair do papel, o porque disso? A grande e velha burocracia imposta por seus governantes, que por muitas vezes não acham “viável”, ou até “lucrativo” a aprovação dos mesmo, o que nos leva a estaca zero. Sem dúvida, não haverá solução para nenhum desses problemas, sejam eles ambientais, econômicos ou sociais, enquanto não houver uma cobrança devida da população que aqui reside.

5. AGRADECIMENTOS: Dario Honorato, comunicólogo, que nos ajudou produzindo a maioria das imagens apresentadas neste trabalho. Alfred Goes, comunicólogo, que nos ajudou com seu vasto conhecimento sobre a história política e econômica de Itabuna-BA.