ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS Prof. Eduardo Brum Schwengber

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Transcrição da apresentação:

ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS Prof. Eduardo Brum Schwengber CLIMATOLOGIA ELEMENTOS E FATORES CLIMÁTICOS Prof. Eduardo Brum Schwengber

TEMPO E CLIMA Tempo: estado físico da atmosfera num dado instante em determinado lugar Clima (Klima): inclinação Clima: conjunto dos fenômenos meteorológicos que caracterizam o estado médio da atmosfera de um lugar, ao longo dos anos

O clima é um dos componentes ambientais que exerce efeito mais pronunciado sobre o bem estar animal (Pereira, 2005).

ELEMENTOS CLIMÁTICOS Variáveis meteorológicas que caracterizam o clima: Temperatura Pressão Umidade Precipitação Evaporação Ventos Radiação solar

FATORES CLIMÁTICOS Características físicas que determinam o estado climático Latitude Altitude e relevo Cobertura vegetal e solos Continentes e mares Correntes oceânicas Circulação e massas de ar

ELEMENTOS CLIMÁTICOS 1.Temperatura do ar Conceito unidades: ºC, º F e K equipamentos: termômetros exposição

O TERMÔMETRO Grego : therme = calor Latim : metrum = medida O Termômetro : instrumento que mede a temperatura de um sistema.

TERMÔMETRO -Escalas e Conversão Ponto fusão água Ponto ebulição água

Termômetros de bulbo De líquido em vidro (ex. mercúrio, álcool) - estações meteorológicas convencionais - medicina

Termômetros de extremos (máxima e mínima) Conjunto psicrométrico

termógrafo

Perfil vertical de temperatura do ar

2. Pressão Atmosférica Conceito: peso da coluna de ar atmosférica Equipamentos: barômetro e barógrafo Unidades: hPa, mbar Ao nível do mar, em condições ideais, esta pressão é de 1013 milibares, o equivalente ao peso de uma coluna de mercúrio de 76cm de altura.

O BARÔMETRO Grego Baros= peso pressão = força por unidade de área O peso da coluna de ar em 1 m2 é conhecido como pressão atmosférica Barômetro:instrumento que mede a pressão atmosférica. Unidades: Pascal (Pa = Nm-2), .... hPa, kPa bar, mbar atm mm Hg

O Experimento de Gasparo Berti - um grande tubo de vidro apoiado na parede da sua casa, preenchido com água - o topo do tubo foi selado, seu extremo inferior aberto: observou o nível de água no tubo caiu alguns metros, mas logo não se mexia. - afirmou que produziu-se vácuo no tubo acima da linha da água (não reportou, mas tinha feito um barômetro.

Barômetro O Experimento de Torricelli - um tubo de vidro fechado na ponta, preenchido com mercúrio e logo invertido num recipiente com mercúrio. - altura de coluna de mercúrio desceu até 76 cm e permaneceu estável Observou: - topo da coluna de mercúrio flutuava em pequena porcentagem, em parte devido às mudanças de temperatura, e em parte devido ao que agora conhecemos como flutuações na pressão atmosférica.

Tipos de barômetros : Mercúrio Aneróide Eletrônico

O mercúrio é ideal para o barômetro líquido pois sua alta densidade permite uma pequena coluna. Num barômetro de água, por exemplo, seria necessário uma coluna de 10 m e, ainda assim, haveria um erro de 2 %. Barômetro de mercúrio

Barômetro Aneróide Sem líquido - é menos preciso, porém mais portátil que o barômetro de mercúrio. Consiste em uma câmara de metal parcialmente evacuada, com uma mola no seu interior para evitar o seu esmagamento. A câmara se comprime quando a pressão cresce e se expande quando a pressão diminui. Estes movimentos são transmitidos a um ponteiro sobre um mostrador que está calibrado em unidades de pressão.

Barômetro Aneróide Câmara de vácuo com membrana flexível

(com corte transversal) Barômetro aneróide (com corte transversal)

Aneróides são freqüentemente usados em barógrafos, instrumentos que gravam continuamente mudanças de pressão. Como a pressão do ar diminui com a altitude, um barômetro aneróide pode ser calibrado para fornecer altitudes. Tal instrumento é um altímetro. Barógrafo aneróide

O barômetro de mercúrio é utilizado em laboratórios de pesquisa e em grande estações de meteorologia. Barômetros aneróides são usados em casa, a bordo de navios e em todas as estações climáticas.

Ciclo hidrológico umidade relativa= quantidade de vapor d´água em suspensão na atmosfera precipitação: água (forma líquida ou sólida) que cai das nuvens e atinge a superfície. Entrada de água na biosfera evaporação: perda de água (forma gasosa) de uma superfície. Saída de água da biosfera

3. Umidade Relativa do Ar Psicrômetro (bulbo seco e úmido) UR = e / es

Higrômetro tipo psicrômetro

Higrômetro Instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especificamente na atmosfera. É utilizado principalmente em estudos do clima, mas também em locais fechados onde a presença de umidade excessiva ou abaixo do normal poderia causar danos. Capacidade de absorver a umidade atmosférica Sais de lítio Cabelo humano

No higrômetro construído com cabelo humano, uma mecha de cabelos é colocada entre um ponto fixo e outro móvel e, segundo a umidade a que está submetida, ela varia de comprimento, arrastando o ponto móvel. Esse movimento é transmitido a um ponteiro que se desloca sobre uma escala, na qual estão os valores da umidade relativa.

Higrômetro de espelho resfriado (chilled mirror higrometer) 3 3 cooler/ heater mantêm T ~ Tdew154 2espelho3

Outra maneira de medir a umidade relativa é calcular a velocidade de evaporação da água. Expostos ao ar Gaze umedecida Quanto menor a umidade do ar, tanto maior é o resfriamento da gaze. A partir da diferença de leitura entre os dois termômetros, e com a ajuda de uma tabela, pode ser encontrado o valor da umidade relativa.

4. Precipitação Elemento climático mais simples e utilizado para caracterizar o clima de um local grande variação temporal e espacial chuvas de verão (convecção local): rápidas e intensas chuvas de inverno (convecção forçada): lentas e fracas

O PLUVIÔMETRO Latin: Pluvia=chuva=precipitação d’água no estado líquido Mede a quantidade de precipitação. Unidade: mm de água = altura de 1 mm sobre 1 m2

O PLUVIÔMETRO 1695-TheGreshamCollege, London simples medidor de chuva

Pluviômetro de báscula 1660 Wrent(Inglaterra) Medidor de chuva Negretti & Zambra

O PLUVIÔMETRO 1811 Luke Howard adotou um balde no chão para coletar a chuva medida. origem do receptáculo atualmente utilizado

Pluviômetros do tipo de báscula Utilizados convencionalmente, com sensor eletrônico Campbell Sci.modelo TB4.

5. Evaporação (tanque)

6. Ventos Anemômetro  Anemômetro (do grego anemus = vento) é um instrumento utilizado para medir a velocidade e direção do vento. Pá-de-vento, Veletas

( Unidade de medida: m s-1ou Km h-1) Rotacional -de copo: cúpulas fixas por braço horizontal -de hélice -proporcional contagem giros

O modelo mais preciso é o tipo rotor horizontal de conchas (Anemômetro de Robinson). Um rotor com 3 conchas hemisféricas aciona um mecanismo onde é instalado um sensor eletrônico. A vantagem deste sistema é que ele independe da direção do vento, e por conseguinte de um dispositivo de alinhamento.

Anemômetro sônico 1944 - Andreas Pflitsch (Alemanha) Mede (precisa e instantaneamente) a velocidade do vento por meio da medida da velocidade do som.

Latitude Principal fator Inclinação dos raios solares (klima) Classificação elementar: Tropical (tórrida) Temperadas Glaciais

Altitude e relevo 0,6°C para cada 100m de altitude Influência de serras e outras orografias nos ventos (Ex: Caatinga) KILIMANJARO - ÁFRICA

Cobertura e solo Troca de calor ar-solo Absorção e reflexão de radiação

Continentes e mares Desigualdade de aquecimento entre continentes e oceanos Brisas (litoral mais ameno e interior mais rigoroso) El Niño e La Niña

Correntes oceânicas Distribuição de energia Circulação termoalina (densidade) Corrente do Brasil (ventos)

Correntes oceânicas

Circulação e Massas de ar Outra forma de distribuição de energia ZCIT Células de Hadley Massas no Brasil Equatorial Continental (mEc) Equatorial Atlântica (mEa) Tropical Atlântica (mTa) Tropical Continental (mTc) Polar Atlântica (mPa)

Massas Características Massa Equatorial (mEa) Quente e úmida, dominando a parte litorânea da Amazônia e do Nordeste em alguns momentos do ano, tem seu centro de origem no Oceano Atlântico. Massa Equatorial Continental (mEc) Quente e úmida, com centro de origem na parte ocidental da Amazônia, que domina a porção noroeste da Amazônia durante quase todo ano. Massa Tropical Atlântica (mTa) Quente e úmida originária do Oceano Atlântico nas imediações do trópico de Capricórnio e exerce enorme influência sobre a parte litorânea do Brasil. Massa Tropical Continental (mTc) Quente e seca, que se origina na depressão do Chaco, e abrange uma área de atuação muito limitada, permanecendo em sua região de origem durante quase todo o ano. Massa Polar Atlântica (mPa) Fria e úmida, forma-se nas porções do Oceano Atlântico próximas à Patagônia. Atua mais no inverno quando entra no Brasil como uma frente fria, provocando chuvas e queda de temperatura.  

CLASSIFICAÇÕES CLIMÁTICAS Elementar Köppen (separativa) Thorntwhite Strahler (dinâmica) Nimer (IBGE)

BRASIL 8,5 milhões de km². 90% destes entre os trópicos de Câncer e Capricórnio.

Climas do Brasil Brasil = Fica entre a linha do equador e o trópico de Capricórnio

1) Equatorial: Amazônia, norte de MG, oeste de MA. Quente e úmido 1) Equatorial: Amazônia, norte de MG, oeste de MA. Quente e úmido. 25-27°C. > 2500mm/ano 2) Tropical: Centro do Brasil, leste do MA, PI, oeste da BA e MG. Verão chuvoso. Inverno seco. 18-28°C. 1200mm/ano 3) Tropical de altitude: SP, MG, RJ, ES, PR. 18-22°C 4) Tropical atlântico: Do RN a nordeste do PR. Nordeste: chove no inverno. Sul: chove + no verão. 5) Subtropical: Sul de SP, PR, SC, RS. Inverno: frio; Verão: quente. 18°C 6) Semi-árido: Regiões + secas do interior do nordeste. >27°C. < 800mm/ano. estiagens prolongadas.

REGIÃO NORTE - CLIMA EQUATORIAL Clima quente e úmido Região Norte Floresta Amazônia Altitude 0 a 200 m Temperatura media anual varia de 24 a 26 ºC Pluviosidade: varia 3000 a 1700 mm.

REGIÃO NORDESTE Climas variados: Tropical Atlântico, tropical úmido, Tropical de altitude (serras) Do litoral do RN ao PR No Nordeste chove no inverno e, no Sul, chove no verão. Temperaturas variam 18 a 26 ºC

Semi-árido Nas regiões de clima semi-árido, as chuvas são escassas e irregulares: chove menos de 600 mm anuais. As temperaturas são altas o ano todo, ficando em torno de 26 ºC. A caatinga é a vegetação típica desse tipo de clima. Caatinga

TROPICAL DE ALTITUDE Região Sudeste: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraná. Altitude superior a 800 m Temperatura média de 18 a 22ºC Verão: 30 a 36ºC Inverno: 6 a 20 ºC Pluviosidade: Chove muito no verão 1500m a 2340m

REGIÃO CENTRO OESTE Tropical Pantanal Mato-grossense Temperaturas: Média de 25ºC Duas épocas : Chuvosa no verão – 24 a 26ºC setembro – 30 a 36ºC Seca no inverno - 8 a 18 ºC Pluviosidade variando de 2000 a 3000 mm

REGIÃO SUL Clima Subtropical Temperaturas: 14 e 22ºC de média anual Verão: 24 a 27ºC nas regiões mais altas (planalto) 30 a 36ºC nas regiões baixas Inverno Pluviosidade media de 1250 a 2000 mm

Influência do clima sobre as populações Países do hemisfério Sul Indicadores sociais baixos em relação ao Hemisfério norte Indicadores de produção e produtividade São baixos nos países das regiões tropicais Culpa da natureza do clima Evolução histórica - colonização

Decisão racional e lógica GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE = FENÓTIPO Clima: fator regulador ou até mesmo limitador da exploração animal para fins econômicos Animal adaptação tolerância ao clima A escolha da raça ou indivíduos fisiologicamente adaptados ao meio ambiente. Decisão racional e lógica Animais mais adaptados ao clima quente conquistaram essa vantagem adaptativa em detrimentos de seu desempenho produtivo mais alto ou satisfatório. GENÓTIPO + MEIO AMBIENTE = FENÓTIPO

RESPEITE A NATUREZA E ELA SERÁ GENTIL COM VOCE