O RIO NILO

O Egipto localiza-se no continente africano entre os desertos da Líbia e Arábico.

Este território desértico, é atravessado por um grande rio, o Nilo que corre de sul para norte, desaguando em forma de delta no Mar Mediterrâneo. A terra fértil circunscreve-se a uma faixa de campos verdejantes, nas margens, a qual está limitada a uma dezena de quilómetros de largura. Com uma extensão de 6700 Km, o Nilo atravessa vários países: - o Ruanda; - o Burundi; - o Uganda; - a República Democrática do Congo; - o Quénia; - a Tanzânia; - a Etiópia; - o Sudão; - o Egipto.

Os valores elevados de precipitação que se verificam na região equatorial de África garantem-lhe um caudal que atravessa várias paisagens , como os planaltos do Uganda e da Etiópia, com florestas relativamente densas, zonas de savana e regiões de clima desértico. Medição da corrente do Nilo em Assuão ( m3 / s ) O curso do Nilo é interrompido por várias cataratas, a última das quais localizada no Egipto, onde foi construída a Barragem de Assuão, que originou a formação do lago Nasser, com mais de 500Km de comprimento. Ao longo do seu percurso o rio funciona como uma fonte de vida, assumindo grande importância nestas regiões desde a Antiguidade.

Na Antiguidade, durante os meses de Junho/Julho as águas do rio começavam a subir lentamente, inundando os campos e fertilizando-os com o lodo denso e rico. Para os Egípcios, a inundação e fertilização dos campos resultava da acção dos deuses. Nos campos junto ao Nilo os antigos Egípcios cultivavam : - cereais; - linho; - vinha; - legumes; -árvores de fruto; -papiro.

Para além de fornecerem peixe abundante, as águas do Nilo serviam também como via de comunicação interna e externa, possibilitando trocas comerciais entre os Egípcios e outros povos da Antiguidade.

Os antigos Egípcios eram politeístas. Entre as várias Divindades a quem prestavam culto, encontrava-se o Deus Osíris. Este Deus representava a fertilidade do rio Nilo, assim como a abundante vegetação que se encontrava junto às suas margens.

HINO AO NILO Salve, ó Nilo, Que sais da terra E vens dar de beber ao Egipto! Misteriosa é a tua saída das trevas. [...] Tu fazes viver todo o gado, Tu, que dás de beber à terra! Tu crias o trigo, fazes nascer o grão, Garantindo a prosperidade dos templos. Se paras a tua tarefa e o teu trabalho, Tudo o que existe cai no desespero. Se, ao contrário, te levantas, A terra inteira grita de regozijo, Os dentes mastigam, Os ventres alegram-se, As costas sacodem-se de riso! Hino ao Nilo (III Milénio a C)