TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 15 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Márcio Janot 03/05/07.

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Transcrição da apresentação:

TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 15 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Márcio Janot 03/05/07

Modelo Mundell-Fleming Nas aulas anteriores vimos o modelo Mundell-Fleming e analisamos políticas monetária, fiscal e comercial considerando diferentes graus de mobilidade de capitais. A tabela seguinte resume os resultados obtidos:

Efeitos de Estática Comparativa a Curto Prazo no Modelo Mundell-Fleming   Taxa de Câmbio Fixa Taxa de Câmbio Flutuante Grau de Mobilidade do Capital +  Expansão Monetária D > 0 Y1 > 0 Y1 > Y1 Expansão Fiscal G > 0 Y2 > 0 Y2 > Y2 +, >=<Y2 Restrição Comercial  > 0 Y3 >0 Y3 > Y3

Política Monetária no Modelo Mundell-Fleming

Mobilidade Zero de Capitais Sob câmbio flutuante, o balanço de pagamentos tem que estar em equilíbrio. Então, partimos do ponto E1. A expansão monetária desloca a LM para a direita. Se o câmbio fosse fixo, E2 seria o novo equilíbrio. No curto prazo teríamos um déficit comercial. Ao longo do tempo, porém, este déficit implicaria em uma perda de reservas e a contração monetária faria com que voltássemos ao equilíbrio inicial. Com câmbio flutuante, em E2 há déficit em BP, o que não pode ser sustentado, então o câmbio deprecia, o que desloca a IS e a BP para a direita para o ponto E3. BP BP´ i LM LM´ E1 E2 E3 IS` IS y1 Y

Mobilidade Imperfeita de Capitais Com mobilidade imperfeita de capitais, a LM se desloca para a direita. Na interseção de IS e LM’ há déficit em BP. Sob câmbio flutuante, a taxa de cambio deprecia o que desloca a IS e a BP para a direita até atingir o novo equilíbrio onde tem-se IS’-LM’-BP’ (ponto E3). Sob câmbio fixo, o equilíbrio IS-LM’seria sustentado, no curto prazo, em E2, mas, no longo prazo, a LM retornaria até a curva inicial. IS LM BP LM´ IS` Y i BP´ E1 E3 E2 y1

Mobilidade Perfeita de Capitais Sob mobilidade perfeita de capitais, a LM se desloca para a direita. No ponto de encontro de IS-LM’, o BP está em déficit. Sob câmbio flutuante, o déficit causa uma depreciação da taxa de câmbio e desloca a IS (e a BP) para a direita, levando ao novo equilíbrio IS’-LM’-BP, no ponto E2. Sob câmbio fixo, a taxa de juros interna não pode variar (e deve ser igual a externa). Assim, o deslocamento da LM para LM’ é revertido, mantendo o equilíbrio no ponto inicial, E1. IS LM BP LM´ IS` Y i E1 E2 Y1

Política Fiscal no Modelo Mundell-Fleming

Mobilidade Zero de Capitais Partimos do ponto E1. Uma expansão fiscal desloca a IS para a direita. No ponto E2, temos um déficit comercial. Se o câmbio fosse fixo, E2 seria sustentado, até que a perda de reservas fizesse com que a LM contraísse e voltaríamos para o mesmo nível de produto mas com juros mais altos. Sob câmbio flutuante, O ponto E2 não é sustentável no curto prazo, e o déficit em BP provoca uma depreciação que desloca IS’e BP para E3 no novo equilíbrio. BP BP´ i LM E2 E3 E1 IS`` IS IS` y2 Y

Mobilidade Imperfeita de Capitais LM Sob mobilidade imperfeita, partindo do ponto E1, a IS desloca para IS’ e agora, no encontro entre IS’-LM, E2, temos um superávit em BP. Sob câmbio fixo, este ponto E2, é equilíbrio, mas no longo prazo, a entrada de reservas deslocaria a LM para a direita (expansão monetária). Sob câmbio flutuante, o ponto E2 não poder ser equilíbrio. O superávit em BP gera uma apreciação da taxa de câmbio, o que desloca a IS e a BP para a esquerda, fazendo com que o equilíbrio seja em IS’’-LM-BP’, no ponto E3. Mas o que ocorreria se a BP fosse mais inclinada que a LM? i BP´ E2 BP E3 E1 IS` IS IS`` Y2 Y

Mobilidade Perfeita de Capitais Sob mobilidade perfeita, a IS se desloca para a direita e o encontro entre IS’-LM representa um superávit em BP. Com câmbio fixo, a taxa de juros acima da taxa internacional provoca uma entrada de capitais e o Banco Central acomoda o deslocamento da IS. A LM se deslocaria até termos IS’-LM’-BP, no ponto E3. Com câmbio flutuante, o superávit em BP faz com que a taxa de câmbio aprecie, e a IS’ retorna para IS. IS LM BP IS` Y i E1 LM’ E2 E3 Y2

Política Comercial no Modelo Mundell-Fleming

Mobilidade Zero de Capitais Considere uma política comercial restritiva, um aumento de tarifas. Haveria um deslocamento da IS e da BP para a direita. A curva BP desloca mais que a IS e assim, E2 é um ponto de superávit em BP. Sob câmbio fixo, o novo equilíbrio seria dado por E2. Com câmbio flutuante, o BP deve estar sempre em equilíbrio. Assim, um superávit implica em uma apreciação cambial, o que faz com que a IS e a BP retornem ao nível original. Sob mobilidade nula de capitais e câmbio flutuante, a política comercial não tem efeito sobre o produto. BP BP´ i LM E2 E1 IS` IS y3 Y

Mobilidade Imperfeita de Capitais Sob mobilidade imperfeita de capitais, a análise é basicamente a mesma. Uma restrição comercial desloca a BP e a IS para a direita, mas a BP desloca mais, gerando um superávit no ponto de encontro entre IS’-LM. Com câmbio fixo, o ponto IS’-LM seria o novo equilíbrio. Sob câmbio flutuante, o equilíbrio se dá no ponto inicial já que a apreciação cambial causada pelo superávit da BP faz com que IS e BP voltem para seus níveis iniciais. Sob mobilidade imperfeita de capitais e câmbio flutuante, a política comercial não tem efeito sobre o produto. IS LM BP IS` Y i BP´ E2 E1 y3

Mobilidade Perfeita de Capitais Sob mobilidade perfeita de capitais, a análise é basicamente a mesma. Uma restrição comercial desloca a BP e a IS para a direita, gerando um superávit no ponto de encontro entre IS’-LM. Com câmbio fixo, a taxa de juros acima da taxa internacional provoca uma entrada de capitais e o Banco Central acomoda o deslocamento da IS. A LM se deslocaria até termos IS’-LM’-BP, no ponto E3. Sob câmbio flutuante, o equilíbrio se dá no ponto inicial já que a apreciação cambial causada pelo superávit da BP faz com que IS e BP voltem para seus níveis iniciais. Sob mobilidade perfeita de capitais e câmbio flutuante, a política comercial não tem efeito sobre o produto. i LM E2 E1 BP E3 IS` IS y3 Y

Mundell-Fleming O câmbio flexível isola um país dos choques externos (na renda real, na taxa de juros ou nos preços) mesmo com mobilidade de capital? A análise gráfica é insuficiente para respondermos esta questão. Assim, passaremos a representar este modelo matematicamente.

Resolvendo o Modelo Equações principais do modelo:

Mobilidade Perfeita: i=i* Substituindo 10.9a em 10.7 e 10.8

Mobilidade Perfeita Como y e e se ajustam quando as variáveis externas variam? Variando y* Ou seja, com mobilidade perfeita de capitais, o aumento da renda externa provoca uma apreciação da taxa de câmbio tal que elimina o efeito sobre o produto interno.

Mobilidade Perfeita Variando i* O aumento na taxa de juros externa faz com que a moeda deprecie e a renda interna aumenta o necessário para restabelecer a demanda por moeda.

Mobilidade Perfeita Variando p* A moeda aprecia para neutralizar a inflação externa e a renda interna não se altera. Assim, com mobilidade perfeita o único choque externo que influencia a economia interna é o da taxa de juros, e este choque tem o efeito oposto ao que se verifica com taxas fixas: uma taxa de juros externa mais alta estimula a renda interna. Variando p*

Mobilidade Perfeita Podemos ainda ver que um aumento proporcional do estoque de moeda h e dos preços internos p pode ser neutralizado por uma desvalorização proporcional.

Mobilidade Imperfeita Substituindo 10.9b em 10.7 e 10.8

Mobilidade Imperfeita Derivadas:

Taxas de Câmbio: Ajustes, Crises e Regimes Blanchard – Cap. 21 OBS: O capítulo correspondente na primeira edição (14) é bastante diferente. Motivação: Bretton Woods (1944-1973) Crise e Dissolução (1973) Qual o melhor regime cambial para um país? Análise de médio prazo (P e P* variando): câmbio nominal x câmbio real Crises Cambiais (1973, 1992, 1997, 1998, 1999, Argentina…) Prós e Contras dos diversos regimes cambiais

Taxa de Câmbio Fixa e o Ajustamento da Taxa de Câmbio Real Tome um país sob câmbio fixo. Suponha que sua moeda esteja sobrevalorizada, ou seja, à taxa de câmbio real implícita na taxa de câmbio nominal e nos níveis doméstico e externo de preços, os bens domésticos estão muito caros em relação aos bens estrangeiros. Como resultado, a demanda por bens domésticos é pequena e, conseqüentemente, também é pequeno o produto: o país está em recessão. Para sair da recessão, o país tem várias opções. Dentre elas: Desvalorizar Não fazer nada

Taxa de Câmbio Fixa e o Ajustamento da Taxa de Câmbio Real Desvalorizar: ao tornar os bens domésticos mais baratos em relação aos estrangeiros, a desvalorização leva a um aumento da demanda por bens domésticos e, portanto, a um aumento no produto e uma melhora na balança comercial. Não fazer nada: Manter a taxa de câmbio inalterada e deixar o nível de preços ajustar ao longo do tempo. Vamos comparar as implicações macroeconômicas dessas duas opções, tanto no curto prazo quanto no médio prazo.

Taxa de Câmbio Fixa e o Ajustamento da Taxa de Câmbio Real Comecemos por derivar as relações de demanda agregada e oferta agregada para uma economia aberta sob câmbio fixo: Demanda Agregada sob Câmbio Fixo: Y = C(Y-T) + I(Y,r) + G + NX(Y, Y*,) (21.1) A taxa real de juros é definida como: r  i - e E a taxa de câmbio real é definida como: ; Câmbio fixo  28

Demanda Agregada sob Câmbio Fixo Também vimos que sob câmbio fixo e perfeita mobilidade de capitais: i = i* Reescrevendo a equação (21.1), temos: Y = C(Y-T) + I(Y, i* - e) + G + NX(Y, Y*, ) Expressa o equilíbrio nos mercados de bens, financeiro e cambial e este equilíbrio depende de variações em G, T, i*, e , Y*, . 29

Demanda Agregada sobre Câmbio Fixo Vamos nos concentrar nos efeitos de 3 dessas variáveis:  , G, T. Y = Y( , G, T) (21.2) ( + , +, -) As demais variáveis são supostas constantes. (21.2) é a relação de demanda agregada, que expressa a relação entre produto e nível de preços implicada pelos equilíbrios dos mercados de bens e financeiro. Tal como na economia fechada, a relação de demanda agregada implica uma relação negativa entre preços e produto, mas agora o canal é diferente: dado a taxa de câmbio fixa (E) e o nível de preços externos (P*), quando o nível de preços domésticos (P) se eleva, a taxa de câmbio real () diminui (apreciação real), fazendo com que as exportações líquidas (NX) se retraiam e, conseqüentemente, o produto caia. 30

Demanda Agregada sobre Câmbio Fixo Note que o efeito do aumento dos preços sobre o produto na relação de demanda agregada na economia aberta com câmbio fixo é o mesmo que na economia fechada. Contudo, o canal de transmissão é totalmente diverso. Y/  P < 0 , mas: Economia fechada: P M/P iY Economia Aberta com câmbio fixo e Perfeita Mobilidade de Capitais: i=i*; P  (EP*/P)  NXY ; Ou seja, o efeito é via a taxa de câmbio real. 31

Demanda Agregada sobre Câmbio Fixo Vamos reescrever a demanda agregada com subscritos temporais: AD: Yt = Y( , G, T) Aprendemos que a oferta agregada é a relação entre o nível de preços e o produto que vem do equilíbrio no mercado de trabalho. A versão que derivamos anteriormente foi: AS: Pt = Pt-1.(1+).F( 1-Yt / L, z), onde Pt-1 = Pte Lembrando o mecanismo, o nível de Preços depende do nível de preços esperado e do produto pois: Se Pe sobe, W sobe, o que gera aumento em P Se o produto sobe, o desemprego cai, o que aumenta os salários e aumenta os preços 32

Demanda Agregada e Oferta Agregada Neste caso, o equilíbrio inicial Y < Yn, pois consideramos a economia em recessão. Vejamos agora, o que ocorre com cada uma das políticas: desvalorizar ou não fazer nada. 33

Ajuste sem desvalorização No médio prazo, apesar de o câmbio nominal permanecer fixo, a economia obtém a depreciação real necessária para que o produto retorne a seu nível natural. No curto prazo, a taxa de câmbio nominal é fixa implicando em uma taxa de câmbio real fixa. No médio prazo, câmbio nominal fixo é consistente com  se ajustando. O ajuste se dá via P. OBS: Na realidade, só se necessita que <*, não é necessário que P caia (<0) para ter depreciação real. Quanto maior (*-)>0, mais rápido o processo de ajuste . Como a economia está inicialmente em recessão, o nível de preços cai ano após ano (deflação) até a AS cruzar a AD no pleno emprego. Neste ponto,  é mais alta:  = , pois P . 34

Ajuste com desvalorização Suponha agora que o governo opte pela desvalorização. Para dado P, a desvalorização nominal acarreta uma depreciação real e isso aumenta a demanda agregada: E  (EP*/P)   NX  AD  Uma desvalorização do tamanho certo pode levar a economia diretamente para o ponto C. Em C,  é igual ao que seria em B (pois Y é o mesmo e G e T não mudaram). 35

Ajuste com desvalorização: No mundo real, calibrar a desvalorização é difícil. Como visto no capítulo anterior, pode haver inicialmente efeito contracionista da desvalorização (curva-J) P pode ser afetado pela desvalorização (Pass-Trough) – como o preço dos importados aumentou, o preço da cesta de consumo no país é afetado também e deve crescer. 36

Ajuste com desvalorização: Não obstante, uma desvalorização ajuda o produto a retornar a seu nível natural mais rapidamente do que sem a desvalorização (lembrar os exemplos argentino e brasileiro, e Keynes x Churchill sobre o retorno ao padrão ouro em 1925). Por isso, sempre que há recessão e/ou grande déficit comercial, ocorrem pressões por desvalorizações. Os oponentes de desvalorizações argumentam que há boas razões para se optar pela taxa de câmbio fixa, e que desvalorizar sempre que há algum problema praticamente elimina as vantagens do câmbio fixo (camisa de força com fecho éclair...). Além disso, se governos mostram muito boa vontade com desvalorizações, isso aumenta a probabilidade de ocorrerem crises cambiais. Vamos estudá-las. 37