COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE UM TRECHO DE MATA ATLÂNTICA URBANA DO RECIFE - PERNAMBUCO Luiz Vital Fernandes Cruz da Cunha1,2,

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Transcrição da apresentação:

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA DA REGENERAÇÃO NATURAL DE UM TRECHO DE MATA ATLÂNTICA URBANA DO RECIFE - PERNAMBUCO Luiz Vital Fernandes Cruz da Cunha1,2, Márcio Geyton Sousa Nóbrega1, Maria Alice Vasconcelos da Silva1, Tatiana Marcela de Oliveira Bezerra1, Wegliane Campelo da Silva1 e Lúcia de Fátima de Carvalho Chaves3 1. INTRODUÇÃO 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Na Floresta Atlântica, a maior parte dos remanescentes florestais, especialmente em paisagens intensamente cultivadas, encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente perturbados, isolados, pouco conhecidos e pouco protegidos. Considerada como um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em diversidade biológica do planeta, a floresta atlântica é uma província natural com aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados. Este Bioma engloba vários ecossistemas florestais com encraves e interpenetrações de outros ecossistemas não florestais e que sua destruição atingiu uma taxa equivalente a um campo de futebol por minuto, devido ao grande número de espécies de alto valor econômico. Por já ter sido bastante explorada pelo homem, a floresta atlântica depende do sucesso da regeneração natural para vir a recompor as clareiras deixadas no processo de devastação. Além disso, o pleno êxito do reflorestamento, visando reconstituir as áreas de mata eliminadas pela antropização, depende igualmente do êxito da regeneração natural. Sendo assim, este estudo teve como objetivo de verificar a composição florística e estrutura da regeneração natural em floresta urbana, utilizando-se dois métodos de amostragens. Composição florística - no levantamento florístico das áreas amostradas (Tabela 1) foram identificadas 40 espécies, 24 famílias e 38 gêneros. Nas subparcelas de 1 x 25m foram identificadas 34 espécies reunidas em 21 famílias e um índice de diversidade de Shannon (H') = 2,895, enquanto que nas subparcelas de 5 x 5 m foram identificadas 30 espécies reunidas em 20 famílias e um índice de diversidade de Shannon (H') = 2,573. Nas subparcelas de 1 x 25m as famílias de maior ocorrência, em termos de diversidade de espécies, foram: Anacardiaceae, Annonaceae, Euphorbiaceae e Moraceae, cada uma com três espécies. Nas subparcelas de 5 x 5m as famílias que mais ocorreram, em termos de diversidade de espécies, foram: Moraceae, com cinco espécies; Annonaceae, com três espécies cada. Análise da estrutura das espécies - quanto à estrutura da regeneração natural, nas subparcelas de 1 x 25m, as espécies que mais se destacaram em relação aos parâmetros fitossociológicos foram: Brosimum discolor Schott, com relação à dominância absoluta (0,468), dominância relativa (29,24) e índice de valor de importância (55,7); e Protium heptaphyllum March. com relação a densidade absoluta (1600) e densidade relativa (18,65). Ambas apresentaram o mesmo valor da freqüência relativa que foi de 8,33. Quanto à estrutura da regeneração natural, nas subparcelas de 5 x 5m, as espécies que mais se destacaram em relação aos parâmetros fitossociológicos foram: Brosimum discolor Schott, com relação à dominância absoluta (0,2342), dominância relativa (16,56), freqüência relativa (7,46) e índice de valor de importância (49,36); e Protium heptaphyllum March. com relação a densidade absoluta (2533,3) e densidade relativa (25,79). Classes de regeneração - com relação as classes de regeneração natural, Protium heptaphyllum March. foi a espécie que apresentou o maior número de indivíduos regenerantes, em todas as classes e nos dois tipos de subparcelas amostradas que foi de 88 indivíduos, seguida de Brosimum discolor Schott com 83 indivíduos. Brosimum discolor Schott apresentou o maior número de indivíduos na 1ª classe de regeneração natural nos dois tipos de subparcelas amostradas, totalizando 57 indivíduos, enquanto que Protium heptaphyllum March. apresentou maior número de indivíduos na 2ª e na 3ª classe de regeneração natural e nos tipos de subparcelas amostradas, com 26 e 12, respectivamente. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Na Floresta Atlântica, a maior parte dos remanescentes florestais, especialmente em paisagens intensamente cultivadas, encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente perturbados, isolados, pouco conhecidos e pouco protegidos. Considerada como um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em diversidade biológica do planeta, a floresta atlântica é uma província natural com aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados. Este Bioma engloba vários ecossistemas florestais com encraves e interpenetrações de outros ecossistemas não florestais e que sua destruição atingiu uma taxa equivalente a um campo de futebol por minuto, devido ao grande número de espécies de alto valor econômico. Por já ter sido bastante explorada pelo homem, a floresta atlântica depende do sucesso da regeneração natural para vir a recompor as clareiras deixadas no processo de devastação. Além disso, o pleno êxito do reflorestamento, visando reconstituir as áreas de mata eliminadas pela antropização, depende igualmente do êxito da regeneração natural. Sendo assim, este estudo teve como objetivo de verificar a composição florística e estrutura da regeneração natural em floresta urbana, utilizando-se dois métodos de amostragens. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Composição florística - no levantamento florístico das áreas amostradas (Tabela 1) foram identificadas 40 espécies, 24 famílias e 38 gêneros. Nas subparcelas de 1 x 25m foram identificadas 34 espécies reunidas em 21 famílias e um índice de diversidade de Shannon (H') = 2,895, enquanto que nas subparcelas de 5 x 5 m foram identificadas 30 espécies reunidas em 20 famílias e um índice de diversidade de Shannon (H') = 2,573. Nas subparcelas de 1 x 25m as famílias de maior ocorrência, em termos de diversidade de espécies, foram: Anacardiaceae, Annonaceae, Euphorbiaceae e Moraceae, cada uma com três espécies. Nas subparcelas de 5 x 5m as famílias que mais ocorreram, em termos de diversidade de espécies, foram: Moraceae, com cinco espécies; Annonaceae, com três espécies cada. indivíduos na 2ª e na 3ª classe de regeneração natural e nos tipos de subparcelas amostradas, com 26 e 12, respectivamente.