A Grande Depressão e o Crash de 29

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
“A PRIMEIRA GRANDE CRISE DO CAPITALISMO”
Advertisements

1 - ANTECEDENTES: EUA pós-I Guerra = maior potência mundial.
A CRISE DE 1929.
Da Crise de 1929 ao New Deal.
1914 – 1918.
CAPÍTULO II A CRISE DE 1929.
SÉCULO XIX ATÉ 1914 Acontecimentos Políticos com Reflexos na Economia
História Monetária e Financeira
A CRISE DE 29.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Prof° Davi Ruschel.

A crise de 1929: A Crise do Capitalismo
Atualidades Prof. Jorge.
1 - ANTECEDENTES: EUA pós-I Guerra = maior potência mundial.
A maior crise do sistema financeiro
O GOVERNO LULA ( hoje).
Resistência das democracias liberais à crise económica e política
O “American way of life”
Crise do subprime Crise econômica
A globalização Econômica até os anos 1940
Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara
A C R I S E A M E R I C A N A D E créditoRestrição ao ________ Aumento. preços _______ de stocks e baixa de ______ Aumento do desemprego __________________.
A crise de anos depois.
A CRISE DE 1929.
A crise de 1929.
Colégio Militar de Belo Horizonte - História
“A PRIMEIRA GRANDE CRISE DO CAPITALISMO”
A HISTÓRIA DO SÉCULO XX E A ECONOMIA POLÍTICA
Índice Causas - Antes Crise de Superprodução Especulação Bolsista
Neocolonialismo na Ásia – anexação da china
A CRISE DE 1929 Prof. Fernando Gondim.
O Crash de 29.
EVENTOS VOLTADOS AO MERCADO DE CAPITAIS PROF. WILIAM CARVALHO.
A CRISE AMERICANA DE 1929.
A CRISE DE 1929 Prof. Lucas Villar.
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
Professor Edley
PROFESSORA MARIA CRISTINA
1929: A Grande depressão A Crise do Liberalismo.
I. Riqueza versus rendimento II. Desigualdade da riqueza na Europa,
Enfermidade psicológica da
1 - ANTECEDENTES: EUA pós-I Guerra = maior potência mundial.
CRISE AMERICANA
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
O CAPITALISMO EM CRISE A CRISE DE 29.
Prof. Waldejares Oliveira História geral
O Crack de 1929 A Primeira Crise Capitalista nos EUA
Micro e Macroeconomia O mundo da economia se divide em microeconomia e macroeconomia. A microeconomia se dedica ao estudo do comportamento de pequenas.
A Crise do Capitalismo nos Anos 30
Sessão IV. A Circulação em uma economia de mercado
História Prof. Carlos GEO Grupo SEB
A quebra do capitalismo
A crise de 1929.
CRISE ECONÔMICA DE 1929.
A Crise de 1929 Contexto histórico:
GUERRAS E CRISES: MARCAS DO SÉCULO XX
AS CRISES DO CAPITALISMO. Flutuações da oferta e da procura; da superprodução à recessão. Os mecanismos de resposta à crise Crescimento industrial no.
O agudizar das tensões políticas e sociais nos anos 30 A Grande Depressão e o seu impacto social.
História | Professora Arluce Dantas Bezerra | 8º ano
A GRANDE DEPRESSÃO. CAUSAS DA CRISE A década de 20 nos EUA foi marcada pela prosperidade e pelo aumento da produção (novos produtos). O consumo aumentou,
Rússia e Europa Oriental
FALÊNCIA de EMPRESA PROF. WILIAM CARVALHO A grande crise.
A CRISE ATUAL EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA: 1929 e 2010 Professor: Joubert Cordeiro Lisboa.
A CRISE MUNDIAL DE ANTECEDENTES:  EUA pós-I Guerra = maior potência mundial.  Produção em larga escala (40% da produção industrial mundial). 
1 Prof. Paulo Leite BLOG: ospyciu.wordpress.com Os EUA e a Europa nos anos 1920 Cri$e generalizada na Europa. EUA em franca expan$ão. EUA – BC* saltou.
A Grande Depressão dos anos 30.
A CRISE AMERICANA DE 1929.
DO PÓS-GUERRA À GRANDE DEPRESSÃO
DO PÓS-GUERRA À GRANDE DEPRESSÃO
Transcrição da apresentação:

A Grande Depressão e o Crash de 29

A prosperidade dos EUA nos anos 20 aplicação de novos métodos de produção e dos progressos técnicos Desenvolvimento da agricultura com a mecanização. Prosperidade económica reflexo de : Crescimento de indústrias como a do automóvel… aumento da produção

A prosperidade dos EUA nos anos 20 O crescimento económico provocou um excesso de optimismo. Na Bolsa de Nova Iorque, as acções eram vendidas a preços cada vez mais altos, todos arriscavam investir na bolsa. Muitas pessoas pediam empréstimos para investir. Quantas mais pessoas investiam mais as acções subiam.

Cada indivíduo aumenta a sua fortuna sem medo do futuro, sem inveja do vizinho. Todos atingiram a mesma meta. […] Ricos e pobres jogavam na bolsa. […] Todas as manhãs os americanos abriam o jornal e cada um deles estava um pouco mais rico do que na véspera. Na realidade, desde 1920 que o sistema estava num equilíbrio instável. A prosperidade não era construída sobre alicerces reais mas sobre frágeis esperanças. Cada um tinha comprado muito acima das suas possibilidades. Em Nova Iorque deitavam-se abaixo edifícios ainda novos para construir outros mais altos e mais caros. Os empresários pediam dinheiro emprestado para a construção. A. Maurois, Chantiers Américans (adaptado)

O Ciclo vicioso Crise da Superprodução SuperProdução Acumulação de stocks Perda de Poder de Compra Crise da Superprodução Deflação Desemprego Falências/ Despedimentos Descida dos preços

O Crash A quinta-feira de 24 de Outubro é o primeiro dia que a história se identifica com o pânico de 1929. (…) Nesse dia, 12.894.650 acções mudaram de dono, muitas delas a preços que destruíram os sonhos e as esperanças dos que as possuíam. […] Cerca das onze horas, o mercado tinha degenerado numa confusão doida e desenfreada para vender [..]. Às onze e meia era verdadeiramente o pânico. […] Ajuntamentos formaram-se em volta das sucursais das firmas dos correctores na cidade e por todo o país […] Os suicídios sucediam-se e onze especuladores bem conhecidos tinham já morrido. J. K. Galraith, A crise económica de 1929 (adaptado)

Todos procuraram vender as suas acções A quinta-feira negra 24 Outubro 1929 Todos procuraram vender as suas acções 12 milhões de títulos sem comprador Dá-se o Crash da Bolsa

O Crash aliado à Superprodução Deflação Desemprego Acumulação de Stocks Crise Menor consumo Falência de Bancos Falência de Empresas

“A produção das vides e das árvores deve ser destruída para que se mantenham os preços. Isto é uma abominação que ultrapassa todas as outras. Carregamentos de laranjas são lançados não importa onde. As pessoas vêm de longe para as apanhar, mas não lhes é permitido fazê-lo. […] Homens munidos de mangueiras regam com petróleo os montes de laranjas […]. Queima-se café nas caldeiras. Queima-se milho para aquecimento. Lançam-se batatas ao rio […]. Enterram-se porcos acabados de matar […]. As crianças atingidas pela pelagra(1) morrem porque cada laranja tem de dar lucro. E as autoridades inscrevem na certidão de óbito: “morto por subnutrição”, e tudo isto porque os alimentos apodrecem, tudo isto porque é preciso deixá-los apodrecer.” John Steinbeck, As Vinhas da Ira. (1) Doença devida à carência de vitaminas.

O Crash de 29

Onde quer que a polícia esteja a bater num tipo, eu estarei presente. "Onde quer que se lute para que a gente com fome possa comer... eu estarei presente. Onde quer que a polícia esteja a bater num tipo, eu estarei presente. Estarei onde quer que se vejam criaturas a gritar de raiva... e estarei onde as crianças sorriam porque têm fome mas saibam que a ceia não tarda. E quando a nossa gente comer aquilo que plantar e morar nas casas que construir... então também eu estarei presente", garante Tom. “ Excerto de “As Vinhas da Ira” – John Steinbeck

Consequências Sociais A crise atingiu todas as classes sociais: As classes médias viram-se afectadas pela multiplicação das falências no comércio, no artesanato e na indústria. A burguesia foi afectada por numerosas bancarrotas. Os camponeses ficaram arruinados e os operários no desemprego.

Hoovervilles No início da década de 30, os Estados Unidos viviam um período de miséria generalizada. Muitas famílias […] recorriam ao lixo para arranjar comida. Muita gente sem trabalho, incapaz de pagar as hipotecas ou as rendas da casa, construía abrigos na rua, dando origem a bairros de lata que apareciam à sombra dos arranha-céus. A estes bairros pobres chamavam depreciativamente, Hoovervilles, responsabilizando o presidente Hoover (1929-1933) pela situação de miséria em que se encontravam. História 9, Texto Editora (adaptado)

Crise de Superprodução Mundialização da Crise Outubro de 1929 Grande Depressão Crescimento da produção nos EUA Acumulação de Stocks Baixa de Preços Quebra nos Lucros Falência de Bancos e Empresas Ruína das classes médias Desemprego Diminuição da Procura Crash da Bolsa de Nova Iorque Queda do valor das acções Retirada dos Capitais americanos no estrangeiro Mundialização da Crise

Mundialização da Crise Retirada dos capitais americanos investidos na Europa Bancos e Empresas europeias entram em falência Contração do Comércio Internacional Limitação das importações

A nossa grande obrigação, a primeira, é fazer voltar o povo ao trabalho. (...) Isto pode realizar-se, em parte, por contratos directos do Governo, agindo como em caso de guerra, mas também realizando, através desses contratos, os trabalhos necessários para estimular e reorganizar o uso dos nossos recursos naturais. Paralelamente a esta acção temos de reconhecer que os nossos industriais estão superlotados e, empreendendo uma nova repartição à escala nacional, esforçamo-nos por fazer utilizar melhor a terra por aqueles que são aptos para isso. Discurso do Presidente Roosevelt na sua tomada de posse, 4 de Março de 1933 1. Qual era a principal preocupação do Presidente Roosevelt?

(Presidente EUA Franklin Roosevelt) As Respostas à Crise New Deal (Presidente EUA Franklin Roosevelt) Concessões de subsídios às empresas em dfificuldade Realização de obras públicas Limitação de 40h de trabalho por semana

O “New Deal” de Roosevelt INVESTIMENTOS DO ESTADO Obras públicas Mais emprego Medidas sociais (Subsídio de desemprego, salário mínimo, etc.) AUMENTO DO RENDIMENTO DAS FAMÍLIAS Compra de bens de consumo Aumento da produção industrial Mais emprego

O Estado intervém na economia As Respostas à Crise Inglaterra O Estado intervém na economia Apoio às industrias Medidas Proteccionistas

Coligação de partidos de Esquerda ganham as eleições (1936) As Respostas à Crise França Coligação de partidos de Esquerda ganham as eleições (1936) Aumentos salariais Semana de 40 horas de trabalho 15 dias de férias pagas Nacionalização de empresas (armamento e caminhos de ferro)

Crise de Superprodução Crescimento da produção nos EUA Acumulação de Stocks Baixa de Preços Quebra nos Lucros Outubro de 1929 Grande Depressão Falência de Bancos e Empresas Ruína das classes médias Desemprego Diminuição da Procura Crash da Bolsa de Nova Iorque Queda do valor das acções Retirada dos Capitais americanos no estrangeiro Mundialização da Crise Respostas à Crise Em Inglaterra Apoio às empresas industriais Protecção aos produtos británicos Nos Estados Unidos Criação de novos empregos Melhoria do poder de compra dos trabalhadores Em França Governo de Frente Popular Nacionalização de empresas Concessão de direitos aos trabalhadores

Investimentos do Estado Obras públicas Reanimação das indústrias de construção Compra de bens de consumo Aumento geral da produção industrial

Conceitos Acção – Parte do capital de uma empresa. O valor de uma acção varia, em princípio com os lucros ou prejuízos dessa sociedade. Através da especulação em Bolsa esse valor pode, no entanto, subir ou baixar, independentemente dos lucros da empresa. “Crash” – Baixa generalizada e muito acentuada da cotação das acções, na Bolsa. “Stock” – Conjunto de mercadorias disponíveis para consumo. Wall Street – Famosa rua de Nova Iorque, onde ficam situados os principais Bancos e a Bolsa (a mais importante e movimentada de todo o mundo). “New Deal” – Expressão americana utilizada, nos jogos de cartas, para referir uma nova distribuição das cartas, isto é, o começo de um novo jogo. Ao utilizar a expressão, Roosevelt pretendia dar a entender que se ia iniciar um novo período da vida da América.