QUANDO DEUS DÁ A FARINHA O DIABO CARREGA O SACO. OS VIOLEIROS NORDESTINOS SÃO OS DEFENSORES DO POVO DO SERTÃO. & Zé maria de fortaleza Chico Sobrinho Mensagem automática.
Que chega a ser desatino Não é nada do destino A vida do nordestino É bastante aperreada É uma tristeza danada Que chega a ser desatino Não é nada do destino Isto é coisa de ano fraco Ele então dá o “cavaco” Por esta sorte mesquinha Quando Deus dá a farinha O Diabo carrega o saco.
Trabalhando de “cassaco” Pra comer não ter um taco O Caboclo do sertão Já tem sofrido demais E ninguém agüenta mais A triste situação Só vive na precisão Trabalhando de “cassaco” Pra comer não ter um taco E É miséria que definha Quando Deus dá a farinha O diabo carrega o saco.
Tem arroz milho e feijão Mas aqui a vida é dura O preço ninguém segura Quando chove tem fartura Aqui em nosso sertão Tem arroz milho e feijão Mas aqui a vida é dura O preço ninguém segura Quem vender vai pro buraco É por isto que eu destaco Essa vida tão mesquinha Quando Deus dá a farinha O diabo carrega o saco.
Pra comer não tem nem ovo A seca vindo de novo Sua vida fica um caco O Pensamento do povo É sumir no oco do mundo O Pobre de Sigismundo Pra comer não tem nem ovo A seca vindo de novo Sua vida fica um caco Sem dinheiro no bisaco E sem ter nada na cozinha Quando Deus dá a farinha O Diabo carrega o saco.
Quando Deus dá a farinha Nosso bravo sertanejo Vive na lasca do mundo Parece ser vagabundo Mas não é o seu desejo É sofrido como andejo Com muleta no sovaco Mas o mesmo não é fraco Apesar da ladainha: Quando Deus dá a farinha O Diabo carrega o saco
Não pede por ter vergonha Não briga, não faz “barraco” Sofre de alma tristonha Aqui também o coitado Por todos é maltratado Passando fome medonha Não pede por ter vergonha Não briga, não faz “barraco” É honesto e não velhaco Direito, vive na linha Quando Deus dá a farinha O Diabo carrega do saco.
Nossa Terra é um inferno Quando não chove no chão Com seca na região Sem chover lá no sertão O sofrimento é eterno Nossa Terra é um inferno Quando não chove no chão Com seca na região Falo sério, não aplaco Vai ficar sem ter um naco Em outra terra vizinha Quando Deus dá a farinha O Diabo carrega o saco.
Quando Lula presidente Ajuda nosso Sertão Vem aí a oposição Se fazendo de descente Sem lembrar que antigamente O governo era mais fraco Colocava em seu bisaco Tudo que o Nordeste tinha Quando Deus dá a farinha O diabo carrega o saco.
Cordel e Configuração: Doizinho Quental Violeiros: Zé Maria de Fortaleza & Chico Sobrinho kuental@globo.com