SÉCULO 14: O MEDIEVO EM CRISE?.

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Transcrição da apresentação:

SÉCULO 14: O MEDIEVO EM CRISE?

Problematizando a noção de declínio da Idade Média e do sistema feudal Século 14: interpretado como o século de declínio da Idade Média e de crise do sistema feudal. Sistema feudal: não ocorreu em toda a Europa, logo, não pode ser visto como um sistema em crise, pois, em muitos lugares, ele não se efetivou.

Declínio da Idade Média: essa noção deve ser problematizada. Muitos traços feudais permaneceram após o século 14 e durante a história moderna, como o poder da Igreja Católica, a nobreza, as monarquias e mesmo as atividades agrícolas.

O contexto da Baixa Idade Média A partir do século 13 Momento de decadência de alguns traços medievais Mudanças sociais, políticas e culturais  Cruzadas, Renascimento comercial e urbano, formação das monarquias nacionais

As mudanças ocorridas no contexto da Baixa Idade Média contribuíram para o início do que foi denominado pelos historiadores como “crise do feudalismo” ou “crise do século 14”.

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Principais elementos que promoveram as Cruzadas Início da expansão para o Oriente, a partir do século 11 Aumento demográfico da Europa  falta de terras Interesse econômico  comércio e conquistas de terras

Aspecto religioso  lugares santos e de peregrinação Aspecto militar  combate aos muçulmanos, inimigos do Cristianismo

Conquista de Jerusalém, durante a primeira Cruzada, em 1099 Conquista de Jerusalém, durante a primeira Cruzada, em 1099. Pintura medieval, data desconhecida

Renascimento comercial Foi acompanhado do Renascimento urbano: crescimento das cidades Concentração do comércio nas áreas urbanas Esgotamento de terras  busca de alternativas  comércio

As Cruzadas: incentivaram a expansão comercial e a troca de produtos com o Oriente Formação das feiras comerciais: Champagne (França) e Flandres (atual Bélgica) Ligas ou hansas: associações que defendiam os direitos dos comerciantes  novo grupo social

Diversificação social O clero e a nobreza ainda mantinham grande poder Massa camponesa ou urbana de pessoas pobres Sociedade severamente desigual

Novos grupos sociais: comerciantes, atividades financeiras e trabalhadores urbanos (corporações de ofício) Mesmo com o fim da Idade Média, a sociedade continuou com seus traços fortes de desigualdade, privilegiando os nobres e o clero.

Iluminura representando a sociedade medieval: clero, nobreza e camponeses

O Renascimento das cidades Comerciantes (burgueses): queriam que as cidades fossem independentes dos feudos  movimento comunal Crescimento da produção artesanal e dos empregos nas cidades

Corporações de mercadores ou guildas: controlar o comércio Corporações de ofício: formada por artesãos  controle do processo produtivo Formatação das corporações de ofício: mestre artesão (mestre de ofício), oficiais e aprendizes

A formação das Monarquias Nacionais Fim da Idade Média  centralização política nas mãos dos reis Momento de crise da sociedade medieval e do sistema feudal  necessidade de centralizar o poder Suseranos maiores  donos dos maiores feudos 

ganharam o apoio dos moradores das cidades  fortalecimento desses grupos Criação das dinastias reais  famílias e grupos de grande posse (suseranos maiores) Disputa entre as monarquias  Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra (1337- 1453)

Alguns fatores responsáveis pela “crise do feudalismo” Crescimento demográfico  falta de terras e alimentos Avanços na tecnologia agrícola Expansão das áreas agricultáveis  arroteamentos e cultivo de terras distantes Crise agrícola do século 14  cultivo comprometido

Epidemias  população mal alimentada favorecia as doenças Peste Negra (ou Grande Peste)  1348-1349  morte de aproximadamente um terço da população europeia. Revoltas camponesas (século 14)  falta de terras e alimentos, péssimas condições de trabalho nos feudos, doenças

Ilustração da Peste na Bíblia de Togemburgo (1411)

Para refletir Apesar de todo esse clima de decadência social, tendo a Peste Negra como um marco do declínio da Idade Média e do “Feudalismo”, não se pode afirmar que houve, a partir do século 14, um abandono repentino dos traços da sociedade feudal. Esse foi um longo processo, uma longa duração. Até o século 18, os reis e a Igreja foram elementos centrais da vida social, cultural e política na Europa Ocidental. Além disso, a atividade agrícola foi uma das mais importantes, até o advento da industrialização, que começou, lentamente, no século 18. Dessa forma, deve-se problematizar e repensar a ideia de “crise” e “declínio” devido a esses fatores. O declínio, se existiu, foi processual e não foi completo.