José Ramón Biau Gil y Anthony Pim

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Transcrição da apresentação:

José Ramón Biau Gil y Anthony Pim Las memorias de traducción y el olvido del traductor. Apuntes para la pedagogía de un avance tecnológico imperfecto. José Ramón Biau Gil y Anthony Pim

Resumo As memórias de tradução se transformaram radicalmente, porém há uma notável melhoria entre elas ; Compara quatro memórias de tradução profissional (Trados, Déjà Vu, Transit e SDLX); Essas ferramentas se revelam no processo de evolução, parte de uma transformação tecnológica parcial e imperfeita. A pedagogia das memórias de tradução terá que insistir em vários aspectos , mesclando estratégias novas e velhas, avaliação crítica da pluralidade de ferramentas existentes, o papel ativo do tradutor e por fim o objetivo da comunicação.

A estrutura do avanço tecnológico Memórias de tradução: Os instrumentos que dispomos são desiguais e imperfeitos; Essas imperfeições não afetam os avanços tecnológicos; O que conta é o tipo de atividade que será utilizada pela tecnologia.

A experiência Foi constatado que as memórias de tradução são limitadas. Não há um posicionamento de ferramenta melhor ou pior, apenas as diferenças básicas entre elas, e as possíveis limitações que seu uso pode implicar para um tradutor autônomo. Criaram um projeto de tradução simples e aplicaram as quatro ferramentas em questão, com ênfase na interface gráfica do software, demonstrando o que aparece na tela do computador, quando usado cada um dos programas.

Projeto de Tradução Está formado por um único arquivo em formato HTML (página web) Neste arquivo há uma mensagem escrita em linguagem JavaScripit (mensagem que nos avisa quando há um erro na página, ou quando esquecemos de preencher um campo de um formulário). O documento foi elaborado integralmente com a ferramenta de criação de páginas web, uma ferramenta profissional de criação de sites cujo uso está muito crescente. O arquivo está disponível em: http://www.ice.urv.es/trans/future/isg/tms/index.html

Disposição na tela Não é um problema meramente estético, mas também psicológico, uma vez que influencia nos processos mentais do tradutor. As soluções são diversas, mas o problema é sempre o mesmo: não cabe tanta informação na tela. As memórias de tradução tentam mostrar na mesma tela, várias janelas para que se possa visualizar todas as informações oferecidas.

Déjà Vu

Déjà Vu Permite mostrar ou esconder várias janelas; Com essa ferramenta podemos regular a altura das linhas onde aparece cada segmento, o que permite a visualização das frases completas; Crítica: A janela de tradução está na parte inferior da tela, e o texto anterior e posterior ao segmento que se está traduzindo está em cima da janela de tradução (os olhos devem movimentar-se de cima a baixo para consultar o texto e traduzir o segmento).

SDLX

SDLX A distribuição na tela é parecida a do Déjà Vu, mas não se traduz na mesma linha que se mostra o texto de saída (coluna da direita). A janela da parte inferior mostra os resultados da memória de tradução, o que proporciona mais pixels.

Transit

Transit Inclui cinco janelas, entre elas uma que está posicionada atrás da janela do texto de saída (superior) e aparece somente quando a memória oferece uma sugestão. Como nos demais programas, pode-se alterar a disposição e o tamanho das telas.

Trados

Trados Não utiliza o sistema de janelas como os demais programas; Mostra tanto o texto de saída como a tradução de cada segmento, o que proporciona uma visualização dos dois idiomas, podendo deturpar o ritmo da leitura e a fluidez do texto – essa é uma armadilha para os processos psicológicos do tradutor.

Resultados Nenhuma das ferramentas analisadas permitem ver o resultado do trabalho enquanto se está traduzindo, e também não demonstram imagens, tipo e tamanho de fonte e outras informações importantes de documentos da web. Nem Trados, nem Déjà Vu, nem SDLX refletem de maneira nenhuma a disposição do texto em documento final. Falta de linearidade dos textos traduzidos, o contexto afeta a qualidade da tradução.

Filtros, informação de tags Uma das ferramentas analisadas afirma que não faz falta conhecer os diversos formatos e linguagens de programação existente, uma vez que a memória de tradução pode filtrar os arquivos nos formatos e traduzí-los sem a necessidade de conflitos com códigos. Existem aspectos puramente técnicos que afetam a qualidade da tradução. Enquanto Trados e Transit permitem ver a informação dos tags e inclusive permite editar, Déjà Vu e SDLX limitam sua função à tradução de texto e não permite editar códigos.

Transit e Trados permitem acrescentar ou eliminar tags, como indicadores de itálico. As mudanças realizadas fora do programa de memória de tradução não ficam registrados na memória.

Contadores de Palavras Reais Transit Trados Déjà Vu SDLX Palavras visíveis e números 120 117 Descrição 4 Palavras-chave 22 JavaScript 15 Assunto do e-mail 2

Os contadores de palavras de diversas memórias de tradução dão resultados diferentes para o mesmo documento. O problema não está nos contadores de palavras e sim nos filtros, pois uns são mais restritos e outros mais flexíveis. Uns traduzem o texto como se fosse código e outros permitem traduzir palavras que pertencem ao código de formato do documento, e que não devem ser traduzidos. Essas diferenças são de suma importância quando os projetos de tradução se tarifam normalmente por palavras.

Transit – as palavras-chave e a descrição das páginas não são traduzidas, pois o programa não apresenta “etiquetas meta”. SDLX – só reconhece algumas das metatags. Trados – conta como texto as informações das etiquetas “Gerador de Conteúdo”, que incluem informações criadas automaticamente pelo editor de páginas web utilizado.

Criação e Gestão de Memórias Base de dados: criação e gestão das memórias de tradução, utilizado por Trados, Déjà Vu e SDLX. Enquanto Transit usa um sistema de arquivos de texto totalmente diferente dos demais, pois os arquivos de tradução funcionam também como memória de tradução, de maneira que não é necessário nenhuma base de dados extra. Todas as ferramentas são compatíveis com o formato padrão, chamado TMX, o qual permite usar as memórias em programas diferentes ao programa criado.

Consequências Pedagógicas As ferramentas de memória de tradução não devem ser usadas como uma única ferramenta, e devem ser completadas com ferramentas de edição do formato original (um editor de páginas web, um editor de textos, etc.) É necessário ter conhecimento do formato do arquivo e dispor de algum de seus editores.

Uso pedagógico das memórias de tradução e a tecnologia As memórias de tradução não podem substituir o ensino dos métodos mais tradicionais de trabalho com textos. Ambas devem ser ensinadas. Ensinar o aluno trabalhar, de alguma maneira, às vezes contrária as diretrizes inscritas nas disposições da tela. Tem que insistir na continuidade discursiva do texto, a importância do formato e de elementos gráficos, e do peso discursivo dos participantes no ato de comunicação; Não se pode ensinar ao aluno o uso de apenas uma ferramenta. Ensinar que apesar das memórias de tradução, a comunicação ocorre entre pessoas, e a primeira pessoa é o tradutor.

A tecnologia e o tradutor Os programadores que desenvolvem as tecnologias de tradução , esquecem muitas vezes do tradutor (humano, cansado, reduzido a um canto da tela de trabalho, condenado a crer nos contadores de palavras). Se a tecnologia parece esquecer do tradutor, muitas vezes o tradutor também esquece de seu próprio papel comunicativo. A tradução reduz o texto a um processo de substituição da linguagem natural. “O resultado é, na pior das hipóteses , esse tipo de texto técnico sem qualidade linear, o que traduz o texto, não para a comunicação, e sim par uma linguagem desumanizada” (Pym, 2003)

Conclusão As memórias de tradução, quando bem utilizadas e bem ensinadas, podem efetivamente liberar o tradutor das tarefas mais repetitivas e cansativas, para que a tradução recupere seu papel de mediação ativa, mas para alcançar tal objetivo, terá que ensinar a tecnologia como instrumento imperfeito, subordinado a fins mais humanos.

Referências Bibliográficas Castells, Manuel. 1996. The Rise of the Network Society. Cambridge MA, Oxford: Blackwell. Traducción al castellano del capítulo 5 en http://www.hipersociologia.org.ar/catedra/material/Castellscap5.html (visitado el 15 de enero de 2003). Höge, Monika. 2002. Towards a Framework for the Evaluation of Translators’ Aids Systems. Academic dissertation. Helsinki: Helsinki University Press. http://ethesis.helsinki.fi/julkaisut/hum/yleis/vk/hoge/ (visitado el 15 de enero de 2003). Pym, Anthony. 2003. “Localization and the Dehumanization of Discourse”, The Linguist 41/6. 168-170. Webb, Lynn E. 1998. Advantages and Disadvantages of Translation Memory: a Cost/Benefit Analisis. http://www.webbsnet.com/translation/thesis.html (visitado el 15 de enero de 2003).