Humanismo (1418 – 1527) O século XV português corresponde ao nascimento do mundo moderno, na medida em que inaugura um padrão de cultura voltado para o.

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Transcrição da apresentação:

Humanismo (1418 – 1527) O século XV português corresponde ao nascimento do mundo moderno, na medida em que inaugura um padrão de cultura voltado para o ser humano. Contribui para isso a euforia provocada pelas descobertas e pelas conquistas marítimas. Nas crônicas de Fernão Lopes, o povo ganha destaque pela primeira vez. Uma onda de realismo, de terrenalismo, de apego à natureza física, eleva-se para se contrapor ao transcendentalismo anterior. O homem visto como tal e não à imagem e semelhança de Deus.

Fernão Lopes é nomeado em 1418 o guarda das escrituras da Torre do Tombo. Em 1434, é incumbido de por em crônica a vida dos reis de Portugal. Várias crônicas se perderam só restando Crônica d’El-Rei D. Pedro, Crônica d’El-Rei D. Fernando e Crônica d’El-Rei D. João. Com Fernão Lopes, a Literatura Portuguesa produzida até então ganha maior relevância, graças ao sentido duplo com que é praticada: o literário e o histórico propriamente dito. Fernão Lopes é considerado o “pai da História” em Portugal e é posto ao par de grandes cronistas medievais. Como historiador tem o valor de procurar ser moderno, desprezando o relato oral em favor dos acontecimentos documentados. “nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra mistura, deixando nos bons aquecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao povo, quaisquer contrárias cousas, da guisa que avieram”. Crônica d’El-Rei D. João.

Qualidade literárias das crônicas de Fernão Lopes: Estilo coloquial, saborosamente vivo, não escondia o gosto acentuado pelo primitivo, talvez em decorrência da sua origem plebeia e do seu amor ao povo. Com seu estilo, transcende o plano descritivo e narrativo da historiografia anterior. Utiliza de técnicas novelescas: consegue fazer com que o leitor tenha uma viva percepção do que se passa.

A prosa doutrinária Escrita sobretudo por monarcas, essa prosa pedagógica servia à educação da realeza e da fidalguia, com a intenção de orientá-la no convívio social e no adestramento físico para a guerra. Um dos temas principais era o culto do esporte, sobretudo, a caça. As virtudes morais também são enaltecidas, mas sempre visando a alcançar o perfeito equilíbrio entre a saúde do corpo e a do espírito. Textos famosos: Livro de montaria, de D. João I. Leal Conselheiro e Livro da ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela, de D. Duarte.

A poesia: O cancioneiro geral Garcia de Resende faz um balanço da atividade literária do período. A poesia se caracteriza pela separação entre música e “letra”. A poesia passa a ser composta para a leitura solitária ou a declamação coletiva. O ritmo agora é alcançado com os próprios recursos da palavra disposta em versos, estrofes, etc., e não com a pauta musical. Novas técnicas e estruturas poéticas: A esparsa, composta de um única estrofe de 8 a 16 versos; originária da Provença, destinava-se especialmente a comunicar sentimentos de tristeza e melancolia; A trova, composta de duas ou mais estrofes; O vilancete, formado de um mote (motivo) composto de 2 ou 3 versos, seguido de voltas ou glosas, isto é, estrofes em que o poeta retomava e desenvolvia as ideias contidas no mote; A cantiga, formada dum mote de 4 ou 5 versos e de uma estrofe de 8 ou 10 versos.

Temas da poesia Poesia lírica: o amor-sofrimento, súplica mortal, espiritualidade e platonismo. Novidade: a mulher deixa de ser ideal, desce à terra, adquire qualidades físicas e sensoriais, antes proibidas ao olhar do trovador. A natureza assume o papel de consolo, confidente e refúgio para os males do amor. (antecipa uma característica do Romantismo)

Teatro Gil Vicente Temas: tradicional e de atualidades. O primeiro compreende às peças de caráter religioso, Auto da Fé (1510), Auto da Alma (1518); as de assunto bucólico, como o Auto Pastoril Castelhano (1523); e as de assunto inspirado na novela de cavalaria, como D. Duardos (1522). O segundo se caracteriza por conter o retrato satírico da sociedade do tempo, a fidalguia, a burguesia, o clero e a plebe. Farsa de Inês Pereira (1523) Teatro baseado na espontaneidade e com o objetivo de divertir a corte.

Classicismo (1527 – 1580) Extraordinária prosperidade econômica: Lisboa transforma-se em centro comercial de primeira grandeza; na Corte, impera um luxo desmedido; a maioria da população acredita cegamente haver chegado Portugal a uma inalterável grandeza material. A atividade literária em Portugal reflete esse ambiente de exaltação épica e desafogo financeiro que cruza os decênios iniciais do século XVI. O Classicismo se difundiu amplamente, por corresponder, no plano literário, ao geral e efêmero complexo de supremacia histórica. O humano prevalece ao divino.

Concepção de arte baseada na imitação dos clássicos gregos, considerados modelos de perfeição estética. Criar obras de arte segundo as fórmulas, as medidas, empregadas pelos antigos. A arte clássica privilegia a razão Deveria expressar verdades eternas e superiores, procurando aproximar-se dos modelos greco-latinos: a Beleza, o Bem, a Verdade. Objetivo ético: o do aperfeiçoamento do homem na contemplação das paixões humanas postas em arte. (intelecto) Os clássicos são formalistas: aceitam os modelos preestabelecidos e valorizam a perfeição formal em prosa e em poesia.