Doenças autoimunes e sorologia

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Transcrição da apresentação:

Doenças autoimunes e sorologia Daniela Freu

Lúpus O lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus) doença autoimune do tecido conjuntivo, de causa desconhecida que pode afetar qualquer parte do corpo. O sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual. A doença ocorre nove vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens, especialmente entre as idades de 15 e 50 anos.

Predominância Sexo: Há um nítido predomínio no sexo feminino (8 mulheres em cada 10 portadores), aparecendo geralmente durante os anos férteis (da menarca à menopausa). Faixa etária: Os primeiros sintomas ocorrem geralmente entre os 20 e 40 anos. Com maior incidência ao redor dos 30 anos. Localidade: É mais comum nos países tropicais, onde a luz do Sol é mais forte.

Tipos Lúpus discóide: É limitado à pele. Identificado por inflamações cutâneas que aparecem na face, nuca e couro cabeludo. Aproximadamente 10% das pessoas lúpus discóide pode evoluir para o lúpus sistêmico. Lúpus sistêmico: Mais grave que o Lúpus discóide e pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. Em algumas pessoas predominam lesões apenas na pele e nas articulações, em outras pode haver acometimento dos rins, coração, pulmões ou sangue.

Lúpus induzido por drogas: ocorre como conseqüência do uso de certas drogas ou medicamentos. A lista atual de possíveis responsáveis inclui quase uma centena de drogas sendo os mais conhecidos a procainamida e a hidralazina. Os sintomas são muito parecidos com o lúpus sistêmico. Os próprios medicamentos para lúpus também podem levar a um estado de lúpus induzido. Com a suspensão do medicamento responsável os sintomas normalmente desaparecem.

Sintomas e tratamento Febre, Mal-estar, Inflamação nas articulações, Inflamação no pulmão (pleurisia), Inflamação dos gânglios linfáticos, Dores pelo corpo (por causa das inflamações), Manchas avermelhadas, Úlceras na boca (aftas) A detecção precoce pode prevenir lesões graves no coração, articulações, pele, pulmões, vasos sanguíneos, fígado, rins e sistema nervoso. O desenvolvimento da doença está ligado a predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. Prevenir infecções. Febre - aspirina ou antiinflamatórios . Corticóides e imunossupressores são indicados nos casos mais graves. Gestantes portadoras de lúpus necessitam de um acompanhamento médico rigoroso ao longo da gravidez, visto que a doença pode atingir também o feto. Durante o aleitamento é recomendado um intervalo de 4h entre a tomada da medicação e a amamentação. As vacinas com vírus vivos não devem ser prescritas a pacientes com LES. Já as vacinas contra pneumonia e gripes são comprovadamente seguras.

Esclerose múltipla Doença inflamatória crônica. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas. É mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas. O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.

Sintomas A fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor.

Tratamento O tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais. Recomendações Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos; Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados; Nas crises agudas da doença, é aconselhável o paciente permanecer em repouso.

Sorologia - estudo do líquido separado do sangue após coagulação do mesmo. Os testes sorológicos ou imunoensaios - técnicas para detecção e quantificação de antígenos ( substância capaz de produzir anticorpos ) e anticorpos ( substância do sangue capaz de destruir bactérias), ou outras substâncias que desempenham o papel de antígeno, tais como drogas, hormônios, ácidos nucléicos, citocinas, receptores de células, etc. Tem-se observado uma tendência ao aperfeiçoamento e a consolidação dos teste já existentes, e o mesmo tempo, de emprego de tecnologia emergentes, a fim de aumentar o nível de sensibilidade e de confiabilidade dos resultados obtidos e tornar os teste mais rápidos, de mais simples execução e adaptáveis a processos automatizados. Para garantir a qualidade dos resultados são necessários rigoroso controle e cuidadosa interpretação.

Importância da pesquisa de anticorpos no diagnóstico individual Quando há sintomas e sinais clínicos do paciente que confundem o médico, a pesquisa por anticorpos específicos ( feita através de testes padronizados ) pode definir qual patologia está em questão. Exemplo: toxoplasmose X rubéola Mostra em que fase está a doença - a detecção de diferentes classes de imunoglobulinas ou Igs ( anticorpo do soro sanguíneo ) específicas ao agente infeccioso ( uma bactéria, por exemplo ) na circulação sanguínea dos pacientes é importante na identificação da fase da infecção. Diagnóstico de doenças congênitas Seleção de doadores de sangue - através da busca por anticorpos específicos contra patógenos pode-se evitar e prevenir a transmissão por transfusão de sangue de doenças como sífilis, AIDS (SIDA), doença de Chagas, hepatite B e C.

Seleção de doadores e receptores de órgão para transplantes: através da tipagem de antígenos HLA (sistema de histocompatibilidade do nosso corpo). Avaliar o prognóstico da doença - associação entre respostas humoral e celular ajudam em suposições sobre o que deve acontecer com o paciente em relação à doença. Evidenciar se o tratamento está sendo eficiente e se pode ser suspenso: queda gradual dos anticorpos na circulação dos pacientes pode significar sucesso no tratamento. Avaliar a imunidade do indivíduo - saber se a vacina aplicada anteriormente ainda está funcionante. Isso é possível com a pesquisa por anticorpos específicos. Verificar o agravamento da patologia - O aumento da produção de anticorpos pelo corpo pode significar que a patologia está se agravando.

Teste sorológico Qualitativo – se os seus resultados informam apenas se houve ou não reação/ detecção positivo ou negativo. Semi quantitativo – se a amostra testada (soro) foi diluída. Quantitativo – se é capaz de informar a quantidade absoluta do material detectado.