AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

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AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

SISTEMAS DE CONTABILIDADE SOCIAL Objetivo: medir agregados macroeconômicos SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SISTEMA ONU) Constitui-se de 5 contas básicas, a partir de método contábil das partidas dobradas. As contas são: Produto Interno Bruto (empresas), Renda Nacional Disponível (famílias), Transações Correntes com o Resto do Mundo, Capital e a Conta Corrente das Autoridades Públicas. Esse sistema considera apenas os produtos finais, excluindo as transações de bens intermediários (bens que já entraram na composição dos produtos finais, como matérias primas e componentes). MATRIZ INSUMO - PRODUTO Conhecida também como Matriz de Relações Inter-setoriais ou Matriz de Leontief. Considera também as transações intermediárias, permitindo uma visão mais completa das relações estruturais da economia. É uma matriz de dupla-entrada: colunas: tudo que o setor gasta com insumos dos demais setores, e com remunerações a fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). linhas: tudo que o setor vende aos demais setores (bens intermediários), e aos compradores de bens finais (famílias, governo, setor externo e bens de capital para empresas).

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) (OFERTA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS) É O VALOR DE TODOS OS BENS E SERVIÇOS FINAIS* PRODUZIDOS NUM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO PIB =  pi qi i = 1,2,3,...n BENS E SERVIÇOS FINAIS; p = PREÇO UNITÁRIO MÉDIO DO ANO q = QUANTIDADE PIB = p . q +...+ p . q +...+ p . q SACAS SACAS FOGÃO FOGÕES PASSAGENS PASSAGENS CAFÉ CAFÉ METRÔ METRÔ SETOR PRIMÁRIO (AGRICULTURA, PECUÁRIA, PESCA E EXTRAÇÃO VEGETAL) SETOR SECUNDÁRIO (INDÚSTRIA, EXTRAÇÃO MINERAL) SETOR TERCIÁRIO (SERVIÇOS, COMÉRCIO, TRANSPORTES, COMUNICAÇÃO E SISTEMA FINANCEIRO) * EXCLUI BENS INTERMEDIÁRIOS, COMO MATÉRIAS- PRIMAS E COMPONENTES, QUE SÃO TRANSFORMADOS OU INCORPORADOS NOS BENS FINAIS

Mostra, portanto, como a renda é distribuída na sociedade. RENDA NACIONAL É a soma dos rendimentos pagos aos proprietários dos fatores de produção (trabalho, capital, terra), na forma de salários, juros, aluguéis e lucros. RN = Salários + Juros + Aluguéis + Lucros Mostra, portanto, como a renda é distribuída na sociedade.

MEDIÇÃO PRÁTICA DO PRODUTO / RENDA NACIONAL VALOR ADICIONADO: É a renda (riqueza) agregada por cada setor de atividade, em cada etapa do processo de produção. Medido pelo IBGE a partir de notas fiscais (ICMS,IPI) V.A.=RECEITA DE VENDAS - COMPRAS DE BENS E SERVIÇOS INTERMEDIÁRIOS EXEMPLO (EM MIL R$) TRIGO FARINHA PÃO A.RECEITA DE VENDAS 100.000 400.000 1.000.000 PIB B.COMPRAS INTERMEDIÁRIAS 0 100.000 400.000 C.VALOR ADICIONADO (A-B) 100.000 300.000 600.000 = 1.000.000 RN RENDA PAGA RENDA PAGA RENDA PAGA (A-B) PELO SETOR PELO SETOR PELO SETOR TRIGO AOS FARINHA AOS PANIFICAÇÃO FATORES DE FATORES DE AOS FATORES PRODUÇÃO PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO (V.A. TRIGO) (V.A. FARINHA) (V.A. PÃO) Produto Interno Bruto = Renda Nacional

AGREGADOS DO SETOR DE FORMAÇÃO DE CAPITAL POUPANÇA AGREGADA ( S ) Toda Renda Nacional recebida pelas famílias (proprietários dos fatores de produção), na forma de salários, juros, aluguéis e lucros, e que não foi gasta em bens de consumo e em impostos. INVESTIMENTO AGREGADO (I) (ou Taxa de Acumulação de Capital) Aumento do estoque de capital físico, da capacidade produtiva da economia. Bens produzidos e não consumidos num dado período, que ficam para os próximos períodos. Componentes do Investimento Agregado 1. máquinas e equipamentos Investimentos em 2. imóveis em bens de capital 3. variação de estoques Ibk E I= Ibk + E DEPRECIAÇÃO ( d ) d = desgaste e obsolescência do estoque de capital no período INVESTIMENTO BRUTO (IB) E LÍQUIDO (IL) IL = IB - depreciação

AGREGADOS DO SETOR PÚBLICO IMPOSTOS INDIRETOS IMPOSTOS DIRETOS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCÍÁRIAS OUTRAS RECEITAS: TAXAS, MULTAS, PEDÁGIOS, ETC AUTARQUIAS, MINISTÉRIOS E SECRETARIAS EMPRESAS ESTATAIS TRANSFERÊNCIAS E SUBSÍDIOS AO SETOR PRIVADO RECEITA FISCAL GASTOS PÚBLICOS

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS Impostos Diretos: incidem sobre a renda e patrimônio (Imp. Renda, IPTU). São Progressivos: quem ganha mais, paga relativamente mais. As alíquotas aumentam, quanto maior a renda e o patrimônio das pessoas. Impostos Indiretos: incidem sobre o preço das mercadorias (ICMS, IPI). São Regressivos: os pobres pagam mais, em relação à sua renda (o valor do imposto sobre as mercadorias é fixo: todos pagam, digamos, R$ 100,00 de ICMS sobre o preço de uma TV). Estrutura Tributária Brasileira: quase 70% da carga tributária é de Impostos Indiretos: - injusta (onera o mais pobre) - ineficiente (onera os preços dos produtos, reduzindo portanto a competitividade de nossas exportações)

CONCEITOS DE DÉFICIT PÚBLICO DÉFICIT PRIMÁRIO OU FISCAL: Gastos do exercício > Receita do exercício exclui juros da dívida pública DÉFICIT NOMINAL OU TOTAL: Déficit primário + Juros nominais (correntes) da dívida pública Brasil 2001 (% do PIB): Déficit Total = 3,6% Juros da dívida = 7,3% Superávit Primário = 3,7% DEFÍCIT PÚBLICO X DÍVIDA PÚBLICA Dívida: Valor acumulado(saldo) até um dado momento do tempo. É o estoque total. Déficit: Variação (fluxo) durante um certo período (no mês, no trimestre, no ano). Os conceitos de déficit e dívida pública incluem as 3 esferas de Governo (União, Estados e Municípios), Administração Direta, Autarquias, Empresas Estatais e Previdência Social.

AGREGADOS DO SETOR EXTERNO EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES PIB, PNB E RENDA LÍQUIDA DE FATORES EXTERNOS PNB = PIB + RLFE PNB: Produto pertencente aos nacionais PIB: Tudo que é produzido dentro do território nacional (empresas nacionais e estrangeiras) RLFE: Diferença entre renda recebida do exterior (RR) e renda enviada ao exterior (RE), na forma de juros,lucros,royalties e assistência técnica. No Brasil, é chamada de Renda Enviada ao Exterior RLFE = RR - RE

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) (A PREÇOS CONSTANTES DE 1990) ÍNDICE GERAL DE PREÇOS PIB REAL (A PREÇOS CONSTANTES DE 1990) PIB REAL ANO PIB A PREÇOS CORRENTES (R$ 1.000) (1) PER CAPITA ÍNDICE BASE 1990 = 100 (2) -TAXA DE TAXA DE INFLAÇÃO (%) (3) R$ 1.000 TAXA DE CRESCIMENTO (%) (5) CRESCIMENTO (%) (1) (2) (4) = . 100 (6) 1990 11.549 100 2.596 11.549 -4,31 -5,90 1991 60.286 516 416 11.683 1,01 -0,57 1992 640.959 5.516 969 11.620 -0,54 -2,07 1993 14.097.114 115.626 1.996 12.192 4,92 3,36 1994 349.204.679 2.705.964 2.240 12.905 5,85 4,33 1995 646.191.517 4.804.405 77,55 13.450 4,22 2,76 1996 778.886.727 5.640.837 17,41 13.808 2,66 1,25 1997 870.743.034 6.106.206 8,25 14.259 3,27 1,88 1998 913.735.044 6.393.808 4,71 14.291 0,22 -1,11 1999 960.857.736 6.670.660 4,33 14.404 0,79 -0,54 2000 1.086.699.881 7.222.518 8,30 15.046 4,46 3,10 2001 1.184.768.830 7.757.278 7,40 15.273 1,51 0,19 2002(*) 1.520.416.400 9.805.975 26,41 15.505 1,52 0,21 FONTE: IBGE e FGV-RJ (*) ESTIMATIVA IBGE

PIB NOMINAL E PIB REAL PIB1990 =  p1990 q1990 = PRODUTO DE 1990, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 PIB1991 =  p1991 q1991 = PRODUTO DE 1991, AVALIADO A PREÇOS DE 1991 . . PIB2002 =  p2002 q2002 = PRODUTO DE 2002, AVALIADO A PREÇOS DE 2002 PIB NOMINAL OU PIB MONETÁRIO: PIB A PREÇOS CORRENTES DO ANO PIB REAL (OU PIB DEFLACIONADO): PIB A PREÇOS CONSTANTES DE UM ANO QUALQUER (CHAMADO ANO-BASE) Por exemplo, supondo 1990 como ano-base: PIB REAL1990 =  p1990 q1990 = PRODUTO DE 1990, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 (*) PIB REAL1991 =  p1990 q1991 = PRODUTO DE 1991, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 . . PIB REAL2002 =  p1990 q2002 = PRODUTO DE 2002, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 (*) No ano (ou mês, se forem dados mensais) escolhido como base, o PIB corrente = PIB real

DEFLAÇÃO PIB: PIB Corrente (nominal) PIB Real = . 100 Transformação de valores a preços correntes para valores a preços constantes (descontada a inflação). EXEMPLOS: PIB: PIB Corrente (nominal) PIB Real = . 100 Índice Geral de Preços (IGP) Receita de Vendas (por exemplo, do setor Siderúrgico): Receitas de Vendas Correntes . 100 Vendas Reais = Índice de Preços Siderúrgicos

ÍNDICE DE PREÇOS DO SETOR ........................... EXEMPLO DE DEFLAÇÃO DIA\MÊS FATURAMENTO DO SETOR .......................... (R$ MIL) REAL (A PREÇOS DE JANEIRO) TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO (%) JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 15.000 18.200 22.400 140 130 100 ÍNDICE DE PREÇOS DO SETOR ........................... (JANEIRO=100) CALCULAR OS VALORES DAS DUAS ÚLTIMAS COLUNAS

PIBPPP Brasil =  PUSA qBrasil (preços em US$ nos USA) PIB EM DÓLARES PIB em dólares correntes: preços em dólares correntes PIB =  PBrasil qBrasil (preços em US$ no Brasil) Não deve ser utilizado para comparações internacionais, pois reflete a política cambial de cada país, que por sua vez não necessariamente representa o poder de compra da população do país. PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência). PIBPPP Brasil =  PUSA qBrasil (preços em US$ nos USA) PIBPPP China =  PUSA qChina O PIB PPP é a forma mais adequada para comparações internacionais, já que todos os países tem a mesma base de referência: os preços das mesmas mercadorias e serviços nos Estados Unidos, multiplicados pelas quantidades de bens e serviços produzidas em cada país. Como são os mesmos preços para todos os países, o PIB PPP representa então a variação real da atividade econômica dos países, independente de variações de sua política cambial. Para avaliar o crescimento do PIB do país ao longo do tempo, recomenda-se utilizar o PIB real (deflacionado), na moeda corrente do país, e não em dólares, justamente para evitar o efeito de mudaças na política cambial.

IDH BRASIL – 1997 e 2000 (*) 174 países 1997 2000 Esperança de vida ao nascer (anos) 66.8 anos 67.7 anos Taxa de alfabetização de adultos (%) 84.0% 85.2% Taxa de escolaridade bruta (1º, 2 º e 3 º graus) (%) 80.0% 80.0% PIB per capita (dólares PPP) US$6.480 US$ 7.625= Classificação entre 174 países 63 º 60 º IDH 0,739 0,757 Classificação entre 174 países 79 º 73 º EM 2000, DE UM TOTAL DE 174 PAISES: ·        67 tem posição IDH < posição PIB per capita (inclusive o Brasil) ·        107 tem posição IDH > posição PIB per capita    ( (*)O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um indicador elaborado pela ONU que mede a qualidade de vida das pessoas, e não apenas a dimensão econômica do país. Varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior o padrão de desenvolvimento humano. É uma média aritmética de três indicadores: - - Índice de esperança de vida (medida que reflete as condições de saúde e saneamento) -    - Índice de educação (composto de 1/3 da taxa de escolaridade, e 2/3 taxa de alfabetização de adultos) - Índice do PIB real per capita

INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Amostra de países - 1997 Classificação no IDH Classificação no PIB Per Capita PAÍS IDH PPP Canadá Luxemburgo Brunei Eslovênia Chile Kuwait República Checa Bahrein Argentina Uruguai Quatar Emirados Árabes Polônia Costa Rica Cuba Bulgária Arábia Saudita Brasil Geórgia Omam 0,932 0,902 0,878 0,845 0,844 0,833 0,832 0,827 0,826 0,814 0,812 0,802 0,801 0,765 0,758 0,740 0,739 0,729 0,725 1 17 25 33 34 35 36 37 39 40 41 43 44 45 58 63 78 79 85 89 13 1 2 38 36 5 39 29 40 45 18 25 62 61 105 86 41 63 122 42 Fonte: PNUD, 1999

DEMANDA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS É O VALOR DAS DESPESAS DOS VÁRIOS AGENTES (SETORES) NA COMPRA DE BENS E SERVIÇOS FINAIS PRODUZIDOS INTERNAMENTE, NUM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO (Agentes = 4 macro-setores:famílias,empresas,governo,setor externo) DA = CONSUMO DAS FAMÍLIAS+ INVESTIMENTO DAS EMPRESAS* + GASTOS DO GOVERNO + GASTOS LÍQUIDOS DO SETOR EXTERNO (EXPORTAÇÕES - IMPORTAÇÕES) (*) COMPÕE-SE DE INVESTIMENTOS EM BENS E CAPITAL (AUMENTO FÍSICO DA CAPACIDADE PRODUTIVA (MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, CONSTRUÇÕES) E ESTOQUES EM GERAL. TRATA-SE DE UM CONCEITO FÍSICO, NÃO FINANCEIRO.

NÚMEROS ÍNDICES

NÚMEROS ÍNDICES CARNE 15% 34% ARROZ 5% 65% FÓSFORO 100% 1% 100% CONCEITO : Número índice é uma estatística da variação de um conjunto composto por bens fisicamente diferentes. Exemplo: supondo apenas 3 bens Variação de preços Participação no gasto no mês total do consumidor CARNE 15% 34% ARROZ 5% 65% FÓSFORO 100% 1% 100% Média Aritmética Ponderada = 0.15 x 0.34 + 0.05 x 0.65 + 1 x 0.01 = 0.0925 ou 9,25%

COMPONENTES DE UM NÚMERO ÍNDICE 1. VARIAÇÃO DE PREÇOS NO PERÍODO período no qual os preços devem ser coletados cesta de consumo (produtos incluídos na amostra) região abrangida 2. IMPORTÂNCIA RELATIVA (PESO) DE CADA BEM cesta de consumo (produtos incluídos na amostra) época da pesquisa básica do padrão de consumo classes de renda a serem abrangidas 3. FÓRMULA DE CÁLCULO média aritmética, harmônica ou geométrica ponderada

ESTRUTURA DE UM ÍNDICE DE CUSTO DE VIDA IPC - FIPE Ponderações com base no orçamento familiar de 1999 Famílias cuja renda é de 1 a 20 salários mínimos HABITAÇÃO: 32,79% 1- Manutenção do domicílio (luz, água/esgoto, gás de botijão, gás de rua, IPTU, etc.) 2- Aluguel 3- Artigos de limpeza (sabão em pó, detergente, etc.) 4- Cama, mesa e banho (lençol, toalha, filtros de papel, etc.) ALIMENTAÇÃO: 22,73% 1.1- No domicílio - Industrializados (café, açúcar) 1.2- No domicílio - semi-elaborados (vários tipos de carnes, arroz, leite, etc.) 1.3- No domicílio - produtos “in-natura” (várias frutas, cebolas, peixe fresco, etc.) 2- Fora do domicílio (lanche, cafezinho) VESTUÁRIO: 5,29% 1- Roupa masculina 2- Roupa feminina 3- Calçados 4- Jóias e relógios 5- Tecidos 6- Armarinhos TRANSPORTE: 16,03% 1- Veículo próprio (gasolina, álcool, óleo, licenciamento, etc.) 2- Transportes urbanos (ônibus, metrô, táxi, etc.) DESPESAS PESSOAIS: 12,30% 1- Fumo e bebidas (cigarro, fósforo, cerveja, vinho, pó para refresco, etc.) 2- Recreação e cultura (cinema, futebol, jornais, revistas, etc.) 3- Despesas diversas (loteria, seguro de vida, etc.) 4- Higiene e beleza (sabonete, lâmina de barbear, papel higiênico, baton, etc.) 5- Serviços pessoais (manicure, etc.) SAÚDE: 7,08% 1- Remédio (antiinfecciosos, analgésicos, etc.) 2- Serviços médicos (dentista, médico, oculista, laboratório, etc.) EDUCAÇÃO: 3,78% 1- Matrícula e mensalidade, livro didático, material escolar.

PRINCIPAIS ÍNDICES DE PREÇOS ÍNDICE/ENTIDADE PERÍODO DE LOCAL DE ORÇAMENTO UTILIZAÇÃO COLETA PESQUISA FAMILIAR EM DE PREÇOS SALÁRIOS MÍNIMOS INPC IBGE Mês Completo 11 regiões metropolitanas 1 a 8 SM Genérico IPCA IBGE Mês Completo 11 regiões metropolitanas 1 a 40 SM Genérico IGP FGV Mês Completo Rio/SP e 10 regiões 1 a 33 SM (inclui preços por Contratos metropolitanas atacado e construção civil) IGP-M FGV* Dias 21 a 20 Rio/SP e 10 regiões 1 a 33 SM (inclui preços por Tendência do IGP metropolitanas atacado e construção civil) IPC FIPE** Mês Completo Município de São Paulo 1 a 20 SM Impostos Estaduais e Municipais (SP) ICV Dieese*** Mês Completo Região Metropolitana 1 a 30 SM Referência para de São Paulo Acordos Salariais Índices: Instituições: Notas INPC:Índice Nacional de Preços ao Consumidor; IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; * Divulga prévias de 10 IPCA:Índice de Preços ao Consumidor Amplo; FGV: Fundação Getúlio Vargas em 10 dias IGP:Índice Geral de Preços FIPE: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas; **Divulga taxas quadrissemanais IGP-M:Índice Geral de Preços do Mercado; DIEESE: Departamento Intersindical de Estatística e ***Pesquisa também para famílias IPC:Índice de Preços ao Consumidor; Estudo Sócio-Econômico com renda de 1 a 3 SM e de ICV:Índice de Custo de Vida; 1 a 5 SM

O CONCEITO DE “CORE INFLATION” Em muitos países, como nos Estados Unidos, a política monetária é norteada a partir do conceito de “Core Inflation”, ao invés da fixação de uma meta de inflação (“Inflation Target”), como no Brasil. Core Inflation (núcleo da inflação) é um índice de inflação, onde se expurga as variações transitórias, sazonais ou acidentais, que não provocam um processo inflacionário. Não representam pressões estruturais, cumulativas, sobre os preços. Essas variações transitórias estão normalmente associadas aos chamados choques de oferta, tais como escassez de energia, elevação de preços do petróleo, geadas, aumento de tarifas públicas, etc..., que redundam em queda da oferta agregada, e em inflação de custos. Como a oferta tende posteriormente a se recompor, cessado o período crítico, o Banco Central, conhecendo o núcleo, não precisa alterar a política monetária (por exemplo, elevando a taxa de juros, com o objetivo de controlar a inflação). O Banco Central só deve atuar se o núcleo se alterar, o que só ocorrerá se houver um descompasso persistente entre a demanda agregada e a produção agregada de bens e serviços (normalmente associado à inflação de demanda, e não aos choques de oferta).

BALANÇO DE PAGAMENTOS

BALANÇO DE PAGAMENTOS CONCEITO Registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo. - mercadorias (físicas) Transações - serviços (intangíveis, “invisíveis”) - capitais financeiros (investimentos, empréstimos e financiamentos) É um fluxo, definido num dado período (mês, ano). Não mostra o estoque ( nível) da dívida externa, mas sua variação no período.

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS BALANÇA COMERCIAL (A) EXPORTAÇÕES FOB* IMPORTAÇÕES FOB* BALANÇO DE TRANSAÇÕES CORRENTES (SALDO EM CONTA-CORRENTE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS) (D=A+B+C) JUROS DA DÍVIDA EXTERNA LUCROS (INCLUSIVE REINVESTIDOS) “ROYALTIES” FRETES SEGUROS VIAGENS INTERNACIONAIS BALANÇO DE SERVIÇOS (B) BALANÇO DE PAGAMENTOS (F=D+E) TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (DONATIVOS) (C) INVESTIMENTOS DIRETOS REINVESTIMENTOS DE MULTI NACIONAIS JÁ INSTALADAS NO PAÍS FINANCIAMENTOS DE MÉDIO E LONGO PRAZOS EMPRÉSTIMOS PRIVADOS AMORTIZAÇÕES CAPITAIS DE CURTO PRAZO EMPRÉSTIMOS DE REGULARIZAÇÃO (FMI) BALANÇO DE CAPITAIS FINANCEIROS (E) *FOB = FREE ON BOARD (SEM CUSTOS DE SEGUROS E FRETES) - CIF: COST, INSURANCE, FREIGHT (COM CUSTOS)

BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL Fonte: Banco Central

Exercício sobre Balanço de Pagamentos Dados em US$ Bilhões: Exportações FOB..........................................................60 Importações FOB pagas à vista...................................56 Juros pagos...................................................................10 Lucros remetidos.......................................................... 8 Transferências receb.de trabalhadores brasileiros... 3 Investimentos estrangeiros no Brasil......................... 23 Financiamentos recebidos do Banco Mundial............10 Amortizações pagas...................................................... 9 Lucros recebidos do exterior....................................... 1 Royalties pagos............................................................. 2 Viagens ao exterior........................................................ 5 Lucros reinvestidos de multinacionais no Brasil....... 2 Importações financiadas por empréstimos externos..5 pede-se a) calcular o saldo da Balança Comercial b) calcular o saldo do Balanço de Serviços c) calcular o saldo das Transferências Unilaterais d) calcular o saldo em conta corrente do Balanço de Pagamentos e) calcular o saldo do Balanço (Movimento de Capitais) f) calcular o saldo do Balanço de Pagamentos

OBSERVAÇÕES SOBRE ECONOMIA BRASILEIRA ATUAL

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA NO PLANO REAL POLÍTICA FISCAL EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO, ATRAVÉS: - IPMF (1994/1995) - CPMF (1996/....) - FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA (FSE) - 1994/95 - FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO FISCAL (FEF) - 1996/99 - DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO (DRU) - 2000/2003 - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL POLÍTICA MONETÁRIA REFORMA MONETÁRIA (TROCA DE MOEDA: CRUZEIRO REAL URV REAL) JUROS ELEVADOS COMPULSÓRIO ELEVADO METAS INFLACIONÁRIAS (após jan/99) ÂNCORA MONETÁRIA POLÍTICA CAMBIAL BANDA CAMBIAL (CÂMBIO FIXO) (até janeiro/99) VALORIZAÇÃO (APRECIAÇÃO) DO REAL (até jan/99) ÂNCORA CAMBIAL CÂMBIO FLUTUANTE (após jan/ 99) POLÍTICA COMERCIAL CONSOLIDAÇÃO DA ABERTURA COMERCIAL (REDUÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO) INICIADA EM 1990 POLÍTICA DE RENDAS REAJUSTES SALARIAIS LIBERADOS

PLANO REAL: RESULTADOS POSITIVOS REDUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO JUNHO 1994: 48,2%(IPC-FIPE) no mês 2002: 9,92% (IPC-FIPE), 12,53% (IPCA-IBGE), 26,41%(IGP-DI) no ano CRESCIMENTO ECONÔMICO MODERADO 10 ANOS CONSECUTIVOS DE CRESCIMENTO DO PIB (1993/2002):média 2,6% a.a. MAIOR CONTROLE E TRANSPARÊNCIA DAS CONTAS PÚBLICAS SUPERÁVIT PRIMÁRIO LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL AUMENTO DOS INVESTIMENTOS DIRETOS ESTRANGEIROS 1994: US$ 0,9 bilhões 1999: US$ 30 bilhões (O Brasil foi o 3o. país do mundo em Investimento 2000: US$ 31 bilhões Direto Estrangeiro-IDE- na década de 90, ficando 2001: US$ 23 bilhões atrás apenas dos Estados Unidos e da China) 2002: US$ 17 bilhões MELHORIA NO PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA REDUÇÃO DO IMPOSTO INFLACIONÁRIO,BENEFICIANDO OS ASSALARIADOS ÍNDICE DE GINI: 1989: 0,63 1990: 0,62 1999: 0,576 2000: 0,572 Varia de 0 - perfeita distribuição - a 1 - renda concentrada numa pessoa -. Acima de 0,5 : renda muito concentrada. MELHORIA DOS INDICADORES DE EDUCAÇÃO E SAÚDE AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER AUMENTO DA TAXA DE ESCOLARIDADE E QUEDA DA EVASÃO ESCOLAR

PLANO REAL:PROBLEMAS JUROS ELEVADOS ELEVAÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO redução da taxa de investimento, comprometendo a expansão da capacidade produtiva, do nível de atividade e do emprego AUMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA 1993: 27% do PIB 2002: 56% do PIB AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA 1994: 24% do PIB 2002: 37% do PIB (necessidade de obter superávits primários) ELEVAÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO Década de 80: entre 3 e 4% da PEA (População Economicamente Ativa) 1994/1997: cerca de 4% da PEA 1998/2002: cerca de 7,5 a 8% da PEA (Metodologia anterior) VALORIZAÇÃO CAMBIAL (ÂNCORA CAMBIAL) (até janeiro/99) E ABERTURA COMERCIAL desestímulo às exportações concorrência das importações com a produção interna,comprometendo o emprego nos setores concorrentes com importações. déficit na balança comercial: levou à necessidade de absorver capitais financeiros internacionais, em grande parte especulativos resultado: “armadilha cambial”:restrição externa ao crescimento do país

ALGUMAS JUSTIFICATIVAS As mudanças do panorama do mercado financeiro internacional:as crises do México, Sudeste da Ásia, Rússia e Argentina, as manipulações contábeis dos balanços de empresas norte-americanas (Enron, Worldcom), o ataque ao World Trade Center, o conflito árabe-israelense, a possibilidade de guerra no Iraque (agora concretizada), provocou um aumento mundial da aversão ao risco, principalmente do capital financeiro internacional. Eleições presidenciais de 2002: possibilidade de profundas mudanças da política econômica brasileira (postura perante o FMI, ajuste fiscal, dívidas externa e interna, restrições ao capital estrangeiro,etc.),elevando o Risco- Brasil, a taxa de câmbio e a inflação. Restrições políticas: Apesar dos avanços (controle da inflação, superávits primários, Lei da Responsabilidade Fiscal, equacionamento da previdência do setor privado, adoção do câmbio flutuante, não foram feitas todas as reformas necessárias, por restrições políticas, principalmente a reforma da previdência do setor público (negociação com partidos de oposição, que tem sua base eleitoral no setor público, e reforma tributária (negociação com governadores).

ERROS, CUSTOS E AZARES DE POLÍTICA ECONÔMICA Depende do juízo de valor de cada um. Para a oposição, todaa política econômica ”neo-liberal” dos anos 90 foi um erro (“vamos mudar tudo que está aí”).Opinião do professor: ERROS : - política comercial 1994/1996, que poderia ser agilizada para compensar política cambial,que continha um viés anti-exportações. Isso só foi feito em 1997 (Lei Kandir). - política cambial 1998 (Governo preferiu elevar juros, com medo da reincidência da inflação. Preocupação com a reeleição?) CUSTOS: - vulnerabilidade externa (âncora cambial e abertura comercial) e elevação da taxa de desemprego. Foi o custo de se derrubar uma inflação de 50% mensais (mais de 5.000% no ano) em 1994 - aumento da relação dívida/PIB (“esqueletos”, federalização de dívidas,etc.). Viabilizou a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal - juros elevados (âncora monetária, para controlar inflação, e necessidade de manter fluxo de capitais financeiros internacionais) - elevação da carga tributária. Compensou a perda da receita do imposto inflacionário (ou seja, explicitou uma receita que antes da queda da inflação era implícita, e a necessidade de obter superávits primários (acordo com FMI) AZARES: - econômico: crises externas (não ocorriam desde 1979/80, e a economia mundial vinha crescendo desde então a quase 4% ao ano). Mercado financeiro internacional tornou-se avesso ao risco. - político: - mortes de Mário Covas, Sergio Motta e Luiz Eduardo Magalhães (os 3 pilares da coligação PSDB/PFL), ajudou a derrubar o projeto de “20 anos de PSDB”, do Sérgio Motta. Covas era o candidato natural do PSDB à Presidência do Brasil em 2002 - eleições presidenciais 2002: a possibilidade de mudanças radicais de polïtica econômica aumentou o Risco-Brasil.

SITES PRINCIPAIS DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS Banco Central do Brasil www.bcb.gov.br Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) www.ibge.gov.br Ministério da Fazenda www.fazenda.gov.br Instituto de Pesquisas Econômica e Aplicadas(IPEA) www.ipea.gov.br Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) www.fipe.com.br Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-RJ) www.fgv.com.br Nações Unidas www.un.org Banco Mundial www.worldbank.org