PESCA EM ÁGUAS PROFUNDAS LXVIII EVANGELIZAÇÃO NO TERCEIRO MILÊNIO COM JESUS NA MONTANHA DO SERMÃO

A Bíblia está aberta no Novo Testamento, livro de Mateus, capítulo das bem-aventuranças, portanto, estamos na Galiléia, precisamente na montanha do Sermão. Jesus está rodeado dos apóstolos e de multidões...

Estas multidões são compostas de pessoas dos lugares da Palestina por onde Jesus passou pregando as boas novas do Reino e desde então o acompanham. São as excluídas do círculo citadino judaico, famintas, sedentas, doentes, endemoniadas, que lutam ferrenhamente pela sobrevivência e que sentem em Jesus o alento da salvação...

Jesus chega à montanha, que na verdade é um monte devido à baixa altitude, e agasalha-se no topo, acompanhado da Virgem, sua mãe. As multidões que o seguem pouco a pouco ocupam a encosta a derredor. Jesus dá a impressão de bem conhecer aquele espaço geográfico.

É deslumbrante a paisagem do monte com Jesus e sua mãe no cume em contraste à combinação harmoniosa dos grupos de pessoas espalhados pela encosta debaixo das oliveiras, carvalhos, sicômoros, pelas gramíneas, e o céu galileu ao fundo. Todos atentos às boas novas que o Pai mandou Jesus proclamar a todos os homens, motivos de sua estada no meio de nós...

Jesus é fora de série, único Jesus é fora de série, único. Sua presença transforma tudo ao redor dando um aspecto de paz e alegria. Os olhares se tornam ternos, as vozes mansas, as cores mais vivas e luminosas, a desordem ordena-se fraternalmente, o ambiente inóspito sublima-se de amor, esperança, comiseração...

Esse homem simples e simpático de Nazaré é dono de uma força que ser humano algum possui e nunca possuiu na face da terra, nem mesmo os grandes imperadores e reis, muito menos os deuses mitológicos que impregnam a história universal. Jesus é a Fonte real das forças: a Força que cria e restaura vidas! Sim, Jesus é a próprio Força que lhe dá o Poder sobre todos os poderes e a Autoridade sobre todas as autoridades...

Junto de Jesus, a virgem Maria, silente e atenta, olha-o embevecida Junto de Jesus, a virgem Maria, silente e atenta, olha-o embevecida. Uma brisa suave, impertinente, como a querer beijar o rosto do filho, desalinha seus cabelos longos, mas Jesus sem mostrar incômodo ajeita-os calmamente com as mãos. A virgem Maria esboça um sorriso ao ver o gesto fraterno do filho com a atitude da brisa persistente...

Jesus inicia a falar: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!...

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

Depois de afirmar que todos somos o sal e a luz do mundo; comparar a nova lei à antiga; orientar-nos a fazer as boas obras em segredo; instruir-nos sobre o tesouro que nunca se acaba; alertar-nos quanto à importância do olho são para o corpo e o mal das preocupações exageradas; além de outros conselhos, Jesus desce da montanha e depara com um leproso que lhe suplica: “Senhor, se queres, podes curar-me”. Jesus, cheio de compaixão, estende a mão, toca-o e diz: Eu quero, sê curado... Diácono Eliezer de Oliveira Martins ARQUIDIOCESE DE SANTA MARIA DE BELÉM DO GRÃO-PARÁ, AMAZÔNIA DO BRASIL Inspiração: Mt 4-8; 11,1-19; Lc 6-7