Coerência na escrita II

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Transcrição da apresentação:

Coerência na escrita II Sintagmas nominais e o conceito de precisão semântica

Enunciação, sujeito e precisão Noção de sujeito clivado (da Psicanálise): “dividido entre uma linguagem que ordena/classifica e sua companheira que produz o sentido ambíguo, a duplicidade, que tira da ordem. Solução? Pouco provável, já nos alertavam Freud e Lacan [...] O problema é que por sermos, muitas vezes, apaixonados pela precisão semântica, somos, em conseqüência, muito intolerantes com a ambivalência. Em outras palavras, somos muito intolerantes com o próprio sujeito, constituído que este é pela ambivalência. Assim, “na medida que a ânsia de pôr termo à ambivalência comanda a ação coletiva e individual, o que resultará é a intolerância – mesmo que se esconda, com vergonha, sob a máscara da tolerância (o que muitas vezes significa: você é abominável, mas eu sou generoso e o deixarei viver)” (Idem, p.16) – Schäffer, 1999 Origem do conflito: busca do que é descritivo demais e de menos que fica na fronteira entre a Semântica e a Pragmática.

Ilari (2001: 48-49) nomes para pessoas: cara (careta, carinha), fulano, sujeito, nego, camarada,cabra...; coletivos para pessoas: a turma, a gente, a macacada, a moçada, o pessoal, o povo...; nomes de coisas: coisa, negócio, treco, troço, trem, breguete, breguesto...; nomes para circunstâncias: lugar, hora, jeito...; verbos: fazer, coisar, mexer, lidar...;

(Ocampo & Junior, 2010) A OCORRÊNCIA DO VERBO COISAR NO FALAR DE GUAJARÁ-MIRIM/RONDÔNIA. Registro do Houaiss (2001): Coisar, v. B. Infrm. t.d.int. palavra-ônibus us. para suprir um verbo que, por lapso ou ignorância, não ocorre a quem fala; são inúmeros os seus significados. ETIM coisa + ar; ver caus-.

Ilari (2001: 48, 49) a preocupação em insistir nos detalhes não é necessariamente uma virtude dos textos. O que conta é ser capaz de perceber quando os detalhes são relevantes, e saber fornecê-los na medida adequada. Nem sempre a escolha de construções mais curtas/menos complicadas prejudica a clareza; ao contrário, evitando a subordinação e aplicando certas operações de elipse que retiram materiais facilmente recuperáveis, tornamos mais fácil o processamento de nosso texto.

Ilari (2001:49)

Seleção (de http://umpequenofrasco. blogspot. com (Editoria: Gourmet/Pauta: Os benefícios do peixe) Há cerca de 2000 anos o peixe já fazia parte da alimentação dos povos da antiguidade. Prova disso é a passagem da Bíblia que conta o milagre da multiplicação, quando Jesus Cristo alimentou uma multidão com apenas cinco pães e dois peixes. Apesar de ser um alimento bastante comum e conhecido, provavelmente na época de Cristo as pessoas não conheciam as propriedades nutricionais do peixe. (Editoria: Viagem/Pauta:Bonito - MS) Bonito é bonito! Ou melhor, é lindo. Ao falar dessa cidade é praticamente impossível fugir do trocadilho, afinal o lugar apresenta uma das mais exuberantes belezas naturais brasileiras.

Pleonasmos, redundâncias e clichês – redações (Revista Língua, agosto de 2010) “Fisgado pelos clichês” Os clichês não existem por acaso. Palavras e expressões que hoje são consideradas chavões – como “a voz rouca das ruas”, “uma luz no fim do túnel” ou “desde os primórdios”, entre muitas outras – um dia já foram formas cristalinas de comunicação. Até que ficassem desgastados, banalizadas pelo uso exagerado, esses clichês já foram sinais de estilo e de força de expressão. Em alguns casos, essas construções, em geral percebidas no discurso alheio mas raramente no próprio discurso, podem ser usadas de forma criativa. Numa redação de vestibular ou concurso, porém, é conveniente evitá-las, sob o risco de produzir um texto pouco original e perder pontos na correção da prova. “Não seja superficial” Alguns tópicos considerados clichês e redundâncias a serem evitadas: A duras penas; a mil; a sete chaves; a toque de caixa; acabamento final; acertar os ponteiros; agregar valor; alto e bom som; amigo pessoal; aparar as arestas; atingir em cheio; chegar a um denominador comum; chegar ao fundo do poço; colocar um ponto final; com a corda toda; como um todo; continuar ainda; criar novos, conviver juntos; dar o último adeus (com o sentido de morrer); detalhe importante e pequeno detalhe; em função de; faca de dois gumes; hora da verdade; pano de fundo; permanece ainda; produto final; respirar aliviado; sofrer (no sentido de receber); tempo hábil, transparência (em negócios, contas, atitudes).

Pleonasmos literários (Recanto das Letras) “Era véspera de natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de iá-Dijina, em sua casa deles dois, (...).” (G. Rosa) “Cada qual busca salvar-se a si próprio...” (Herculano) “E rir meu riso.” (Vinícius de Moraes) 

Literatura e a Retórica do Excesso (Andrade e Honório, 2012: 1) “Os bens culturais massivos estão, historicamente, centrados na construção de certa cultura dos sentimentos, enaltecida e exacerbada. Esta retórica do excesso encontra um lugar privilegiado na literatura de massa”.

Sintagmas nominais – descrições definidas e indefinidas Ilari (2001) – forma mais comum: começar com uma descrição indefinida e, a partir de remissão anafórica, retomar com descrição definida.

Sintagmas nominais – descrições definidas e indefinidas Koch (2004) – “Mesmo não sendo as expressões nominais introduzidas por artigo indefinido as mais comumente empregadas para a reativação de referentes já introduzidos na memória discursiva, elas podem, em certas circunstâncias, desempenhar tal função”.

Sintagmas nominais – descrições definidas e indefinidas

Sintagmas nominais – descrições definidas e indefinidas - suspense

Sintagmas nominais, descrições e anáforas... Bial