MITO

MITO É UM GÊNERO EM QUE SE EXPLICAM, POR EXEMPLO, A ORIGEM DO MUNDO, A ORIGEM DA TERRA, OS FENÔMENOS NATURAIS, OS SENTIMENTOS, AS FASES DA VIDA, A MORTE, ETC. NÃO SE TRATA DE EXPLICAÇÕES RACIONAIS MAS DE UMA FORMA INCENTIVA, IMAGINÁRIA DE PERCEBER O MUNDO.

TODOS OS POVOS TÊM UMA MITOLOGIA TODOS OS POVOS TÊM UMA MITOLOGIA. A GREGA, EM PARTICULAR QUE TANTA INFLUÊNCIA TEVE SOBRE O MODO DE VIDA OCIDENTAL, SURGIU NUMA ÉPOCA EM QUE, NESSA SOCIEDADE, SE ACREDITAVA QUE OS ACONTECIMENTOS NATURAIS ERAM OBRAS DIVINAS. AS HISTÓRIAS, CONTADAS DE GERAÇÃO A GERAÇÃO, FALAVAM DE UM MUNDO SAGRADO ONDE O SERES MITOLÓGICOS ERAM PRÓXIMOS DOS HOMENS.

ESSE SERES: DEUSES, SEMIDEUSES, HERÓIS, NINFAS, CICLOPES, TITÃS -- REPRESENTAM CARACTERÍSTICAS E SENTIMENTOS HUMANOS, COMO A CORAGEM, A INVEJA, O MEDO. ASSIM, É COMUM AS HISTÓRIAS MOSTRAREM MODELOS DE BOA AÇÃO, MODELOS ÉTICOS, QUE PODEMOS LEVAR EM CONTA EM NOSSA PRÓPRIA VIDA.

ALGO IMPORTANTE EM UM MITO É O QUE ELE SIMBOLIZA ALGO IMPORTANTE EM UM MITO É O QUE ELE SIMBOLIZA. O MITO DE DÉDALO E ÍCARO, POR EXEMPLO, REPRESENTA A RELAÇÃO DO PAI QUE AVISA O FILHO DOS PERIGOS AO REDOR. TRATA-SE DO SÍMBOLO DO PAI – PAI, AÍ, TOMADO EM UM SENTIMENTO AMPLO DE ALGUÉM QUE CUIDA, QUE PROTEGE QUE AVISA, PRESENTE EM QUALQUER SOCIEDADE. O MITO SERVE, NA VERDADE, DE EXEMPLO, POIS TRANSMITE MODELOS QUE NOS AJUDAM A FAZER ESCOLHAS DE MANEIRA MAIS CONSCIENTE.

A ESTRUTURA DO MITO É, EM GERAL, MUITO SIMPLES: HÁ POUCAS DESCRIÇÕES, E AS AÇOES SE ENCAMINHAM LOGO PARA O CONFLITO PRINCIPAL, EM QUE FICA CLARA A RAZÃO, O SIMBOLISMO DAQUELA HISTÓRIA.

MITOS: SÃO NARRATIVAS QUE EXPLICAM POR MEIO DE ELEMENTOS SIMBÓLICOS A ORIGEM DO MUNDO, FENÔMENO DA NATUREZA, FASES DA VIDA DO SER HUMANO, COMPORTAMENTO E SENTIMENTOS DAS PESSOAS. ASSIM COMO OS PAIS TRANSMITEM AOS FILHOS AS EXPERIÊNCIAS PELAS QUAIS PASSARAM PARA QUE ELES EVITEM COMETER OS MESMOS ERROS, OS MITOS TRANSMITEM PISTAS QUE NOS PERMITEM FAZER ESCOLHAS CONSCIENTES.

É COMO SE AS DECISÕES MAIS IMPORTANTES QUE QUALQUER PESSOA TEM QUE TOMAR AO LONGO DA VIDA JÁ TIVESSEM SIDO DESCRITAS EM ALGUM MITO. A VANTAGEM DE CONHCER OS MITOS SERIA TOMAR CONTATO, NO PLANO DO IMAGINÁRIO, COM AS CONSEQUÊNCIAS DESSAS DECISÕES.

NOS MITOS, É COMUM O PROTAGONISTA PASSAR POR TURBULÊNCIA, PROVOCAÇÕES E DIFICULDADES E ENTÃO DEPARAR COM ALGUÉM QUE ACONSELHA, ADVERTE, INTERVÉM. A PARTIR DAÍ, ELE PODE VENCER AS DIFICULDADES E TORNAR-SE UM EXEMPLO, OU SER VENCIDO POR ELAS (COMO NO CASO DE ÍCARO).

E POR FALAR EM MITOS... UM MITO É, ACIMA DE TUDO, UM SÍMBOLO. O MITO É O QUE ELE REPRESENTA. NO GÊNERO MITO, QUE ACABAMOS DE ESTUDAR, CADA PERSONAGEM REPRESENTA UMA IDEIA, UM SENTIMENTO. A DEUSA AFRODITE, POR EXEMPLO, SIMBOLIZA A BELEZA, O AMOR. SUAS AÇÕES REPRESENTAM FORMAS DE AGIR, INTENCIONALIDADES E CONSEQUÊNCIAS.

POR EXTENSÃO DE SENTIDO, DIZEMOS QUE AS REPRESENTAÇÕES IDEAIS QUE ENCONTRAMOS EM NOSSO DIA A DIA SÃO MITOS. HOJE, MUITAS PERSONALIDAES TRANSFORMARAM-SE EM MITOS. JOGADORES DE FUTEBOL, ATLETAS EM GERAL, MODELOS FOTOGRÁFICOS, CANTORES, ATORES, ESCRITORES, ENFIM, ELES REPRESENTAM SÍMBOLOS DO DESEJO DAS PESSOAS.

TODOS QUEREM SER BELOS COMO OS ATORES E MODELOS DA TV OU FORTES COMO ATLETAS. O MITO ASSUME ESSE SENTIDO: O DE SIMBOLIZAR AS CRENÇAS DE UM POVO. ELE NÃO TRATA DA REALIDADE PALPÁVEL, DAS INVESTIGAÇÕES CIENTÍFICAS, NEM MESMO DAS HISTÓRIAS ASSUMIDAMENTE FICCIONAIS. UM MITO É UMA CRENÇA.

ASSIM, MUITAS VEZES, ACABAMOS ACREDITANDO EM ALGUNS MITOS E NO QUE ELES REPRESENTAM. É O CASO, POR EXEMPLO, DO MITO DO CORPO PERFEITO. SE ACREDITAMOS QUE TER O CORPO MAIS MAGRO OU MAIS MUSCULOSO A QUALQUER CUSTO, TER O CABELO MAIS BONITO E SEDOSO, IMITAR A PELE BRONZEADA DE TAL ATOR OU ATRIZ, ENFIM, QUE TUDO ISSO VAI TRAZER FELICIDADE, ESTAMOS CRIANDO UM MITO. E O QUE ESSE MITO PODE REPRESENTAR? STATUS, RECONHECIMENTO, VANTAGENS, GARANTIA DE FELICIDADES?

Sugestões de Filmes e Livros: ...ler Heróis, deuses e montros da mitologia grega, de Bernard Evslin, editora Arx. Contos e lendas da mitologia grega, de Claude Pouzadoux, editora Letras. ... Assistir Troia, de Wolfgang Patersen (EUA, 2004) Odisseia, de Andrei Konchalovski (EUA, 1997)