GÊNERO.

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Transcrição da apresentação:

GÊNERO

O que é Gênero É uma dada maneira de olhar a realidade da vida (das mulheres e dos homens) para compreender: As relações sociais entre mulheres e homens As relações de poder entre mulheres e homens, mulheres e mulheres, homens e homens

PODER Capacidade de agir sobre a ação do outro, reconhecido como sujeito da ação DOMINAÇÃO Conjunto de relações de poder, fixas, assimétricas, onde a possibilidade das resistências (reação) deixa de existir

Sexo # Gênero SEXO: GÊNERO: Refere-se ao SEXO SOCIAL Diferenças anátomo-fisiológicas existentes entre os homens e as mulheres GÊNERO: Maneira que as diferenças entre mulheres e homens assumem nas diferentes sociedades, no transcorrer da história. Refere-se ao SEXO SOCIAL

Assumindo Gênero Sexo: de variável demográfica (biológica, natural) a variável social “Ninguém nasce mulher, mas se faz mulher” Identidade feminina / Identidade masculina Gênero como realização cultural Gênero # Mulher Origem das desigualdades de gênero: Divisão sexual do trabalho

Gênero É o conjunto de características sociais, culturais, políticas, psicológicas, jurídicas e econômicas atribuídas às pessoas de forma diferenciada de acordo com o sexo. As características de gênero são construções sócio-culturais que variam através da história e se referem aos papéis psicológicos e culturais que a sociedade atribui a cada um do que considera “masculino” ou “feminino”.

SEXO São características físicas, biológicas, anatômicas e fisiológicas dos seres humanos que os definem como macho ou fêmea. Reconhece-se a partir de dados corporais, genitais, sendo o sexo uma construção natural, com a qual se nasce.

QUESTÕES BÁSICAS DO FEMINISMO Demonstrar que a situação das Mulheres varia na história (no tempo e no espaço) Demonstrar que as Mulheres têm sido agentes ativos na história da humanidade Buscar as origens da hierarquia e das desigualdades nas relações que as Mulheres estabelecem entre si e com os homens

Contribuição do feminismo: Compreender que existem concepções variadas a respeito de Mulher e Homem Compreender os mecanismos utilizados pela sociedade na construção do sujeito Mulher Elaborar instrumentos políticos para transformar a situação social das mulheres GÊNERO Contribuição do feminismo:

Base teórica do Feminismo Emancipacionista Na compreensão de que à divisão sexual do trabalho entrelaça-se a divisão social do trabalho e que mulheres e homens irão participar de modo desigual da produção e da reprodução No entendimento de que a opressão de classes interliga-se com a opressão de sexo, coincidindo historicamente e se desenvolvendo entrelaçadas no decorrer da história Na formulação do ponto de vista de que, ao surgir entrelaçado com a opressão de classes, este sistema irá impregnar os espaços sociais, as instâncias políticas, as formas culturais, entendendo, assim, que as relações desiguais de gênero se dão em todas as esferas da sociedade fundada nas relações desiguais de classe

No estabelecimento da ótica segundo a qual a opressão de gênero tem bases estruturais mas se constrói, adquirindo, portanto, relativa independência, passando a interagir, de maneira própria, com a opressão de classes e as demais formas de opressão da sociedade, como a de raça, por exemplo Na compreensão da necessidade de que a luta contra a opressão de gênero se insere na luta contra todos os elos de opressão e pela conquista de uma sociedade radicalmente nova, sem discriminação de sexo/gênero, raça e classe

No significado da radicalidade da luta de gênero visando romper tanto o elo estrutural, levando-a para a luta de emancipação social, como o elo cultural, percorrendo caminhos próprios nas diversas esferas da sociedade.(VALADARAES,1999

“ Certa vez Marx perguntou: ‘O que é um escravo negro  “ Certa vez Marx perguntou: ‘O que é um escravo negro? Um homem de raça negra. Esta explicação é tão boa quanto a outra: um negro é um negro. Ele se torna um escravo somente em certas relações’. Poderíamos então parafrasear: O que é uma mulher subordinada? Uma fêmea da espécie humana. Esta explicação é tão boa quanto a outra: a mulher é uma mulher. Ela se torna uma doméstica, uma esposa, um objeto, uma coelhinha, uma prostituta, ou um ditafone humano somente em certas relações” (Gayle Rubin antropóloga feminista norte-americana)

“Em linhas gerais, assumindo (Cf Garcia Castro, Mary) gênero como uma construção sociológica, político-cultural do termo sexo, chama-se atenção para que: sexo não é uma variável demográfica, biológica ou natural, mas traz toda uma carga cultural e ideológica. Como declara Beauvoir, ‘ninguém nasce mulher, torna-se mulher’. Nesta acepção está a indicação implícita para a necessidade de referências concretas sobre a identidade masculina e feminina;

não se pode compreender o específico da identidade feminina, sua posição na sociedade, a valorização ou desvalorização de seu trabalho, as divisões sexuais de trabalho/poder/exercício do erótico se não se compreende o específico da identidade masculina e o comum ao humano, já que homem e mulher são construções de gênero no humano – daí, insistimos, a necessidade de análises comparativas e relacionais;

gênero se realiza culturalmente, por ideologias que tomam formas específicas em cada momento histórico e tais formas estão associadas a apropriações político-econômicas do cultural, que se dão como totalidades em lugares e períodos determinados. Este último enfoque é uma contribuição de autores marxistas no sentido de tirar o feminismo do plano idealista, negando-se que as discriminações se reproduzem pela perversidade natural dos homens, e chamando a atenção para um sistema de relações que se perpetua porque serve a interesses, ainda que não tenham sido diretamente engendrados para tal fim.  

“Como gênero é relacional, quer enquanto categoria analítica, quer enquanto processo social o conceito deve ser capaz de captar a trama das relações sociais, bem como as transformações historicamente por elas sofridas através dos mais distintos processos sociais, trama essa na qual as relações de gênero têm lugar. (Saffioti, 1992)

“Gênero deve ser visto como elemento constitutivo das relações sociais, baseadas em diferenças percebidas entre os sexos, e como sendo um modo básico de significar relações de poder” (Scott, 1990).