Aula n. º ª República Educação Trabalho 1

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Transcrição da apresentação:

Aula n. º 31 1. ª República Educação Trabalho 1 Aula n.º 31 1.ª República Educação Trabalho 1.ª Guerra Mundial Instabilidade governativa

As Principais Medidas na Educação Os republicanos sempre acreditaram na força e na importância da instrução. Por isso diziam: “O homem vale sobretudo pela educação que possui.” Assim, durante a 1.ª República, e logo a partir de 1910, os governos republicanos fizeram importantes reformas no ensino. Reformas no Ensino Criaram o ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos. Tornam o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos. Criaram novas escolas do ensino primário e técnico (escolas agrícolas, comerciais e industriais. Fundaram “escolas normais” destinadas a formar professores primários; Criaram as Universidades de Lisboa e Porto (ficando o país com três universidades: Lisboa, Porto e Coimbra). Concederam maior número de “bolsas de estudo” e alunos necessitados e passaram a existir escolas “móveis” para o ensino de adultos.

Quadro - % Analfabetismo A principal preocupação dos governos republicanos era alfabetizar, isto é, dar instrução primária ao maior número possível de portugueses. Mas, na prática, muitas das medidas tomadas não tiveram o resultado que se esperava, por falta de meios financeiros. Quadro - % Analfabetismo Anos % Analfabetos 1900 78,6 % 1910 76,1% 1920 70,5% 1930 67,8% Em 1920, mas de metade da população portuguesa continuava analfabeta. O número de analfabetos era muito maior nas pequenas vilas e aldeais. Aí, o jornal, ou a correspondência pessoal, era lido em voz alta por algum letrado, enquanto os assistentes ouviam e comentavam.

Além do ensino oficial, os republicanos apoiaram as associações recreativas e culturais. Em muitas delas existiam bibliotecas, salas de leitura infantil e organizavam-se conferências, debates e exposições. A liberdade de expressão permitia que todos os temas e assuntos fossem abordados. Por isso o número de revistas, almanaques e jornais diários e seminários aumentou. Em 1917, por exemplo, existiam em Portugal 414 publicações deste tipo. Escola Primária

Leis de Protecção ao Trabalhador As principais medidas no trabalho Os governos republicanos também tentaram responder às reivindicações dos trabalhadores. No sentido de diminuir as injustiças sociais e melhorar as condições de trabalho, publicaram algumas leis: Leis de Protecção ao Trabalhador Em 1910 foi decretado o direito à “greve”. Em 1911 estabeleceu-se a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal. Em 1919 decretou-se, para todo o território do continente e ilhas adjacentes, as 8 horas de trabalho diário e 48 horas de trabalho semanal. Também em 1919 passou-se a exigir o seguro social obrigatório contra desastres no trabalho.

Greve dos Trabalhadores da Carris, Lisboa, 1911. O Movimento Sindical Longo com as primeiras greves, os trabalhadores começaram a ter consciência da força que tinham quando se uniam e lutavam em conjunto. Depois de proclamada a República, surgiram inúmeras associações de trabalhadores ou sindicatos. Os sindicatos tinham como objectivo defender os interesses dos seus associados. Os primeiros sindicatos, quer rurais quer operários, pareceram no Sul do país.

Os Sindicatos lutam por: Defendem os interesses dos trabalhadores Melhores salários. Menos horas de trabalho. Maior segurança no trabalho. Mais instrução Defendem os interesses dos trabalhadores Em 1914 fundou-se a União Operária Nacional, que tentava unir vários sindicatos numa luta comum. E, em 1919, a União Operário Nacional foi substituída pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a qual conseguiu a maior parte dos sindicatos do país e organizar grandes greves gerais. Entre 1910 e 1925 houve um total de cerca de 518 greves.

As revistas e jornais operários eram um elo de ligação entre os trabalhadores e tornavam mais forte o movimento sindical. É portanto natural que o seu número tivesse aumentado. Através dos jornais, os trabalhadores informavam-se sobre a forma de participação nos sindicatos, a convocação e data de greves e comícios, a existência de festas populares e outras manifestações do seu interesse. Com as suas reivindicações, os trabalhadores conseguiram alguns aumentos dos seus salários. Mas, entretanto, subia o “custo de vida”, aumentando o preço da maioria dos produtos.

Portugal na 1.ª Guerra Mundial Os novos dirigentes políticos de Portugal – os republicanos – consideraram que Portugal não podia ficar de fora do primeiro grande conflito armado com dimensão mundial. Apesar da oposição dos ingleses, Portugal conseguiu entrar na guerra. Com esta participação os Republicanos procuravam ver o novo regime político reconhecido internacionalmente. Os portugueses também temiam que a não participação pudesse diminuir o grau de pressão portuguesa para a manutenção das colónias africanas. Os soldados portugueses que partiram para a guerra estavam mal preparados, desconhecendo as novas formas de fazer guerra e usando material obsoleto. Nesta guerra morreram milhares de portugueses.

Em Portugal, como aliás nos outros países da Europa, as consequências da guerra foram desastrosas - desorganização geral, subida de preços, falta de alimentos, greves, desemprego. Apesar de todo o movimento sindical durante a 1.ª República, as desigualdades sociais permaneciam. Enquanto os operários, camponeses e outros trabalhadores continuavam a ter uma vida de miséria, nas grandes cidades vivia uma burguesia numerosa e cada vez mais endinheirada. Sopa dos pobres. Com a 1.ª Grande Guerra o número de pobres aumentou consideravelmente. Em 1918, cerca de 5000 pessoas procuravam nas “sopas de caridade” a única refeição diária.

A Instabilidade Governativa Durante a 1.ª República, entre 1910 e 1926, Portugal viveu um período de grande instabilidade governativa. Tanto o Presidente da República como o Governo, para não serem demitidos, precisavam de ter no Parlamento uma maioria de deputados que os apoiasse. Isso raramente acontecia porque os deputados ao Parlamento estavam frequentemente em desacordo. Por isso, em 16 anos, Portugal teve 8 Presidentes da República e 45 Governos. A maioria dos Presidentes não cumpriu o 4 anos de mandato que a Constituição estipulava. E os Governos eram substituídos constantemente, não chegando a ter tempo de concretizar medidas importantes para o desenvolvimento do país.