AS ÁREAS RESIDENCIAIS em espaço urbano

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
À cidade associam-se um conjunto de características:
Advertisements

Pobreza e a Exclusão Social nos Países Desenvolvidos
A segregação socioespacial e a exclusão social
Aula 4: Análise da Situação de Saúde
Conferência das Cidades Mato Grosso
Projeto “Tá Rebocado”. Projeto “Tá Rebocado” O QUE É?  Experiência de desenvolvimento comunitário no Candeal Pequeno, o bairro pobre da Bahia, realizado.
A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO
MOBILIZAÇÃO PARA A OFICINA DE VALIDAÇÃO DAS PROPOSTAS
ANÁLISE HABITAÇÃO/FAIXA ETÁRIA
O que é Zona rural: Zona rural é o espaço compreendido no campo. É uma região não urbanizada, destinada a atividades da agricultura e pecuária, extrativismo,
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA
Conferência das Cidades Mato Grosso
Planta – o que é?.
Seminários de Desenvolvimento Sustentável - Tema Geral: Território1 MOBILIDADE – Parte 1: As Tensões no Sistema Seminários de Desenvolvimento Sustentável.
Ativ.urban.
Trabalho elaborado por: José Silva, Nelson Gonçalves, Daniela Alves, Ricardo Quintal e Miguel Quintal 12ºJ Ano lectivo 2013/2014 Escola Secundária Alberto.
ÁGUEDA – Cultura: diferentes públicos, diferentes palcos, uma oferta integrada IV Seminário para o Associativismo Às sextas na Cidade.
Urbanização Brasileira
2013/ º06 Parque Aquático - Braga Trabalho de: André Borges
A População Africana Alekgou Nº Carlão Nº 7 Bielzão Nº 10.
O CAPITALISMO CONCORRENTE E AS CIDADES
Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades.
Correcção da 3.ª ficha de avaliação
C. Quais são os problemas da desigual distribuição da população?
Recuperação da Mata de S. Sebastião
Cristiane Liberali Dalva Gugeler Malú Rocha Samara de Matos
TABOÃO BOSQUE.
Correção da 2.ª ficha de avaliação
Correcção da 2.ª ficha de avaliação
Áreas Urbanas.
QUESTÕES AMBIENTAIS E URBANÍSTICAS
Capítulo 23 – O espaço urbano do mundo contemporâneo
Reabilitação da Rua de Santa Marta - Lisboa
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA
Correcção da 3.ª ficha de avaliação
O Urbanismo Culturalista
À procura de soluções para o desenvolvimento
Prefeitura Municipal de Santo André
Reocupação do antigo espaço da Feira Popular, Entrecampos Geografia A 11º ano Turma F ANO LETIVO 2013/2014 Trabalho realizado por: -Bernardo Lontro, nº.
TERRITORIALIZAÇÃO UBS Centro CAMBÉ-PR.
Os problemas sociais das cidades brasileiras
Área expectante em Alcântara (Lisboa)
Multifuncionalidade do Espaço Rural
Projeto Nós Propomos! Cidadania Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica – Agrupamento Nº 4 de Évora ESCOLA SECUNDÁRIA ANDRÉ DE GOUVEIA.
Projeto “Nós Propomos! Cidadania e Inovação na Educação Geográfica
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho
Dinâmica populacional, Políticas Públicas, dispersão urbana e periferização da pobreza Tradição fundada em formalismos (adoção de modelos com conteúdos.
Dinamização do jardim do Campo Grande Colégio de Santa Doroteia 11ºC Projeto “Nós Propomos” 2014 Carolina Cordeiro Joana Lopes Madalena Cardoso Sofia Pires.
Professora: Daniela de Souza
A organização do espaço urbano
CONTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA PARA O ESTUDO DOS RISCOS NA SERRA DO PILAR, V. N. DE GAIA Luis Eduardo de Souza Robaina Thiago Bazzan Elisabete Weber Reckziegel.
FGR Urbanismo / Jardins Veneza
TERRITORIALIZAÇÃO.
Trabalho realizado por : - Diogo Martins - Geovane Silva - João Alves 11º 05.
Paradigma do carro Maior velocidade Maior eficiência Maior segurança Importância econômica Cidade como passagem e ponto de chegada.
ESCOLA ESTADUAL ZUMBI DOS PALMARES FURNAS/JARAGUARI 14/09/15 PROFESSOR: RONAN DIRETOR: MARCOS COORDENADORA: LEILA ALUNOS: ARIOVALDO,PAULO CESAR,DANIEL.
PASSEIO PARA: - usp - museu de zoologia - parque do Ibirapuera
GERAIS  Apoiar a melhoria das aprendizagens e consolidar conteúdos do programa da área curricular disciplinar de geografia A (11º ano) através da observação.
Os principais problemas atuais das áreas rurais em Portugal são:
TURISMO NO ESPAÇO RURAL (TER)
Os seus recursos endógenos específicos que muitas vezes constituem vantagens relativas para o seu desenvolvimento; Património histórico, arqueológico,
OBJETIVO Estudos, produção de conhecimento e propostas para o planejamento da RMBH PLANO + Processo de Planejamento e Gestão SISTEMA DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO.
Em 1960, o interior do nosso país ainda era atrativo
LITORALIZAÇÃO BIPOLARIZAÇÃO
Urbanização Processo que provoca um crescimento da população urbana e das manchas urbanas. Causas da urbanização no Brasil: –Êxodo rural –Industrialização.
A EXPERIÊNCIA DAS AUGI E DOS CLANDESTINOS EM PALMELA A EXPERIÊNCIA DAS AUGI E DOS CLANDESTINOS EM PALMELA Uma proposta de remodelação legal e regulamentar.
Urbanização Brasileira
Urbanização.
Transcrição da apresentação:

AS ÁREAS RESIDENCIAIS em espaço urbano

AS ÁREAS RESIDENCIAIS São as que ocupam mais espaço nas áreas urbanas (grande disseminação) Assiste-se a profundos contrastes em termos de: - Construção de edifícios - Acessibilidade - Equipamentos Apresentam grande diversidade de formas e aspetos em consequência do nível económico e social dos seus habitantes – segregação espacial. tendência para a organização do espaço em áreas de grande homogeneidade interna e forte disparidade entre elas, também em termos de hierarquia.

Causas da segregação espacial Variação do preço do solo Desenvolvimento da rede de transportes Qualidade ambiental Acessibilidade ao centro Proximidade a equipamentos Segurança e tranquilidade Enquadramento paisagístico

Valor do solo urbano e natureza da ocupação segundo a distância ao centro.

Apesar de diversas áreas residenciais conviverem na cidade, a sua separação não é sempre muito vincada, podendo encontrar-se áreas onde residem pessoas de diferentes condições sociais e económicas. Por exemplo, no centro da cidade, a renovação de muitos edifícios de valor arquitetónico e histórico atrai população mais jovem e com maiores possibilidades económicas. O planeamento de novas áreas residenciais, por opção política social, pode promover a vizinhança de classes sociais diferentes. O objetivo é criar oportunidades de convivência, por exemplo, na escola e nos espaços públicos, promovendo deste modo a integração social.

1) Áreas residenciais das classes com rendimentos elevados Áreas planeadas e relativamente afastadas do centro e de áreas industriais e, muitas vezes, com uma envolvente paisagística atrativa, onde os custos do solo são mais elevados. Áreas com espaços verdes, boas acessibilidades e prestígio social. Áreas servidas por atividades terciárias, pouco concentradas, que, na sua maioria, são serviços de proximidade e comércio sofisticado.

Áreas constituídas por moradias unifamiliares ou apartamentos, muitas vezes em condomínios fechados, com vários equipamentos e serviços (garagem, condutas de lixo, porteiro, jardins, piscinas, …). Áreas que podem também localizar-se na periferia da cidade, geralmente próximo do campo ou do mar, mas com acesso fácil e rápido à cidade, valorizando a qualidade ambiental desse tipo de localização.

2) Áreas residenciais das classes de rendimentos médios Áreas menos centrais da cidade ou das suas periferias, onde os custos do solo são menores e se encontram apartamentos mais espaçosos, melhor equipados e a menor custo. Áreas constituídas, na sua maioria, por blocos de apartamentos de vários pisos e servidas por transportes públicos, serviços e equipamentos sociais, como escolas, centros de saúde, espaços desportivos, … Áreas que apresentam alguma uniformidade arquitetónica e menor qualidade de construção, sobretudo ao nível da dimensão das divisões e dos equipamentos.

As casas a preços mais baixos encontram-se em áreas cada vez mais afastadas, pois os preços das habitações nas periferias tornam-se progressivamente mais reduzidos sobretudo naquelas que são favorecidas pela construção de novas vias de comunicação. Estas novas periferias são procuradas, sobretudo, por casais jovens para compra da primeira habitação e por famílias com filhos ainda em idade escolar, que procuram uma habitação com mais divisões que, em áreas mais próximas da cidade, têm preços que não podem suportar.

3) Áreas residenciais da classe baixa Localizam-se em diferentes áreas da cidade ou da sua periferia. Ocupa edifícios degradados do centro, bairros de habitação precária ou bairros de habitação social, construídos em terrenos mais baratos e desocupados. a) Habitação precária – “bairros de lata” b) Habitação social

a) Habitação precária – “bairros de lata” Habitados por uma população de escassos recursos, muitas vezes imigrante. Localizam-se em solos expectantes – terrenos da autarquia ou de particulares, que estão desocupados. Não são servidos pelas redes públicas de água, drenagem de esgotos e eletricidade, embora esta última seja, muitas vezes, conseguida de forma ilegal. Tornam-se áreas propícias ao aparecimento de problemas de exclusão social e de atividades como o tráfico de droga, devido ao desemprego e à pobreza. Surge também associada a muitos edifícios antigos e degradados do centro da cidade e a edifícios inacabados e abandonados, que também não têm condições de habitabilidade.

b) Habitação social Construídos pelo Estado ou pelas autarquias para a população de fracos recursos, geralmente residentes em bairros de habitação precária. São, habitualmente, constituídos por edifícios idênticos, com apartamentos de pequena dimensão. Atualmente, existe a preocupação de garantir uma certa qualidade da habitação e do ambiente, criando serviços de apoio e promoção da população e evitando-se a construção de bairros de grande dimensão, optando-se pela dispersão deste tipo de habitação social.

4) Espaço residencial no CBD Habitações muito degradadas e sem condições de habitabilidade. Residências destinadas aos mais idosos ou aos recémchegados às cidades (imigrantes). Residem pessoas com fracos recursos que não têm possibilidade de se deslocar para outras áreas ou melhorar as suas condições. Mais recentemente assiste-se à deslocação de jovens com elevados recursos para habitações recuperadas, com grande valor.

5) Outras áreas residenciais Após a revolução de 25 de abril de 1974, surgiram nas periferias das cidades, principalmente em Lisboa e no Porto, muitos bairros de génese ilegal, conhecidos como “bairros clandestinos”, em que as casas de habitação foram construídas pelos próprios moradores, sem qualquer projeto de urbanização e sem infraestruturas básicas. Na sua maioria, já se encontram legalizadas e infraestruturadas, mas continuam a caracterizar-se por uma grande heterogeneidade arquitetónica e até social.

EXERCÍCIOS As figuras que se seguem representam três áreas residenciais de acordo com o nível de rendimentos da população residente. 1) Classifica cada uma das figuras de acordo com os rendimentos da população residente. 2) Caracteriza as áreas residenciais representadas com as letras A e C. 3) Justifica a localização da área residencial representada com a letra B. A - ÁREA RESIDENCIAL, PORTO B - ÁREA RESIDENCIAL URBANA C – CASAL VENTOSO, LISBOA